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# Física# Experiência nuclear

Reações de Partículas Alfa com Zircônio em Estudos Nucleares

A pesquisa mostra como as partículas alfa interagem com o zircônio em reações nucleares.

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Reações de PartículasReações de PartículasAlfa e Zircônioenvolvendo zircônio e partículas alfa.Novas ideias sobre reações nucleares
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Em um reator, uma grande quantidade de Partículas Alfa é gerada, chegando a energias de até 35 MeV. Quando essas partículas alfa batem no Zircônio natural, podem causar uma variedade de reações. Usando uma técnica chamada ativação por lâminas empilhadas, os pesquisadores observaram essas reações para partículas alfa com energias de até 40 MeV. Eles estimaram o número total de Nêutrons produzidos a partir dessas reações para energias de até 35 MeV utilizando um programa de computador chamado TALYS 1.96.

Uma das descobertas mais interessantes é que a razão de certos tipos de produtos nucleares conhecidos como isômeros foi medida pela primeira vez. As razões de seção de choque isomérica nos dizem quão provável é que uma forma específica de um núcleo seja produzida em comparação com outras formas. Essa informação é vital para entender como funcionam as Reações Nucleares.

Reações nucleares em torno de reatores ainda são um tema quente de estudo. É importante entender como diferentes reações nucleares podem afetar materiais e sistemas críticos para a operação segura do reator. Quando núcleos pesados, como urânio e tório, usados como combustível, se degradam ou se dividem, eles podem emitir partículas alfa de alta energia. Essas partículas alfa são emitidas mais do que prótons e tritons durante determinados tipos de reações de fissão.

O zircônio é frequentemente usado em reatores como material de revestimento em torno das barras de combustível. Isso porque ele não absorve facilmente nêutrons térmicos e resiste à corrosão. As partículas alfa produzidas no reator podem interagir com o zircônio, potencialmente afetando suas propriedades. Estudos recentes até encontraram partículas alfa na superfície da Lua, o que levanta questões sobre como essas partículas podem interagir com materiais de zircônio usados em naves espaciais.

Atualmente, os dados publicados sobre como as partículas alfa reagem com o zircônio natural são limitados. Este estudo se concentra nas seções de choque de produção para várias reações nucleares envolvendo o zircônio. Os pesquisadores mediram quantos nêutrons, prótons, deutérons, tritons e partículas alfa são produzidos quando partículas alfa reagem com o zircônio em energias de até 35 MeV.

A metodologia segue uma abordagem estruturada para conduzir os experimentos de forma confiável. O estudo ocorreu em uma instalação nuclear na Índia, usando uma máquina especial chamada ciclotron para produzir partículas alfa. Dois conjuntos de amostras de zircônio, com cerca de 6,49 mm de espessura, foram irradiados separadamente por feixes de partículas alfa de 30 MeV e 40 MeV. Os pesquisadores calcularam a energia das partículas com base em quanto de energia foi perdida enquanto atravessavam o material da amostra.

Após irradiar as amostras, as atividades induzidas foram medidas usando um detector altamente sensível. Os resultados foram analisados para determinar as taxas de várias reações nucleares. Os cálculos também consideraram diferentes variáveis, como o número de partículas na amostra, a energia do feixe alfa e a eficiência das ferramentas de medição.

Os dados coletados fornecem insights sobre a natureza e as características das reações nucleares envolvendo zircônio. O estudo delineia com que frequência várias reações nucleares ocorreram e os níveis de incerteza associados a essas medições. Essa incerteza vem de vários fatores, incluindo erros de contagem das medições.

Para comparar os resultados experimentais com previsões teóricas, os pesquisadores usaram o programa TALYS. Esse software simula reações nucleares para prever como elas se comportarão sob condições específicas. Os cálculos teóricos levam em conta todas as possíveis reações nucleares e as energias em que podem ocorrer.

Diferentes modelos para prever o comportamento das partículas durante as reações foram testados para encontrar o melhor ajuste aos dados. Alguns modelos mostraram resultados melhores na previsão dos resultados do que outros. O estudo destaca que usar o modelo teórico certo é crucial para entender os processos em jogo nas reações nucleares.

Enquanto mediam as reações, os pesquisadores notaram que a produção de nêutrons era notavelmente maior do que a de outras partículas. Isso indica que quando partículas alfa atingem o zircônio, elas produzem um número significativo de nêutrons, o que pode influenciar a segurança geral e a criticidade do reator.

O estudo não para apenas nas medições. Ele também investiga as razões de seção de choque isomérica para as reações. Essa razão dá uma imagem mais clara de como diferentes estados dos núcleos produzidos são habitados. As descobertas revelam que, à medida que a energia aumenta, núcleos com mais momento angular têm mais chances de serem produzidos.

A pesquisa tem implicações práticas para reatores nucleares. Ela enfatiza a necessidade de avaliar corretamente como as partículas alfa interagem com materiais estruturais nos reatores. Essas interações podem levar a danos, afetando as operações do reator.

Em resumo, este estudo esclarece como as partículas alfa geradas em reações nucleares podem levar à produção de várias partículas. Destaca a importância de entender essas interações para garantir a segurança e estabilidade do reator. Além disso, as razões de seção de choque isomérica medidas fornecem informações vitais sobre estados nucleares, que são cruciais para entender melhor a física nuclear.

No geral, entender as interações entre partículas alfa e materiais como zircônio é essencial tanto para a segurança dos reatores nucleares quanto para os avanços na ciência nuclear. Ao continuar explorando essas reações, os pesquisadores podem ajudar a criar sistemas nucleares mais seguros e eficientes.

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