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Taxas de Fertilidade Adolescente na Zâmbia: Um Olhar Mais Próximo

Analisando os fatores que influenciam as gravidezes na adolescência em Zambia.

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Todo ano, cerca de 21 milhões de garotas de 15 a 19 anos em países em desenvolvimento ficam grávidas, e aproximadamente 12 milhões delas dão à luz. Com o passar dos anos, a taxa global de natalidade entre Adolescentes caiu de 64,5 nascimentos por 1.000 garotas em 2000 para 41,3 nascimentos por 1.000 garotas em 2023. Porém, o progresso não foi igual em todas as regiões. O sul da Ásia teve a maior queda, enquanto lugares como a América Latina e o Caribe (LAC) e a África Subsaariana (SSA) mudaram mais devagar. Apesar da queda geral, a SSA e a LAC ainda têm as taxas mais altas, com a SSA registrando 99,4 nascimentos por 1.000 jovens e a LAC 52,1 nascimentos por 1.000 em 2022.

A África tem uma das populações mais jovens do mundo. Em 2019, havia cerca de 230 milhões de jovens de 15 a 24 anos na África, representando 19% de todos os jovens globalmente. Até 2030, o número de jovens na África deve aumentar em 42%. Infelizmente, o número de gestações na adolescência também deve subir, especialmente na África Subsaariana. Países como Níger, Mali, Angola, Moçambique, Guiné, Chade e Costa do Marfim têm algumas das taxas mais altas de gravidez na adolescência. Essa situação é especialmente preocupante porque essas regiões também têm algumas das taxas mais altas de casamentos infantis.

Situação na Zâmbia

A Zâmbia enfrenta altas Taxas de Fertilidade há mais de quarenta anos. Embora a taxa de fertilidade total tenha caído de 6,5 filhos por mulher em 1992 para 4,7 filhos em 2018, muitos adolescentes ainda estão tendo filhos. Cerca de 29% das garotas de 15 a 19 anos já deram à luz. Notavelmente, 6% desses nascimentos são de meninas de 15 anos, enquanto um significativo 58% são de 19 anos. Há grandes diferenças nas taxas de parto entre as regiões da Zâmbia, com algumas áreas como Lusaka tendo apenas 14,9% de garotas de 15 a 19 anos que já deram à luz, em comparação com até 42,5% na província do Sul.

Pesquisas mostram que vários fatores afetam as taxas de fertilidade entre adolescentes. Esses fatores incluem idade, onde vivem, nível educacional, uso de anticoncepcionais e status econômico. Casamentos infantis limitam os direitos e oportunidades das meninas, impedindo que elas alcancem seu pleno potencial. A Zâmbia tem uma das maiores taxas de casamentos infantis do mundo, embora tenha caído ligeiramente de 31,7% em 2014 para 29% em 2018. Alarmante, 16,5% das garotas de 15 a 19 anos são casadas, e 31,4% das que têm de 20 a 24 anos se casaram antes dos 18.

Mães adolescentes enfrentam mais riscos à saúde do que mães mais velhas, como complicações graves durante a gravidez e o parto. Bebês nascidos de mães adolescentes também correm o risco de baixo peso ao nascer e outros problemas de saúde. Prevenir gestações na adolescência é fundamental para melhorar os resultados de saúde e alcançar metas de saúde mais amplas.

Visão geral do estudo

Este estudo investiga os fatores que afetam a fertilidade entre garotas de 15 a 19 anos na Zâmbia. Utiliza dados da Pesquisa Demográfica e de Saúde da Zâmbia (ZDHS), que é uma pesquisa nacional realizada para coletar informações sobre saúde e demografia.

O estudo foca em como vários fatores, incluindo influências pessoais e comunitárias, impactam a fertilidade adolescente. Analisa diferentes variáveis como idade, Educação, emprego, Estado Civil e condições comunitárias.

Os dados foram coletados de 18 de julho de 2018 a 24 de janeiro de 2019. Os participantes incluíram jovens mulheres de 15 a 19 anos que concordaram em participar da pesquisa. O estudo analisou as informações para explorar os vínculos entre esses fatores e as taxas de fertilidade.

Principais descobertas

As descobertas revelam padrões interessantes entre as participantes. A maioria das adolescentes de 15 anos não tinha histórico de partos, enquanto uma proporção maior de adolescentes de 19 anos tinha dois ou mais filhos. Muitas jovens mães viviam em áreas rurais, e as adolescentes casadas eram mais propensas a ter filhos do que as que não eram casadas.

Geralmente, adolescentes de famílias de baixa renda estavam em maior risco de ter múltiplos filhos em comparação com aquelas de famílias mais ricas. O estudo mostrou diferenças significativas entre as diferentes regiões, especialmente entre ambientes urbanos e rurais.

Insights dos dados

  1. Sem histórico de parto: Em áreas urbanas, mais adolescentes relataram não ter histórico de parto em comparação com áreas rurais, com exceções em províncias específicas.

  2. Um filho: Um número maior de adolescentes em áreas rurais havia dado à luz, exceto em uma província onde as áreas urbanas tinham mais jovens mães.

