Flutuações Magnéticas na Atmosfera do Sol
Pesquisas revelam novas informações sobre os campos magnéticos das manchas solares e as interações de ondas de choque.
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Estudos sobre o sol descobriram características interessantes na área conhecida como cromosfera umbral, especialmente em torno das manchas solares. Um fenômeno observado é a presença de mudanças fortes no Campo Magnético associadas a Ondas de Choque produzidas nessa região. A causa exata dessas mudanças magnéticas ainda não está clara, abrindo espaço para mais pesquisas.
Propósito do Estudo
O principal objetivo é analisar as propriedades e origens dessas flutuações magnéticas dentro da cromosfera umbral. Os pesquisadores coletaram dados do telescópio GREGOR em uma data específica para entender melhor o comportamento do campo magnético em relação às ondas de choque. Os dados incluíram observações de linhas espectrais específicas, que são usadas para interpretar o estado do campo magnético em vários pontos da atmosfera do sol.
Método de Observação
As observações foram feitas usando uma técnica chamada espectropolarimetria, que permite que os cientistas obtenham informações sobre o campo magnético e a velocidade tanto na cromosfera quanto na fotosfera. Esse processo envolveu capturar imagens de linhas espectrais, com foco nas linhas de Hélio (HeI 10830) e Silício (SiI 10827).
Os dados foram coletados durante cerca de 37 minutos, permitindo uma visão detalhada de como o campo magnético e a velocidade mudaram ao longo do tempo. A técnica ajuda a entender as oscilações nessas regiões, que são cruciais para compreender a dinâmica do sol.
Descobertas sobre o Campo Magnético e Velocidade
A pesquisa indicou que os campos magnéticos na umbra da mancha solar apresentaram flutuações significativas. Os campos magnéticos mais fortes chegaram a até 2900 Gauss, o que é comparável à força do campo magnético na fotosfera. Também foi observado que havia uma relação próxima entre as mudanças no campo magnético e a velocidade das ondas de choque; o campo magnético atrasava em relação às mudanças de velocidade, sugerindo uma origem ligada para ambos os comportamentos.
Oscilações Cromosféricas
Nas observações, oscilações no campo magnético e na velocidade eram comuns. As velocidades atingiram um pico, levando à criação de choques na cromosfera. A presença de tais choques foi notada, onde mudanças súbitas na velocidade correlacionavam com picos na força do campo magnético. Essas observações implicam que as flutuações observadas resultaram de mudanças na forma como a linha HeI reagiu ao campo magnético, particularmente depois que as ondas de choque passaram.
Os dados mostraram um fraco brilho na alça coronal durante o período das flutuações magnéticas observadas. No entanto, esse brilho provavelmente não foi o principal gatilho para as mudanças observadas, já que as flutuações ocorreram antes que o brilho aparecesse.
Oscilação de Manchas Solares
Estudos deO estudo de ondas magnetohidrodinâmicas desempenha um papel significativo na compreensão da atmosfera magnética do sol. Essas ondas resultam da interação entre ondas acústicas e os campos magnéticos na superfície do sol. Elas podem viajar por diferentes estruturas magnéticas, como manchas solares, e suas propriedades são vitais para entender o aquecimento das camadas externas do sol.
Em estudos anteriores, foram detectadas oscilações no campo magnético das manchas solares, mas houve alguma inconsistência entre os resultados. Essa inconsistência torna desafiador tirar conclusões claras sobre as fontes dessas oscilações, especialmente dentro do ambiente complexo da cromosfera.
Importância da Linha HeI 10830
A linha HeI 10830 desempenha um papel crucial na análise do campo magnético. Estudos anteriores mostraram mudanças nessa linha devido a flutuações no campo magnético, que podem influenciar a temperatura e a opacidade da atmosfera do sol. O objetivo deste estudo foi focar nessa linha específica para investigar as oscilações do campo magnético na umbra da mancha solar.
Técnica de Análise de Dados
Para analisar os dados coletados, os cientistas seguiram várias etapas. Eles aplicaram calibração polarimétrica e fizeram as correções necessárias para ruído escuro e ajustes de campo plano. Uma técnica de inversão foi usada para derivar informações atmosféricas, combinando dados das linhas HeI e SiI para obter uma visão abrangente das propriedades do campo magnético.
Descobertas sobre Variações do Campo Magnético
Os resultados indicaram que o campo magnético na umbra apresentou flutuações notáveis, com valores significativamente mais altos do que os medidos anteriormente em outras manchas solares. Os pesquisadores notaram como essas mudanças se correlacionavam com oscilações na velocidade. As variações observadas forneceram insights sobre as dinâmicas em jogo nessa região do sol.
