Avanços na Gestão de Espécies de Phytophthora em Florestas
A pesquisa se concentra em transformar a Phytophthora das florestas para melhores estratégias de manejo.
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Índice
- Importância da Transformação de DNA
- Desafios na Pesquisa de Patógenos Florestais
- Métodos e Materiais
- Espécies e Culturas de Phytophthora
- Plasmídeos de Transformação
- Sequenciamento de DNA
- Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM)
- Isolamento de Protoplastos e Transformação
- Avaliação dos Transformantes
- Resultados dos Testes de Transformação
- Sensibilidade à Geneticina
- Taxas de Sucesso da Transformação
- Comparando Resultados de Transformação
- Desafios e Considerações
- Fatores Moleculares
- Estabilidade dos Plasmídeos
- Atividade do Promotor
- Direções Futuras
- Importância de P. cactorum
- Investigando a Variabilidade do Patógeno
- Avaliando Métodos Alternativos
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Phytophthora é um grupo de organismos que tem várias espécies, quase 200 no total. Algumas dessas espécies são conhecidas por serem prejudiciais às plantas, causando problemas sérios na agricultura, silvicultura e jardinagem. Por causa disso, os cientistas têm trabalhado há muitos anos para encontrar maneiras melhores de lidar e reduzir os danos causados por esses organismos nocivos.
Nos últimos 20 a 30 anos, os avanços em biologia molecular permitiram que os pesquisadores focassem mais em entender a genética por trás de como esses organismos prejudicam as plantas. Isso inclui estudos sobre DNA e como os genes afetam a capacidade das espécies de Phytophthora de causar doenças. Ferramentas novas como o CRISPR-Cas9 surgiram, oferecendo uma forma de editar genes. Essas ferramentas já foram aplicadas em algumas espécies de Phytophthora agrícolas. No entanto, o uso do CRISPR-Cas9 em patógenos florestais ainda não foi estabelecido, principalmente devido a desafios em desenvolver protocolos eficazes de transformação de DNA para essas espécies.
Para criar estratégias de longo prazo para gerenciar Phytophthora nas florestas, é importante aprender mais sobre a genética que controla suas características prejudiciais. No entanto, técnicas moleculares confiáveis ainda são necessárias para explorar esses fatores genéticos. Portanto, estabelecer transformações de DNA em Phytophthora florestais é um passo crucial para avançar com a genética molecular e desenvolver técnicas como o CRISPR-Cas9 para essas espécies.
Importância da Transformação de DNA
A transformação de DNA é uma técnica de laboratório importante usada para estudar como as células funcionam e para identificar genes envolvidos em processos específicos. Procedimentos de transformação de DNA bem-sucedidos são essenciais para desenvolver técnicas como o CRISPR-Cas9. Uma das primeiras espécies onde a tecnologia de transformação foi desenvolvida é a P. infestans, que causa a murcha tardia em batatas. Nos primeiros estudos, os cientistas criaram plasmídeos de transformação, que são ferramentas usadas para introduzir DNA estrangeiro em uma célula.
Esses primeiros plasmídeos foram projetados usando vetores de clonagem existentes e modificados para incluir elementos genéticos específicos. Os resultados foram células transformadas estáveis que eram resistentes a certos antibióticos. Ao longo dos anos, os métodos de transformação de DNA foram adaptados para várias espécies de Phytophthora. Técnicas como transformação mediada por PEG-CaCl2, bombardeio de microprojetéis, eletroporação e transformação mediada por Agrobacterium foram todas exploradas. Dentre essas, o método PEG-CaCl2 é o mais amplamente utilizado devido ao seu sucesso e flexibilidade, tornando-o adequado para laboratórios sem equipamentos especializados.
Desafios na Pesquisa de Patógenos Florestais
Apesar do progresso feito no desenvolvimento de protocolos moleculares para espécies agrícolas de Phytophthora, ainda há lacunas significativas na pesquisa de patógenos florestais. Apenas alguns estudos relataram sistemas de transformação de DNA bem-sucedidos em espécies florestais de Phytophthora. Por exemplo, alguns estudos conseguiram transformar com sucesso P. cinnamomi e P. ramorum, mas não houve pesquisas de acompanhamento para confirmar a consistência e confiabilidade dessas transformações.
Este estudo tem como objetivo testar uma técnica de transformação específica em cinco espécies florestais de Phytophthora: P. cactorum, P. cinnamomi, P. cryptogea, P. ramorum e P. syringae. Os objetivos incluem avaliar quão adaptável e reproduzível é o método de transformação PEG-CaCl2 nessas espécies e identificar quais delas são adequadas para edição de genes com CRISPR-Cas9.
Métodos e Materiais
Espécies e Culturas de Phytophthora
O estudo utilizou várias espécies de Phytophthora mantidas em um meio de crescimento específico. Elas foram mantidas à temperatura ambiente no escuro para um crescimento ideal. Para armazenamento a longo prazo, as amostras foram preservadas em água estéril.
Plasmídeos de Transformação
Três plasmídeos diferentes foram testados para o processo de transformação. Dois deles foram projetados para edição de genes, enquanto o terceiro foi desenvolvido para etiquetar proteínas. Cada plasmídeo continha genes para resistência a antibióticos, o que permitiria aos cientistas selecionar as células transformadas com sucesso após o experimento.
Sequenciamento de DNA
Para garantir que o DNA do plasmídeo estava correto, os pesquisadores extraíram DNA e enviaram para sequenciamento. Ao comparar os resultados com sequências esperadas, eles puderam confirmar a integridade dos plasmídeos usados nas transformações.
Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM)
Para selecionar células transformadas, os pesquisadores precisavam encontrar a concentração certa do antibiótico geneticina. Eles testaram várias concentrações para determinar a mínima que inibiria o crescimento das espécies de Phytophthora não transformadas.
Isolamento de Protoplastos e Transformação
Usando um protocolo de transformação mediada por PEG otimizado, os pesquisadores introduziram DNA de plasmídeo nas células de Phytophthora. O experimento envolveu preparar culturas, isolar protoplastos (que são células sem suas paredes), adicionar DNA de plasmídeo e tratar as células com PEG para facilitar a absorção do DNA.
Avaliação dos Transformantes
Após a transformação, os pesquisadores colocaram as células em novos meios para estimular o crescimento. Eles então verificaram as transformações bem-sucedidas e garantiram que as células transformadas pudessem crescer mesmo na presença do antibiótico.
Resultados dos Testes de Transformação
O sucesso das transformações variou entre as cinco espécies florestais de Phytophthora. Enquanto o método de transformação funcionou bem para a espécie de controle agrícola P. sojae, os resultados foram menos consistentes para as outras espécies florestais.
Sensibilidade à Geneticina
Diferentes espécies de Phytophthora mostraram sensibilidade variada à geneticina, com algumas espécies se saindo melhor que outras em certas concentrações. Por exemplo, P. syringae e P. ramorum foram as mais sensíveis, enquanto P. cinnamomi mostrou a maior resistência.
Taxas de Sucesso da Transformação
O estudo descobriu que apenas P. cactorum foi consistentemente transformada em todos os testes. Ela demonstrou crescimento estável mesmo após várias rodadas de seleção em meios contendo antibióticos. Por outro lado, P. ramorum mostrou algum sucesso inicial, mas transformações posteriores não produziram culturas estáveis.
Comparando Resultados de Transformação
Os resultados indicaram que o método de transformação PEG-CaCl2 não é facilmente adaptável a diferentes espécies florestais de Phytophthora. Enquanto funcionou bem para P. cactorum, não rendeu resultados suficientes para P. ramorum ou P. cinnamomi, apesar do sucesso anterior em outros estudos.
Desafios e Considerações
Os pesquisadores observaram que estabelecer transformações de plasmídeo em espécies florestais de Phytophthora é complexo. Embora algumas transformações tenham sido bem-sucedidas, a variabilidade entre espécies e até mesmo entre isolados da mesma espécie apresenta desafios significativos.
