Proteína ASK1: Um jogador chave na resposta celular
Explorando a função e a importância da proteína ASK1 nas doenças.
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Índice
As cascatas de quinases ativadas por mitógenos (MAP) são redes importantes nas células que ajudam elas a responder a diferentes sinais. Esses caminhos estão presentes em muitos organismos vivos e são ativados por vários gatilhos, como estresse, fatores de crescimento e inflamação. Quando as MAP quinases são ativadas, elas ajudam a controlar funções celulares como crescimento, inflamação e morte celular programada (apoptose).
O processo de sinalização envolve uma série de proteínas que trabalham juntas em uma ordem específica. Tem três tipos principais de proteínas nesse sistema: MAP3K (a primeira da cadeia), MAP2K (a do meio) e MAPK (a última). Enquanto MAP2Ks e MAPKs são ativados por mudanças químicas simples, a ativação das MAP3Ks é mais complicada. Essa complexidade significa que as MAP3Ks precisam de um controle cuidadoso para evitar problemas, que podem levar a doenças.
O Papel da ASK1 na Doença
Uma MAP3K que tem chamado a atenção é a ASK1, também chamada de quinase reguladora de sinal de apoptose 1. A ASK1 é importante para decidir como uma célula vai reagir ao estresse. Ela pode levar as células a diferentes caminhos, como apoptose ou envelhecimento celular. Ativações excessivas da ASK1 foram ligadas a condições graves como câncer e outras doenças inflamatórias.
Atualmente, medicamentos que visam as vias MAPK foram desenvolvidos, mas muitas vezes não funcionam bem ou podem ter efeitos colaterais negativos. Como a ASK1 é um jogador chave nessas vias, os pesquisadores estão olhando para ela como um novo alvo para medicamentos, especialmente porque pode ser ativada por muitos gatilhos diferentes.
Estrutura e Função da ASK1
A ASK1 é uma proteína multi-domínio composta por várias partes. O design da ASK1 inclui regiões que se ligam a outras proteínas, uma área central que regula sua atividade e uma parte que atua como uma quinase, responsável por adicionar marcas químicas a outras proteínas.
Em seu estado de repouso, a ASK1 forma um grande complexo proteico, mantendo-se inativa. Essa inativação é realizada principalmente através de interações com outras proteínas, como a tioredoxina. Quando as condições estão certas, como durante o estresse, a ASK1 muda sua forma, permitindo que se ative e participe das cascatas de sinalização.
A Importância dos Parceiros de Ligação
Entender como a ASK1 interage com outras proteínas é crucial. Por exemplo, quando a ASK1 está ligada à tioredoxina, ela permanece inativa. Porém, durante o estresse, a tioredoxina é modificada e libera a ASK1, desencadeando sua ativação. Outras proteínas, como TRAF e Daxx, também interagem com a ASK1, influenciando ainda mais sua atividade.
O Que Acontece Quando a ASK1 é Ativada?
Uma vez ativada, a ASK1 pode desencadear uma série de eventos que levam à Fosforilação de resíduos chave nela mesma e em outras proteínas. Esse evento de fosforilação é crucial para a ativação e tem implicações sobre como as células lidam com o estresse. Se esses eventos não forem controlados, isso pode resultar em morte celular ou levar à progressão do câncer.
Pesquisando a ASK1 para Melhor Compreender Sua Estrutura
Para entender como a ASK1 funciona e como pode ser alvo de desenvolvimento de medicamentos, os pesquisadores têm usado várias técnicas avançadas. Um desses métodos é a criomicroscopia eletrônica, que permite visualizar a ASK1 em um nível muito detalhado. Isso revelou que a ASK1 pode formar Dímeros, que são pares de proteínas ASK1 que interagem entre si.
A Estrutura Dimérica da ASK1
Estudos recentes mostram que a ASK1 forma um dímero compacto e assimétrico. Essa dimerização é importante para sua função, pois estabiliza a forma ativa da proteína. Cada dímero consiste em vários domínios que se engajam em interações intricadas, enfatizando a complexidade da regulação da ASK1.
Domínios Chave e Suas Interações
Diferentes partes da ASK1, como o domínio de ligação à tioredoxina (TBD), a região regulatória (CRR) e o domínio quinase (KD), desempenham um papel em como a ASK1 funciona. Por exemplo, o TBD interage com outras partes de uma forma que ajuda a estabilizar o dímero. A CRR conecta o TBD e o KD, permitindo que os sinais sejam transmitidos de forma eficaz.
