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Entendendo a Formação de Estrelas Massivas

Um modelo explica como as estrelas massivas crescem em relação aos seus núcleos com o tempo.

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A formação de estrelas massivas ainda é um mistério na astrofísica. Os cientistas tão interessados em como a massa das maiores estrelas se relaciona com a massa dos núcleos onde elas nascem. Estudos recentes com simulações computacionais mostraram que os núcleos dessas estrelas ficam mais pesados ao longo do tempo e que as estrelas maiores muitas vezes se formam depois das menores, às vezes milhões de anos depois.

Esse artigo apresenta um modelo que ajuda a explicar esse processo. Ele sugere que existe um mecanismo chamado "estrangulamento gravitacional", onde parte da massa que cai em um núcleo não chega a se transformar na estrela em crescimento. Em vez disso, ela fica presa no núcleo, permitindo que tanto o núcleo quanto a estrela cresçam juntos.

O Modelo Aceitável de Crescimento Estelar

A ideia por trás do modelo é simples. À medida que uma estrela se forma dentro de um núcleo, ela puxa gás e poeira do entorno para ganhar massa. No entanto, o núcleo também acumula massa da área ao redor. O modelo mostra como a massa no núcleo e a massa da estrela podem aumentar simultaneamente e ainda ajuda a prever como a formação de estrelas massivas acontece ao longo do tempo.

O modelo aborda perguntas chave, como quanta massa um núcleo pode suportar antes de não conseguir mais se sustentar e o que acontece quando as estrelas massivas começam a se formar. A ideia é que quando um núcleo fica massivo o suficiente e começa a formar estrelas, isso também leva a mudanças significativas no gás e na poeira ao redor, afetando a formação de estrelas futuras.

Teorias Diferentes de Formação de Estrelas

Existem duas teorias principais sobre como as estrelas massivas se formam. A primeira se chama Acreção Competitiva. Nesse cenário, as estrelas que se formam em um grupo compartilham o mesmo campo gravitacional. Aqueles que estão no centro desse campo puxam gás mais rapidamente, ficando maiores do que os que estão nas bordas.

A segunda teoria é chamada de modelo de núcleo turbulento. Isso sugere que um núcleo denso deve se formar primeiro, onde a pressão é alta o suficiente para permitir que uma protostar cresça. A pressão permite que o núcleo resista às forças que poderiam, de outra forma, interromper sua formação.

Apesar de terem fundamentos diferentes, ambas as teorias assumiram que a massa total de gás ao redor dessas estruturas permanece constante. No entanto, novas simulações mostraram que o gás ao redor das regiões de formação de estrelas pode aumentar em massa e densidade ao longo do tempo, complicando ideias anteriores.

Novas Simulações e Descobertas

Simulações computacionais revelaram que o gás e os aglomerados onde as estrelas se formam podem ganhar massa e densidade à medida que puxam material do entorno. O surpreendente é que mesmo depois que as estrelas começam a se formar, a massa e a densidade do gás continuam aumentando. Essa descoberta implica que nem todo gás que flui para esses aglomerados pode ser convertido em estrelas, levando a um aumento da massa do núcleo em vez disso.

O modelo sugere que a formação inicial de um núcleo pode começar como uma estrutura de baixa massa e evoluir para uma de alta massa. Eventualmente, estrelas se formarão nesse núcleo e, à medida que acumulam massa, o núcleo pode ser esgotado. Foi observada uma correlação significativa entre a massa da estrela mais massiva e a massa total do aglomerado em que ela reside.

Perguntas para Considerar

Diversas perguntas surgem ao pensar sobre como os núcleos crescem e como são influenciados pelo entorno.

  1. Qual mecanismo permite que os núcleos reúnam massa sem transferi-la totalmente para as estrelas?
  2. Como o crescimento da massa de um núcleo se conecta à massa das estrelas que se formam dentro dele?
  3. Quando a massa interna de um núcleo se torna suficiente para desestabilizar sua estrutura?
  4. Esse limite depende das condições iniciais ou do ambiente ao redor?

