Os Segredos Pulsantes de AE Ursae Majoris e RV Arietis
Aprenda sobre as pulsações e estruturas únicas das estrelas Scuti radiais de modo duplo.
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Índice
- Características de AE UMa e RV Ari
- Mecanismo de Pulsação
- Importância do Estudo de Estrelas de Modo Duplo
- Observações e Análise
- Frequências e Amplitudes
- Identificando Graus de Modo
- Modelagem Sísmica
- Convecção e Comprimento de Mistura
- Idade e Evolução
- Modos Não Radiais
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
As estrelas radiais de modo duplo Scuti são objetos fascinantes no céu noturno que mudam de brilho ao longo do tempo devido a pulsações. Entre essas estrelas, AE Ursae Majoris (AE UMa) e RV Arietis (RV Ari) se destacam porque pulsão em dois Modos específicos, conhecidos como modos radiais: o modo fundamental e o primeiro overtone.
Características de AE UMa e RV Ari
AE UMa é classificada como uma estrela tipo espectral A9 e tem um brilho médio de aproximadamente 11,35 na banda V. Já RV Ari é uma estrela tipo A com brilho médio de cerca de 12,27 na banda V. Ambas as estrelas pertencem a uma categoria conhecida como estrelas Scuti de alta amplitude (HADS), que exibem mudanças significativas de brilho.
A variabilidade de AE UMa foi reconhecida pela primeira vez em estudos antigos, onde mostrava características de uma estrela Cepheid anã. No entanto, observações posteriores revelaram que ela é uma estrela Scuti de alta amplitude. RV Ari também foi descoberta como variável, com sua Pulsação ligada a mudanças de brilho.
Mecanismo de Pulsação
As pulsações nessas estrelas surgem principalmente devido a certos processos físicos que ocorrem em suas camadas externas. Esses processos são influenciados por como a energia é transportada dentro das estrelas e os efeitos de diferentes elementos à medida que se ionizam (ganham ou perdem elétrons). Para a maioria das estrelas Scuti, o mecanismo que impulsiona é encontrado principalmente nas zonas de hélio, com uma contribuição menor das zonas de hidrogênio.
Importância do Estudo de Estrelas de Modo Duplo
Estudar estrelas como AE UMa e RV Ari fornece insights sobre a Evolução estelar e os processos físicos que ocorrem dentro das estrelas. Como essas estrelas pulsão em dois modos distintos, suas razões de período são bastante estreitas, permitindo que os astrônomos reúnam detalhes precisos sobre suas estruturas internas.
O estudo dessas estrelas pulsantes também ajuda a melhorar nossa compreensão da mistura de elementos dentro delas, como se movem e como o calor é transportado em suas camadas.
Observações e Análise
Observações recentes de AE UMa e RV Ari foram feitas usando o Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS). Ao examinar as curvas de luz, que mostram como a intensidade da luz muda ao longo do tempo, os pesquisadores podem identificar as Frequências das pulsações das estrelas.
AE UMa foi observada ao longo de dois períodos separados, enquanto as observações de RV Ari incluíram dois períodos consecutivos. Ambas as estrelas mostraram vários picos de frequência, refletindo suas características pulsacionais únicas.
Frequências e Amplitudes
Na análise, picos de frequência significativos foram identificados para AE UMa e RV Ari. Para AE UMa, 59 picos foram encontrados em uma observação e 57 em outra, enquanto RV Ari teve 137 picos de frequência. O estudo dessas frequências e suas amplitudes é crucial para entender como as estrelas pulsão e como essas pulsações estão relacionadas às suas estruturas internas.
Identificando Graus de Modo
Para saber mais sobre a natureza das pulsações, os pesquisadores analisaram o grau dos modos pulsacionais. Os resultados indicam que os modos dominantes para AE UMa e RV Ari correspondem a modos radiais, confirmando que pulsão em seus estados fundamental e overtone.
O método usado para identificar esses modos envolveu observar as mudanças de luz em diferentes filtros, permitindo uma análise detalhada de como as estrelas respondem às pulsações.
