Entendendo o Aumento de Brilho nas Jatos de AGN
Uma olhada em por que as bordas dos jatos de AGN parecem mais brilhantes.
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Índice
Núcleos Galácticos Ativos (AGN) são áreas super brilhantes que ficam no centro de algumas galáxias, onde buracos negros supermassivos emitem uma grande quantidade de energia. Uma característica interessante dos Jatos de AGN, que são fluxos de partículas expulsos desses buracos negros, é um fenômeno conhecido como brilho nas bordas. Isso se refere ao jeito que as bordas externas desses jatos parecem mais brilhantes que seus centros quando observados de um ângulo específico. Esse artigo tem como objetivo explicar as razões por trás dessa aparência incomum de forma simples.
O que são Jatos de AGN?
Jatos de AGN são fluxos de partículas carregadas que são expelidos da vizinhança de buracos negros supermassivos. Esses jatos podem viajar a velocidades próximas à da luz e podem se estender por distâncias enormes, muitas vezes saindo da galáxia hospedeira. O núcleo desses jatos é onde a maioria da energia e da atividade acontece, e esse núcleo pode ter uma estrutura complexa.
O Efeito do Brilho nas Bordas
Ao observar um jato de AGN, notamos que as partes externas do jato parecem brilhar mais do que o centro. Isso é chamado de brilho nas bordas. O fenômeno é especialmente perceptível quando o observador está posicionado perto do eixo do jato. Várias teorias foram propostas para explicar por que isso acontece.
Fator de Lorentz
O Papel doUma ideia importante para entender o brilho nas bordas envolve o fator de Lorentz. Esse fator descreve a rapidez com que um objeto está se movendo em relação à velocidade da luz. No caso dos jatos de AGN, o fator de Lorentz pode variar dependendo do ângulo do jato. Perto do centro, o jato pode estar se movendo mais rápido, levando a um brilho menor, enquanto em ângulos mais abertos, o jato se move mais devagar e parece mais brilhante.
Profundidade Óptica e Observações
Profundidade óptica é uma medida de quão transparente um meio é. No contexto dos jatos de AGN, isso se refere à facilidade com que a luz pode escapar do jato sem ser absorvida ou dispersa. Quando a profundidade óptica é baixa, a luz pode escapar mais facilmente e o jato parece mais escuro; quando é alta, a luz tem dificuldade para passar, fazendo as bordas externas parecerem mais brilhantes.
A FOTOSFÉRICA DO JATO
Perto da base do jato, ocorre uma transição de uma região opticamente densa, onde partículas estão compactadas, para uma região opticamente fina. Esse ponto de transição é conhecido como Fotosfera. A fotosfera pode variar de localização dependendo do ângulo do observador; ela é mais profunda quando vista na direção do jato e se estende para fora em ângulos mais largos. Esse formato contribui para o efeito de brilho nas bordas.
Explicações Diferentes para o Brilho nas Bordas
Várias teorias foram propostas para explicar o brilho nas bordas observado em jatos de AGN. Uma explicação popular envolve os campos magnéticos presentes nos jatos. Esses campos magnéticos podem moldar a emissão de luz, tornando-a mais intensa nas regiões externas.
Outra explicação foca na estrutura do próprio jato. Os jatos são compostos por um núcleo de rápida movimentação cercado por material que se move mais devagar. Essa estrutura pode levar a diferenças em como a luz é emitida, resultando em bordas externas mais brilhantes.
O Modelo de Espinha-Casca
O modelo de espinha-casca é uma das teorias mais aceitas para explicar o brilho nas bordas. Nesse modelo, o jato consiste em um núcleo de rápida movimentação (a espinha) cercado por um fluxo de movimentação mais lenta (a casca). Como o núcleo se move tão rapidamente, a luz emitida dele é direcionada de forma mais estreita, tornando-a menos perceptível para observadores que não estão alinhados com o jato. Em contraste, a casca de movimentação mais lenta emite luz de forma mais uniforme, resultando em uma aparência mais brilhante quando vista de um ângulo diferente.
Evidências Observacionais
Muitas observações apoiam a ideia de brilho nas bordas em jatos de AGN. Por exemplo, imagens capturadas por telescópios de rádio mostram diferenças distintas de brilho ao longo dos jatos. Estudos de vários jatos de AGN, como o M87 e outros, revelam essa estrutura com brilho nas bordas, confirmando as previsões feitas por modelos teóricos.
Desafios aos Modelos Atuais
Embora muitas teorias expliquem o brilho nas bordas, alguns casos não se encaixam perfeitamente nessas explicações. Por exemplo, jatos que mudam de direção ainda podem mostrar brilho nas bordas, o que contraria previsões que sugerem que esse efeito deveria diminuir quando os jatos se afastam do observador.
Além disso, o brilho nas bordas foi observado a distâncias muito longe da base do jato, sugerindo que pode haver outros fatores em jogo que os modelos atuais não abordam totalmente.
Conclusão
O brilho nas bordas em jatos de AGN é um fenômeno fascinante que destaca a complexidade dessas poderosas características cósmicas. Ao entender os fatores envolvidos, como variações no fator de Lorentz, profundidade óptica e a estrutura espinha-casca, conseguimos entender melhor como esses jatos funcionam e como os observamos.
O estudo dos jatos de AGN e suas propriedades não é apenas interessante para entender o comportamento dos buracos negros, mas também nos ajuda a investigar os processos fundamentais que ocorrem no universo. À medida que as técnicas de observação continuam a melhorar, podemos esperar aprender mais sobre esses jatos notáveis e o efeito de brilho nas bordas que os torna tão intrigantes para cientistas e astrônomos.
Título: Optically thick jet base and explanation of edge brightening in AGN jets
Resumo: The jet cores in blazars are resolved and found to harbour an edge brightened structure where the jet base appears extended at sides compared to its propagation axis. This peculiar phenomenon invites various explanations. We show that the photosphere of an optically thick jet base in Active Galactic Nuclei (AGNs) is observed edge brightened if the jet Lorentz factor harbours an angular dependence. The jet assumes a higher Lorentz factor along the jet axis and decreases following a power law along its polar angle. For an observer near the jet axis, the jet has a lower optical depth along its propagation axis compared to off axis regions. Higher optical depths at the outer region makes the jet photosphere appear to extend to larger radii compared to a deeper photosphere along its propagation axis. We tackle the problem both analytically and numerically, confirming the edge brightening through Monte Carlo simulations. Other than the edge brightening, the outcomes are significant as they provide a unique tool to determine the jet structure and associated parameters by their resolved observed cores. The study paves way to explore the spectral properties of optically thick cores with structured Lorentz factors in the future.
Autores: Mukesh Kumar Vyas, Asaf Pe'er
Última atualização: 2023-08-13 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.06728
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.06728
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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