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# Física# Astrofísica solar e estelar# Astrofísica das Galáxias

Entendendo os ambientes de supernovas de colapso do núcleo

Analisando como os ambientes influenciam eventos explosivos em estrelas massivas.

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Insights sobre SupernovasInsights sobre Supernovasde Colapso Centralnos eventos de supernova.Analisando a influência dos ambientes
Índice

Supernovas de colapso central (CCSNs) são explosões superpotentes que rolam quando estrelas massivas ficam sem combustível e não conseguem mais se sustentar contra a gravidade. Esses eventos são importantes pra entender como as estrelas evoluem e como elas afetam o que tá em volta. Estudando os ambientes onde essas supernovas acontecem, os pesquisadores conseguem sacar mais sobre os ciclos de vida das estrelas massivas.

Nesse estudo, a gente tá focado em analisar os ambientes de CCSNs detectadas pelo All-Sky Automated Survey for Supernovae (ASAS-SN). Usando instrumentos avançados como o MUSE no Very Large Telescope (VLT), a gente examina uma grande amostra de supernovas e suas galáxias anfitriãs.

A Importância dos Ambientes de CCSN

Estudar os ambientes de CCSNs pode dar pistas sobre as propriedades das estrelas que explodiram. As condições onde essas estrelas se formam podem influenciar o tipo de supernova que rola. Por exemplo, diferentes tipos de CCSNs, como Tipo II, Tipo Ib e Tipo Ic, estão ligados a diferentes estrelas progenitoras e ambientes.

Saber como são os ambientes das supernovas ajuda os pesquisadores a fazer conexões entre as estrelas que explodem e as explosões em si. O objetivo é entender mais sobre as condições iniciais que levam às supernovas e como esses eventos contribuem pra evolução das galáxias.

Seleção da Amostra

O survey ASAS-SN é um projeto que visa detectar supernovas por todo o céu. Esse jeito de trabalhar permite que os pesquisadores coletem dados de uma variedade grande de ambientes sem ficar tendencioso pra galáxias mais brilhantes ou mais perto. Neste estudo, usamos uma amostra de 112 CCSNs identificadas entre 2014 e 2018.

Pra ser incluída, as supernovas precisam ter dados claros sobre suas localizações e suas galáxias anfitriãs. Isso garante que a gente consiga analisar com precisão os ambientes imediatos ao redor das explosões.

Analisando as Galáxias Anfitriãs

Com o instrumento MUSE, a gente explora várias propriedades físicas das galáxias anfitriãs onde essas supernovas rolaram. Fatores chave incluem:

  • A taxa de formação estelar (SFR): Mostra quão rápido novas estrelas estão se formando numa galáxia.
  • A largura equivalente de hidrogênio (H EW): Mede a força das linhas de emissão de hidrogênio, refletindo a presença de estrelas jovens.
  • Abundância de Oxigênio: Indica quanto oxigênio tá presente na galáxia, que tá ligado à riqueza metálica do ambiente.
  • Extinção: Mede quantas luz é absorvida por poeira e gás, o que pode afetar as observações.

Esses fatores ajudam a formar uma imagem do ambiente onde cada supernova ocorreu.

Tipos de Supernovas de Colapso Central

Existem vários tipos de CCSNs, cada um ligado a diferentes estrelas progenitoras. Eles incluem:

  • Supernovas Tipo II: Caracterizadas pela presença de hidrogênio em seus espectros e normalmente surgem de estrelas supergigantes vermelhas.
  • Supernovas Tipo Ibc (Ib e Ic): Esses eventos não têm hidrogênio e acredita-se que vêm de estelas mais massivas que perderam suas camadas externas.
  • Supernovas Tipo IIn: Acontecem em ambientes com material circumstelar denso, muitas vezes produzindo linhas de emissão estreitas em seus espectros.

Analisando diferentes tipos de CCSNs, a gente consegue entender melhor suas progenitoras e os ambientes que levaram à sua formação.

Resultados da Análise

A gente descobriu que os ambientes têm um papel crucial em moldar as propriedades das supernovas. Aqui estão algumas das principais descobertas da nossa análise:

Taxas de Formação Estelar

Os tipos de supernovas mostram variações nas taxas de formação estelar ao redor. Supernovas de envelope despojado (SESNe), que incluem os Tipos Ib e Ic, tendem a ocorrer em regiões com taxas de formação estelar mais altas em comparação com supernovas Tipo II. Isso sugere que essas supernovas podem vir de populações estelares mais jovens.

Largura Equivalente de Hidrogênio

A largura equivalente de hidrogênio é um indicador importante da atividade recente de formação estelar em uma região. Nossa análise mostrou que SESNe tinham uma mediana de H EW mais alta em comparação com supernovas Tipo II. Isso alinha com a ideia de que SESNe estão ligadas a regiões de formação estelar mais ativas.

