Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Biologia molecular

VSMCs: Jogadores Chave na Aterosclerose e Estabilidade da Placa

Pesquisas mostram como as CSMVs impactam a formação e a estabilidade de placas nas artérias.

― 9 min ler


VSMCs e Aterosclerose:VSMCs e Aterosclerose:Insightscardíacas.a tratamentos melhores para doençasEntender os papéis das VSMCs pode levar
Índice

As Células musculares lisas vasculares (CMLVs) são importantes nos nossos vasos sanguíneos. Elas ajudam a controlar o fluxo de sangue e a pressão arterial. Quando uma pessoa tem uma condição chamada aterosclerose, que é um acúmulo de depósitos de gordura nas artérias, as CMLVs podem mudar de jeito que contribuem para a doença.

Em artérias saudáveis, as CMLVs normalmente estão em estado de repouso e ajudam a manter os vasos sanguíneos apertados e funcionais. Mas, durante a aterosclerose ou quando as artérias são feridas, as CMLVs podem mudar - elas podem ficar mais móveis, se multiplicar e produzir materiais extras que formam a estrutura da artéria. Essa mudança permite que elas contribuam para a formação de uma placa, que é uma área engrossada na artéria que pode causar obstruções.

Mudanças nas CMLVs Durante a Doença

Quando as CMLVs mudam seu comportamento em resposta a doenças ou lesões, elas podem perder suas características normais e se tornar mais ativas. Essas células podem assumir papéis diferentes, o que pode afetar a estabilidade das placas que se formam nas artérias. Por exemplo, em placas ateroscleróticas, algumas CMLVs ajudam a criar uma camada protetora sobre a placa, chamada de capa fibrosa, enquanto outras podem assumir características semelhantes a outros tipos celulares envolvidos na inflamação ou dano.

Entender como as CMLVs se transformam durante a doença pode ajudar os pesquisadores a encontrar maneiras de promover vasos sanguíneos mais saudáveis e prevenir problemas sérios como ataques cardíacos.

Descobertas da Pesquisa

Estudos recentes mostraram que, quando as CMLVs contribuem para as placas, elas geralmente fazem isso a partir de um pequeno número de células originais. Essas CMLVs originais podem criar muitas células semelhantes que levam ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas. Isso significa que a maioria das novas CMLVs em uma placa pode ser rastreada de volta a apenas algumas células-mãe.

Em estudos com animais, os cientistas notaram que certos marcadores podem ajudar a identificar as CMLVs que têm potencial para mudar em vários tipos celulares dentro das placas. Um desses marcadores é o antígeno de célula-tronco 1 (SCA1). Essas CMLVs positivas para SCA1 não são encontradas normalmente em artérias saudáveis, mas podem surgir em resposta à doença.

O Papel das CMLVs Modulados Intermediárias

Essa mudança no comportamento das CMLVs leva a um tipo especial de célula, que os pesquisadores chamam de CMLVs moduladas intermediárias (CMLVim). Essas células podem ajudar a transitar para outros estados das CMLVs que podem estar envolvidos na formação de uma capa fibrosa protetora sobre a placa. Estudos sugerem que controlar o comportamento dessas CMLVim pode representar uma nova maneira de promover melhores resultados em doenças vasculares.

Importância da Capa Fibrosa

A capa fibrosa é crucial porque ajuda a estabilizar as placas e evita que elas rompam, o que pode levar a ataques cardíacos ou derrames. A capa é composta por CMLVs que ainda expressam algumas proteínas contráteis, sinalizando que elas mantiveram algumas de suas funções originais.

Pesquisas anteriores sugeriram que certos fatores podem ajudar a aprimorar a formação de uma capa fibrosa, e qualquer perda de vias de sinalização importantes pode dificultar esse processo. Estudos indicaram que entender como as CMLVs se transformam para desenvolver completamente em células da capa fibrosa é essencial para entender a estabilidade das placas.

Estudos e Procedimentos em Animais

Em experimentos recentes, os animais foram usados para estudar o comportamento das CMLVs na aterosclerose. Os pesquisadores usaram modelos genéticos específicos para marcar as CMLVs para que pudessem rastrear seus movimentos e transformações ao longo do tempo. Isso permitiu que eles vissem como essas células contribuíam para a formação das placas.