O Papel do TRX1 na Regulação da ASK1
O TRX1 (tioredoxina 1) é uma proteína que se liga à ASK1 e desempenha um papel crítico em sua regulação. Quando o TRX1 se liga à ASK1, mantém a ASK1 em um estado inativo. Essa relação é crucial, pois ajuda a manter um equilíbrio dentro da célula.
Como a Ligação do TRX1 Afeta a ASK1
A ligação do TRX1 muda a estrutura da ASK1, tornando certas áreas menos acessíveis. Essa acessibilidade reduzida ajuda a prevenir a ativação prematura da ASK1, garantindo que ela se torne ativa apenas quando necessário. Esse mecanismo destaca como as proteínas podem controlar as atividades umas das outras através de interações de ligação.
Observando Mudanças na Estrutura
Os pesquisadores estão interessados em entender exatamente o que acontece quando o TRX1 se liga à ASK1, particularmente no contexto de mudanças estruturais. Usando técnicas como troca de hidrogênio/deutério acoplada à espectrometria de massa, eles podem rastrear quais áreas da ASK1 se tornam mais ou menos estáveis quando o TRX1 está presente.
Descobertas Chave Sobre Mudanças Estruturais
As descobertas sugerem que certas partes da ASK1 se tornam mais protegidas de mudanças quando o TRX1 se liga. Essa proteção indica que a estrutura da ASK1 e suas interações com outras moléculas estão alteradas, impactando sua capacidade de funcionar.
O Futuro da Pesquisa sobre a ASK1
À medida que a pesquisa sobre a ASK1 avança, o foco continua em descobrir os detalhes de como ela opera nas vias de quinase MAP. Ao entender essas interações e mecanismos, os cientistas esperam desenvolver terapias direcionadas que possam modular a atividade da ASK1.
O Potencial para o Desenvolvimento de Novos Medicamentos
O conhecimento adquirido com o estudo da ASK1 pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos que inibam ou aumentem seletivamente sua atividade, o que pode ser benéfico no tratamento de condições como câncer e doenças inflamatórias. As percepções provenientes de estudos estruturais informarão o design de medicamentos, potencialmente apoiando a criação de terapias mais eficazes com menos efeitos colaterais.
Conclusão
O estudo das quinases MAP, particularmente a ASK1, é crucial para entender como as células reagem ao estresse e outros sinais. Ao revelar a estrutura detalhada e os mecanismos da ASK1, especialmente suas interações com o TRX1 e outras proteínas, os pesquisadores estão abrindo caminho para futuras descobertas em sinalização celular e intervenções terapêuticas. A pesquisa contínua promete gerar insights importantes que podem ter um impacto significativo na saúde e no manejo de doenças.
Título: The cryo-EM structure of ASK1 reveals an asymmetric architecture allosterically modulated by TRX1
Resumo: Apoptosis signal-regulating kinase 1 (ASK1) is a crucial stress sensor, directing cells towards apoptosis, differentiation and senescence via the p38 and JNK signaling pathways. ASK1 dysregulation has been associated with cancer and inflammatory, cardiovascular and neurodegenerative diseases, among others. However, our limited knowledge of the underlying structural mechanism of ASK1 regulation hampers our ability to target this member of the MAP3K protein family towards developing therapeutic interventions for these disorders. Nevertheless, as a multidomain Ser/Thr protein kinase, ASK1 is regulated by a complex mechanism involving dimerization and interactions with several other proteins, including thioredoxin 1 (TRX1). Thus, the present study aims at structurally characterizing ASK1 and its complex with TRX1 using several biophysical techniques. As shown by cryo-EM analysis, in a state close to its active form, ASK1 is a compact and asymmetric dimer, which enables extensive interdomain and interchain interactions. These interactions stabilize the active conformation of the ASK1 kinase domain. In turn, TRX1 functions as a negative allosteric effector of ASK1, modifying the structure of the TRX1-binding domain and changing its interaction with the tetratricopeptide repeats domain. Consequently, TRX1 reduces access to the activation segment of the kinase domain. Overall, our findings not only clarify the role of ASK1 dimerization and inter-domain contacts but also provide key mechanistic insights into its regulation, thereby highlighting the potential of ASK1 protein-protein interactions as targets for antiinflammatory therapy.
Autores: Tomas Obsil, K. Honzejkova, D. Kosek, V. Obsilova
Última atualização: 2024-02-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.12.20.572539
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.12.20.572539.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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