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# Física# Astrofísica solar e estelar

Novas Descobertas sobre Pulsações Quase-Periódicas em Erupções Solares

Pesquisas mostram mudanças nos períodos de QPP durante erupções solares, revelando a dinâmica das erupções.

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Comportamento do QPPComportamento do QPPDurante Flares Solaresbastante em erupções solares.Estudo mostra que períodos de QPP mudam
Índice

As explosões solares são explosões repentinas de energia do Sol, que podem liberar radiação intensa e partículas. Uma das várias características que aparecem durante essas explosões são as Pulsações Quasi-Periódicas (PQP), que são sinais repetitivos que ocorrem por um curto período. Entender as PQPs é importante, pois elas podem oferecer pistas sobre os processos que acontecem durante as explosões solares.

As PQPs costumam ser marcadas por flutuações de brilho e podem variar de segundos a várias dezenas de segundos. Elas podem ser observadas em diferentes comprimentos de onda, tornando-se um fenômeno amplo. Mesmo que sinais fortes tenham sido detectados em raios X duros e micro-ondas, observações em raios X suaves e ultravioleta extremo mostram que PQPs menores também são comuns durante as explosões solares.

O estudo das PQPs não se limita ao nosso Sol; estrelas fora do nosso sistema solar também mostraram pulsos semelhantes em suas explosões, tornando esse um tópico universal em astrofísica. Ao entender melhor as PQPs solares, também podemos obter insights sobre explosões estelares.

O que causa as PQPs?

As razões para as PQPs não são completamente compreendidas, mas mais de quatorze teorias diferentes foram apresentadas. Essas teorias podem ser agrupadas em três categorias:

  1. Mecanismos envolvendo emissões de plasma: Essas sugerem que a liberação de plasma durante uma explosão poderia ser afetada por oscilações magnéticas na atmosfera do Sol.
  2. Efeitos de ondas MHD: Algumas teorias propõem que essas ondas influenciam como a energia é liberada durante uma explosão.
  3. Liberação espontânea de energia: Também existem ideias que sugerem que a energia pode ser liberada de maneira semelhante a PQPs sem nenhuma modulação.

Apesar dos avanços nas teorias, ainda há muito debate sobre qual mecanismo é o mais relevante, e é provável que múltiplos processos trabalhem juntos.

A natureza das PQPs

Observações recentes mostram que as PQPs podem mudar ao longo do tempo, com a frequência e a força delas variando durante o curso de uma explosão solar. Por exemplo, é comum que os períodos das PQPs na Fase de Decaimento de uma explosão sejam mais longos do que aqueles na fase impulsiva. Isso levanta questões sobre o comportamento típico das PQPs-essa mudança é sistemática ou aleatória, e tem relação com diferentes tipos de explosões?

Para esclarecer isso, mais estudos detalhados são necessários sobre como as PQPs mudam durante as explosões. A maioria das técnicas usadas até agora supôs que as PQPs permanecem estáveis, o que pode levar a uma má interpretação dos dados, já que mudanças rápidas podem estar sendo ignoradas.

Visão geral da pesquisa

Neste estudo, focamos nas PQPs a partir de uma coleção de explosões solares durante um ciclo solar específico. Selecionamos um total de 205 casos de explosões das classes M e X, conhecidas pela sua intensidade. Deste grupo, avaliamos 98 que mostraram evidências fortes de PQPs.

A análise envolveu examinar tanto a fase impulsiva (a explosão inicial de energia) quanto a fase de decaimento (o desaparecimento da energia) das explosões. O objetivo era determinar se os períodos das PQPs mudaram entre essas duas fases e se essa mudança tinha alguma correlação com fatores como duração da explosão, energia liberada ou a ocorrência de Ejeções de Massa Coronal (EMCs).

Como estudamos as PQPs

Para realizar este estudo, usamos dados do satélite GOES, que mede raios X suaves. Olhamos para as curvas de luz-esses são gráficos que mostram a intensidade da radiação ao longo do tempo. As pulsações foram analisadas usando um método chamado Transformada Rápida de Fourier (FFT), que ajuda a identificar os períodos dominantes nos dados.

Qualquer mudança significativa nos períodos de pulsação entre as duas fases foi registrada. Classificamos as PQPs com base em se mostravam um aumento (desvio positivo) ou diminuição (desvio negativo) nos períodos. Também comparamos essas mudanças à duração da explosão e à sua produção de energia.

