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Surto de Difteria: Um Sinal de Alerta para a Europa

Um aumento nos casos de difteria entre migrantes levanta preocupações de saúde na Europa.

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Difteria é uma doença séria causada por uma bactéria chamada Corynebacterium diphtheriae. Pode causar problemas graves de respiração e infecções na pele. A bactéria produz uma toxina prejudicial que danifica as células do corpo. Existem duas formas principais de difteria: respiratória e cutânea. A difteria respiratória geralmente começa com dor de garganta e febre leve e pode levar a uma camada espessa na garganta, dificultando a respiração. A difteria cutânea envolve feridas na pele que podem ter um filme esbranquiçado em volta.

A Vacinação ajuda a proteger contra a difteria. Sem a vacina, as crianças, especialmente as com menos de cinco anos, têm mais chances de ficarem bem doentes. Se não tratada rapidamente, a difteria respiratória pode levar à morte em cerca de 20% a 40% dos casos, dependendo de vários fatores, como acesso a cuidados médicos.

História da Difteria

A difteria impactou a saúde humana por muitos anos. Causou Surtos sérios na Europa e América do Norte no século 19 e início do século 20, principalmente em lugares lotados e com saneamento precário.

Vacinação e Seu Papel

A vacina contra a difteria começou a ser dada às crianças depois da Segunda Guerra Mundial e entrou no programa de vacinação da Organização Mundial da Saúde nos anos 70. Graças à vacinação em massa, os casos de difteria na Europa caíram significativamente. De 2006 a 2021, foram relatados apenas cerca de 27 casos por ano na União Europeia.

No entanto, a difteria ainda é um risco em regiões onde as taxas de vacinação são baixas. A maioria dos casos na Europa ocorre agora entre viajantes ou Migrantes vindo de áreas com menos vacinas.

Aumento dos Casos de Difteria em 2022

No verão de 2022, vários países europeus relataram um aumento inesperado de infecções por difteria. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) emitiu um alerta sobre esse aumento incomum. Depois disso, um grupo de laboratórios de dez países europeus estudou os detalhes do surto, incluindo como as bactérias se espalharam e como resistiram aos Antibióticos.

Difteria Entre Migrantes

Nesse estudo, os pesquisadores focaram nas infecções de janeiro a novembro de 2022. Eles analisaram casos de difteria em pessoas que carregavam a bactéria produtora de toxina. Eles incluíram resultados de dez países europeus. Enquanto as autoridades de saúde na Europa geralmente exigem sintomas específicos para o diagnóstico de difteria, este estudo também contou qualquer pessoa com a bactéria, seguindo as diretrizes para manejo de surtos.

Os pesquisadores identificaram 363 casos de 362 pessoas diferentes, principalmente na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Suíça, França e Bélgica. A maioria dos pacientes eram homens jovens, muitos dos quais haviam migrado recentemente ou tiveram contato com comunidades migrantes.

Triplicação dos Casos

De janeiro até julho de 2022, apenas 20 casos foram registrados. Mas de agosto a novembro, a situação escalou rapidamente, atingindo um pico de 116 casos relatados em novembro. Esse aumento foi significativo em comparação com anos anteriores, destacando a seriedade do surto.

Testes genéticos revelaram 16 tipos diferentes da bactéria. A maioria dos casos foi causada por apenas três tipos. Entre as pessoas cujos sintomas foram registrados, muitos tinham infecções de pele em vez de sintomas respiratórios, que costumam ser mais graves.

Rotas de Migração

O estudo incluiu entrevistas com pacientes para saber de onde eles eram. A maioria dos casos veio do Afeganistão e da Síria, seguindo certas rotas pela Europa Oriental até a Europa Ocidental. Muitos migrantes vivem em campos lotados, onde as condições de saúde podem ser ruins, aumentando o risco de disseminação da bactéria.

Características da Bactéria

As bactérias encontradas em indivíduos infectados foram confirmadas como produtoras da toxina diftérica. Os pesquisadores testaram várias amostras em busca de resistência a antibióticos. A maioria era suscetível à penicilina e eritromicina, tratamentos-chave para a difteria. No entanto, algumas bactérias mostraram resistência a outros antibióticos, o que é preocupante para o tratamento.

A análise mostrou uma importante diversidade genética entre as bactérias, indicando que elas se adaptaram e mudaram. Muitas bactérias pertenciam a novas variantes, sugerindo que podem ter se espalhado e mudado ao se moverem entre regiões ou países.

