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Raios Cósmicos: A Galera Importante na Formação de Galáxias

Novas pesquisas mostram que raios cósmicos impactam a formação de estrelas e a dinâmica do gás nas galáxias.

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Nos últimos dez anos, os cientistas fizeram grandes avanços em entender como as galáxias se formam no universo. Eles realizaram simulações computacionais avançadas que imitam as formas e comportamentos reais das galáxias. No entanto, muito desse trabalho se baseou em modelos simplificados que não capturam toda a complexidade dos processos envolvidos. Isso limitou a capacidade deles de prever como as galáxias realmente se formam e evoluem.

Uma das áreas críticas de estudo é o papel dos Raios Cósmicos-partículas de alta energia que viajam pelo espaço-e dos campos magnéticos na formação do Meio Interestelar, que é o gás e a poeira encontrados nas galáxias. Esses fatores podem influenciar a Formação de Estrelas e o movimento do gás dentro das galáxias. Para abordar esses aspectos importantes, pesquisas recentes investigaram como os raios cósmicos e os campos magnéticos afetam a evolução de uma galáxia semelhante à nossa Via Láctea.

Este artigo explora como incluir raios cósmicos nas simulações muda a perspectiva dos pesquisadores sobre a formação de galáxias. Ao incorporar raios cósmicos em um modelo detalhado, os pesquisadores descobriram impactos significativos na massa total de estrelas formadas e na dinâmica geral dos Fluxos de Gás na galáxia.

O Papel dos Raios Cósmicos

Os raios cósmicos são partículas que se movem rápido e vêm de várias fontes, incluindo supernovas-explosões de estrelas massivas. Essas partículas podem colidir com partículas de gás em uma galáxia, transferindo energia e influenciando o comportamento do gás. À medida que os raios cósmicos se espalham por uma galáxia, eles criam diferenças de pressão que podem ajudar a empurrar o gás para fora da galáxia.

Nesta pesquisa, os cientistas modelaram como os raios cósmicos impactam tanto os processos de formação de estrelas quanto o movimento do gás em uma galáxia. Eles descobriram que, quando os raios cósmicos foram incluídos na simulação, a quantidade total de estrelas formadas diminuiu significativamente. Essa descoberta é crucial porque sugere que os raios cósmicos desempenham um papel fundamental na regulação da formação de estrelas nas galáxias.

Formação e Evolução de Galáxias

Entender como as galáxias se formam e evoluem é uma tarefa complicada. As simulações modernas tentam recriar o processo de formação de galáxias com base em um modelo chamado o modelo de Matéria Escura Fria (CDM). Esse modelo inclui tanto a matéria escura, que não emite luz mas influencia as forças gravitacionais no universo, quanto a matéria visível, como estrelas e gás.

Para simular com precisão a formação de galáxias, os pesquisadores buscam levar em conta vários processos físicos e escalas. Esses processos incluem a formação de estrelas, a influência das explosões de supernovas e as interações do gás dentro das galáxias. No entanto, modelos anteriores muitas vezes se basearam em suposições simplificadas que limitaram suas capacidades preditivas.

Ao examinar os raios cósmicos e os campos magnéticos em detalhes, os pesquisadores esperam ter uma visão mais clara de como esses fatores mudam a dinâmica dos fluxos de gás e as taxas de formação de estrelas nas galáxias.

Importância dos Processos de Feedback

Processos de feedback, como a energia liberada pelas supernovas, desempenham um papel significativo na regulação da evolução das galáxias. Quando uma estrela chega ao final da sua vida e explode como uma supernova, ela libera uma quantidade enorme de energia no gás ao redor. Essa energia pode desestabilizar o gás, criando novas condições para a formação de estrelas ou impedindo que o gás existente colapse para formar novas estrelas.

No passado, modelos de formação de galáxias frequentemente simplificavam demais esses processos de feedback. Por exemplo, eles supunham que a energia das supernovas aquece uniformemente o gás, prevenindo a formação de estrelas. No entanto, essa abordagem não capturava as complexidades de como essa energia interage com o gás de diferentes densidades.

Ao incluir raios cósmicos nas simulações, os pesquisadores agora podem observar os efeitos mais sutis dos processos de feedback. Como resultado, eles conseguem criar modelos mais realistas que replicam melhor os comportamentos observados em galáxias reais.

O Meio Interestelar

O meio interestelar (ISM) é crucial para a formação de estrelas e a evolução das galáxias. Ele consiste em gás e poeira que preenchem o espaço entre as estrelas-uma substância que varia em temperatura e densidade ao longo de uma galáxia. Entender o ISM é essencial para modelar com precisão como as estrelas se formam e como as galáxias evoluem ao longo do tempo.

Nas novas simulações, os pesquisadores descobriram que incluir raios cósmicos alterou significativamente as propriedades do ISM. Especificamente, eles observaram que a presença de raios cósmicos leva a uma redução na quantidade de gás denso e frio que normalmente forma estrelas. Em vez disso, o gás é redistribuído em fases mais quentes, o que torna menos provável a formação de novas estrelas.