Depois de usar uma dieta rica em gordura para induzir aterosclerose em camundongos, os pesquisadores notaram a presença de CMLVs em diferentes regiões da placa, incluindo a capa fibrosa. Eles observaram que a quantidade e a distribuição dessas células mudaram ao longo do tempo.

Observações sobre a Infiltração das CMLVs

Os cientistas descobriram que a infiltração das CMLVs nas placas geralmente ocorria antes que uma capa fibrosa visível se formasse. Isso sugere que as CMLVs entram na placa e começam a se transformar bem antes da estabilização final da placa.

Algumas CMLVs foram localizadas próximas ao revestimento interno da artéria (o endotélio), enquanto outras estavam mais profundas na placa. Isso indica que diferentes vias podem apoiar seu movimento para dentro da placa e contribuir para seu desenvolvimento.

Identificação de Agrupamentos de CMLVs

Pesquisadores identificaram vários agrupamentos de CMLVs usando uma técnica chamada sequenciamento de RNA de célula única. Esse método permitiu que eles examinassem as diferentes expressões gênicas entre as populações de CMLVs. Eles encontraram vários grupos distintos, incluindo aqueles que estavam em um estado contrátil, aqueles associados a lesões e outros que estavam mais ativos e envolvidos na produção de matriz extracelular, um componente crucial na estrutura da placa.

A partir de sua análise, eles descobriram agrupamentos que pareciam representar as CMLVs se transicionando para um estado associado à capa fibrosa. A transição dessas CMLVim para o estado associado à capa fibrosa parecia envolver mudanças nos padrões de expressão gênica.

Caminhos de Transição para as CMLVs

As descobertas indicam que há um caminho estruturado para como as CMLVs mudam de CMLVim para células associadas à capa fibrosa durante a aterosclerose e lesões vasculares. Essa transição parece ser influenciada por várias expressões gênicas e sinais ambientais.

Os pesquisadores realizaram análises computacionais para modelar essas transições e notaram sobreposições significativas nos padrões de expressão gênica entre as CMLVs encontradas em placas ateroscleróticas e aquelas de modelos de lesão. Isso sugere que os mecanismos que impulsionam essas transições podem ser semelhantes em diferentes doenças vasculares.

O Papel do Notch3 na Transição das CMLVs

NOTCH3 é um marcador-chave que surgiu durante o processo de transição e foi associado à capa fibrosa. Experimentos revelaram que o NOTCH3 era expresso principalmente nas CMLVs que faziam parte da capa fibrosa. Isso indica que o NOTCH3 pode desempenhar um papel crucial na formação de placas estáveis.

Quando os pesquisadores examinaram as células da capa fibrosa nas placas ateroscleróticas, descobriram que as células que expressavam NOTCH3 tendiam a estar em locais onde novas contribuições de CMLVs estavam ocorrendo, apoiando a ideia de que o NOTCH3 é importante para manter a saúde da capa fibrosa.

Identificando Reguladores Candidatos

Para investigar mais a fundo como essas mudanças ocorrem, os pesquisadores procuraram identificar genes e fatores específicos que regulam a transição das CMLVs de CMLVim para células da capa fibrosa. Ao fazer isso, identificaram diversos genes que eram expressos significativamente durante essa transição.

Entre os reguladores candidatos, os pesquisadores destacaram o receptor de trombina, conhecido como PAR1. Esse receptor tem sido tradicionalmente associado à proliferação das CMLVs, mas novas evidências sugeriram que ele também poderia influenciar a diferenciação das CMLVs em células associadas à capa fibrosa.

O Receptor de Trombina e Sua Influência

O PAR1 é um receptor que pode ser ativado pela trombina, uma proteína envolvida na coagulação do sangue. Quando as CMLVs foram expostas à trombina, mostraram um aumento na expressão de marcadores contráteis, o que indica que a trombina pode promover um estado mais saudável das CMLVs associado à capa fibrosa.

Em culturas de células, foi observado que o tratamento com trombina influenciou a expressão gênica de forma que favoreceu o desenvolvimento das CMLVs em aquelas que suportam a formação da capa fibrosa. Isso sugere que direcionar o PAR1 pode ser uma abordagem terapêutica potencial para melhorar a estabilidade das placas.