Principais descobertas

Entre as 98 explosões analisadas, evidências de não-estacionaridade foram encontradas em 81 delas. A maioria das PQPs mostrou um aumento consistente de cerca de 10 segundos da fase impulsiva para a fase de decaimento. Especificamente, 66 explosões exibiram um aumento no período, enquanto 14 mostraram uma diminuição.

Houve uma correlação positiva entre a quantidade de mudança de período e a duração da explosão, sugerindo que explosões mais longas permitiram mais tempo para mudanças ocorrerem. No entanto, nenhuma relação significativa foi encontrada entre as mudanças nos períodos de PQP e a energia da explosão ou se uma EMC ocorreu.

Notavelmente, mesmo que a presença de uma EMC pudesse sugerir mais atividade, isso não correlacionou necessariamente com as mudanças nos períodos de PQP.

Visualizando mudanças nas PQPs

As mudanças nas PQPs podem ser visualizadas por meio de gráficos que comparam períodos das fases impulsiva e de decaimento. Esses gráficos mostraram que, em geral, muitas PQPs tinham períodos mais longos durante a fase de decaimento em comparação com sua fase impulsiva. Em média, o período dominante cresceu cerca de 13 segundos para explosões com desvio positivo, enquanto aquelas com desvio negativo diminuíram cerca de 10 segundos.

Analisando taxas de mudança

Também analisamos quão rápido essas mudanças ocorreram, examinando a taxa de desvio de período em comparação com o período médio de PQP. A maioria dessas taxas caiu dentro de um certo intervalo e, curiosamente, não houve uma correlação notável com fatores como energia da explosão ou associação com EMC.

Essa consistência na taxa de mudança entre diferentes tipos de explosões sugere que as PQPs podem evoluir de forma semelhante, independentemente das características da explosão.

Forças e limitações

Embora essa pesquisa forneça insights importantes sobre as PQPs, é importante reconhecer suas limitações. O estudo se concentrou principalmente em explosões que já exibiam comportamento de PQP, o que pode não representar toda a gama de PQPs. Consequentemente, mudanças rápidas podem ter sido negligenciadas, e a metodologia pode simplificar a natureza complexa desses fenômenos.

As fases escolhidas para análise foram um tanto arbitrárias, e isso pode ter influenciado os resultados. Estudos futuros devem considerar uma abordagem mais contínua para observar as PQPs como processos dinâmicos, permitindo uma melhor compreensão de sua evolução.

Conclusão

Em resumo, o estudo destaca que a não-estacionaridade é uma propriedade comum das PQPs observadas nas explosões solares. A maioria das explosões indicou que os períodos de PQP geralmente se alongaram da fase impulsiva para a fase de decaimento. Também ressaltou a necessidade de mais pesquisas para explorar os efeitos de diferentes fatores, incluindo configurações magnéticas e características de EMCs.

Entender o comportamento das PQPs pode fornecer insights valiosos tanto sobre eventos solares quanto estelares. À medida que a pesquisa avança, temos o potencial de desvendar mais sobre esses fascinantes fenômenos cósmicos.

Fonte original

Título: Prevalence of non-stationarity in quasi-periodic pulsations (QPPs) associated with M- and X-class solar flares

Resumo: Quasi-periodic pulsations (QPPs) are frequently observed in solar and stellar flare emission, with recent studies suggesting that an increasing instantaneous period is a common characteristic of QPPs. Determining the prevalence of non-stationarity in QPPs contributes to a better understanding of which mechanisms are responsible in QPP generation. We obtain the rate of period evolution from QPPs in 98 M- and X-class flares from Solar Cycle 24 with average periods between 8-130s and investigate the prevalence of QPP non-stationarity. We also investigate whether the presence of a Coronal Mass Ejection (CME) impacts the period evolution of QPPs. We analyse soft X-ray lightcurves obtained from GOES' X-Ray Sensor (XRS) and assess the dominant periods in the impulsive and decay phases of the flares using the Fast Fourier Transform. We relate the rate of period evolution to flare duration, peak flare energy, and average QPP period. We find evidence of non-stationarity in 81% of the flares assessed, with most QPPs exhibiting a period evolution of less than 10s between the impulsive and decay phases, of which 66% exhibited an apparent period growth and 14% showed an apparent period shrinkage. We find a positive correlation between the absolute magnitude of period evolution and the duration of the flare and no correlation between the period evolution of the QPPs and flare energy or CME presence. Furthermore, we conclude that non-stationarity is common in solar QPPs and must be accounted for in flare analysis.

Autores: Tishtrya Mehta, Anne-Marie Broomhall, Laura Hayes

Última atualização: 2023-05-31 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.19737

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.19737

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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