A influência dos raios cósmicos também altera como o gás flui dentro da galáxia. Ao fornecer suporte contra o colapso gravitacional, os raios cósmicos ajudam a manter uma distribuição de gás mais estável, o que afeta a dinâmica geral da galáxia.

Simulação e Resultados

Os pesquisadores rodaram um conjunto de simulações que incluíam raios cósmicos, campos magnéticos e modelos detalhados dos processos de formação de estrelas. Essas simulações foram projetadas para imitar de perto uma galáxia semelhante à Via Láctea. O objetivo principal era examinar como os raios cósmicos impactam a formação de estrelas e a dinâmica do gás na galáxia.

Os resultados foram impressionantes. A inclusão de raios cósmicos levou a uma redução significativa na massa estelar total formada em comparação com simulações anteriores que não consideravam os raios cósmicos. Em altas redshifts-um ponto anterior na história cósmica-essa redução alcançou quase um fator de dez.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os raios cósmicos afetavam principalmente o gás frio e denso, que normalmente é crucial para a formação de estrelas. Essa percepção abre novas avenidas para explorar os mecanismos que controlam a formação de estrelas nas galáxias.

Impactos nos Fluxos

Além de examinar os efeitos dos raios cósmicos na formação de estrelas, os pesquisadores estudaram como essas partículas de alta energia influenciam os fluxos de gás. Fluxos se referem ao movimento do gás para longe da galáxia, frequentemente desencadeado pela energia das supernovas. Entender esses fluxos é essencial para obter insights sobre como as galáxias trocam matéria e energia com seus arredores.

As simulações revelaram que incluir raios cósmicos levou a taxas de fluxo significativamente mais altas ao longo do tempo cósmico. À medida que os raios cósmicos ajudavam a manter uma estrutura mais estável dentro do ISM, eles também contribuíam para uma remoção mais eficiente de gás da galáxia.

O gás em fluxo foi encontrado principalmente nas fases quente e fria, contrastando com simulações sem raios cósmicos que mostraram o gás quente dominando os fluxos. Essa descoberta sugere que os raios cósmicos desempenham um papel crucial em moldar a natureza dos ventos gasosos que escapam das galáxias, o que pode ter consequências importantes para a evolução das galáxias.

Conclusão

A pesquisa destaca o papel vital que os raios cósmicos desempenham na formação e evolução das galáxias. Ao incorporar raios cósmicos nas simulações, os pesquisadores conseguiram criar uma compreensão mais abrangente de como a dinâmica do gás, a formação de estrelas e os processos de feedback interagem dentro de uma galáxia.

Essas descobertas enfatizam que os raios cósmicos não são apenas jogadores periféricos, mas sim contribuintes centrais para regular a formação de estrelas e impulsionar os fluxos de gás. Eles desafiam suposições anteriores e abrem novos caminhos para exploração das complexas mecânicas da formação de galáxias.

À medida que futuras observações de telescópios avançados se tornem disponíveis, os pesquisadores esperam refinar seus modelos e desvendar ainda mais os mistérios da evolução galáctica. Com os raios cósmicos em mente, os cientistas estão preparados para obter insights mais profundos sobre o passado e o futuro das galáxias do universo.

Fonte original

Título: The impact of cosmic rays on the interstellar medium and galactic outflows of Milky Way analogues

Resumo: During the last decade, cosmological simulations have managed to reproduce realistic and morphologically diverse galaxies, spanning the Hubble sequence. Central to this success was a phenomenological calibration of the few included feedback processes, whilst glossing over higher complexity baryonic physics. This approach diminishes the predictive power of such simulations, preventing to further our understanding of galaxy formation. To tackle this fundamental issue, we investigate the impact of cosmic rays (CRs) and magnetic fields on the interstellar medium (ISM) and the launching of outflows in a cosmological zoom-in simulation of a Milky Way-like galaxy. We find that including CRs decreases the stellar mass of the galaxy by a factor of 10 at high redshift and $\sim 4$ at cosmic noon, leading to a stellar mass to halo mass ratio in good agreement with abundance matching models. Such decrease is caused by two effects: i) a reduction of cold, high-density, star-forming gas, and ii) a larger fraction of SN events exploding at lower densities, where they have a higher impact. SN-injected CRs produce enhanced, multi-phase galactic outflows, which are accelerated by CR pressure gradients in the circumgalactic medium of the galaxy. While the mass budget of these outflows is dominated by the warm ionised gas, warm neutral and cold gas phases contribute significantly at high redshifts. Importantly, our work shows that future JWST observations of galaxies and their multi-phase outflows across cosmic time have the ability to constrain the role of CRs in regulating star formation.

Autores: Francisco Rodríguez Montero, Sergio Martin-Alvarez, Adrianne Slyz, Julien Devriendt, Yohan Dubois, Debora Sijacki

Última atualização: 2023-07-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.13733

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.13733

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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