Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Física# Astrofísica solar e estelar

Explorando a Natureza dos Vazios Coronal

Compreendendo regiões mais escuras na coroa do Sol ligadas a campos magnéticos fracos.

― 6 min ler


Vazios Coronal eVazios Coronal eAtividade Magnéticado Sol.Analisando regiões escuras na atmosfera
Índice

O Sol é uma bola enorme de gás que emite luz e calor, e tem diferentes camadas, incluindo a fotosfera e a corona. A fotosfera é a superfície visível, enquanto a corona é a atmosfera externa, que se estende bem longe no espaço. Os cientistas perceberam áreas escuras na corona chamadas de vazios coronais. Essas áreas aparecem mais escuras que as regiões ao redor, o que levantou questões sobre a sua natureza e os campos magnéticos associados a elas.

O Que São Vazios Coronais?

Vazios coronais são regiões na corona do Sol que mostram uma emissão de luz mais fraca. Isso significa que essas áreas não são tão brilhantes quanto as regiões ao redor. Elas podem ser identificadas em observações de ultravioleta extremo (EUV), onde os cientistas usam instrumentos específicos para capturar imagens em certos comprimentos de onda. Os vazios coronais podem variar de tamanho, indo desde pequenos pontos até áreas muito maiores, parecidas com o tamanho de supergranulações, que são grandes células de gás na superfície do Sol.

Medindo Vazios Coronais

Para encontrar esses vazios coronais, os pesquisadores definiram um nível de brilho específico. Eles definiram os vazios usando um limite de intensidade de 75% da média de brilho observada em áreas calmas do Sol. Assim, conseguiram destacar essas regiões escuras contra o fundo mais brilhante. As observações foram feitas usando instrumentos de alta resolução que conseguem medir a intensidade da luz com muita precisão.

Características dos Vazios Coronais

Os vazios coronais normalmente apresentam um brilho médio que é cerca de 67% mais baixo do que a média de brilho das áreas ao redor. Essas regiões escuras não mostram estruturas magnéticas fortes, que são comuns nas áreas vizinhas. A intensidade do Campo Magnético abaixo desses vazios é geralmente bem mais fraca, indicando que há menos atividade magnética nesses pontos escuros em comparação com as regiões normais do Sol calmo.

O Papel dos Campos Magnéticos

Os campos magnéticos desempenham um papel crucial na atmosfera do Sol. Campos magnéticos fortes podem ajudar a transportar energia para a corona, aquecendo-a e tornando-a mais brilhante. No caso dos vazios coronais, a fraqueza dos campos magnéticos indica uma redução no fornecimento de energia, resultando em Temperaturas e densidades mais baixas. Isso significa que há menos energia disponível para aquecer o gás na corona, fazendo com que a emissão de luz caia.

Comparando Vazios Coronais com Buracos Coronais

Buracos coronais são características semelhantes que também aparecem escuras em observações UV, mas têm características distintas. Ao contrário dos vazios coronais, os buracos coronais geralmente têm campos magnéticos abertos que permitem a fuga de material solar para o espaço. Buracos coronais às vezes permitem o fluxo do vento solar, o que significa que podem estar conectados à estrutura magnética geral do Sol.

A Formação de Vazios Coronais

Existem duas teorias principais sobre como os vazios coronais se formam. Uma ideia é que eles são simplesmente áreas com atividade magnética reduzida, levando a um aquecimento menor na corona. A outra hipótese é que eles poderiam ser versões minúsculas dos buracos coronais, mas com campos magnéticos menos significativos. Pesquisas foram feitas para testar essas duas teorias, analisando a intensidade do campo magnético nas áreas abaixo dos vazios.

Observações e Resultados

Os pesquisadores usaram dados de vários instrumentos para estudar o campo magnético fotosférico abaixo dos vazios coronais. Descobriram que a intensidade do campo magnético era significativamente mais baixa nos vazios do que nas regiões ao redor. Especificamente, a densidade do fluxo magnético era pelo menos 76% mais baixa. Essa grande diferença sugere que a formação dos vazios coronais provavelmente se deve ao menor aquecimento, em vez de serem buracos coronais em miniatura.

A Importância da Temperatura e Densidade

Temperatura e densidade são importantes para entender por que os vazios coronais aparecem mais escuros. Como mencionado, a atividade magnética mais baixa resulta em menos calor sendo transportado para a corona. Essa redução na energia significa que o gás nos vazios é mais frio e menos denso, contribuindo ainda mais para a sua aparência escura.

Campos Magnéticos Fracos e Vazios Coronais

A pesquisa mostrou que campos magnéticos fracos são comuns nas áreas classificadas como vazios coronais. Esses campos estão distribuídos em um padrão de "sal e pimenta" pela fotosfera. A maioria dos campos fracos se correlaciona com as posições dos vazios coronais, indicando uma relação direta entre a baixa atividade magnética e a formação desses pontos escuros na corona.