Fatores Moleculares
Vários fatores moleculares podem influenciar o sucesso das transformações de DNA. Diferenças na expressão gênica dos plasmídeos usados podem desempenhar um papel, assim como os diferentes backgrounds genéticos de diferentes cepas de Phytophthora.
Estabilidade dos Plasmídeos
Um dos plasmídeos testados, pGFPN, mostrou instabilidade durante o sequenciamento, indicando que sofreu mudanças que poderiam afetar sua capacidade de transformar células com sucesso. Isso levanta questões sobre a confiabilidade de diferentes plasmídeos para experimentos futuros.
Atividade do Promotor
A atividade dos promotores usados para impulsionar a expressão gênica nos plasmídeos também poderia afetar o sucesso da transformação. Alguns promotores podem funcionar melhor em espécies específicas ou em condições particulares, tornando importante escolher os corretos para cada tipo de Phytophthora a ser estudado.
Direções Futuras
O estudo destaca a necessidade de continuar a pesquisa para desenvolver técnicas moleculares eficazes para espécies florestais de Phytophthora. Direções futuras sugeridas incluem adaptar protocolos de transformação para espécies individuais e isolar fatores que impactam o sucesso da transformação.
Importância de P. cactorum
Dado que P. cactorum foi a única espécie que consistentemente rendeu transformantes estáveis neste estudo, ela é uma forte candidata para exploração adicional das tecnologias de edição de genes como o CRISPR-Cas9. Seu amplo espectro de hospedeiros e impacto significativo na agricultura e silvicultura também a tornam um alvo valioso para pesquisa contínua.
Investigando a Variabilidade do Patógeno
Entender as diferenças genéticas entre isolados e espécies será essencial para otimizar os métodos de transformação. Estudos futuros podem explorar os backgrounds genéticos de diferentes espécies de Phytophthora para identificar fatores que potencializam ou inibem transformações bem-sucedidas.
Avaliando Métodos Alternativos
Os pesquisadores também podem explorar outras técnicas de transformação, como métodos mediadas por lipossomos, para ver se melhoram as taxas de sucesso em espécies desafiadoras como P. ramorum e P. cinnamomi.
Conclusão
O caminho à frente para técnicas moleculares em espécies florestais de Phytophthora é complexo e exigirá esforços contínuos. Com os ajustes certos e pesquisa contínua, pode ser possível desenvolver métodos confiáveis para exploração genética e manejo desses importantes patógenos de plantas. Entender como manipular sua genética abre novas oportunidades para combater as doenças que causam e minimizar seu impacto nos ecossistemas e na agricultura.
Título: Heterogeneity in establishment of polyethylene glycol-mediated plasmid transformations for five forest pathogenic Phytophthora species
Resumo: Plasmid-mediated DNA transformation is a foundational molecular technique and the basis for most CRISPR-Cas9 gene editing systems. While plasmid transformations are well established for many agricultural Phytophthora pathogens, development of this technique in forest Phytophthoras is lacking. Given our long-term research objective to develop CRISPR-Cas9 gene editing in a forest pathogenic Phytophthora species, we sought to establish the functionality of polyethylene glycol (PEG)-mediated plasmid transformation in five species: P. cactorum, P. cinnamomi, P. cryptogea, P. ramorum, and P. syringae. We used the agricultural pathogen P. sojae, a species for which PEG-mediated transformations are well-established, as a transformation control. Using a protocol previously optimized for P. sojae, we tested transformations in the five forest Phytophthoras with three different plasmids: two developed for CRISPR-Cas9 gene editing and one developed for fluorescent protein tagging. Out of the five species tested, successful transformation, as indicated by stable growth of transformants on a high concentration of antibiotic selective growth medium and diagnostic PCR, was achieved only with P. cactorum and P. ramorum. However, while transformations in P. cactorum were consistent and stable, transformations in P. ramorum were highly variable and yielded transformants with very weak mycelial growth and abnormal morphology. Our results indicate that P. cactorum is the best candidate to move forward with CRISPR-Cas9 protocol development and provide insight for future optimization of plasmid transformations in forest Phytophthoras.
Autores: Erika N. Dort, R. C. Hamelin
Última atualização: 2024-06-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.13.598956
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.13.598956.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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