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Investigando Galáxias Negras: Natureza e Evolução

Um estudo revelando as propriedades e origens das galáxias escuras.

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Índice

Galáxias Escuras são interessantes porque são feitas principalmente de matéria escura e têm poucas ou nenhuma estrela. Segundo o modelo de Matéria Escura Fria (CDM), as galáxias se formam quando estruturas menores de matéria escura se juntam. Geralmente, as estrelas se formam em áreas onde a matéria escura está presente, mas algumas estruturas de matéria escura não geram estrelas a partir do seu Gás, levando à existência de galáxias escuras.

Estudar essas galáxias escuras é útil porque elas podem nos ajudar a testar o modelo CDM e entender o problema dos satélites ausentes. Esse problema acontece quando simulações preveem mais estruturas de matéria escura de baixa massa do que nós observamos no universo. Além disso, galáxias escuras podem fornecer insights sobre a própria natureza da matéria escura.

Detectar galáxias escuras nas observações é complicado, especialmente com métodos ópticos, já que elas não têm estrelas. No entanto, se tiverem gás, podemos detectá-las através da radiação específica emitida pelo gás hidrogênio. Alguns candidatos a galáxias escuras já foram propostos, mas se elas realmente existem ainda é debatido, já que explicações alternativas também foram apresentadas.

Embora já tenha havido algumas pesquisas sobre galáxias escuras, ainda existem lacunas na nossa compreensão. Estudos anteriores sugeriram que galáxias escuras têm propriedades únicas, como tamanhos maiores e taxas de formação estelar mais baixas. No entanto, esses estudos muitas vezes não levaram em conta vários fatores que poderiam afetar a formação de estrelas.

Para preencher algumas dessas lacunas, usamos uma simulação moderna para estudar galáxias escuras e compará-las com aquelas que têm estrelas. Nossa pesquisa tem como objetivo identificar galáxias escuras, entender suas propriedades e observar como elas evoluem ao longo do tempo.

Metodologia

Usamos uma simulação específica para analisar galáxias escuras, focando em como as identificamos e nos processos que consideramos.

A Simulação

A simulação que usamos se chama IllustrisTNG, que modela como as galáxias se formam e mudam ao longo do tempo. Ela inclui vários processos físicos e usa técnicas numéricas avançadas. A simulação tem diferentes versões com base no tamanho da área sendo estudada. No nosso caso, focamos na versão menor, TNG50, para obter dados detalhados sobre galáxias individuais.

Seleção da Amostra de Galáxias

Classificamos galáxias com base em sua massa estelar, que é a quantidade de material estelar que elas têm em comparação com sua massa total. Galáxias Luminosas têm uma quantidade significativa de massa estelar, enquanto galáxias escuras têm muito pouca. Dividimos ainda mais as galáxias escuras em dois grupos: pobres em estrelas (que têm algumas estrelas) e sem estrelas (que não têm estrelas).

Para garantir uma comparação justa, examinamos galáxias com faixas específicas de massa de matéria escura. Nossa amostra final inclui milhares de galáxias em diferentes categorias, permitindo que analisemos suas características de forma eficaz.

Resultados

Nesta seção, apresentamos nossas descobertas sobre galáxias escuras, comparando-as com galáxias luminosas em vários aspectos.

Propriedades do Gás

O gás é crucial para a formação de estrelas, então começamos observando suas propriedades em galáxias escuras e luminosas. Nós categorizamos o gás em diferentes fases com base na temperatura e densidade.

Nossa análise mostra que galáxias luminosas têm consistentemente mais gás formador de estrelas em comparação com galáxias escuras. As galáxias escuras muitas vezes carecem desse recurso essencial. Também vemos que, ao longo do tempo, a temperatura do gás muda, especialmente depois de um período conhecido como Reionização Cósmica, onde o gás se aquece.

Galáxias escuras, particularmente após esse evento, mostram uma queda significativa em seu gás formador de estrelas, dificultando a criação de novas estrelas. Galáxias luminosas, por outro lado, mantêm uma quantidade estável de gás formador de estrelas.

Propriedades Internas

Em seguida, investigamos as propriedades internas das galáxias, como sua massa, tamanho e densidade ao longo do tempo.

Para a massa, encontramos que galáxias luminosas tendem a ganhar massa mais rapidamente do que galáxias escuras. Isso indica que elas passaram por mais eventos de acréscimo e Fusão no universo primitivo.

Quanto ao tamanho, galáxias luminosas crescem mais rápido inicialmente, mas depois começam a contrair um pouco. Em contraste, galáxias escuras continuam a se expandir, levando a um tamanho geral maior.

Também observamos que as densidades de gás e estrelas dentro das galáxias escuras diminuem ao longo do tempo, o que pode dificultar sua capacidade de formar novas estrelas.

