Novas ideias sobre o excesso de raios-X suaves em AGNs
Pesquisas mostram o papel da corona quente nos núcleos galácticos ativos.
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Índice
- Características do Excesso de Raios-X Suaves
- A Hipótese da Corona quente
- Características Observacionais e Aquecimento Anômalo
- O Papel da Acreção
- Comparações com Outros Modelos
- Dependência da Temperatura e Taxa de Acreção
- Por que Resultados Similares em Diferentes Buracos Negros?
- Conclusão: Direções Futuras
- Fonte original
- Ligações de referência
Núcleos galácticos ativos (AGN) são os centros brilhantes de algumas galáxias, alimentados por buracos negros supermassivos. Quando matéria cai nesses buracos negros, forma um disco de Acreção. Esse disco é uma massa giratória de gás e poeira que aquece e emite uma quantidade enorme de energia, especialmente na forma de raios-X. Uma característica intrigante dos espectros de raios-X de muitos AGNs é o excesso de raios-X suaves, que se refere a emissões adicionais de raios-X com energias mais baixas do que o esperado.
Características do Excesso de Raios-X Suaves
O excesso de raios-X suaves é visto nos espectros de muitos AGNs. Esse excesso é marcado por uma temperatura eletrônica na faixa de 0,1 a 0,3 keV e índices de fótons em torno de 2,2 a 3. O que torna esse fenômeno interessante é que esses valores parecem ser independentes da massa do buraco negro ou da taxa em que a matéria está caindo nele, o que é contrário ao que se esperaria com base em modelos tradicionais de discos de acreção.
A Hipótese da Corona quente
Para explicar o excesso de raios-X suaves, uma ideia é que a camada externa do disco de acreção atua como uma coroa quente. Essa camada é dominada por dispersão e absorve e dispersa a radiação emitida do disco abaixo. Os pesquisadores desenvolveram modelos para entender como essa camada funciona e o que influencia sua temperatura.
Construindo um Modelo
Um modelo simples pode ajudar a entender a coroa quente e seus efeitos. O modelo leva em conta várias fatores-chave:
Profundidade Óptica Efetiva: Isso mede quanto de luz pode escapar da coroa e reflete o quão espessa é a camada.
Equilíbrio Energético: Isso considera o equilíbrio entre quanto de energia é gerada na coroa e quanto é perdido em processos de resfriamento.
Mecanismos de Resfriamento: O principal mecanismo de resfriamento na coroa quente é o resfriamento Compton, onde fótons suaves são dispersos por elétrons quentes.
Características Observacionais e Aquecimento Anômalo
Para combinar as características observacionais do excesso de raios-X suaves, os pesquisadores propõem que uma fonte adicional de energia, chamada aquecimento anômalo, está presente dentro da coroa quente. Esse aquecimento ocorre devido a processos não levados em conta pela dissipação de energia local. Tanto as taxas de aquecimento quanto de resfriamento estão ligadas a quanto de energia é liberada pelo processo de acreção.
Consistência de Temperatura
Um aspecto intrigante da coroa quente é que as temperaturas permanecem bastante consistentes entre diferentes AGNs. Isso sugere que os processos de aquecimento e resfriamento operam de tal forma que a temperatura de equilíbrio se mantém a mesma, independentemente das especificidades do buraco negro ou da quantidade de material caindo nele.
O Papel da Acreção
A acreção de matéria tem um papel significativo no comportamento da coroa quente. Um aumento na massa da matéria sendo puxada para o buraco negro geralmente leva a uma maior dissipação de energia na coroa. No entanto, a temperatura resultante segue o mesmo padrão em diferentes sistemas, indicando mecanismos subjacentes que estabilizam esse processo de aquecimento.
Comparações com Outros Modelos
O modelo da coroa quente é uma das duas principais ideias que explicam o excesso de raios-X suaves. A outra é a reflexão ionizada relativisticamente borrada, que sugere que o excesso vem da reflexão de raios-X de alta energia. Em contraste, o modelo da coroa quente se encaixa nas observações de forma mais natural, especialmente nos espectros suaves que não possuem características atômicas complexas.
Características Espectrais
Os espectros do excesso de raios-X suaves têm uma forma suave, o que apoia a explicação da coroa quente. Futuros estudos visando dados espectroscópicos de maior resolução ajudarão a confirmar melhor essa hipótese.
Dependência da Temperatura e Taxa de Acreção
Uma grande pergunta surge sobre por que não são observadas estruturas coronal intermediárias de temperatura (variando de 1 a 10 keV). O modelo da coroa quente sugere que as temperaturas se dividem em duas categorias distintas: temperaturas mais altas vistas em coroas quentes e a coroa quente na faixa de 0,1 a 0,3 keV. A falta de temperaturas intermediárias é provavelmente devido a condições de estabilidade dentro da estrutura da coroa.
Efeitos da Taxa de Acreção
Como a coroa quente responde a mudanças na taxa de acreção também é crucial. Quando a taxa de acreção diminui, tanto as taxas de aquecimento quanto de resfriamento dentro da coroa também caem. No entanto, como essas taxas diminuem em proporção uma à outra, a temperatura média permanece consistente.
Por que Resultados Similares em Diferentes Buracos Negros?
Uma característica marcante da coroa quente é que temperaturas coronais semelhantes são notadas independentemente das diferentes massas de buracos negros. Esse fenômeno convida a especulações sobre as condições que determinam as características da coroa quente. Parece que alguns processos subjacentes regulam a estabilidade da temperatura entre diferentes sistemas.
Conclusão: Direções Futuras
Em conclusão, o modelo da coroa quente oferece uma explicação promissora para o excesso de raios-X suaves observado em núcleos galácticos ativos. Ao investigar mais os mecanismos de aquecimento e resfriamento nessa região, os pesquisadores esperam esclarecer as muitas questões abertas em torno dos AGNs e seu comportamento. Observações contínuas e modelos mais avançados irão aprofundar nossa compreensão dessas entidades cósmicas complexas.
Título: Model of a `Warm Corona' as the Origin of the Soft X-ray Excess of Active Galactic Nuclei
Resumo: The soft X-ray excess in the spectra of active galactic nuclei is characterized by similar electron temperatures of 0.1 -- 0.3 keV and similar photon indices around 2.2 -- 3, if fitted with inverse Comptonization. It remains a puzzle why both values are not sensitive to the black hole mass nor accretion rate. Supposing that the scattering-dominated surface layer of an accretion disk can act as a warm corona, we construct a vertically one-zone model to understand what determines its temperature By solving the equations of (1) the condition for the effective optical depth, (2) the energy balance, and (3) dominance of the Compton cooling over the bound-free cooling, we could reproduce the basic observational features of the soft excess, provided that anomalous heating (excess heating other than what is expected by local energy dissipation) takes place in the warm corona. The similar temperatures can be understood, since both of the anomalous heating and Compton cooling rates are proportional to the dissipation rate of the accretion energy, while similar photon indices are a natural consequence of the fact that observed photons are finally emitted from the layer of Compton $y\sim 1$. The soft excess is not observed in black hole binaries, since disk temperatures are too high for the Compton scattering to work as cooling. The derived temperatures are somewhat underestimation, however. This may indicate a necessity of multi-zone corona structure. The stability of the warm corona and its consequences are briefly discussed.
Autores: Norita Kawanaka, Shin Mineshige
Última atualização: 2023-09-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.07463
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.07463
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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