Comparação entre Diferentes Comprimentos de Onda
Para melhorar a interpretação dos resultados, os pesquisadores utilizaram dados adicionais de instrumentos que observam em diferentes comprimentos de onda. Essas informações forneceram contexto que ajudou a esclarecer os comportamentos das flutuações observadas.
Exame de Ondas de Choque
As flutuações detectadas sugerem uma resposta a ondas magnetoacústicas lentas, que são essenciais nas dinâmicas da atmosfera do sol. Essas ondas resultam em oscilações que revelam interações entre mudanças de velocidade e de campo magnético.
Influência de Eventos Coronares
Enquanto observavam a umbra da mancha solar, os pesquisadores descobriram que certos eventos coronares poderiam potencialmente estar relacionados às flutuações. No entanto, não encontraram evidências diretas de que esses eventos coronares fossem os principais responsáveis pelas oscilações do campo magnético.
Oscilações e Diferenças de Fase
A relação entre as flutuações de velocidade e de campo magnético também foi examinada usando análise wavelet. Essa técnica permite estudar essas comportamentos oscilatórios em detalhes. Uma descoberta importante foi a diferença de fase entre os dois sinais, que indica que as flutuações do campo magnético tendem a atrasar em relação às oscilações de velocidade.
Avaliação de Modelos Alternativos
Teorias alternativas foram apresentadas para explicar as flutuações do campo magnético. Alguns mecanismos propostos incluíam diferentes tipos de ondas, como ondas rápidas e ondas Alfvén, que poderiam potencialmente gerar oscilações no campo magnético. No entanto, a diferença de fase observada se alinhou mais com o comportamento esperado de ondas magnetoacústicas lentas, descartando outros cenários.
Conclusão
As flutuações observadas no campo magnético na umbra da mancha solar são descobertas significativas, pois fornecem insights sobre a dinâmica da atmosfera do sol. As descobertas sugerem que essas flutuações são principalmente causadas pela resposta da linha HeI a mudanças nos campos magnéticos resultantes de ondas magnetoacústicas lentas. Os resultados destacam a complexidade do campo magnético do sol e a necessidade contínua de pesquisas nessa área.
Em resumo, a investigação dessas flutuações magnéticas oferece informações valiosas sobre o comportamento do sol, com implicações para compreender sua dinâmica geral e os processos que contribuem para sua liberação de energia e estabilidade. Estudos futuros focando em observações semelhantes ajudarão a esclarecer a natureza desses fenômenos e aprimorar nossa compreensão da dinâmica solar.
Título: Magnetic field fluctuations in the shocked umbral chromosphere
Resumo: Several studies have reported magnetic field fluctuations associated with umbral shock waves. We aim to study the properties and origin of magnetic field fluctuations in the umbral chromosphere. Temporal series of spectropolarimetric observations were acquired with the GREGOR telescope. The chromospheric and photospheric conditions were derived from simultaneous inversions of the He I 10830 \AA\ triplet and the Si I 10827 \AA\ line using HAZEL2. The oscillations are interpreted using wavelet analysis and context information from UV observations acquired with SDO/AIA and IRIS. The chromospheric magnetic field shows strong fluctuations in the sunspot umbra, with peak field strengths up to 2900 G. Magnetic field and velocity umbral oscillations exhibit a strong coherence, with the magnetic field lagging the shock fronts detected in the velocity fluctuations. This points to a common origin of the fluctuations in both parameters, whereas the analysis of the phase shift between photospheric and chromospheric velocity is consistent with upwards wave propagation. These results suggest that the strong inferred magnetic field fluctuations are caused by changes in the response height of the He I 10830 \AA\ line to the magnetic field, which is sensitive to high photospheric layers after the shock fronts. The coronal activity seen in EUV data could possibly have some impact on the inferred fluctuations, but it is not the main driver of the magnetic field oscillations since they are found before EUV events take place. Chromospheric magnetic field fluctuations measured with the He I 10830 \AA\ triplet arise due to variations in the opacity of the line. After shocks produced by slow magnetoacoustic waves, the response of the line to the magnetic field can be shifted down to the upper photosphere. This is seen as remarkably large fluctuations in the line of sight magnetic field strength.
Autores: T. Felipe, S. J. González Manrique, C. R. Sangeetha, A. Asensio Ramos
Última atualização: 2023-07-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.01313
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.01313
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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