Distribuição Espacial e Ambiente

Examinar a distribuição espacial das galáxias ilumina seus ambientes. Galáxias luminosas tendem a estar localizadas em regiões mais densas, mais próximas de filamentos de matéria, enquanto galáxias escuras geralmente são encontradas em espaços menos lotados.

Essa diferença na localização sugere que os ambientes iniciais desempenham um papel crucial em determinar se as galáxias se tornarão luminosas ou escuras. Descobrimos que galáxias que se formam em áreas com mais gás têm mais chances de se tornarem luminosas, enquanto aquelas em regiões mais esparsas têm mais chances de permanecer escuras.

Parâmetros de Rotação

A rotação de uma galáxia, que é seu momento angular, também é crítica. Medimos os parâmetros de rotação das galáxias escuras e luminosas em diferentes momentos.

Inicialmente, galáxias escuras mostram parâmetros de rotação ligeiramente maiores do que as galáxias luminosas. No entanto, conforme o tempo avança, a rotação das galáxias luminosas diminui de forma mais significativa, provavelmente devido a interações e fusões com outras galáxias.

Essa queda na rotação pode resultar em tamanhos menores e estruturas mais densas para galáxias luminosas em comparação com suas contrapartes escuras.

Discussão

Nossas descobertas destacam vários fatores-chave para entender a natureza e a evolução das galáxias escuras.

Ambientes Iniciais

As características das galáxias escuras e luminosas podem ser rastreadas até seus ambientes iniciais. Galáxias que se formam em áreas mais densas com abundância de gás formador de estrelas têm uma chance maior de se tornarem luminosas. Em contraste, aquelas que surgem em ambientes menos densos com recursos limitados de gás tendem a se tornar galáxias escuras.

Fusões e Interações

À medida que as galáxias evoluem, as diferenças entre as escuras e luminosas se tornam mais pronunciadas. Galáxias luminosas passam por mais fusões e interações, o que pode levar a uma redução em sua rotação e tamanho. Galáxias escuras, permanecendo mais isoladas, podem manter momentos de rotação mais altos, resultando em tamanhos maiores e densidades mais baixas ao longo do tempo.

Reionização Cósmica

A reionização cósmica é outro fator crítico na evolução das galáxias escuras. Essa fase aquece o gás e leva à expulsão do gás, inibindo assim a formação de estrelas nas galáxias escuras. Galáxias luminosas, tendo massas de matéria escura mais substanciais, estão melhor equipadas para sobreviver aos efeitos da reionização cósmica, permitindo que continuem formando estrelas.

Conclusão

Em resumo, nosso estudo fornece insights valiosos sobre galáxias escuras e suas características únicas em comparação com galáxias luminosas. Descobrimos que galáxias escuras surgem principalmente em ambientes menos densos e carecem do gás necessário para a formação de estrelas.

Com o passar do tempo, as diferenças entre galáxias luminosas e escuras aumentam, influenciadas em grande parte por fatores como condições ambientais, eventos de fusão e reionização cósmica. Essas descobertas avançam nossa compreensão da paisagem cósmica e dos processos complexos que moldam as galáxias.

Futuras pesquisas e observações desempenharão um papel crítico na validação de nossas descobertas e na ajuda para explorar ainda mais o fascinante mundo das galáxias escuras. Comparando nossos resultados com observações, buscamos discernir se os potenciais candidatos a galáxias escuras são de fato verdadeiros representantes dessa intrigante classe de galáxias.

Fonte original

Título: Understanding the Formation and Evolution of Dark Galaxies in a Simulated Universe

Resumo: We study the formation and evolution of dark galaxies using the IllustrisTNG cosmological hydrodynamical simulation. We first identify dark galaxies with stellar-to-total mass ratios, $M_* / M_{\text{tot}}$, smaller than $10^{-4}$, which differ from luminous galaxies with $M_* / M_{\text{tot}} \geq 10^{-4}$. We then select the galaxies with dark matter halo mass of $\sim 10^9 \, h^{-1}$$\rm M_{\odot}$ for mass completeness, and compare their physical properties with those of luminous galaxies. We find that at the present epoch ($z=0$), dark galaxies are predominantly located in void regions without star-forming gas. We also find that dark galaxies tend to have larger sizes and higher spin parameters than luminous galaxies. In the early universe, dark and luminous galaxies show small differences in the distributions of spin and local environment estimates, and the difference between the two samples becomes more significant as they evolve. Our results suggest that dark galaxies tend to be initially formed in less dense regions, and could not form stars because of heating from cosmic reionization and of few interactions and mergers with other systems containing stars unlike luminous galaxies. This study based on numerical simulations can provide important hints for validating dark galaxy candidates in observations and for constraining galaxy formation models.

Autores: Gain Lee, Ho Seong Hwang, Jaehyun Lee, Jihye Shin, Hyunmi Song

Última atualização: 2024-01-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.07007

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.07007

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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