Entendendo Núcleos Galáticos Ativos com Jatos
Um olhar sobre as estruturas únicas dos jatos de núcleos galácticos ativos.
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Índice
Núcleos Galácticos Ativos (AGNS) são objetos fascinantes no universo. Eles são regiões super brilhantes encontradas em algumas galáxias e são alimentados por buracos negros supermassivos no centro. Entre os AGNs, tem uns tipos que produzem jatos, que são streams estreitas de partículas se movendo a velocidades muito altas. Esses AGNs com jatos podem mostrar estruturas únicas, especificamente configurações de espinha e capa. Nesse esquema, o jato é dividido em duas áreas com velocidades de fluxo diferentes, parecendo uma espinha (o núcleo de movimentação rápida) e uma capa (a camada externa que se move mais devagar).
O Modelo
Pra estudar esses jatos estruturados, os cientistas usam modelos que simulam como partículas e radiação se comportam dentro desses jatos. Um desses modelos é o código CR-ENTREES, que significa Transporte de Energia de Raios Cósmicos em ambientes astrofísicos que evoluem no tempo. Esse modelo ajuda os pesquisadores a acompanhar as interações das partículas dentro do jato, como prótons e elétrons, e como eles emitem radiação. Essencial nesse processo de modelagem são as taxas em que as partículas interagem e produzem partículas secundárias e fótons.
O modelo CR-ENTREES usa ferramentas como geradores de eventos de Monte Carlo, que ajudam a estimar essas taxas de interação. Essas informações são cruciais pra desenvolver matrizes de transição, que delineiam como os diferentes espectros de partículas mudam ao longo do tempo. Esse modelo também permite que os cientistas introduzam diferentes tipos de partículas e escolham quais interações estudar, como produção de pares e processos de dispersão.
Aceleração por Cisalhamento: Um Mecanismo Chave
Além de estudar interações de partículas, o modelo incorpora a retroalimentação entre as duas zonas de fluxo diferentes em um jato. Essa interação é principalmente impulsionada pela aceleração por cisalhamento, um processo que pode aumentar a velocidade das partículas à medida que elas cruzam a fronteira entre a espinha de movimentação rápida e a capa mais lenta. Ao utilizar um método detalhado pra descrever como essa aceleração ocorre, os cientistas podem simular seu impacto na distribuição geral de energia das partículas.
À medida que partículas energéticas passam pela camada de cisalhamento entre a espinha e a capa, elas podem ganhar mais energia. Esse processo, junto com outros mecanismos como a aceleração de Fermi, é vital pra entender como as partículas nos jatos são energizadas.
Raios Cósmicos e Sua Aceleração
Entre as partículas aceleradas, os raios cósmicos são especialmente notáveis. Esses são partículas de alta energia que viajam pelo espaço e podem alcançar energias muito altas. O modelo CR-ENTREES ajuda a detalhar como os raios cósmicos podem ser acelerados no ambiente de um AGN com jato e como diferentes fatores influenciam seus níveis de energia.
Quando partículas sofrem aceleração por cisalhamento, elas podem ganhar energia ao interagir com inhomogeneidades no campo magnético que estão se movendo a diferentes velocidades. Isso permite que as partículas ganhem energia através de dispersões repetidas, contribuindo pra aceleração vista nos raios cósmicos.
Como o Modelo Funciona
O código CR-ENTREES observa como as partículas se comportam em um jato ao longo do tempo e considera processos essenciais como fuga e interação com radiação. Ele usa geradores de eventos pra pré-calcular interações e aplica um método chamado multiplicação de matrizes para transporte de energia. Essa abordagem permite uma análise detalhada de como partículas e radiação evoluem em um quadro de tempo real.
O modelo é modular, o que significa que pode facilmente integrar novas características como aceleração por cisalhamento e difusão espacial em sua estrutura. Essa flexibilidade é essencial pra estudar interações complexas que acontecem nos jatos dos AGNs.
A Importância dos Campos de Fótons Externos
Um aspecto significativo do modelo de duas zonas é como a radiação de uma zona pode afetar a outra. Quando partículas na espinha emitem fótons, esses fótons podem servir como alvos para partículas na capa e vice-versa. Como as duas zonas se movem de forma diferente, a radiação emitida de uma camada tem uma energia aumentada sob a perspectiva da outra camada.
