Resistência ao Frio em Gramas Pooideae: Uma História Complexa
Estudo investiga a relação entre tolerância à seca e ao frio em gramíneas.
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Índice
O frio afeta uma boa parte da terra, trazendo um grande desafio pra muitas plantas. É um estresse e tanto, dificultando a vida das plantas que tentam crescer em lugares onde as temperaturas caem abaixo de zero. Cientistas acham que a capacidade das plantas de aguentar temperaturas congelantes se desenvolveu só em certos grupos. Mesmo com essa limitação, várias famílias de plantas têm Espécies que conseguem tolerar o frio. Isso sugere que a habilidade de sobreviver em condições congelantes pode ter surgido várias vezes na evolução das plantas.
Uma ideia é que a capacidade de lidar com a seca, ou condições Secas, pode ter ajudado as plantas a se adaptarem ao frio. Em geral, métodos pra evitar a desidratação são considerados mais antigos do que os que ajudam com o frio. Todas as plantas precisam de algum jeito de gerenciar a perda de água, uma habilidade que provavelmente começou a se desenvolver quando as plantas primeiramente foram pra terra há centenas de milhões de anos. Embora algumas áreas pequenas e frescas possam ter existido há tempos, ambientes frios significativos, como conhecemos hoje, provavelmente apareceram mais tarde. As plantas com flores parecem ter evoluído em climas mais quentes, com a tolerância ao frio se desenvolvendo enquanto as plantas adaptavam mecanismos antigos pra lidar com estresse.
A Ligação Entre Frio e Seca
A conexão entre as respostas ao frio e à seca foi sugerida há muito tempo. Cientistas descobriram que ambos os tipos de estresse levam a reações semelhantes nas células das plantas, especialmente envolvendo a perda de água. Por exemplo, tanto o frio quanto a seca podem fazer as células encolherem, o que pode causar danos. Em condições de congelamento, o gelo pode se formar dentro ou fora das células, fazendo com que elas quebrem. Durante a seca, a falta de água faz as células se afastarem de suas paredes, levando a um colapso.
As plantas conseguem construir resistência a um baixo teor de água através da produção de certas substâncias e ao reforçar suas paredes celulares. Assim, elas conseguem segurar mais água e manter a pressão celular mesmo quando as condições estão complicadas. Essa habilidade pode ajudar as plantas a tolerar tanto a seca quanto o frio. Estudos também sugerem que geralmente há uma conexão entre o teor de matéria seca de uma planta e sua capacidade de evitar a desidratação.
Pesquisas mostraram que plantas que lidam melhor com a seca tendem a ser mais resilientes ao frio também. No entanto, ainda tem muito a aprender sobre como essas relações se desenvolveram ao longo do tempo.
Pooideae e Seus Habitats
Um grupo de gramíneas chamado Pooideae é bastante encontrado em regiões mais frias e se adaptou a diversos ambientes, incluindo áreas secas e úmidas. Essas gramíneas costumam ser vistas em lugares com temporadas de crescimento curtas, grandes mudanças de temperatura e eventos ocasionais de frio e seca. Isso faz delas um ótimo assunto pra estudar como as plantas se adaptam tanto à escassez de água quanto às temperaturas congelantes.
Os Pooideae provavelmente surgiram em florestas durante um período mais quente, depois mudando para habitats mais abertos. Algumas dessas mudanças podem ter sido influenciadas por condições secas e outros fatores ambientais em vez de resfriamento global. Por isso, muitas espécies de Pooideae se adaptaram bem cedo pra lidar com condições secas. Também há evidências sugerindo que genes semelhantes de resposta à seca são ativados quando essas plantas enfrentam curtos períodos de frio, indicando que as respostas iniciais à seca podem ter ajudado elas a desenvolver respostas ao frio depois.
Objetivos da Pesquisa
Este estudo visa determinar se a tolerância à seca teve um papel no desenvolvimento da tolerância ao frio em Pooideae. Vamos investigar isso realizando experimentos e analisando como as respostas à seca e ao frio evoluíram ao longo do tempo. Nossas previsões incluem:
- Deve haver uma relação positiva entre as respostas à seca e ao frio.
- O teor de matéria seca das folhas deve se correlacionar com a tolerância à seca e ao frio.
- Espécies tolerantes ao frio devem ser encontradas em grupos que eram inicialmente tolerantes à seca.
- A tolerância ao frio deve ter evoluído mais frequentemente em grupos tolerantes à seca.
- As condições climáticas nos habitats naturais dessas espécies devem explicar as variações em suas respostas à seca e ao frio.
Métodos
Seleção de Espécies
Incluímos sementes de várias espécies de Pooideae em nosso estudo, focando na sua disponibilidade e diversidade em termos de geografia e clima. No total, 62 acessões representando 61 espécies foram escolhidas.
Germinação e Crescimento
As plantas foram cultivadas em uma estufa pra promover a germinação sincronizada. Inicialmente, preparamos as sementes pra germinar colocando elas em um ambiente frio e úmido, seguido por um período mais quente. Assim que as plantas estavam grandes o suficiente, elas foram transplantadas e cultivadas por várias semanas.
Depois dessa fase inicial de crescimento, dividimos as plantas em diferentes grupos de tratamento: um grupo controle, um grupo exposto ao frio repentino a −1 °C, um grupo exposto ao frio repentino a −3 °C, e um grupo de tratamento de seca. Os tratamentos de frio envolviam mover as plantas diretamente de condições quentes para congelantes sem qualquer aclimatação.