Uma ideia é que a turbulência dentro de um núcleo pode ajudar a mantê-lo estável enquanto acumula massa. Mas já que os núcleos se originam do colapso gravitacional, parece improvável que eles consigam equilibrar as forças gravitacionais enquanto continuam a crescer.

O Cenário de Colapso Hierárquico Global

O modelo de Colapso Hierárquico Global oferece uma visão alternativa. Ele postula que vários níveis dentro de nuvens moleculares puxam massa de estruturas maiores. Isso significa que a densidade e a massa das regiões de formação de estrelas podem aumentar ao longo do tempo por meio desse processo em cascata de gravidade.

Dentro dos núcleos, é essencial considerar a auto-gravidade do gás ao longo do processo de formação. Durante os estágios iniciais, não existem estrelas ainda para atrair o gás. Fica claro que o processo de formação de estrelas não pode ser impulsionado apenas pelas protostars presentes. Em vez disso, o gás ao redor também deve desempenhar um papel, especialmente durante os estágios iniciais do colapso do núcleo.

Mecanismos para o Crescimento da Massa do Núcleo

Esse artigo detalha os possíveis mecanismos pelos quais a massa pode acumular em um núcleo. Ao examinar como a gravidade influencia o fluxo de gás dentro de um núcleo, os cientistas podem estimar tanto o crescimento do núcleo quanto a massa das estrelas que se formam dentro dele.

Uma maneira de visualizar isso é imaginar um núcleo cercado por um fundo uniforme de gás e poeira. À medida que o núcleo absorve material do entorno, sua densidade e massa aumentam, o que também influencia o meio ao redor.

O modelo sugere que, inicialmente, o núcleo pode crescer principalmente ao aumentar seu perfil de densidade enquanto permanece mais ou menos do mesmo tamanho. Eventualmente, à medida que as condições mudam, o núcleo se expandirá enquanto continua a reunir massa de seu entorno.

Crescimento da Massa do Núcleo e da Estrela

À medida que o núcleo continua a puxar gás, ele afeta as estrelas que se formam dentro dele. Uma vez que um certo limite de massa é alcançado, o núcleo pode não ter mais gás suficiente para sustentar a formação de novas estrelas, levando a uma diminuição na massa do gás.

Curiosamente, a massa das estrelas que se formam dentro do núcleo pode começar a rivalizar com a massa do próprio núcleo. Quando isso acontece, o processo de formação de estrelas pode desacelerar ou até mesmo parar completamente.

Estudando o Fluxo de Massa

Para entender como a massa flui através de um núcleo, os cientistas observam os perfis de densidade. À medida que o material entra no núcleo, ele cria um gradiente que afeta a velocidade com que pode acumular massa. Esse fluxo de massa depende da atração gravitacional do material ao redor e dentro do núcleo.

No entanto, núcleos reais nem sempre se encaixam nesses modelos idealizados. Em vez disso, eles podem interagir com outras estruturas, como filamentos de gás. Esses filamentos podem alterar os perfis de fluxo e densidade, impactando, em última análise, quanta massa pode ser incorporada ao núcleo.

O Papel dos Filamentos

Na realidade, as regiões de formação de estrelas não são esferas perfeitas. Em vez disso, elas costumam consistir em estruturas representadas como sistemas "hub-filamento", onde centros densos reúnem gás dos filamentos ao redor. Esses filamentos têm suas próprias densidades, que podem mudar como o núcleo acumula massa.

À medida que os núcleos crescem dentro desses sistemas, a presença de filamentos pode fazer os perfis de densidade se achatassem, dificultando que todo o material que chega seja convertido em estrelas. Esse fenômeno significa que parte do gás fica presa dentro do núcleo, permitindo que ele cresça mesmo enquanto as estrelas estão se formando.