Essa dinâmica pode aumentar ainda mais as interações, levando a um comportamento mais complexo nos espectros de energia observados desses jatos.
O Papel da Difusão Espacial
A difusão espacial também desempenha um papel no comportamento das partículas em um jato. À medida que as partículas se movem pelo jato, podem cruzar para diferentes áreas devido a movimento ou um gradiente de densidade. Esse movimento pode resultar em aceleração por cisalhamento, um processo importante pra energizar partículas e permitir que elas alcancem energias mais altas.
Usando a lei de Fick, os pesquisadores podem estimar quantas partículas vão difundir através da camada de cisalhamento, tornando possível entender o impacto da aceleração nessas partículas.
Estudo de Caso: AGNs de Baixa Luminosidade
Pra ilustrar como o modelo funciona, os pesquisadores o aplicaram a AGNs de baixa luminosidade, que são AGNs que não emitem muita energia em comparação com outros. Nesses casos, elétrons são injetados no jato junto com um espectro de energia. Eles sofrem perdas de sincroton, onde a energia é perdida através da radiação, enquanto também passam por aceleração por cisalhamento.
Normalmente, o comportamento do jato é estudado observando o espectro de fótons emitidos. Diferentes cenários são examinados, como quando campos de fótons externos são incluídos versus quando não são. Essa comparação pode ilustrar quão críticos são essas interações pra entender as distribuições de energia observadas.
Observações e Resultados
As simulações de AGNs com jatos demonstram as diferenças entre jatos observados a vários ângulos. Por exemplo, um jato visto de um ângulo frontal, parecendo com um blazar, vai se comportar de forma diferente de um jato visto em um ângulo mais inclinado, típico de uma galáxia de rádio. Essas observações ajudam a diferenciar o papel da espinha e da capa na dinâmica do jato.
Os resultados desses estudos fornecem insights valiosos sobre como jatos estruturados se comportam e os diversos fatores que influenciam a aceleração de partículas e a emissão de radiação.
Conclusão
O estudo dos AGNs com jatos, especificamente aqueles com configurações de espinha e capa, oferece insights significativos sobre o funcionamento do universo. Ao empregar modelos como o CR-ENTREES, os cientistas podem entender melhor como as partículas interagem e se aceleram nesses ambientes extremos.
A incorporação da aceleração por cisalhamento e o comportamento dos campos de fótons externos fornecem uma visão mais abrangente da dinâmica que ocorre dentro desses jatos. Pesquisas continuadas nessa área têm o potencial de revelar descobertas ainda maiores, à medida que os cientistas trabalham pra desvendar as complexas interações que impulsionam esses fenômenos astrofísicos vibrantes.
Título: Spine-sheath jet model for low-luminosity AGNs
Resumo: In several jetted AGNs, structured jets have been observed. In particular spine-sheath configurations where the jet is radially divided into two or more zones of different flow velocities. We present a model based on the particle and radiation transport code CR-ENTREES. Here, interaction rates and secondary particle and photon yields are pre-calculated by Monte Carlo event generators or semi-analytical approximations. These are then used to create transition matrices, that describe how each particle spectrum evolves with time. This code allows for arbitrary injection of primary particles, and the possibility to choose which interaction to include (photo-meson production, Bethe-Heitler pair-production, inverse-Compton scattering, $\gamma$-$\gamma$ pair production, decay of all unstable particles, synchrotron radiation -- from electrons, protons, and all relevant secondaries before their respective decays -- and particle escape). In addition to the particle and radiation interactions taking place in each homogeneous zone, we implement the feedback between the two zones having different bulk velocities. The main mechanism at play when particles cross the boundary between the two zones is shear acceleration. We follow a microscopic description of this acceleration process to create a corresponding transition matrix and include it in our numerical setup. Furthermore, each zone's radiation field can be used as an external target photon field for the other zone's particle interactions. We present here the first results of the effect of a two-zone spine-sheath jet, by applying this model to typical low-luminosity AGNs.
Autores: Margot Boughelilba, Anita Reimer, Lukas Merten, Jon-Paul Lundquist
Última atualização: 2023-08-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.10596
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.10596
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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