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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Desigualdades Raciais no Envelhecimento Cognitivo e na Vida Diária

Esse estudo examina as diferenças raciais na habilidade cognitiva e nas tarefas do dia a dia.

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Envelhecimento CognitivoEnvelhecimento Cognitivoe Raçahabilidades cognitivas em idosos.Analisando como a raça afeta as
Índice

As diferenças raciais em habilidades cognitivas e nas tarefas do dia a dia são bem reconhecidas. Atividades diárias, como gerenciar dinheiro e tomar remédios, são super importantes pra viver de forma independente e muitas vezes elas pioram com a idade. Estudos mostram que os americanos mais velhos, especialmente os negros, tendem a ter notas mais baixas nos testes cognitivos e enfrentam mais dificuldades nas tarefas diárias comparados aos brancos. Entender por que essas diferenças raciais existem é fundamental, principalmente no que diz respeito ao envelhecimento e à saúde.

A Hipótese do Envelhecimento

Uma teoria que explica essas diferenças é a hipótese do envelhecimento. Essa ideia sugere que os americanos negros e outros grupos marginalizados passam por um envelhecimento acelerado devido aos efeitos contínuos do racismo e desvantagens sociais. Pesquisadores começaram a examinar marcadores biológicos para testar essa hipótese, buscando maneiras de medir como o envelhecimento impacta os resultados de saúde.

Envelhecimento Biológico e Desigualdades Raciais

Estudos recentes focaram no envelhecimento biológico através de mudanças epigenéticas no DNA. A Idade Epigenética se refere à idade biológica derivada das modificações do DNA, o que pode ajudar a prever resultados de saúde. Duas medidas principais de idade epigenética são GrimAge e Dunedin Pace of Aging (DPoAm). Pesquisas mostram que indivíduos negros geralmente têm uma idade epigenética mais alta do que seus pares brancos, o que pode ajudar a explicar as diferenças em saúde e habilidades cognitivas entre as raças.

Desempenho Cognitivo e Habilidades de Vida Diária

Tanto GrimAge quanto DPoAm estão ligados ao desempenho cognitivo e à capacidade de realizar atividades diárias. Testes cognitivos medem memória, atenção e habilidades de resolução de problemas, enquanto as atividades do dia a dia incluem tarefas como fazer compras e tomar remédios. Pesquisas mostraram que uma idade epigenética mais alta está associada a notas cognitivas mais baixas e mais dificuldades nas atividades diárias.

O Papel do Status Socioeconômico

O status socioeconômico (SES) também tem um papel significativo no desempenho cognitivo e nas habilidades diárias. Fatores como educação, renda e riqueza moldam oportunidades e experiências ao longo da vida. As desigualdades nesses recursos contribuem para as disparidades de saúde entre os grupos raciais. Há evidências de que o SES está diretamente relacionado às notas cognitivas e limitações nas atividades diárias. No entanto, muitos estudos não consideraram adequadamente o SES ao analisar o envelhecimento biológico e seus efeitos na saúde.

Objetivos do Estudo

Esse estudo tem como objetivo explorar as conexões entre idade epigenética, desempenho cognitivo e habilidades de vida diária, considerando o impacto das diferenças raciais e do status socioeconômico. Acreditamos que lacunas maiores na idade epigenética estarão ligadas a piores resultados cognitivos e funcionais, com o SES exercendo um papel importante nessas associações.

Desenho da Pesquisa

O Health and Retirement Study (HRS) é uma pesquisa de longo prazo com americanos de 50 anos ou mais, coletando diversos dados, incluindo informações de saúde e econômicas. Na pesquisa de 2016, foram coletadas amostras de sangue dos participantes para medir a metilação do DNA, permitindo que os pesquisadores avaliassem o envelhecimento biológico.

Características da Amostra

O estudo inclui participantes que se identificaram como brancos não hispânicos ou negros não hispânicos. Vários critérios de elegibilidade foram aplicados, incluindo ter medidas de metilação do DNA de qualidade e dados completos sobre status demográfico e socioeconômico.

Medidas de Resultado

Duas principais medidas de resultado foram usadas neste estudo: desempenho cognitivo e habilidades de vida diária. O desempenho cognitivo foi avaliado usando um teste modificado de Entrevista Telefônica para Status Cognitivo (TICS), que avalia memória, atenção e habilidades de resolução de problemas. As habilidades de vida diária foram medidas perguntando aos participantes se tinham alguma dificuldade com cinco tarefas diárias específicas.

Medição da Idade Epigenética

As medidas da idade epigenética foram feitas com base nas amostras de sangue coletadas em 2016. Os pesquisadores desenvolveram algoritmos para avaliar GrimAge e DPoAm com base nos níveis de metilação do DNA em locais específicos. Uma lacuna na idade epigenética indica um envelhecimento biológico acelerado.

Análise Estatística

Modelos estatísticos foram usados para analisar os dados, ajustando para fatores como raça, idade, gênero e status socioeconômico. Vários modelos ajudaram a determinar as relações entre lacunas da idade epigenética, desempenho cognitivo e habilidades de vida diária.

