Galáxia Quiescente Descoberta em Redshift 7.3
Uma nova galáxia quiescente que foi descoberta dá uma luz sobre os processos de formação de estrelas no começo do universo.
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Índice
- Descoberta da Galáxia Quiescente
- Importância de Estudar Galáxias Quiescentes
- Desafios na Observação de Galáxias Quiescentes Precoces
- Novas Descobertas do Programa JADES
- Mecanismos que Afetam a Formação de Estrelas
- O Papel da Massa das Galáxias
- Transição para Quiescência
- Implicações para Modelos Teóricos
- Direções Futuras de Pesquisa
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
As galáxias passam por diferentes estágios de formação estelar. Algumas estão ativas, sempre formando novas estrelas, enquanto outras pararam e são consideradas "Quiescentes". Entender por que algumas galáxias se tornam quiescentes e quando isso acontece ainda é uma grande questão na astrofísica.
Observar galáxias quiescentes no início do Universo é essencial para testar teorias sobre como as galáxias se formam e evoluem. Recentemente, uma galáxia quiescente foi encontrada com um desvio para o vermelho de 7,3, o que significa que ela existiu quando o Universo tinha apenas 700 milhões de anos. Essa descoberta ajuda a preencher uma lacuna no nosso conhecimento sobre a formação de galáxias no início do Universo.
Descoberta da Galáxia Quiescente
A galáxia quiescente foi caracterizada com observações detalhadas do Telescópio Espacial James Webb (JWST). Os dados mostraram não haver sinais de formação estelar em andamento, revelando uma interrupção clara no espectro que sugere que a galáxia passou por um período intenso de formação estelar antes de parar rapidamente, possivelmente de 10 a 20 milhões de anos antes do tempo observado.
Essa galáxia é notável porque é relativamente baixa em massa comparada a outras galáxias quiescentes encontradas em períodos cósmicos anteriores. O intervalo de massa da galáxia é crucial para entender os processos de feedback que podem levar à quiescência. Isso proporciona uma oportunidade para aprender sobre a evolução inicial das galáxias e as forças que as moldam ao longo do tempo.
Importância de Estudar Galáxias Quiescentes
Estudar como a Formação de Estrelas é regulada e eventualmente para nas galáxias é um desafio chave na astrofísica moderna. Existem várias teorias sobre os mecanismos que podem levar à quiescência, que podem afetar diferentes tipos de galáxias de maneiras diferentes.
Existem fatores internos, como feedback da formação estelar e Buracos Negros supermassivos, que podem expulsar Gás das galáxias. Quando o gás é expelido ou aquecido, fica difícil para um novo gás entrar, limitando assim a formação de estrelas.
Por outro lado, fatores externos, como a remoção de gás em aglomerados de galáxias, também podem contribuir, especialmente para galáxias satélites menores que orbitam uma galáxia central maior. Esses diferentes mecanismos podem interromper a formação de estrelas em vários ritmos. Alguns métodos podem parar a formação rapidamente, em cerca de 10 a 100 milhões de anos, enquanto outros demoram mais, de 100 milhões a um bilhão de anos.
Cada modelo espera que esses processos atuem de maneira diferente dependendo da época cósmica. Para validar esses modelos, os pesquisadores precisam identificar e estudar galáxias quiescentes localizadas a grandes distâncias no cosmos.
Desafios na Observação de Galáxias Quiescentes Precoces
Atualmente, apenas um punhado de galáxias quiescentes confirmadas foi detectado a distâncias significativas, quando o Universo já tinha de 1 a 2 bilhões de anos. A maioria dessas galáxias é massiva, o que pode ser resultado das limitações das observações.
O JWST permite que os astrônomos encontrem galáxias quiescentes em um deslocamento para o vermelho maior e com massa menor do que antes era possível. Descobrir e caracterizar essas galáxias fornece informações cruciais sobre como a formação de estrelas pode cessar e os cronogramas envolvidos nesse processo.
No entanto, ainda falta evidência direta de formação de estrelas interrompida antes de um certo desvio para o vermelho, especialmente durante a era de reionização. Dada a jovem idade do Universo nesse momento, geralmente se assume que as galáxias quiescentes precoces ainda têm uma população de estrelas relativamente jovens. Isso leva a desafios na identificação delas usando métodos fotométricos padrão, já que podem compartilhar cores semelhantes com galáxias que estão formando estrelas ativamente.
Novas Descobertas do Programa JADES
A descoberta da galáxia quiescente com desvio para o vermelho de 7,3 foi possível através de observações feitas sob o JWST Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES). Os pesquisadores encontraram a galáxia usando a técnica de Lyman dropout, que identifica galáxias com certas características de cor.
Os espectros obtidos a partir das observações mostram uma ausência significativa de linhas de emissão, um indicador chave da formação estelar. Essa falta de emissão, combinada com a detecção da ruptura de Balmer, confirma o estado quiescente da galáxia.
A análise indica que a galáxia provavelmente passou por um curto, mas intenso, período de formação estelar antes de parar a nova formação de estrelas. A massa dessa galáxia, que vai de 4 a 6, a coloca em uma faixa sensível para vários mecanismos de feedback.
Mecanismos que Afetam a Formação de Estrelas
Entender os mecanismos por trás da interrupção da formação de estrelas é fundamental. Vários fatores podem contribuir para esse processo, que podem variar em seu impacto sobre diferentes tipos de galáxias.