Abundância de Oxigênio

A abundância de oxigênio dá pistas sobre a metallicidade do ambiente. SESNe tendem a ocorrer em áreas com maior abundância de oxigênio em comparação com supernovas Tipo II. Isso é significativo porque ambientes ricos em metais podem influenciar a evolução e os estágios finais de estrelas massivas.

Níveis de Extinção

O estudo também revelou níveis semelhantes de extinção entre diferentes tipos de supernovas, sugerindo que poeira e gás nas galáxias afetaram todos os tipos de CCSN de maneira parecida.

Correlações com Propriedades da Curva de Luz

Curvas de luz, que mostram como o brilho de uma supernova muda ao longo do tempo, podem revelar muita coisa sobre os mecanismos de explosão e as propriedades das progenitoras. Nossa análise buscou correlações entre as propriedades da curva de luz e as características físicas dos ambientes das supernovas.

Taxas de Declínio Pós-Máximo

Para supernovas Tipo II, a gente observou uma correlação entre a taxa que a luz declina depois de atingir o brilho máximo e a largura equivalente de hidrogênio. Eventos que declinaram mais rápido foram encontrados em ambientes com menor H EW, o que sugere uma conexão entre o comportamento da curva de luz e as condições ao redor.

Curvas de Luz SESNe

Para SESNe, a gente também encontrou algumas correlações fracas entre o brilho no pico de luminosidade, largura equivalente de hidrogênio e taxa de formação estelar. Isso indica possíveis ligações entre quão brilhantes esses eventos aparecem e as características dos seus ambientes.

Conclusão

As descobertas desse estudo destacam a relação entre CCSNs e seus ambientes. Analisando uma amostra grande e representativa de supernovas através da pesquisa ASAS-SN e MUSE, a gente pode ver conexões entre os tipos de supernovas e suas condições físicas ao redor.

Os resultados sugerem que SESNe surgem de regiões mais jovens e ativamente formadoras do que as supernovas Tipo II. Além disso, a abundância de oxigênio e a taxa de formação estelar variam significativamente entre diferentes tipos de supernovas, dando a gente insights valiosos sobre a natureza de suas progenitoras.

No fim das contas, essa análise abre caminho pra mais exploração. Estudos futuros vão buscar aprofundar nossa compreensão das relações entre supernovas e seus ambientes, levando a mais insights sobre a evolução estelar e a formação de galáxias. O objetivo é continuar ampliando esses achados pra sacar melhor os ciclos de vida das estrelas massivas e seus finais dramáticos.

Fonte original

Título: A characterization of ASAS-SN core-collapse supernova environments with VLT+MUSE: I. Sample selection, analysis of local environments, and correlations with light curve properties

Resumo: The analysis of core-collapse supernova (CCSN) environments can provide important information on the life cycle of massive stars and constrain the progenitor properties of these powerful explosions. The MUSE instrument at the VLT enables detailed local environment constraints of the progenitors of large samples of CCSNe. Using a homogeneous SN sample from the ASAS-SN survey has enabled us to perform a minimally biased statistical analysis of CCSN environments. We analyze 111 galaxies observed by MUSE that hosted 112 CCSNe detected or discovered by the ASAS-SN survey between 2014 and 2018. The majority of the galaxies were observed by the the AMUSING survey. Here we analyze the immediate environment around the SN locations and compare the properties between the different CCSN types and their light curves. We used stellar population synthesis and spectral fitting techniques to derive physical parameters for all HII regions detected within each galaxy, including the star formation rate (SFR), H$\alpha$ equivalent width (EW), oxygen abundance, and extinction. We found that stripped-envelope (SE) SNe occur in environments with a higher median SFR, H$\alpha$ EW, and oxygen abundances than SNe II and SNe IIn/Ibn. The distributions of SNe II and IIn are very similar, indicating that these events explode in similar environments. For the SESNe, SNe Ic have higher median SFRs, H$\alpha$ EWs, and oxygen abundances than SNe Ib. SNe IIb have environments with similar SFRs and H$\alpha$ EWs to SNe Ib, and similar oxygen abundances to SNe Ic. We also show that the postmaximum decline rate, $s$, of SNe II correlates with the H$\alpha$ EW, and that the luminosity and the $\Delta m_{15}$ parameter of SESNe correlate with the oxygen abundance, H$\alpha$ EW, and SFR at their environments. This suggests a connection between the explosion mechanisms of these events to their environment properties.

Autores: Thallis Pessi, Jose L. Prieto, Joseph P. Anderson, Lluís Galbany, Joseph D. Lyman, Christopher Kochanek, Subo Dong, Francisco Forster, Raul González-Díaz, Santiago Gonzalez-Gaitan, Claudia P. Gutiérrez, Thomas W. -S. Holoien, Philip A. James, Cristina Jiménez-Palau, Evelyn J. Johnston, Hanindyo Kuncarayakti, Fabián Rosales-Ortega, Sebastian F. Sánchez, Steve Schulze, Benjamin Shappee

Última atualização: 2023-09-28 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.11961

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.11961

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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