A Dinâmica das Estrelas Simbióticas Durante as Erupções
Este estudo analisa a formação de vento neutro em sistemas estelares simbioticos.
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Estrelas simbiônicas são sistemas celestiais únicos formados por duas estrelas: uma gigante fria e uma estrela compacta, geralmente uma anã branca. Esses sistemas podem passar por explosões massivas, que são aumentos repentinos de brilho que podem durar de meses a anos. Este artigo explora como essas explosões levam à formação de uma região de vento neutro no plano orbital desses sistemas estelares.
Entendendo Estrelas Simbiônicas
Estrelas simbiônicas são caracterizadas pela troca de massa entre os dois componentes. A anã branca acumula material do vento estelar da estrela gigante. Às vezes, esse processo de acreção desencadeia uma queima nuclear instável na superfície da anã branca, resultando em explosões significativas.
Durante essas explosões, vários fenômenos ocorrem, incluindo:
- Um aumento de brilho de várias magnitudes.
- A produção de ventos estelares de baixa e alta velocidade.
- Ejeção de jatos em alguns casos.
O Papel do Vento Neutro
O estudo revela uma região de vento neutro surgindo no plano orbital durante essas fases ativas. Os pesquisadores determinaram a presença desse vento neutro medindo as densidades de coluna de hidrogênio usando a análise da luz ultravioleta ao redor de linhas espectrais específicas. Em particular, eles se concentraram na linha de Lyman-alfa, que é sensível à presença de hidrogênio neutro.
Requisitos para Observações
Para estudar esse fenômeno, os pesquisadores escolheram binárias simbiônicas eclipsantes. Esses são sistemas onde uma estrela passa na frente da outra da nossa linha de visão, permitindo que eles observem mudanças no brilho e características espectrais durante diferentes fases orbitais. Os objetos estudados incluíram BF Cyg, CI Cyg, YY Her, entre outros, cada um fornecendo dados únicos.
Técnicas de Medição
Os pesquisadores usaram a dispersão Rayleigh, que ocorre quando a luz interage com átomos de hidrogênio neutro. Eles analisaram quanto de luz foi dispersa para determinar a densidade de hidrogênio nas proximidades da anã branca. Essa técnica lhes permitiu medir a quantidade de vento neutro presente em vários pontos da órbita.
Resultados Observacionais
Os resultados mostraram que as densidades de coluna de hidrogênio variavam significativamente dependendo da posição das estrelas dentro de sua órbita. Em particular, eles encontraram:
- Densidades de coluna altas em direção à conjunção inferior indicam a presença de uma região neutra no plano orbital.
- Os valores seguiram uma tendência geral, sugerindo uma estrutura consistente do vento neutro ao redor da gigante vermelha.
Implicações das Descobertas
O surgimento dessa região de vento neutro altera a estrutura de ionização do sistema simbiônico. Durante fases quiescentes, o ambiente ao redor da anã branca é principalmente ionizado, mas durante fases ativas, a presença de hidrogênio neutro indica um efeito de resfriamento devido ao bloqueio da radiação ionizante pelo vento denso.
Distribuição Assimétrica do Vento
Os pesquisadores observaram que o vento da estrela gigante não tem uma distribuição uniforme. Em vez disso, a densidade varia dependendo da fase orbital, sugerindo uma estrutura assimétrica. Essa assimetria reflete observações em outros sistemas estelares, sugerindo que pode ser um traço comum para essas binárias interativas.
Conclusão
O estudo trouxe novas percepções sobre o comportamento das estrelas simbiônicas durante explosões. A detecção de um vento neutro no plano orbital tem implicações importantes para entender a interação entre as duas estrelas e a dinâmica geral do sistema.
Pesquisas futuras provavelmente se concentrarão em modelar o comportamento desses sistemas em maior detalhe, possivelmente ajudando a esclarecer fenômenos mais amplos, como explosões de novas clássicas. As descobertas poderiam levar a uma melhor compreensão dos processos de transferência de massa em sistemas estelares binários e sua evolução ao longo do tempo.
Direções Futuras
Dado os resultados deste estudo, os próximos passos podem incluir:
- Ampliar a faixa de alvos para incluir mais estrelas simbiônicas com características diferentes.
- Refinar ainda mais os modelos de dinâmica do vento para explicar as assimetrias observadas.
- Investigar como a presença do vento neutro impacta todo o sistema estelar por períodos mais longos.
Esses esforços poderiam, em última análise, construir uma compreensão mais abrangente das estrelas simbiônicas e seus comportamentos únicos, especialmente durante explosões.
Título: The emergence of a neutral wind region in the orbital plane of symbiotic binaries during their outbursts
Resumo: Accretion of mass onto a white dwarf (WD) in a binary system can lead to stellar explosions. If a WD accretes from stellar wind of a distant evolved giant in a symbiotic binary, it can undergo occasional outbursts in which it brightens by several magnitudes, produces a low- and high-velocity mass-outflow, and, in some cases, ejects bipolar jets. In this paper, we complement the current picture of these outbursts by the transient emergence of a neutral region in the orbital plane of symbiotic binaries consisting of wind from the giant. We prove its presence by determining H$^0$ column densities ($N_{\rm H}$) in the direction of the WD and at any orbital phase of the binary by modeling the continuum depression around the Ly$\alpha$ line caused by Rayleigh scattering on atomic hydrogen for all suitable objects, i.e., eclipsing symbiotic binaries, for which a well-defined ultraviolet spectrum from an outburst is available. The $N_{\rm H}$ values follow a common course along the orbit with a minimum and maximum of a few times $10^{22}$ and $10^{24}$ cm$^{-2}$ around the superior and inferior conjunction of the giant, respectively. Its asymmetry implies an asymmetric density distribution of the wind from the giant in the orbital plane with respect to the binary axis. The neutral wind is observable in the orbital plane due to the formation of a dense disk-like structure around the WD during outbursts, which blocks ionizing radiation from the central burning WD in the orbital plane.
Autores: Augustin Skopal
Última atualização: 2023-05-07 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.04220
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.04220
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