Mecanismos internos, como a saída de energia da formação estelar e feedback de buracos negros, podem expulsar gás das galáxias ou aquecer o meio ao redor. Isso pode dificultar a entrada de novo gás, levando a uma parada na formação de estrelas.
Fatores ambientais também desempenham um papel. Por exemplo, galáxias dentro de aglomerados podem sofrer remoção de gás, o que tem um efeito mais pronunciado em galáxias satélites menores.
Esses mecanismos levam a escalas de tempo variadas para a interrupção da formação de estrelas. Alguns processos resultam em diminuições rápidas na atividade de formação de estrelas, enquanto outros podem levar muito mais tempo.
O Papel da Massa das Galáxias
A massa das galáxias é um parâmetro essencial para entender seu comportamento. Para galáxias de baixa massa, os efeitos ambientais são frequentemente críticos para determinar se continuarão formando estrelas ou se transitarão para um estado quiescente.
A galáxia quiescente descoberta a um alto desvio para o vermelho parece ter uma massa baixa, o que levanta questões sobre como ela se tornou quenched tão cedo. O ambiente da galáxia pode ter sido diferente do que observamos hoje, sugerindo que os fatores que influenciam a formação de estrelas evoluíram ao longo da história cósmica.
Observações mostram que galáxias de baixa massa no Universo local são frequentemente quenched por influências ambientais, mas os efeitos aparentes no início do Universo podem ter sido diferentes devido à abundância de gás frio.
Transição para Quiescência
A rápida alteração de galáxia formando estrelas para quiescente sugere que a galáxia provavelmente passou por um fluxo de gás significativo. Esse fluxo pode ter sido causado pelo feedback da formação de estrelas ou pela formação de um buraco negro. Esses eventos podem ter removido a maior parte do gás disponível para novas estrelas, levando a uma transição rápida para um estado quiescente.
A descoberta de baixa metalicidade estelar média indica que não houve muita enriquecimento do gás antes do quenched. Se o quenched tivesse sido mais lento, uma transição mais longa entre a formação de estrelas e a quiescência poderia ter ocorrido, resultando em uma maior metalicidade devido ao reprocessamento de elementos.
Implicações para Modelos Teóricos
As descobertas fornecem uma oportunidade crítica para avaliar modelos existentes de evolução de galáxias. Teorias atuais sugerem que as características da galáxia se situam entre aquelas com histórias de formação estelar explosivas e aquelas com formação estável de estrelas.
No entanto, modelos existentes frequentemente têm dificuldade em explicar a quiescência completa em galáxias com Massas semelhantes à da galáxia descoberta. A falta de forte concordância entre observações e previsões teóricas destaca uma lacuna que precisa ser abordada em estudos futuros.
Direções Futuras de Pesquisa
A descoberta de uma galáxia quiescente com desvio para o vermelho de 7,3 marca um marco essencial na nossa compreensão da formação de galáxias no início do Universo. Isso abre novas avenidas para testar modelos teóricos sobre os processos que levam à quiescência.
Observações futuras ajudarão a transitar de descobertas iniciais para uma análise mais sistemática das propriedades de outras galáxias quiescentes precoces. Ao reunir mais dados, os pesquisadores podem refinar teorias existentes e obter uma compreensão melhor dos mecanismos por trás da formação de estrelas e do quenched.
Conclusão
A identificação de uma galáxia quiescente do início do Universo é um grande avanço na nossa compreensão da evolução galáctica. Observações do JWST fornecem insights cruciais sobre como as galáxias param de formar estrelas e os cronogramas envolvidos.
À medida que mais galáxias quiescentes forem descobertas e caracterizadas, estaremos melhor preparados para explorar os processos que governam a formação de estrelas. Isso contribuirá para uma compreensão mais profunda do ciclo de vida das galáxias e da história do próprio Universo.
Título: A recently quenched galaxy 700 million years after the Big Bang
Resumo: Local and low-redshift ($z$
Autores: Tobias J. Looser, Francesco D'Eugenio, Roberto Maiolino, Joris Witstok, Lester Sandles, Emma Curtis-Lake, Jacopo Chevallard, Sandro Tacchella, Benjamin D. Johnson, William M. Baker, Katherine A. Suess, Stefano Carniani, Pierre Ferruit, Santiago Arribas, Nina Bonaventura, Andrew J. Bunker, Alex J. Cameron, Stephane Charlot, Mirko Curti, Anna de Graaff, Michael V. Maseda, Tim Rawle, Hans-Walter Rix, Bruno Rodriguez Del Pino, Renske Smit, Hannah Übler, Chris Willott, Stacey Alberts, Eiichi Egami, Daniel J. Eisenstein, Ryan Endsley, Ryan Hausen, Marcia Rieke, Brant Robertson, Irene Shivaei, Christina C. Williams, Kristan Boyett, Zuyi Chen, Zhiyuan Ji, Gareth C. Jones, Nimisha Kumari, Erica Nelson, Michele Perna, Aayush Saxena, Jan Scholtz
Última atualização: 2024-02-27 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.14155
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.14155
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://forcepho.readthedocs.io/en/latest/
- https://pypi.org/project/ppxf/
- https://ui.adsabs.harvard.edu/abs/2010ApJ...709L..16O/abstract
- https://ui.adsabs.harvard.edu/abs/2010MNRAS.403..960M/abstract
- https://ui.adsabs.harvard.edu/abs/2010ApJ...719.1250F/abstract
- https://ui.adsabs.harvard.edu/abs/2010MNRAS.409..855B/abstract