Disseminação e Preocupações

O aumento de casos reflete uma quebra nos serviços de vacinação e saúde em alguns dos países de origem dos migrantes. As baixas taxas de vacinação em áreas afetadas por conflitos podem ter levado mais pessoas a carregarem a bactéria ao chegarem na Europa.

As autoridades tomaram medidas para controlar o surto, incluindo rastreamento de contatos e campanhas de vacinação. Esses esforços ajudaram a prevenir a disseminação para as populações locais na Europa.

Importância da Vacinação

O surto enfatiza a necessidade de continuar os esforços de vacinação. A cobertura vacinal entre crianças na Europa é geralmente boa, mas populações mais velhas podem não estar tão protegidas. A Organização Mundial da Saúde recomenda reforços para crianças e adultos para garantir a proteção contínua contra a difteria.

Lições Aprendidas

Apesar do aumento preocupante nos casos, medidas rápidas de saúde pública ajudaram a reduzir o número de infecções. Os oficiais de saúde pública aumentaram o fornecimento de antibióticos e melhoraram a vigilância para identificar e tratar casos prontamente.

Ainda há risco de futuros surtos, especialmente se a cobertura vacinal cair em áreas de alto risco. As organizações de saúde precisam continuar promovendo a vacinação, especialmente em populações migrantes e regiões onde a difteria ainda é comum.

Avançando

Para prevenir surtos futuros, várias ações são necessárias:

  1. Aumentar a Conscientização: Aumentar o conhecimento sobre a difteria entre migrantes e quem trabalha com eles.
  2. Protocolo de Vacinação: Garantir que tanto migrantes quanto populações locais recebam as vacinas adequadas, incluindo reforços.
  3. Triagem de Sintomas: Avaliar e diagnosticar rapidamente pessoas que apresentam sintomas de difteria, mesmo que possam não parecer graves.
  4. Teste Laboratorial: Confirmar o diagnóstico com testes laboratoriais para garantir um tratamento eficaz.
  5. Monitoramento da Resistência a Antibióticos: Verificar regularmente como as bactérias respondem aos tratamentos para ajustar os protocolos conforme necessário.

Essas etapas são vitais para proteger a saúde pública e garantir que todos tenham acesso às vacinas de que precisam. Como vimos com o surto, ações rápidas podem ajudar a conter doenças e prevenir sua disseminação na comunidade.

Fonte original

Título: Phenotypic and genomic analysis of a large-scale Corynebacterium diphtheriae outbreak among migrant populations in Europe

Resumo: BackgroundIncreased numbers of cases of Corynebacterium diphtheriae infections were diagnosed in migrant-related facilities of Europe since summer 2022. Most cases involved cutaneous diphtheria, although some respiratory cases and fatalities were reported. A pan-European consortium was created to assess the clinical, epidemiological and microbiological features of this outbreak. MethodsAll 363 toxigenic C. diphtheriae infection cases from ten European countries were included. Data from case interviews regarding countries of origin and transit routes of migrants were collected. Bacterial isolates underwent whole genome sequencing and antibiotic susceptibility testing. Phylogenetic relationships of outbreak isolates and their antimicrobial resistance genes were studied. ResultsFour major genomic clusters were identified, revealing the multiclonal nature of the outbreak. Genes ermX, coding for erythromycin resistance, and genes pbp2m and blaOXA-2 for beta-lactam resistance, were detected in a subset of isolates. Isolates harboring ermX were resistant to erythromycin, and isolates carrying pbp2m were resistant to penicillin, but susceptible to amoxicillin, whereas those carrying blaOXA-2 remained susceptible to beta-lactams. Genomic variation within the four genomic clusters led to estimate their most recent common ancestors between 2017 and 2020. ConclusionsThe multi-country distribution of each cluster demonstrated repeated cross-border spread. The increased number of C. diphtheriae cases among migrants is a cause for concern, particularly considering antimicrobial resistance phenotypes that threaten the efficacy of first-line treatments. This work provides important knowledge on modern C. diphtheriae infections, useful for addressing the reemergence of diphtheria in vulnerable populations and to guide clinical management and measures to control further dissemination.

Autores: Sylvain Brisse, A. Hoefer, H. M. Seth-Smith, F. Palma, S. Schindler, L. Freschi, A. Dangel, A. Berger, J. C. D'Aeth, 2022 European diphtheria Consortium, A. Indra, N. K. Fry, D. Palm, A. Sing, A. Egli

Última atualização: 2023-11-12 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23297228

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.10.23297228.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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