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Impacto da COVID-19 no Acesso a Contraceptivos na Escócia

Os lockdowns afetaram como as mulheres conseguiam anticoncepcionais na Escócia.

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A COVID-19 teve um impacto significativo em vários aspectos da vida, incluindo o acesso a métodos contraceptivos na Escócia. Durante os lockdowns, as mulheres tiveram dificuldade em conseguir métodos contraceptivos, e isso não foi só um problema na Escócia, mas aconteceu no mundo todo.

Pesquisas mostram que cerca de 75% das mulheres na Escócia conseguem contraceptivos através do seu médico de família (GP). Quando a COVID-19 apareceu, os GPs precisaram mudar a forma como trabalhavam. Para manter todo mundo seguro, começaram a usar consultas remotas, como chamadas de vídeo e telefônicas, em vez de atendimentos presenciais. Essa mudança foi necessária devido à alta demanda pelos serviços de saúde naquela época.

O governo escocês reconheceu que os GPs poderiam não conseguir fornecer todos os serviços por causa da pandemia. Orientações de organizações de saúde também indicaram que alguns serviços contraceptivos, como os anticoncepcionais orais, não eram considerados essenciais o suficiente para exigir consultas presenciais.

Apesar desses desafios, nenhuma pesquisa detalhada tinha sido feita para analisar como a COVID-19 afetou o acesso à contracepção na Escócia. Pesquisas anteriores não focaram nas mudanças na prescrição de contraceptivos após o pico da pandemia. No entanto, uma revisão sistemática deve abordar essas questões em breve.

Este artigo investiga como os lockdowns da COVID-19 impactaram o acesso à contracepção nas práticas gerais escocesas e como as coisas mudaram desde a pandemia.

Visão Geral do Estudo

Este estudo revisou dados de janeiro de 2016 a janeiro de 2023. Todos os dados vieram de um repositório de saúde da Escócia que é completamente anônimo. O conjunto de dados inclui todas as prescrições emitidas fora de hospitais. Ele é publicado mensalmente, o que torna menos eficaz o acompanhamento de mudanças diárias nas prescrições.

A maioria das prescrições nesse conjunto de dados é feita pelos GPs e retiradas em farmácias locais. Prescrições feitas em hospitais, escolas ou ambientes privados não foram incluídas, embora essas exclusões provavelmente não tenham afetado significativamente as tendências gerais.

O processo de coleta de dados envolveu a criação de um script para acessar dados da API de Dados Abertos da NHS Scotland, focando especialmente em categorias de medicamentos contraceptivos.

Categorias de Contracepção

Os diferentes tipos de contraceptivos podem ser agrupados em categorias:

  1. Gel Espermaticida: Esse método foi excluído do estudo, pois não é eficaz sozinho e precisa ser usado com um método de barreira.

  2. Meses de Cobertura Contraceptiva (MCC): Isso foi calculado para comparar diferentes métodos contraceptivos com base em sua eficácia e duração.

O estudo dividiu a observação em quatro períodos de tempo:

  1. Pré-COVID-19: Janeiro de 2016 a março de 2020.
  2. Lockdown: Março de 2020 a maio de 2020 e janeiro de 2021 a abril de 2021.
  3. Restrições: Maio de 2020 a janeiro de 2021 e abril de 2021 a abril de 2022.
  4. Pós-COVID-19: Maio de 2022 a janeiro de 2023.

Descobertas sobre Prescrição Contraceptiva

Durante os lockdowns, o total de prescrições contraceptivas na Escócia caiu dramaticamente para apenas 17,10% dos níveis vistos antes da COVID-19. No entanto, entre os lockdowns, as prescrições se recuperaram para cerca de 77% dos níveis pré-COVID-19. Curiosamente, na fase pós-COVID-19, a prescrição geral de contraceptivos aumentou acima dos níveis pré-COVID, chegando a 108,23%.

Todos os tipos de contracepção viram uma queda durante os lockdowns, com a contracepção reversível de longa duração (LARC) caindo para 11,80%. Em comparação, os anticoncepcionais orais estavam em 17,64%. A contracepção de emergência caiu para apenas 13,90% do fornecimento pré-COVID.

Uma vez que as restrições foram levantadas, houve uma melhora notável. Por exemplo, as prescrições de LARC chegaram a cerca de 64,40% dos níveis pré-COVID, os anticoncepcionais orais se recuperaram para 74,91%, e a contracepção de emergência alcançou aproximadamente 84,60%.

Apesar das melhorias gerais, certos contraceptivos mostraram tendências diferentes. O anel contraceptivo e o adesivo viram um aumento durante o período de restrições, superando os níveis pré-COVID.

Tendências dos Anticoncepcionais Orais

Antes da COVID-19, a pílula anticoncepcional combinada (COCP) era o método mais frequentemente prescrito. Mas durante a pandemia, a pílula apenas de progestágeno (POP) se tornou mais popular. Essa mudança continuou após a suspensão das restrições, com os anticoncepcionais orais permanecendo como a forma mais prescrita ao longo do estudo.

Durante a pandemia, as prescrições de COCP caíram para cerca de 44,03%, enquanto as prescrições de POP subiram para 55,97%. Pós-pandemia, essa tendência continuou com COCP em 41,70% e POP em 58,30%.