Estatísticas Descritivas

Estatísticas descritivas iniciais mostraram diferenças notáveis entre os participantes negros e brancos. Participantes brancos tendiam a ser mais velhos, tiveram notas mais altas nos testes cognitivos e apresentaram taxas mais baixas de limitações nas atividades diárias.

Análise de Regressão

As análises de regressão revelaram associações significativas entre as lacunas na idade epigenética e os resultados cognitivos e funcionais. Uma lacuna maior na idade epigenética estava ligada a notas mais baixas no TICS e uma maior probabilidade de dificuldades nas atividades diárias.

Desigualdades Raciais nos Resultados

Desigualdades raciais foram claramente evidentes nos resultados. Participantes negros tiveram notas mais baixas nos testes cognitivos e eram mais propensos a ter dificuldades nas tarefas diárias. Adicionar variáveis de SES reduziu as disparidades raciais, indicando a importância de considerar fatores socioeconômicos nessas análises.

Análise de Mediação

As análises de mediação mostraram que a lacuna na idade epigenética mediou parcialmente as disparidades raciais observadas nos resultados cognitivos e funcionais. A pesquisa destacou o papel significativo que o status socioeconômico desempenha nessas relações.

Descobertas sobre GrimAge vs. DPoAm

O estudo encontrou diferenças entre as medidas de GrimAge e DPoAm. GrimAge estava mais fortemente associado aos resultados cognitivos e funcionais do que DPoAm. Além disso, GrimAge permaneceu linkado a resultados mesmo após considerar fatores socioeconômicos, enquanto as associações de DPoAm enfraqueceram.

Entendendo o Envelhecimento Cognitivo

Fatores além do envelhecimento biológico contribuem para as disparidades observadas no desempenho cognitivo. Experiências históricas de discriminação e desigualdades educacionais podem impactar as habilidades cognitivas, levando a notas mais baixas entre os americanos negros mais velhos.

Status Socioeconômico e Desigualdades em Saúde

O status socioeconômico desempenha um papel crítico na formação dos resultados de saúde. Educação e riqueza estão fortemente correlacionadas com notas cognitivas e habilidades de vida diária. Este estudo destaca a necessidade de incluir esses fatores ao examinar desigualdades raciais nos resultados de saúde.

Implicações da Pesquisa

As descobertas deste estudo apoiam a hipótese do envelhecimento, demonstrando uma ligação entre desigualdades estruturais e disparidades no envelhecimento cognitivo e funcional. Os resultados ressaltam a necessidade de intervenções direcionadas para abordar desigualdades educacionais e econômicas.

Direções Futuras

Embora este estudo forneça insights importantes, mais pesquisas são necessárias para explorar os mecanismos que conectam SES, envelhecimento epigenético e resultados de saúde. Estudos longitudinais poderiam ajudar a esclarecer as relações causais e informar intervenções eficazes.

Conclusão

Esta pesquisa aprofunda a compreensão das complexas relações entre raça, status socioeconômico, envelhecimento biológico, habilidades cognitivas e habilidades de vida diária. Abordar as disparidades educacionais e econômicas é vital para melhorar os resultados de saúde entre os americanos mais velhos.

Fonte original

Título: Epigenetic age and socioeconomic status contribute to racial disparities in cognitive and functional aging between Black and White older Americans

Resumo: Epigenetic age, a biological aging marker measured by DNA methylation, is a potential mechanism by which social factors drive disparities in age-related health. Epigenetic age gap is the residual between epigenetic age measures and chronological age. Previous studies showed associations between epigenetic age gap and age-related outcomes including cognitive capacity and performance on some functional measures, but whether epigenetic age gap contributes to disparities in these outcomes is unknown. We use data from the Health and Retirement Study to examine the role of epigenetic age gap in racial disparities in cognitive and functional outcomes and consider the role of socioeconomic status (SES). Epigenetic age measures are GrimAge or Dunedin Pace of Aging methylation (DPoAm). Cognitive outcomes are cross-sectional score and two-year change in Telephone Interview for Cognitive Status (TICS). Functional outcomes are prevalence and incidence of limitations performing Instrumental Activities of Daily Living (IADLs). We find, relative to White participants, Black participants have lower scores and greater decline in TICS, higher prevalence and incidence rates of IADL limitations, and higher epigenetic age gap. Age- and gender-adjusted analyses reveal that higher GrimAge and DPoAm gap are both associated with worse cognitive and functional outcomes and mediate 6-11% of racial disparities in cognitive outcomes and 19-39% of disparities in functional outcomes. Adjusting for SES attenuates most DPoAm associations and most mediation effects. These results support that epigenetic age gap contributes to racial disparities in cognition and functioning and may be an important mechanism linking social factors to disparities in health outcomes.

Autores: Corey T McMillan, I. Yannatos, S. D. Stites, C. Boen, S. X. Xie, R. T. Brown

Última atualização: 2023-10-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.29.23296351

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.29.23296351.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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