O Poder da Acreção

O artigo explora as maneiras pelas quais a massa se acumula do ambiente, enfatizando que os processos não são uniformes. O crescimento da massa e do tamanho de um núcleo é influenciado por quão gás está presente na área ao redor.

Ao considerar um núcleo cercado por gás, é preciso levar em conta as densidades efetivas e como elas impactam a massa total do núcleo. À medida que o material entra no núcleo, sua estrutura pode mudar, afetando a eficiência com que pode ganhar massa.

Feedback Estelar e Massa do Núcleo

O modelo também considera o efeito do feedback das estrelas que se formam dentro do núcleo. Quando estrelas significativas começam a se formar, elas liberam energia que pode afetar o gás ao redor. Essa energia pode aquecer o gás e criar pressão que contrabalança a gravidade, potencialmente desacelerando ou interrompendo a acumulação de massa no núcleo.

À medida que as estrelas mais massivas se formam, sua radiação pode influenciar o material ao redor, tornando desafiador para o novo gás entrar no núcleo e contribuir para o crescimento de futuras estrelas.

Implicações para a Formação de Estrelas

Entender como os núcleos crescem e como estrelas massivas podem se formar oferece insights sobre os processos que governam a formação de estrelas. O modelo implica que a formação de estrelas massivas geralmente leva mais tempo do que a formação de estrelas menores. Esse atraso ocorre porque o núcleo precisa acumular gás suficiente para sustentar o crescimento de uma estrela maior.

As relações entre a massa do núcleo, a massa estelar e os processos que as influenciam também sugerem que, à medida que o tempo avança, a massa da estrela mais massiva em um núcleo provavelmente se correlaciona com a massa total do núcleo.

Conclusão

O artigo conclui que o crescimento de estrelas massivas é um processo complexo influenciado por vários fatores, desde forças gravitacionais até a presença de filamentos e mecanismos de feedback. Ao considerar o crescimento simultâneo da massa do núcleo e da massa estelar, os cientistas podem entender melhor as condições sob as quais estrelas de tamanhos diferentes se formam.

Em resumo, o modelo fornece uma estrutura para avaliar a acumulação de massa em núcleos, levando em conta não apenas as forças gravitacionais em jogo, mas também como fatores externos podem moldar os resultados da formação de estrelas. Os resultados também indicam que a evolução das massas estelares em regiões de formação de estrelas continua a se expandir ao longo do tempo, fornecendo, em última análise, uma imagem mais clara de como estrelas massivas emergem no universo.

Fonte original

Título: Multi-scale accretion in dense cloud cores and the delayed formation of massive stars

Resumo: The formation mechanism of massive stars remains one of the main open problems in astrophysics, in particular the relationship between the mass of the most massive stars, and that of the cores in which they form. Numerical simulations of the formation and evolution of large molecular clouds, within which dense cores and stars form self-consistently, show in general that the cores' masses increase in time, and also that the most massive stars tend to appear later (by a few to several Myr) than lower-mass stars. Here we present an idealized model that incorporates accretion onto the cores as well as onto the stars, in which the core's mass growth is regulated by a ``gravitational choking'' mechanism that does not involve any form of support. This process is of purely gravitational origin, and causes some of the mass accreted onto the core to stagnate there, rather than being transferred to the central stars. Thus, the simultaneous mass growth of the core and of the stellar mass can be computed. In addition, we estimate the mass of the most massive allowed star before its photoionizing radiation is capable of overcoming the accretion flow onto the core. This model constitutes a proof-of-concept for the simultaneous growth of the gas reservoir and the stellar mass, the delay in the formation of massive stars observed in cloud-scale numerical simulations, the need for massive, dense cores in order to form massive stars, and the observed correlation between the mass of the most massive star and the mass of the cluster it resides in. Also, our model implies that by the time massive stars begin to form in a core, a number of low-mass stars are expected to have already formed.

Autores: Enrique Vázquez-Semadeni, Gilberto C. Gómez, Alejandro González-Samaniego

Última atualização: 2024-02-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.13846

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.13846

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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