Contracepção Reversível de Longa Duração (LARC)

A LARC exige um profissional de saúde para administração, o que dificultou o acesso durante a COVID-19. Como resultado, as prescrições de LARC caíram significativamente durante os lockdowns. Após os lockdowns, as prescrições de LARC se recuperaram parcialmente, mas ainda assim permaneceram um pouco abaixo dos níveis pré-COVID.

Por exemplo, as prescrições de LNG-IUS caíram para apenas 11,07% durante o primeiro lockdown, enquanto o Cu-IUD caiu para 9,48%. Durante as restrições, ambos os tipos viram aumentos, mas não alcançaram os níveis pré-COVID. Após a pandemia, as prescrições de Cu-IUD se recuperaram para 83,63%, enquanto os níveis de LNG-IUS superaram as prescrições pré-COVID em 112,54%.

Mudanças na Injeção Contraceptiva

O implante contraceptivo apenas de progestágeno viu uma queda durante os lockdowns, caindo para 10,02%. A prescrição se recuperou durante as restrições, mas permaneceu abaixo dos níveis pré-COVID após a pandemia.

Curiosamente, o tipo de injeção utilizada mudou significativamente. As injeções intramusculares (IM) viram uma diminuição notável durante o lockdown, enquanto as injeções subcutâneas (SC) aumentaram dramaticamente devido a mudanças na forma como poderiam ser administradas. Essa tendência continuou após a suspensão das restrições, indicando uma mudança de preferência.

Contracepção de Emergência

Antes da COVID-19, uma média de 8.043 itens de contracepção de emergência eram dispensados mensalmente. No entanto, durante os lockdowns e restrições, esse número caiu drasticamente. A dispensação de contracepção de emergência viu uma mudança, já que os dados pós-COVID indicaram um aumento, sugerindo uma possível falta de contracepção regular efetiva durante a pandemia.

A forma mais dispensada de contracepção de emergência também mudou. Enquanto o levonorgestrel era o mais comum antes da COVID-19, o acetato de ulipristal ganhou popularidade pós-pandemia.

Conclusão

Os lockdowns da COVID-19 levaram a mudanças marcantes na provisão de contracepção na Escócia. A queda no acesso durante os lockdowns levanta preocupações sobre gestações não planejadas e um possível aumento nas interrupções. As tendências na prescrição de contraceptivos não apenas refletiram mudanças imediatas, mas podem ter efeitos duradouros.

A telemedicina e a prescrição remota se tornaram eficazes durante a pandemia, potencialmente melhorando o acesso para as mulheres, especialmente aquelas em áreas rurais. No entanto, a escolha das pacientes na seleção de seus métodos contraceptivos ficou limitada durante esses períodos.

Para o futuro, é essencial que os profissionais de saúde aprendam com essa experiência para garantir que o acesso a contracepção segura permaneça ininterrupto, mesmo quando fatores externos criem desafios. Pesquisas futuras também poderiam se expandir para examinar essas tendências em outras regiões e por períodos mais longos.

Fonte original

Título: How COVID-19 continues to affect contraception in Scotland: a retrospective analysis of Scottish prescribing data between 2016 and 2023.

Resumo: BackgroundIn Scotland, the effects of the COVID-19 pandemic on womens access to contraception are unknown. Globally, COVID-19 restrictions have led to a shift to telehealth service delivery alongside a reduction in contraceptive provision. Research into whether the effects of COVID-19 on contraception have abated after restrictions have been lifted is lacking. MethodsThis is a retrospective longitudinal study of prescribing data from the Scottish Health and Social Care Open Data repository (https://www.opendata.nhs.scot) between January 2016 and January 2023. Contraceptives were extracted and categorised using truncated British National Formulary codes and analysed using R. Contraceptive provision was compared across four periods: pre-COVID-19 (01/01/2016-23/03/2020), lockdown (24/03/2020-29/05/2020 & 05/01/2021-26/04/2021), restrictions (30/05/2020-04/01/2021 & 27/04/2021-30/04/2022), and post-COVID-19 (01/05/2022-01/01/2023). ResultsDuring lockdowns, contraceptive prescribing in Scotland decreased by 82.90% of pre-COVID-19 levels. This trend was more severe for long-acting reversible contraception which fell to 11.80% of pre-COVID-19 prescriptions. After COVID-19, the level of contraceptive prescribing has risen to 108.23% of its pre-pandemic level. Large increases in subcutaneous medroxyprogesterone acetate (499.05%), progestogen-only pills (125.07%), the patch (165.09%), levonorgestrel-IUS (112.54%), and ulipristal acetate emergency contraception prescribing (357.97%). Conversely, combined oral contraceptive pills (75.04%), Cu-IUD (83.63%), the implant (81.10%), and levonorgestrel emergency contraception (67.42%) prescribing has decreased. ConclusionsCOVID-19 vastly decreased contraceptive prescribing during lockdowns in Scotland. Post-COVID-19, changes in contraceptive prescribing within Scottish general practices are reported, with implications for health policy and service delivery planning. Availability of Data & CodeAll code and data used are fully available from Zenodo (doi:10.5281/zenodo.8310085) The raw dataset used is also publicly available from the Scottish Health and Social Care Open Data repository (opendata.nhs.scot).

Autores: Elliot Johnson-Hall

Última atualização: 2023-09-14 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.14.23295542

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.14.23295542.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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