A Evolução do Gás nas Galáxias
Este estudo analisa como o gás frio impacta a formação de estrelas em galáxias ao longo do tempo.
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Índice
A forma como as galáxias mudam com o tempo é um assunto fascinante. Um aspecto chave disso é como elas formam estrelas a partir do gás. As galáxias contêm Gás Frio, que é essencial para a Formação de Estrelas. Com o tempo, estudos mostraram que a capacidade das galáxias de formar estrelas geralmente diminui. Essa queda não acontece porque as galáxias ficam sem gás frio. Em vez disso, é porque a quantidade de gás que pode formar estrelas diminui.
Neste estudo, olhamos para galáxias tiradas de uma simulação chamada Magneticum Pathfinder, que nos ajuda a acompanhar como as galáxias evoluem. Descobrimos que a densidade média de gás frio nas galáxias diminui com o tempo. Isso acontece porque as regiões onde novas estrelas se formam mudam para as bordas das galáxias, onde a densidade de gás é menor. Essa descoberta apoia a ideia de que as galáxias crescem de dentro para fora.
O Papel do Gás Frio na Formação Estelar
A formação de galáxias é um processo complicado, influenciado por muitos fatores físicos diferentes. Um processo crucial nisso é como as estrelas se formam a partir do gás frio armazenado nas galáxias. Em termos simples, as galáxias coletam gás frio do universo. Esse gás se acomoda em discos, permitindo que as estrelas se formem ao redistribuir energia e momento.
À medida que as galáxias evoluem, geralmente seguem uma tendência chamada sequência principal. Isso significa que, à medida que formam estrelas, também ganham mais gás, o que leva a uma taxa mais alta de formação de estrelas. No entanto, em certo ponto, a taxa de formação de estrelas começa a cair, particularmente em deslocamentos vermelhos mais baixos. Como resultado, o crescimento geral da galáxia desacelera.
Quando a formação de estrelas para, frequentemente devido a vários mecanismos que a impedem, as galáxias caem abaixo da sequência principal. Como as estrelas são feitas de Gás Molecular, acompanhar quanto gás molecular existe nas galáxias ao longo do tempo é essencial. Isso porque a quantidade de gás molecular afeta diretamente o potencial de formação de estrelas.
Previsões teóricas sugerem que, do alto deslocamento vermelho para o menor deslocamento vermelho, a densidade de gás molecular no universo diminui. Observações confirmaram essa ideia, mas medir gás molecular pode ser complicado. Na maioria das vezes, os cientistas dependem de indicadores como o gás CO para avaliar as quantidades de gás molecular, mas a tradução entre as leituras de CO e a massa real do gás pode ser confusa.
Além disso, pesquisas mostram que nem todo gás molecular leva à formação de estrelas. Alguns gases existem em regiões difusas e não contribuem para os processos de formação de estrelas. Isso significa que não é preciso assumir que todo gás molecular automaticamente leva a novas estrelas, e conectar o gás disponível à formação real de estrelas continua sendo um desafio complexo.
A Importância das Simulações
Simulações recentes mostram que, ajustando vários fatores, como processos de retroalimentação e resolução, os pesquisadores podem se aproximar das observações do mundo real. Embora isso ajude a esclarecer as relações entre diferentes quantidades, também levanta preocupações. Diferentes suposições de modelo podem produzir os mesmos resultados, tornando difícil tirar conclusões sólidas. Além disso, comparar resultados de simulação com observações reais pode ser complicado. Às vezes, a forma como as frações de gás são calculadas pode mudar drasticamente os resultados, dependendo dos métodos usados.
Além disso, estudos teóricos costumam tratar o gás molecular como o mesmo que o gás que forma estrelas, mas essa suposição nem sempre se encaixa no que as observações mostram. Nas simulações, há evidências de gás que não participa da formação de estrelas, o que pode levar a conclusões equivocadas ao comparar dados de simulações e observações.
Reconhecer como o gás disponível afeta a formação de estrelas é uma questão crucial nos estudos atuais sobre como as galáxias se formam e evoluem.