Implicações para a Saúde do Coração

As descobertas sobre as transições das CMLVs e o papel do PAR1 na promoção da formação da capa fibrosa podem ter implicações significativas para o tratamento da aterosclerose. Como a estabilidade de uma placa é crucial para prevenir ataques cardíacos e derrames, entender como aprimorar a formação das capas fibrosas pode ser essencial.

Médicos e pesquisadores podem considerar essas descobertas ao desenvolver tratamentos voltados para prevenir a ruptura de placas. Ao focar em melhorar a transição das CMLVs para células da capa fibrosa ou modificar as vias de sinalização que influenciam esse processo, pode ser possível melhorar os resultados de saúde cardiovascular.

Conclusão

Ao examinar os comportamentos das CMLVs na aterosclerose, os pesquisadores descobriram um aspecto importante da biologia vascular que pode levar a melhores estratégias para tratar doenças cardiovasculares. A compreensão de como as CMLVs se transformam de um estado mais plástico e modulado para um estado associado à capa fibrosa abre novas avenidas para pesquisa e potenciais terapias.

A exploração contínua das vias moleculares e sinais que regulam essas transições, especialmente o papel de fatores como a trombina e seu receptor, pode render resultados impactantes na luta contra a aterosclerose e suas complicações. A esperança é que, com mais conhecimento, seja possível desenvolver tratamentos que não apenas estabilizem as placas, mas também restaurem a função saudável dos vasos sanguíneos, salvando vidas no final das contas.

Fonte original

Título: Delineation of a thrombin receptor-stimulated vascular smooth muscle cell transition generating cells in the plaque-stabilising fibrous cap

Resumo: AimsVascular smooth muscle cells (VSMCs) accumulate in atherosclerotic plaques and exhibit remarkable phenotypic plasticity, contributing to both plaque growth and stability. The plaque-stabilising fibrous cap is rich in VSMC-derived cells, yet the cellular transitions and regulatory mechanisms governing fibrous cap formation remain unclear. We aimed to delineate the VSMC phenotypic transitions associated with this critical process. Methods and ResultsMapping of lineage-traced VSMCs during plaque development revealed investment of VSMCs prior to fibrous cap formation. Using single-cell RNA-sequencing (scRNA-seq) profiles of lineage-traced VSMCs from atherosclerotic and acutely injured mouse arteries, we identified a disease-specific VSMC state co-expressing contractile genes with extracellular matrix (ECM) components (including fibrillar collagens and elastin) and NOTCH3, which are associated with fibrous cap formation. Computational trajectory analysis predicted that this proposed fibrous cap-related VSMC (fcVSMC) state arises from a previously described plastic, intermediate VSMC population expressing SCA1 and VCAM1. Clonal analysis further showed that NOTCH3+ fcVSMCs derive from intermediate VSMCs in both atherosclerosis and an acute vascular injury model, suggesting a conserved disease-relevant mechanism. The fcVSMCs were enriched in plaque fibrous caps compared to lesion cores, consistent with a role in fibrous cap formation. By combining scRNA-seq trajectory analysis and spatial transcriptomics of human atherosclerotic plaques, we identified protease-activated receptor-1 (PAR1) as a candidate regulator of fcVSMC generation. PAR1 was expressed by VSMCs in human plaque fibrous caps and, PAR1 activation by thrombin induced expression of contractile genes and ECM components associated with the fcVSMC state in human VSMCs. ConclusionsOur findings identify a VSMC transition linked to fibrous cap formation in atherosclerosis and show this is modelled by vascular injury. We identify VSMC-expressed PAR1 as a potential therapeutic target for promoting plaque stability by driving the transition to the matrix-producing, fibrous cap-associated VSMC state.

Autores: Helle F Jorgensen, J. C. Taylor, M. Worssam, S. Oc, J. Lambert, K. T. Mahbubani, K. Foote, A. Finigan, Y.-H. Chan, N. Figg, M. C. Clarke, M. R. Bennett

Última atualização: 2024-07-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.02.600985

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.02.600985.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes