Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Física# Relatividade Geral e Cosmologia Quântica# Astrofísica das Galáxias

Repensando a Rotação das Galáxias: Matéria Escura vs. Gravitomagnetismo

Uma olhada nas anomalias da rotação das galáxias e nas teorias alternativas propostas.

― 7 min ler


Rotação das Galáxias:Rotação das Galáxias:Mistério da MatériaEscurae o debate sobre a matéria escura.Analisando as velocidades das galáxias
Índice

A forma como as galáxias giram e se comportam sempre deixou os cientistas intrigados. Observações mostram que as partes externas de muitas galáxias giram mais rápido do que se esperava, baseado nas estrelas e no gás visíveis. Isso levou à ideia de que algo invisível, chamado de Matéria Escura, está influenciando essas galáxias. Mas alguns pesquisadores acreditam que esses comportamentos estranhos podem ser explicados pelas leis da gravidade, sem precisar invocar a matéria escura.

O Desafio da Rotação das Galáxias

Galáxias são coleções enormes de estrelas, gás e poeira. Quando os cientistas medem a velocidade de rotação dessas galáxias, especialmente nas suas bordas, eles costumam descobrir que as velocidades são maiores do que o que a quantidade de matéria visível indicaria. Segundo as leis conhecidas da gravidade, especialmente as leis de Newton, a gente deveria conseguir calcular as velocidades de rotação esperadas baseado na quantidade de matéria na galáxia. Mas as velocidades observadas não batem com as previsões.

Para resolver essas observações, foi introduzido o conceito de matéria escura. Acredita-se que a matéria escura compõe uma grande parte da massa do universo, mesmo não emitindo luz e não podendo ser vista diretamente. Sua presença é inferida pelos efeitos gravitacionais sobre a matéria visível.

Explicações Alternativas

Apesar da hipótese da matéria escura, tem pesquisadores que acham que talvez a gente não precise depender da matéria escura pra explicar as Curvas de Rotação das galáxias. Eles sugerem que talvez as leis da gravidade, do jeito que entendemos, precisem de alguns ajustes ou características adicionais em escalas galácticas.

Uma das ideias recentes tem a ver com algo chamado Gravitomagnetismo. Esse conceito vem da relatividade geral, que descreve como a gravidade funciona de um jeito mais avançado do que as leis de Newton. O gravitomagnetismo faz uma analogia entre gravidade e eletromagnetismo, sugerindo que massas em movimento criam efeitos gravitacionais parecidos com como cargas elétricas em movimento criam campos magnéticos.

Gravitomagnetismo e Suas Implicações

Nesse contexto, os cientistas têm tentado descobrir se os efeitos gravitomagnéticos poderiam explicar as velocidades de rotação inesperadas das galáxias. Se isso estiver certo, poderia significar que a necessidade aparente de matéria escura é menos importante do que se pensava antes.

No entanto, modelar uma galáxia desse jeito envolve várias suposições. Os pesquisadores geralmente consideram as galáxias como coleções de partículas não-relativísticas se movendo de forma previsível. O desafio é garantir que esses modelos coincidam com o que observamos nas galáxias reais.

O Modelo Gravitomagnético das Galáxias

O modelo gravitomagnético trata as galáxias como sistemas onde os efeitos gravitacionais dependem do movimento das estrelas e do gás. Assumindo que as estrelas em uma galáxia se comportam como um fluido, os pesquisadores podem aplicar equações que governam tais movimentos. Isso leva a um conjunto de equações que descrevem como a massa se move e como a gravidade atua sobre ela.

Nessa abordagem, alguns cientistas modelaram as galáxias como "poeira" rotativa - basicamente, um monte de estrelas se movendo juntas sem pressão. Essa suposição pode simplificar a matemática, mas também levanta dúvidas sobre se o modelo realmente representa as galáxias reais.

Um Olhar Mais Próximo nas Curvas de Rotação das Galáxias

Ao aplicar esses modelos nas curvas de rotação das galáxias, muitas vezes eles geram resultados que se encaixam bem nas observações ou falham em fazê-lo. As curvas de rotação são gráficos que mostram como a velocidade das estrelas muda à medida que você se afasta do centro da galáxia.

Em alguns casos, os modelos mostram que os efeitos do gravitomagnetismo são pequenos demais pra explicar as velocidades observadas. Isso sugere que, se dependermos apenas desses efeitos, ainda precisaríamos da matéria escura pra explicar a massa adicional influenciando o movimento das estrelas.

Os Problemas com os Efeitos Gravitomagnéticos

Uma grande preocupação com a abordagem gravitomagnética é que ela depende muito da ideia de que todo o suporte gravitacional necessário pra manter a galáxia em equilíbrio vem desses efeitos. Essa suposição pode não ser verdadeira, já que a matéria comum também pode contribuir pra estabilidade de uma galáxia.

Através de uma análise cuidadosa, parece que a influência gravitacional necessária pra manter o equilíbrio em uma galáxia pode exceder o que os efeitos gravitomagnéticos podem fornecer. Isso levanta dúvidas sobre a validade dos modelos que se focam apenas nesses efeitos e ignoram as complexidades de como as galáxias reais operam.

Comparando Modelos com Observações

Ao examinar modelos desenvolvidos com base nessas ideias, os pesquisadores podem comparar os resultados com dados observados de verdade. Uma abordagem comum é pegar parâmetros de galáxias conhecidas e aplicá-los aos modelos pra ver como eles preveem as curvas de rotação.

Por exemplo, ajustar um modelo à curva de rotação de uma galáxia específica pode envolver mudar vários parâmetros até que a curva prevista coincida com os dados observacionais. No entanto, até ajustes bem-sucedidos podem resultar em que mais matéria é necessária do que a que é visível, reforçando assim a hipótese de matéria escura.

O Papel dos Perfis de Densidade

Um aspecto significativo da modelagem da rotação das galáxias é o perfil de densidade da galáxia, que descreve como a matéria está distribuída dentro dela. Essa distribuição pode influenciar muito a curva de rotação. Perfis diferentes levam a previsões diferentes, e por isso a escolha de um modelo de densidade é crucial.

Modelos de densidade comuns incluem o perfil de Miyamoto-Nagai, que é frequentemente usado por causa de sua simplicidade matemática. No entanto, usar isso ou modelos semelhantes envolve suposições que podem não se aplicar a todas as galáxias.

Suporte Vertical e Gravitomagnetismo

Outro ponto crucial na compreensão da dinâmica das galáxias é o suporte vertical, que se refere às forças que mantêm as estrelas de caírem no centro da galáxia. Nas galáxias, uma combinação de forças gravitacionais e o movimento das estrelas fornece esse suporte.

Ao considerar o suporte vertical apenas através dos efeitos gravitomagnéticos, parece que esses efeitos podem não ser suficientes pra manter a estabilidade. Isso leva à conclusão de que um modelo adequado deve incorporar mecanismos de suporte adicionais, talvez incluindo contribuições da matéria comum ou até mesmo efeitos de pressão.

A Importância da Modelagem Acurada

À medida que os pesquisadores se aprofundam nas dinâmicas das galáxias, a importância de refinar os modelos fica evidente. Assumptions simplistas podem levar a discrepâncias significativas ao comparar previsões com observações do mundo real.

Modelos que não consideram as complexidades da dinâmica das galáxias correm o risco de ignorar fatores críticos que poderiam afetar sua compreensão de como as galáxias giram. A interação entre matéria comum, matéria escura e os efeitos gravitomagnéticos propostos exige uma consideração cuidadosa.

Conclusão

A exploração das curvas de rotação das galáxias é uma investigação em andamento que mistura astronomia observacional com física teórica. Apesar da matéria escura continuar sendo a explicação mais aceita para as anomalias observadas na rotação das galáxias, teorias alternativas como as que envolvem gravitomagnetismo estão sendo rigorosamente testadas.

Enquanto os cientistas continuam a analisar dados, refinar modelos e se engajar com as leis fundamentais da física, nossa compreensão das galáxias pode evoluir. A busca para desvendar os mistérios do cosmos continua, destacando tanto as complexidades do universo quanto a importância da persistência na investigação científica.

Fonte original

Título: Gravitomagnetism and galaxy rotation curves: a cautionary tale

Resumo: We investigate recent claims that gravitomagnetic effects in linearised general relativity can explain flat and rising rotation curves, such as those observed in galaxies, without the need for dark matter. If one models a galaxy as an axisymmetric, stationary, rotating, non-relativistic and pressureless 'dust' of stars in the gravitoelectromagnetic (GEM) formalism, we show that GEM effects on the circular velocity $v$ of a star are $O(10^{-6})$ smaller than the standard Newtonian (gravitoelectric) effects. Moreover, we find that gravitomagnetic effects are $O(10^{-6})$ too small to provide the vertical support necessary to maintain the dynamical equilibrium assumed. These issues are obscured if one constructs a single equation for $v$, as considered previously. We nevertheless solve this equation for a galaxy having a Miyamoto--Nagai density profile. We show that for the values of the mass, $M$, and semi-major and semi-minor axes, $a$ and $b$, typical for a dwarf galaxy, the rotation curve depends only very weakly on $M$. Moreover, for aspect ratios $a/b > 2$, the rotation curves are concave over their entire range, which does not match observations in any galaxy. Most importantly, we show that for the poloidal gravitomagnetic flux $\psi$ to provide the necessary vertical support, it must become singular at the origin. This originates from the unwitting, but forbidden, inclusion of free-space solutions of the Poisson-like equation that determines $\psi$, hence ruling out the methodology as a means of explaining flat galaxy rotation curves. We further show that recent deliberate attempts to leverage such free-space solutions against the rotation curve problem yield no deterministic modification outside the thin disk approximation, and that, in any case, the homogeneous contributions to $\psi$ are ruled out by the boundary value problem posed by any physical axisymmetric galaxy.

Autores: A. N. Lasenby, M. P. Hobson, W. E. V. Barker

Última atualização: 2023-04-11 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.06115

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.06115

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Artigos semelhantes