Reservatório de Gás e Formação Estelar
Acredita-se que o gás que pode formar estrelas nas galáxias venha do suprimento total de gás frio delas. Para galáxias que estão formando estrelas ativamente, o gás frio, como o hidrogênio atômico (HI), pode ser bastante extenso, muitas vezes se estendendo significativamente além da área onde as estrelas estão concentradas. Observações indicam que o gás HI é mais abundante em galáxias menores, mas se torna menos prevalente em galáxias maiores.
Em deslocamentos vermelhos mais altos, medir o reservatório de gás se torna cada vez mais complicado devido à fraqueza da linha de 21 cm do HI, que é a principal forma de observar o conteúdo de HI. No entanto, em simulações, medir o conteúdo total de gás geralmente é mais simples.
Em estudos anteriores, ao comparar modelos com observações reais, os pesquisadores conectaram as relações entre massa estelar, massa gasosa e taxas de formação de estrelas em galáxias formadoras de estrelas. Eles descobriram que, mesmo que as galáxias tenham bastante gás frio, a fração desse gás que pode formar estrelas diminui com o tempo. Isso se alinha bem com várias propriedades observacionais, mas as razões por trás dessa diminuição ainda não estão totalmente claras.
Neste estudo de acompanhamento, pretendemos investigar os processos físicos que contribuem para a queda na fração de gás formador de estrelas em comparação com o total de gás frio disponível.
As Simulações Magneticum Pathfinder
As simulações Magneticum Pathfinder são um conjunto de simulações cosmológicas. Elas analisam como as galáxias se formam e evoluem ao longo do tempo, levando em conta muitos processos físicos complexos em ação.
Essas simulações adotam um modelo cosmológico específico, o que ajuda a rastrear vários parâmetros ao longo do tempo. O tratamento da formação de estrelas e dos ventos galácticos nessas simulações segue um modelo de duas fases, onde o gás frio se desenvolve em nuvens. Essas nuvens se formam a partir do gás quente esfriando, que está cercado por gás quente em equilíbrio de pressão.
Neste modelo, o gás quente é aquecido por supernovas, o que pode levar a ventos galácticos. As simulações também incorporam evolução química, incluindo a produção de metais a partir de diferentes tipos de estrelas.
Buracos negros (BH) também desempenham um papel na formação de galáxias. As simulações consideram o crescimento de BH e a retroalimentação de núcleos galácticos ativos. Essa retroalimentação influencia como o gás ao redor se comporta e pode afetar a formação de estrelas também.
Selecionando Galáxias para Estudo
Em nosso estudo, focamos em uma caixa de simulação específica para analisar galáxias em disco, garantindo uma resolução alta o suficiente para observar a evolução de seu gás. Nós classificamos as galáxias com base em sua massa estelar e acompanhamos sua evolução ao longo do tempo.
Ao selecionar galáxias em disco com base em critérios específicos, reunimos uma amostra de mais de 600 galáxias para analisar. Observamos sua evolução do presente de volta a tempos muito anteriores, enquanto as classificamos em várias faixas de massa.
Mecanismos de Formação de Estrelas
A formação de estrelas ocorre em um modelo sub-resolução, onde o gás acima de um certo limite de densidade é considerado como um meio de duas fases. Nesse modelo, o gás frio forma nuvens que eventualmente levam à formação de estrelas. Cada partícula de gás na simulação recebe uma taxa de formação de estrelas, permitindo um mapeamento detalhado da formação de estrelas nas galáxias.
Analisando Gás Frio e Formador de Estrelas
O estudo examina várias propriedades do gás frio e gasoso formador de estrelas, incluindo massa, densidade e como eles estão distribuídos nas galáxias. Observamos que a quantidade de gás frio tende a aumentar com o tempo para galáxias mais leves, enquanto permanece estável para galáxias mais pesadas após um aumento inicial.