  3. Múltiplos filhos: A maioria das adolescentes com mais de dois filhos eram de origens rurais. Certas províncias apresentaram variações mais significativas nesses padrões.

Analisando fatores influentes

Para entender melhor os problemas, os pesquisadores usaram métodos estatísticos avançados para avaliar os fatores ligados à fertilidade adolescente. Várias características individuais, como idade e educação, foram consideradas ao lado de fatores comunitários, como o nível educacional geral e a pobreza.

Adolescentes mais velhas mostraram maiores chances de ter mais de um filho. Essa descoberta ressalta que, à medida que as meninas envelhecem, a probabilidade de terem filhos múltiplos aumenta. A educação emergiu como um fator importante; aquelas que completaram níveis educacionais mais altos eram menos propensas a ter múltiplos filhos em comparação com aquelas sem educação formal.

Estado civil e fertilidade

Adolescentes casadas tinham maior probabilidade de ter múltiplos filhos do que as que eram solteiras. Isso reflete a forte ligação entre casamento precoce e aumento da fertilidade. Além disso, a falta de conscientização sobre planejamento familiar também contribuiu para o problema.

Adolescentes que usavam anticoncepcionais ou recebiam educação sobre planejamento familiar apresentaram padrões diferentes em termos de fertilidade. Curiosamente, os dados indicaram que muitas que se envolveram em planejamento familiar frequentemente o fizeram após ter seu primeiro filho, sugerindo atrasos no uso de anticoncepcionais.

Limitações

Embora o estudo tenha fornecido insights valiosos, houve limitações. Os dados vêm de uma pesquisa transversal, o que significa que revelam correlações em vez de relações de causa e efeito. As descobertas são específicas para o conjunto de dados de 2018 e podem não se aplicar a todos os adolescentes de 10 a 19 anos.

Conclusão e Recomendações

O estudo destaca diferenças significativas nas taxas de fertilidade adolescente com base em vários fatores, especialmente educação e estado civil. Enfatiza a necessidade de políticas de saúde eficazes e iniciativas educacionais voltadas para a redução de gestações na adolescência.

As principais recomendações incluem promover programas educacionais para adolescentes, criar reformas legais para prevenir casamentos precoces e aumentar a conscientização comunitária sobre saúde sexual e planejamento familiar.

Adotar uma abordagem abrangente que envolva líderes locais e considerações culturais pode ajudar a melhorar a situação. Pesquisa contínua e monitoramento também serão essenciais para apoiar políticas eficazes voltadas para a redução da fertilidade adolescente e a melhoria da saúde e bem-estar geral.

Fonte original

Título: Socio-economic disparities and predictors of fertility among adolescents aged 15 to 19 in Zambia: Evidence from the Zambia demographic and health survey (2018)

Resumo: BackgroundAnnually, 12 million girls aged 15-19 give birth globally, with Africa hosting 19% of the youth aged 15-24. Zambia sees 29% of adolescents experiencing childbirth, with notable variations among age groups. Predictors of adolescent fertility include age, residential area, education, contraceptive use, and socioeconomic status. Studies emphasize increased health risks for adolescent mothers, including eclampsia and systemic infections, while infants face elevated risks such as low birth weight and severe neonatal conditions. Projections anticipate a continued rise in these trends by 2030. MethodThe analysis utilized the 2018 Zambia Demographic Health Survey (ZDHS). The association between dependent and independent variables was assessed using the Rao-Scott Chi-square test. Determinants of adolescent fertility were identified through a multilevel ordinal logistic regression conducted at a significance level of 5%. Graphs were generated using Excel, and the analysis was carried out using Stata version 14.2. ResultsA total of 3,112 adolescents were involved in the study, revealing that 75.88% had not given birth, 21.14% had one child, and 2.98% had at least two children. The findings revealed that education played a protective role, with adjusted odds ratios (AOR) of 0.47 (95% CI, 0.23 - 0.97), 0.21 (95% CI, 0.10 - 0.47), and 0.03 (95% CI, 0.00 - 0.54) for primary, secondary, and tertiary education, respectively. On the other hand, certain factors were associated with an elevated risk of fertility. These included the age of adolescents, educational attainment, marital status, wealth index, contraceptive use, exposure to family planning (FP) messages, being educated about FP at health facilities, and age at first sexual encounter. Among contextual factors, only community age at first birth was identified as a predictor of fertility, AOR, 1.59 (95% CI, 1.01 - 2.52). ConclusionThe study highlights sociodemographic disparities in adolescent fertility, emphasizing the need for targeted sexual reproductive health policies. Education protects against having more than one child, while marital status significantly influences fertility, particularly for married adolescents. The research provides valuable insights into the complex factors shaping adolescent fertility in Zambia, offering guidance for interventions and policies to support this vulnerable demographic.

Autores: Samson Shumba, V. Moonga, T. O. Miyoba, S. Jere, J. M. Nkonde, P. Mumba

Última atualização: 2023-12-06 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.05.23299479

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.05.23299479.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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