Tratamento de Seca
No tratamento de seca, monitoramos a umidade do solo em cada vaso, garantindo que chegasse a um nível baixo especificado pra induzir estresse. Depois do período de seca, medimos quão bem as plantas conseguiram se recuperar.
Tratamento de Frio Repentino
No tratamento de frio, as plantas foram colocadas em câmaras de frio, onde a temperatura foi gradualmente diminuída pra simular condições de frio repentino. Após a exposição, avaliamos como as plantas reagiram e se recuperaram.
Medidas Ecofisiológicas
Fizemos várias medições pra avaliar a tolerância à seca e ao frio. Isso incluiu o teor de matéria seca das folhas, vazamento de eletrólitos e medições de fluorescência pra avaliar a saúde das plantas e recuperação após os tratamentos.
Análises Estatísticas e Filogenéticas
Usamos métodos estatísticos pra analisar como diferentes características se relacionavam com as respostas à seca e ao frio. Avaliamos as relações filogenéticas pra ver se espécies intimamente relacionadas mostravam reações semelhantes ao estresse.
Resultados
Variação nas Respostas à Seca e ao Frio
A maioria das plantas mostrou boa recuperação após a exposição a frio leve e seca, mas houve uma variação significativa em como elas lidaram com o frio severo. As medições indicaram que plantas que aguentaram bem a seca frequentemente tiveram mais dificuldades com o frio.
Correlações Entre Características
Encontramos correlações negativas entre a tolerância à seca e ao frio em Pooideae. Plantas que sofreram menos danos durante a seca tendiam a mostrar mais danos durante os tratamentos de frio. Esses padrões sugerem que adaptações pra seca e frio podem não funcionar bem juntas.
Teor de Matéria Seca das Folhas
Encontramos uma relação significativa entre o teor de matéria seca e a tolerância à seca, indicando que um maior teor de matéria seca pode ser benéfico pra evitar estresse por seca. No entanto, não foi encontrada uma ligação semelhante entre a matéria seca e as respostas ao frio.
Reconstrução do Estado Ancestral
Reconstruímos estados ancestrais pra entender como as respostas à seca e ao frio podem ter evoluído em Pooideae. As tribos Stipeae e Lygeeae tinham maior tolerância ancestral à seca, mas menor tolerância ao frio. Em contraste, as tribos centrais de Pooideae mostraram maior tolerância ao frio, sugerindo caminhos evolutivos independentes para essas características.
Correlações Climáticas
As condições climáticas locais pareciam ter pouco efeito em como as espécies responderam à seca e ao frio. Embora algumas variáveis de temperatura mostrassem correlações fracas com a tolerância à seca, nenhuma relação forte foi encontrada para a tolerância ao frio ou teor de matéria seca das folhas.
Discussão
Evolução Independente das Respostas à Seca e ao Frio
Nossos achados sugerem que as respostas à seca e ao frio em Pooideae evoluíram por caminhos independentes. Isso significa que as adaptações que as plantas desenvolveram pra um tipo de estresse não necessariamente ajudam com o outro. A história evolutiva dessas características indica um trade-off onde as plantas podem se especializar em um tipo de estresse ambiental em vez de outro.
Papel do Teor de Matéria Seca das Folhas
Embora tenhamos encontrado uma ligação entre o teor de matéria seca e a tolerância à seca, isso não se estendeu à tolerância ao frio. Isso levanta questões sobre o papel do teor de matéria seca das folhas em enfrentar diferentes estresses ao longo do tempo.
Insights sobre a Adaptação das Plantas
Nossos resultados contribuem pra uma compreensão crescente de como as plantas se adaptam a desafios como seca e frio. As origens evolutivas e as conexões entre essas respostas continuam complexas, sugerindo que mais pesquisas são necessárias.
Conclusão
Em conclusão, não encontramos evidências de que a tolerância à seca atuou como precursora da tolerância ao frio em Pooideae. Em vez disso, parece que essas respostas evoluíram de forma independente, destacando os caminhos intricados e variados da adaptação das plantas a diversos desafios ambientais. Mais estudos são necessários pra aprofundar nossa compreensão dessas dinâmicas e as origens compartilhadas das Tolerâncias a estresses abióticos nas plantas.
Título: Evolution of frost and drought responses in cool season grasses (Pooideae): was drought tolerance a precursor to frost tolerance?
Resumo: Frost tolerance has evolved many times independently across flowering plants. However, conservation of several frost tolerance mechanisms among distant relatives suggests that apparently independent entries into freezing climates may have been facilitated by repeated modification of existing traits ( precursor traits). One possible precursor trait for freezing tolerance is drought tolerance, because palaeoclimatic data suggest plants were exposed to drought before frost and several studies have demonstrated shared physiological and genetic responses to drought and frost stress. Here, we combine ecophysiological experiments and comparative analyses to test the hypothesis that drought tolerance acted as a precursor to frost tolerance in cool-season grasses (Pooideae). Contrary to our predictions, we measured the highest levels of frost tolerance in species with the lowest ancestral drought tolerance, suggesting that the two stress responses evolved independently in different lineages. We further show that drought tolerance is more evolutionarily labile than frost tolerance. This could limit our ability to reconstruct the order in which drought and frost responses evolved relative to each other. Further research is needed to determine whether our results are unique to Pooideae or general for flowering plants. HighlightWe tested whether drought tolerance was an evolutionary precursor to frost tolerance in grasses (Pooideae), but found these responses to be negatively correlated, suggesting they evolved independently in different lineages.
Autores: Siri Fjellheim, S. P. Stolsmo, C. L. Lindberg, R. E. Ween, L. Schat, J. C. Preston, A. M. Humphreys
Última atualização: 2024-04-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.19.590374
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.19.590374.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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