No entanto, a fração de gás que está formando estrelas em comparação com o total de gás frio diminui com o tempo. Torna-se claro que a queda na formação de estrelas não se deve à falta de gás frio, mas sim a uma redução na capacidade do gás de formar estrelas.
Densidade do Gás Frio
À medida que as estrelas se formam a partir do gás frio que se condensa em nuvens mais densas, examinar a densidade do gás frio revela tendências importantes. A densidade média de gás frio diminui com o tempo para todas as galáxias. Eventualmente, a densidade cai abaixo do limite necessário para a formação de estrelas, ocorrendo mais cedo para galáxias de menor massa e mais tarde para as mais massivas.
Essa mudança levanta questões sobre por que a densidade do gás frio diminui ao longo do tempo.
Distribuição Radial do Gás
Para esclarecer mais isso, analisamos a distribuição radial do gás frio e formador de estrelas. A densidade média do gás frio tende a diminuir conforme olhamos mais para fora na galáxia e à medida que o tempo avança. Curiosamente, a densidade máxima se desloca para fora, em direção a raios galácticos maiores ao longo do tempo, alinhando-se com a ideia de crescimento de dentro para fora.
Comparando com Observações
Para a comparação com dados observacionais, o gás formador de estrelas serve como um substituto para o gás molecular. É necessário cautela, pois diferentes faixas de massa podem gerar resultados variados na densidade do gás.
Nossas descobertas demonstram uma tendência em que a razão de gás frio para gás formador de estrelas diminui à medida que olhamos para trás no tempo. Resultados iniciais se alinham bem com observações, sugerindo que entender essa relação ajuda a esclarecer como as galáxias evoluem.
Resumo das Descobertas
Em resumo, este estudo investiga a evolução do gás frio e formador de estrelas nas galáxias. Observamos:
A mudança na distribuição de densidade do gás frio ao longo do tempo, de Densidades mais altas para mais baixas, o que leva a menos regiões capazes de alcançar o limite necessário para a formação de estrelas.
A evolução contínua mostra que as regiões formadoras de estrelas se movem para fora à medida que as galáxias amadurecem, onde a densidade do gás diminui.
Embora ainda haja uma quantidade significativa de gás frio disponível, as condições de pressão necessárias para a formação de estrelas diminuem à medida que as nuvens de gás se deslocam para as regiões externas.
Essas descobertas ressaltam a importância de considerar não apenas a quantidade total de gás, mas também sua distribuição dentro das galáxias ao estudar a formação de estrelas.
Entender esses processos ajuda a pintar um quadro mais claro de como as galáxias evoluem e como diferentes fatores interagem no ciclo de vida das estrelas.
Direções Futuras
Mais pesquisas são necessárias para explorar melhor como o agrupamento de gás e as condições localizadas podem reacender a formação de estrelas em galáxias. Isso pode levar a novos insights sobre a evolução galáctica, formação de estrelas e a dinâmica geral do universo.
Ao analisar simulações ao lado de dados observacionais, os pesquisadores podem refinar seus modelos para capturar melhor as complexidades da formação de galáxias e dos processos de formação de estrelas, aprimorando nossa compreensão do cosmos.
Título: On the Decline of Star Formation during the Evolution of Galaxies
Resumo: Cosmological simulations predict that during the evolution of galaxies, the specific star formation rate continuously decreases. In a previous study we showed that generally this is not caused by the galaxies running out of cold gas but rather a decrease in the fraction of gas capable of forming stars. To investigate the origin of this behavior, we use disk galaxies selected from the cosmological hydrodynamical simulation Magneticum Pathfinder and follow their evolution in time. We find that the mean density of the cold gas regions decreases with time. This is caused by the fact that during the evolution of the galaxies, the star-forming regions move to larger galactic radii, where the gas density is lower. This supports the idea of inside-out growth of disk galaxies.
Autores: Adelheid Teklu, Rolf-Peter Kudritzki, Klaus Dolag, Rhea-Silvia Remus, Lucas Kimmig
Última atualização: 2023-07-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.09526
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.09526
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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