O Papel dos Desequilíbrios de Fluxo

Desequilíbrio de fluxo refere-se à diferença na intensidade do campo magnético dentro de uma determinada área. No caso dos vazios coronais, foi observado um pequeno desequilíbrio de fluxo. No entanto, não foi tão pronunciado quanto os desequilíbrios vistos em buracos coronais. O desequilíbrio de fluxo nos vazios coronais variou de 10% a 25%, enquanto as áreas do Sol calmo mostraram um fluxo quase equilibrado.

Extrapolação do Campo Magnético

Para investigar melhor a natureza dos vazios coronais, os pesquisadores realizaram uma extrapolação do campo magnético. Esse método envolve modelar o campo magnético para prever a disposição das linhas de campo na corona. Eles descobriram que a maioria das linhas de campo dos vazios estava fechada, ou seja, não permitia a fuga de material solar para o espaço. Esse comportamento difere dos buracos coronais, onde linhas de campo abertas são comuns.

Conclusões e Pesquisas Futuras

Em resumo, os vazios coronais são regiões escuras na corona associadas a campos magnéticos fracos e aquecimento reduzido. Eles não são simplesmente versões menores dos buracos coronais, pois suas propriedades diferem significativamente. As observações sugerem que os vazios coronais se formam devido à atividade magnética mais baixa abaixo deles, o que leva a um menor aquecimento e densidade nessas áreas.

Para estudos futuros, os pesquisadores pretendem ampliar suas observações para ter melhores estatísticas sobre os vazios coronais e suas propriedades. Isso inclui avaliar sua estabilidade e como eles evoluem com o tempo. Além disso, adicionar medições espectroscópicas pode fornecer mais insights sobre o comportamento do material solar dentro e ao redor dos vazios coronais.

As informações obtidas ao estudar os vazios coronais ajudam a entender melhor a atmosfera do Sol e as interações complexas entre suas várias camadas e campos magnéticos. Compreender essas características também pode contribuir para o nosso conhecimento mais amplo sobre a dinâmica solar e o clima espacial, que podem impactar a Terra e seus sistemas tecnológicos.

Fonte original

Título: Coronal voids and their magnetic nature

Resumo: Extreme ultraviolet (EUV) observations of the quiet solar atmosphere reveal extended regions of weak emission compared to the ambient quiescent corona. The magnetic nature of these coronal features is not well understood. We study the magnetic properties of the weakly emitting extended regions, which we name coronal voids. In particular, we aim to understand whether these voids result from a reduced heat input into the corona or if they are associated with mainly unipolar and possibly open magnetic fields, similar to coronal holes. We defined the coronal voids via an intensity threshold of 75% of the mean quiet-Sun (QS) EUV intensity observed by the high-resolution EUV channel (HRIEUV) of the Extreme Ultraviolet Imager on Solar Orbiter. The line-of-sight magnetograms of the same solar region recorded by the High Resolution Telescope of the Polarimetric and Helioseismic Imager allowed us to compare the photospheric magnetic field beneath the coronal voids with that in other parts of the QS. The coronal voids studied here range in size from a few granules to a few supergranules and on average exhibit a reduced intensity of 67% of the mean value of the entire field of view. The magnetic flux density in the photosphere below the voids is 76% (or more) lower than in the surrounding QS. Specifically, the coronal voids show much weaker or no network structures. The detected flux imbalances fall in the range of imbalances found in QS areas of the same size. Conclusions. We conclude that coronal voids form because of locally reduced heating of the corona due to reduced magnetic flux density in the photosphere. This makes them a distinct class of (dark) structure, different from coronal holes.

Autores: J. D. Nölke, S. K. Solanki, J. Hirzberger, H. Peter, L. P. Chitta, F. Kahil, G. Valori, T. Wiegelmann, D. Orozco Suárez, K. Albert, N. Albelo Jorge, T. Appourchaux, A. Alvarez-Herrero, J. Blanco Rodríguez, A. Gandorfer, D. Germerott, L. Guerrero, P. Gutierrez-Marques, M. Kolleck, J. C. del Toro Iniesta, R. Volkmer, J. Woch, B. Fiethe, J. M. Gómez Cama, I. Pérez-Grande, E. Sanchis Kilders, M. Balaguer Jiménez, L. R. Bellot Rubio, D. Calchetti, M. Carmona, W. Deutsch, A. Feller, G. Fernandez-Rico, A. Fernández-Medina, P. García Parejo, J. L. Gasent Blesa, L. Gizon, B. Grauf, K. Heerlein, A. Korpi-Lagg, T. Lange, A. López Jiménez, T. Maue, R. Meller, A. Moreno Vacas, R. Müller, E. Nakai, W. Schmidt, J. Schou, U. Schühle, J. Sinjan, J. Staub, H. Strecker, I. Torralbo, D. Berghmans, E. Kraaikamp, L. Rodriguez, C. Verbeeck, A. N. Zhukov, F. Auchere, E. Buchlin, S. Parenti, M. Janvier, K. Barczynski, L. Harra, C. Schwanitz, R. Aznar Cuadrado, S. Mandal, L. Teriaca, D. Long, P. Smith

Última atualização: 2023-09-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.09789

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.09789

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes