O Papel do Man-PTS na Função Bacteriana
Analisando o sistema de fosfotransferase de manose e seu impacto nas bactérias.
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Índice
- A Função do Man-PTS
- Bacteriocinas e Man-PTS
- Bacteriocinas Classe II
- Sensibilidade das Bactérias a Bacteriocinas
- Papel de Regiões Específicas na Sensibilidade
- Novas Descobertas na Pesquisa de Bacteriocinas
- Identificação de Novas Bacteriocinas
- Implicações para o Uso Médico
- Aplicações Potenciais
- A Complexidade dos Padrões de Ligação de Bacteriocinas
- O Papel dos Motivos de Aminoácidos
- Direções Futuras de Pesquisa
- Avanços em Tecnologia
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
As Bactérias têm sistemas importantes que ajudam elas a absorver nutrientes. Um desses sistemas é o sistema de fosfotransferase de manose (Man-PTS), que ajuda bactérias como Bacillota e Gammaproteobacteria a transportarem açúcares como glicose e manose para dentro das células. Esse sistema também pode transportar outros açúcares, como frutose e alguns açúcares amino. O Man-PTS tem um papel grande, não só em conseguir fazer os açúcares entrarem, mas também em gerenciar como as bactérias crescem e reagem ao ambiente delas.
A Função do Man-PTS
O Man-PTS transporta açúcares usando um método especial que envolve uma molécula chamada fosfoenolpiruvato (PEP). Quando um Açúcar entra na bactéria, o sistema anexa um grupo fosfato a ele, ativando o açúcar para uso posterior pela bactéria. O Man-PTS é composto por várias partes, algumas dentro da célula e outras na membrana. As partes internas processam o açúcar primeiro, enquanto as partes da membrana criam um caminho para que o açúcar entre na célula.
Além de mover açúcares, o Man-PTS pode influenciar muitos processos celulares. Isso inclui controlar como os genes são expressos, como a energia é usada, formando biofilmes e como as bactérias causam doenças. Além disso, o sistema Man-PTS pode funcionar como um receptor para certos vírus e peptídeos antibacterianos.
Bacteriocinas e Man-PTS
As bacteriocinas são proteínas pequenas produzidas por bactérias que podem matar ou inibir o crescimento de outras bactérias. Algumas bacteriocinas visam o sistema Man-PTS. Muitas dessas bacteriocinas vêm de bactérias Gram-positivas e não precisam de modificações extras para funcionar. Elas podem ser agrupadas em subclasses com base em sua estrutura e como funcionam.
Bacteriocinas Classe II
As bacteriocinas Classe II são divididas em quatro grupos com base em sua estrutura:
- IIa pediocinas - Essas incluem bacteriocinas que têm um padrão específico de aminoácidos.
- IIb bacteriocinas de dois peptídeos - Essas consistem em duas proteínas relacionadas.
- IIc bacteriocinas sem líder - Essas não têm peptídeos sinalizadores.
- IId bacteriocinas não-pediocin-like - Essas são diferentes em estrutura e natureza das outras.
O Man-PTS atua como alvo para muitas dessas bacteriocinas. Por exemplo, várias pediocinas e outras bacteriocinas se ligam ao Man-PTS para exercer seus efeitos. Cada uma dessas bacteriocinas tem características únicas que determinam o quão bem elas podem atuar contra várias cepas bacterianas.
Sensibilidade das Bactérias a Bacteriocinas
A sensibilidade das bactérias a essas bacteriocinas pode variar muito e é frequentemente influenciada por áreas distintas no sistema Man-PTS. Essas áreas têm motivos específicos de aminoácidos, que são importantes para como as bacteriocinas se ligam ao receptor. Algumas bacteriocinas conseguem atingir eficazmente bactérias que têm certas regiões em seu Man-PTS, enquanto outras só funcionam em bactérias que não têm essas regiões.
Papel de Regiões Específicas na Sensibilidade
Diferentes regiões no sistema Man-PTS podem tornar algumas bactérias sensíveis ou resistentes a bacteriocinas específicas. Por exemplo, as regiões α e γ do Man-PTS são cruciais para a atividade de certas bacteriocinas. Bactérias com essas regiões podem ser atacadas por bacteriocinas que reconhecem essas partes. Em contraste, bactérias sem essas regiões podem ser resistentes ou afetadas apenas de forma fraca.
O Mecanismo de Interação
Quando as bacteriocinas se ligam ao Man-PTS, elas podem desestabilizar as membranas das bactérias e enfraquecer suas células. Algumas bacteriocinas foram suspeitas de formar poros nas membranas bacterianas, levando à morte celular. Essa ação pode ser complexa, pois diferentes bacteriocinas podem usar mecanismos ligeiramente diferentes para alcançar efeitos semelhantes.
Novas Descobertas na Pesquisa de Bacteriocinas
Estudos recentes identificaram muitas bacteriocinas desconhecidas que interagem com o sistema Man-PTS. Algumas dessas novas bacteriocinas mostram potencial para tratar infecções causadas por bactérias resistentes a antibióticos. Essa pesquisa destacou a ampla variedade de bacteriocinas que podem direcionar o Man-PTS, levando a uma melhor compreensão de como essas proteínas podem ser usadas em aplicações médicas.
Identificação de Novas Bacteriocinas
Pesquisadores usaram várias técnicas para descobrir novas bacteriocinas que conseguem se ligar ao sistema Man-PTS. Ao examinar as sequências de aminoácidos de bacteriocinas conhecidas, eles identificaram novos grupos com estruturas e funções semelhantes. Essas novas bacteriocinas também foram testadas para determinar quais cepas bacterianas elas podiam atacar efetivamente, levando à criação de uma família maior de bacteriocinas que se ligam ao Man-PTS.