Modelagem Sísmica
A modelagem sísmica desempenha um papel fundamental na compreensão da estrutura interna das estrelas. Esse processo envolve ajustar as frequências e amplitudes observadas a modelos teóricos, o que ajuda a derivar propriedades como massa, temperatura e luminosidade.
No caso de AE UMa e RV Ari, os modelos sísmicos indicam que ambas as estrelas estão na fase de queima de hidrogênio em camadas. Essa fase sugere que as estrelas estão convertendo hidrogênio em hélio em suas camadas externas.
Convecção e Comprimento de Mistura
O comportamento da convecção, ou a forma como o calor é transportado, é crucial nessas estrelas. O parâmetro de comprimento de mistura indica quão efetivamente a energia convectiva se move ao longo do envelope estelar. Para AE UMa, esse parâmetro é em torno de 0,4, enquanto para RV Ari é cerca de 0,5.
Ambas as estrelas apresentam níveis muito baixos de overshooting de seus núcleos convectivos, significando que a mistura de material entre camadas é menor do que o esperado. Esse baixo overshooting sugere que o comportamento de mistura pode mudar à medida que as estrelas evoluem.
Idade e Evolução
A idade estimada para AE UMa e RV Ari é de cerca de 1,6 bilhão de anos durante sua fase de queima de hidrogênio. À medida que evoluem, suas estruturas internas mudam, afetando seu brilho e características de pulsação.
Compreender as idades dessas estrelas ajuda os astrônomos a aprender sobre o ciclo de vida das estrelas e como elas transitam por várias fases, incluindo seu tempo na sequência principal e depois.
Modos Não Radiais
Além dos modos radiais, outros tipos de modos pulsacionais, conhecidos como modos não radiais, também foram observados em RV Ari. Esses modos estão associados a diferentes padrões de oscilação e oferecem mais insights sobre a estrutura da estrela.
A identificação de uma terceira frequência em RV Ari sugere que modos não radiais contribuem para suas pulsações. Entender esses modos adicionais pode enriquecer a imagem geral de como a estrela se comporta e evolui.
Conclusão
O estudo de AE UMa e RV Ari revela detalhes importantes sobre estrelas radiais de modo duplo Scuti. A análise de suas pulsações, frequências e modelos sísmicos proporciona uma compreensão mais profunda da evolução estelar. À medida que a pesquisa continua, as descobertas dessas estrelas contribuem significativamente para o conhecimento mais amplo sobre os ciclos de vida das estrelas e suas dinâmicas internas.
Ao examinar as relações entre modos de pulsação, processos de mistura e convecção, obtemos insights valiosos sobre os processos complexos que ocorrem dentro desses corpos celestes. O estudo contínuo de tais estrelas promete revelar mais sobre o universo e as estrelas que nele habitam.
Título: Asteroseismology of double-mode radial $\delta$ Scuti stars: AE Ursae Majoris and RV Arietis
Resumo: We construct complex seismic models of two high-amplitude delta Sct stars, AE UMa and RV Ari, each pulsating in two radial modes: fundamental and first overtone. The models reproduce, besides the frequencies of two radial modes, also the amplitude of bolometric flux variations (the parameter f) for the dominant mode. Applying the Monte Carlo-based Bayesian analysis, we derive strong constraints, on the parameters of the model as well as on the free parameters of the theory. A vast majority of seismic models of the two stars are just at the beginning of hydrogen-shell burning and a small fraction is at the very end of an overall contraction. The stars have a similar age of about 1.6 Gyr for the hydrogen-shell burning phase. Both stars have unusual low overshooting from the convective core; about 0.02 and 0.004 of the pressure scale height for AE UMa and RV Ari, respectively. This result presumably indicates that overshooting should vary with time and scale with a decreasing convective core. The efficiency of convection in the envelope of both stars is rather low and described by the mixing length parameter alphaMLT of about 0.3-0.6. The third frequency of RV Ari, confirmed by us in the TESS photometry, can only be associated with mixed nonradial modes l=1, g4-g8 or l=2, g10-g12. We include the dipole mode into our Bayesian modelling and demonstrate its huge asteroseismic potential.
Autores: J. Daszynska-Daszkiewicz, P. Walczak, W. Szewczuk, W. Niewiadomski
Última atualização: 2023-09-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.07989
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.07989
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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