Novas descobertas sobre supercondutividade com WTe2
Pesquisadores estão analisando as propriedades supercondutoras do ditelureto de tungstênio em monocamada.
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Índice
- A Natureza de um Isolante Topológico
- Importância da Supercondutividade no WTe2
- Design e Fabricação do Dispositivo
- Observando Supercondutividade no Dispositivo
- Uso de Portões Superiores para Mais Controle
- Medindo a Resposta de Shapiro
- Influência dos Campos Magnéticos no Desempenho do Dispositivo
- Explorando a Distribuição de Corrente
- Desafios na Fabricação do Dispositivo
- Direções Futuras e Melhorias
- Conclusão
- Fonte original
Pesquisadores têm buscado maneiras de combinar supercondutores e materiais especiais chamados isolantes topológicos. Esses materiais podem ajudar os cientistas a entender mais sobre certas partículas únicas, conhecidas como estados ligados de Majorana, que têm potencial para serem usadas em sistemas de computação avançados que são mais confiáveis.
Um material interessante nessa área é o ditelureto de tungstênio, ou WTe2. Camadas monocromáticas desse material têm algumas características únicas, como a capacidade de conduzir eletricidade sem resistência sob certas condições, que é uma propriedade dos supercondutores. Neste estudo, os cientistas criaram dispositivos chamados de elos fracos de Josephson usando o WTe2 em monocamada e exploraram quão eficazes esses dispositivos são para conduzir correntes elétricas.
A Natureza de um Isolante Topológico
Um isolante topológico bidimensional é um tipo especial de material que pode conduzir eletricidade ao longo de suas bordas enquanto é isolante na parte central. Esse comportamento único é devido à forma como as bandas de elétrons interagem dentro do material, criando uma lacuna nos níveis de energia. O WTe2 é previsto como um isolante topológico quando está em uma estrutura específica chamada fase 1T' monoclínica.
No passado, acreditava-se que outros materiais, como o grafeno, tinham propriedades semelhantes, mas acabou que as características naturais do grafeno tornaram difícil observar esses efeitos. A pesquisa continuou com outros materiais, particularmente um grupo chamado dicalcogenetos de metal de transição, que inclui o WTe2. Estudos mostraram que o WTe2 apresenta fortes evidências de ser um isolante topológico através de vários métodos experimentais.
Importância da Supercondutividade no WTe2
O WTe2 não é apenas um isolante topológico, mas também tem sido observado exibindo propriedades supercondutoras. Os cientistas podem induzir esse comportamento Supercondutor usando portões elétricos. Essa capacidade de alternar entre dois estados (isolante topológico e supercondutor) torna o WTe2 um candidato ideal para mais exploração nesse campo.
Design e Fabricação do Dispositivo
Neste estudo, os pesquisadores projetaram dispositivos especiais que incorporam o WTe2 em monocamada. Os dispositivos consistem em camadas de outro material chamado HBN, que cercam o WTe2 e ajudam a protegê-lo. Os pesquisadores então usaram portões elétricos para controlar áreas do WTe2, permitindo a criação do que é conhecido como elos fracos de Josephson.
O design conta com contatos nas bordas que conectam o WTe2 a outros circuitos fora do dispositivo. Ao aplicar tensão nos portões, os pesquisadores puderam ajustar partes do WTe2 para um estado supercondutor, permitindo observar como a corrente elétrica flui pelo elo fraco.
Observando Supercondutividade no Dispositivo
Os pesquisadores realizaram experimentos para ver quão bem o elo fraco de Josephson funcionava sob diferentes condições. Ao aplicar um portão de retrocesso global, descobriram que o dispositivo apresentava comportamento supercondutor quando a tensão era ajustada corretamente.
Basicamente, quando a tensão do portão de retrocesso era aplicada, eles podiam observar mudanças na resistência elétrica, indicando que a corrente podia fluir sem resistência, uma característica marcante da supercondutividade. Mudanças de temperatura também afetaram o comportamento do dispositivo, e medições foram feitas para examinar essas respostas.
Uso de Portões Superiores para Mais Controle
O estudo também analisou como o uso de portões superiores poderia permitir um controle melhor sobre o estado supercondutor dentro do elo fraco de Josephson. Ao aplicar tensões nos portões superiores, os pesquisadores puderam criar um elo fraco mais preciso dentro do dispositivo. Isso demonstrou que a configuração poderia ser ajustada para permitir correntes elétricas controladas.
Conforme diferentes tensões eram aplicadas aos portões superiores, os pesquisadores notaram características específicas nas medições de resistência, mostrando que o elo fraco poderia ser ligado e desligado, aumentando a funcionalidade potencial do dispositivo.