Implicações para o Uso Médico
A descoberta de novas bacteriocinas que visam especificamente o Man-PTS abre novas possibilidades para tratar infecções bacterianas. As bacteriocinas poderiam servir como alternativas a antibióticos tradicionais, especialmente em casos onde as bactérias desenvolveram resistência a tratamentos existentes. Isso é especialmente crítico para infecções causadas por bactérias difíceis de tratar, onde novas soluções são urgentemente necessárias.
Aplicações Potenciais
Algumas bacteriocinas recém-descobertas mostraram promessas contra cepas específicas de bactérias conhecidas por causar doenças em humanos e animais. Por exemplo, certas bacteriocinas podem ajudar no tratamento de infecções por Enterococcus resistente à vancomicina, que representa um desafio significativo em ambientes de saúde. Outras bacteriocinas poderiam prevenir a deterioração de alimentos causada por bactérias prejudiciais, beneficiando a segurança alimentar.
A Complexidade dos Padrões de Ligação de Bacteriocinas
A forma como as bacteriocinas interagem com o Man-PTS é complexa e varia entre diferentes grupos. Cada grupo de bacteriocinas parece ter suas próprias preferências de ligação e mecanismos. Algumas podem se ligar a regiões específicas na estrutura do Man-PTS, enquanto outras podem atuar de forma mais ampla. Essa complexidade sugere uma co-evolução entre as bacteriocinas e seus alvos bacterianos, permitindo que elas concorram de forma eficaz em vários ambientes.
O Papel dos Motivos de Aminoácidos
Sequências específicas de aminoácidos nas bacteriocinas são fundamentais para a capacidade delas de se ligarem ao Man-PTS. Por exemplo, certos motivos encontrados nas bacteriocinas do tipo GarQ são cruciais para a atividade delas. Pesquisadores identificaram que, quando esses motivos são alterados, a eficácia das bacteriocinas pode ser drasticamente reduzida, destacando a importância dessas sequências em sua função.
Direções Futuras de Pesquisa
Ainda há muito o que aprender sobre como essas interações acontecem e como podemos usar as bacteriocinas em aplicações práticas. Pesquisas futuras podem se concentrar em entender melhor as estruturas tridimensionais dessas proteínas e como suas formas afetam suas funções. Os cientistas também podem explorar como essas proteínas podem ser modificadas para aumentar sua eficácia ou expandir seu espectro de atividade.
Avanços em Tecnologia
O uso de técnicas avançadas como biologia estrutural e bioinformática provavelmente desempenhará um papel importante em estudos futuros. Essas tecnologias poderiam ajudar a visualizar como as bacteriocinas interagem com seus alvos em nível molecular, levando a um melhor design e otimização de novos agentes antimicrobianos.
Conclusão
O sistema de fosfotransferase de manose (Man-PTS) é um componente crucial nas bactérias que não só ajuda na absorção de nutrientes, mas também atua como receptor para várias bacteriocinas. A pesquisa em andamento sobre esse sistema e suas interações com as bacteriocinas sinaliza um campo promissor voltado para enfrentar os desafios relacionados à resistência a antibióticos. À medida que continuamos a desvendar as complexidades dessas interações, novas estratégias para utilizar as bacteriocinas na saúde e segurança alimentar provavelmente surgirão, abrindo caminho para tratamentos e métodos de preservação inovadores.
Título: Subclass IId bacteriocins targeting Man-PTS--structural diversity and implications for receptor interaction and antimicrobial activity
Resumo: The bacterial mannose phosphotransferase system (Man-PTS) mediates uptake of selected monosaccharides. Simultaneously, it is a receptor for diverse bacteriocins such as subclass IIa pediocin-like bacteriocins and some subclass IId ones (garvicins ABCQ, lactococcins ABZ, BacSJ, ubericin K, and angicin). So far, no attempt has been made to categorize this ever-expanding group of bacteriocins. Here, we identified Man-PTS as a receptor for a number of novel bacteriocins and demonstrated that they all belong to a large family of Man-PTS-binding non-pediocin-like peptides. Based on amino acid sequence similarities between members of this family, we propose their classification into five groups. This classification conveniently distinguishes bacteriocins with specific structures and properties regarding their spectrum of antimicrobial activity and pattern of interaction with Man-PTS. With respect to the latter, we indicate individual amino acid residues or regions of Man-PTS and the bacteriocin responsible for their interaction. In Man-PTS these residues localize to the exterior of the transport complex, specifically the extracellular loop of the so-called Vmotif domain containing regions {gamma} and/or {gamma}+, and to the interior of the transport complex, specifically the interface between the Core and Vmotif domains. Finally, we propose that while the bacteriocins from separate groups display specific binding patterns to Man-PTS, the general mechanism of their interaction with the receptor is universal despite significant differences in their predicted structures, i.e., after initial docking on the bacterial cell through an interaction with the Man-PTS regions {gamma} and/or {gamma}+, they pull away its Core and Vmotif from one another to form a pore across the membrane. Significance statementBacteriocins show potential as natural and safe food preservatives and next-generation antibiotics. However, ensuring their safe future use requires primarily the identification of bacteriocin receptors and a detailed understanding of the molecular mechanisms of their selective recognition and binding. Here, we demonstrate the paramount role of Man-PTS in the binding of various non-studied and nearly non-homologous subclass IId bacteriocins with different activity spectra and bacteriocin-receptor binding patterns. Exploiting Man-PTS as a target for novel antimicrobials could be a promising strategy of killing diverse bacterial pathogens, including their antibiotic-resistant strains.
Autores: Tamara Aleksandrzak-Piekarczyk, A. Tymoszewska
Última atualização: 2024-06-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.22.600115
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.22.600115.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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