Medindo a Resposta de Shapiro
Para avaliar melhor o desempenho do elo fraco, os pesquisadores usaram um método chamado resposta de Shapiro. Isso envolve aplicar sinais de micro-ondas ao dispositivo e observar como ele reage. Em dispositivos de Josephson convencionais, essas medições produzem passos de tensão quantizados que podem revelar informações sobre a relação de fase da corrente.
Os resultados indicaram que o elo fraco se comportou como esperado, confirmando suas características supercondutoras sem efeitos incomuns frequentemente vistos em outros sistemas.
Influência dos Campos Magnéticos no Desempenho do Dispositivo
Um aspecto importante do estudo envolveu testar como campos magnéticos externos influenciavam o comportamento do dispositivo. Os pesquisadores observaram mudanças nas correntes de comutação do elo fraco quando expostas a campos magnéticos, levando a padrões oscilatórios que forneceram insights sobre as propriedades da junção.
Analisando esses padrões, os cientistas coletaram informações importantes sobre o funcionamento do dispositivo, incluindo como a corrente estava distribuída pelo elo fraco. Esses padrões podem ajudar os desenvolvedores a projetar dispositivos que utilizam campos magnéticos em aplicações práticas.
Explorando a Distribuição de Corrente
A pesquisa destacou diferenças em como a corrente elétrica fluía através do dispositivo sob várias condições de ativação. As medições mostraram que, ao usar o portão de retrocesso, a corrente estava mais uniformemente distribuída pela junção, enquanto o portão superior levava a uma distribuição mais desigual. Essa variação é significativa ao considerar o desempenho e design de futuros dispositivos.
Compreender essas distribuições de corrente ajuda os pesquisadores a refinarem suas abordagens para a fabricação de dispositivos, abrindo caminho para designs aprimorados em tecnologias supercondutoras.
Desafios na Fabricação do Dispositivo
Apesar dos resultados promissores, o estudo enfrentou vários desafios ao processar o WTe2 em monocamada para criar dispositivos. A superfície do WTe2 pode oxidar rapidamente quando exposta ao ar, comprometendo suas propriedades elétricas. Os pesquisadores tiveram que trabalhar rapidamente em ambientes controlados para evitar danos às camadas.
Além disso, os pesquisadores enfrentaram problemas para obter bons contatos supercondutores no WTe2. Eles descobriram que usar paládio para formação de contatos funcionava melhor do que outros materiais testados.
Direções Futuras e Melhorias
As descobertas deste trabalho abrem caminho para novas pesquisas. Melhores técnicas de processamento e fabricação de dispositivos poderiam permitir que os pesquisadores explorassem totalmente o potencial do WTe2 em monocamada como um isolante topológico e supercondutor.
Estudos futuros podem envolver experimentos com diferentes materiais e layouts de design para otimizar o desempenho. Ao resolver problemas existentes na fabricação e processamento, os cientistas podem dar passos significativos em direção à realização de tecnologias supercondutoras avançadas baseadas no WTe2.
Conclusão
A criação e teste bem-sucedidos de elos fracos de Josephson usando WTe2 em monocamada mostram as possibilidades emocionantes que esse material oferece no campo da supercondutividade e isolantes topológicos. A capacidade de alternar entre diferentes estados e utilizar portões elétricos abre portas para aplicações inovadoras na eletrônica futura.
À medida que a comunidade científica continua a explorar o WTe2 em monocamada, os insights obtidos neste estudo guiarão novos avanços e contribuirão para o desenvolvimento de dispositivos que podem mudar fundamentalmente como aproveitamos e utilizamos correntes elétricas nos próximos anos.
Título: Gate-defined Josephson weak-links in monolayer $\mathrm{WTe_2}$
Resumo: Systems combining superconductors with topological insulators offer a platform for the study of Majorana bound states and a possible route to realize fault tolerant topological quantum computation. Among the systems being considered in this field, monolayers of tungsten ditelluride ($\mathrm{WTe_2}$) have a rare combination of properties. Notably, it has been demonstrated to be a Quantum Spin Hall Insulator (QSHI) and can easily be gated into a superconducting state. We report measurements on gate-defined Josephson weak-link devices fabricated using monolayer $\mathrm{WTe_2}$. It is found that consideration of the two dimensional superconducting leads are critical in the interpretation of magnetic interference in the resulting junctions. The reported fabrication procedures suggest a facile way to produce further devices from this technically challenging material and the results mark the first step toward realizing versatile all-in-one topological Josephson weak-links using monolayer $\mathrm{WTe_2}$.
Autores: Michael D. Randle, Masayuki Hosoda, Russell S. Deacon, Manabu Ohtomo, Patrick Zellekens, Kenji Watanabe, Takashi Taniguchi, Shota Okazaki, Takao Sasagawa, Kenichi Kawaguchi, Shintaro Sato, Koji Ishibashi
Última atualização: 2023-07-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.09776
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.09776
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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