A Dança Intrincada do Parasitismo de Postura
Uma olhada mais de perto nas interações complexas entre pássaros parasitas e pássaros hospedeiros.
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O parasitismo reprodutivo é um comportamento que rola com algumas aves que não constroem seus próprios Ninhos. Em vez disso, essas aves colocam seus ovos nos ninhos de outras espécies. As aves hospedeiras então incubam e criam os filhotes parasitas. Essa situação traz desafios extras pra quem acolhe, porque cuidar de um filhote parasita pode gastar muita energia e até diminuir as chances de sobrevivência dos próprios filhotes. Algumas aves parasitas chegam a danificar ovos ou empurrar os filhotes da hospedagem pra fora do ninho pra ter menos competição por comida.
Por causa do gasto extra de energia e dos custos reprodutivos, as aves hospedeiras podem desenvolver estratégias diferentes pra evitar o parasitismo reprodutivo. Ao mesmo tempo, as aves parasitas também podem evoluir táticas próprias pra passar pela defesa dos Hospedeiros. Essa evolução de mão dupla entre os dois grupos às vezes é chamada de corrida armamentista.
Numa situação básica, onde só a relação parasita-hospedeiro é considerada sem evolução competitiva, espécies que são menos adaptadas podem ver suas populações caírem. Porém, em um cenário onde ambos os grupos estão evoluindo juntos, características mais raras podem se tornar mais bem-sucedidas do que as comuns. Isso muda o equilíbrio da “batalha” que tá rolando. Assim, ambos os lados mudam com o tempo enquanto tentam lidar com as características que o outro desenvolve, criando um padrão cíclico na interação deles.
Uma maneira dos hospedeiros combaterem o parasitismo reprodutivo é reconhecendo seus próprios ovos. Quando eles identificam ovos estranhos, podem rejeitá-los. Isso significa que uma população de aves hospedeiras pode desenvolver ovos que parecem diferentes dos de populações que não enfrentam o parasitismo. Por exemplo, alguns estudos mostraram que aves hospedeiras conseguiram aumentar a resistência das cascas dos ovos, tornando mais difícil pra aves parasitas quebrarem. Outros hospedeiros produziram ovos maiores e mais pontudos, que eram mais complicados pra as parasitas tirarem.
Do outro lado, as parasitas tendem a se adaptar fazendo seus ovos parecerem mais com os dos hospedeiros. Além da aparência dos ovos, existem outras estratégias que as aves parasitas podem usar pra ajudar seus filhotes a sobreviver. Pesquisas mostram que alguns cucos parasitas têm dietas mais especializadas do que seus parentes não parasitas. Por exemplo, cucos que tentam crescer em ninhos de aves que comem sementes costumam se dar mal porque a maioria dos cucos come principalmente insetos e outras criaturinhas pequenas. Essa diferença pode dificultar pra eles conseguir comida suficiente, já que os hospedeiros podem não oferecer a dieta certa.
Outros fatores também podem afetar o sucesso do parasitismo reprodutivo, como a quantidade de Cuidado Parental e o número de ovos postos. Um bom cuidado parental é vital pra o crescimento e proteção dos próprios filhotes do hospedeiro. Quando ambos os pais cuidam dos filhotes, geralmente é melhor pro hospedeiro do que se só um dos pais estiver envolvido. Responsabilidades compartilhadas significam que eles podem cuidar de um filhote a mais, aumentando as chances de sobrevivência da prole deles. O número de ovos também pode influenciar; se tem muito ovo, a competição entre os jovens por comida fica feroz, exigindo mais tempo dos pais pra encontrar alimento.
Embora já tenha rolado pesquisa sobre os fatores que influenciam essas interações, pouco se focou em como a evolução do design dos ninhos se relaciona com o parasitismo reprodutivo. Alguns estudos analisaram como ninhos fechados podem oferecer proteção ou benefícios térmicos, mas não examinaram completamente a evolução das estruturas dos ninhos em relação ao parasitismo. Por exemplo, certos ninhos podem limitar a capacidade de uma ave parasita de pôr ovos por causa de restrições de tamanho físico. Os tecelões desenvolveram ninhos com entradas longas que podem impedir tanto as aves parasitas quanto os predadores de acessarem facilmente seus ninhos.
O objetivo dessa pesquisa em andamento é conectar várias informações pra entender a história evolutiva e a dinâmica da relação parasita-hospedeiro. O foco da pesquisa é investigar como diferentes tipos de ninhos, escolhas alimentares, cuidado parental e número de ovos podem influenciar quais hospedeiros são escolhidos pelas aves parasitas. Também se analisa as relações evolutivas entre diferentes tipos de ninhos pra ver se há uma tendência em direção a ninhos fechados como uma forma de lutar contra o parasitismo.
A hipótese é que ninhos mais simples e abertos são mais antigos na árvore evolutiva, enquanto ninhos mais complexos e fechados são um desenvolvimento mais recente que surgiu como resposta às pressões parasitárias. A expectativa é que aves parasitas prefiram hospedeiros que tenham dietas parecidas com as delas. A maioria dos hospedeiros identificados para determinados parasitas reprodutivos consome vertebrados, enquanto algumas outras consomem sementes.
A expectativa também é que os hospedeiros produzam menos ovos em ninhos quando investem muito cuidado, enquanto mais ovos podem levar à competição por comida entre os filhotes. Além disso, um foco nas espécies hospedeiras onde só as fêmeas cuidam pode mostrar que essas situações levam a mais sucessos parasitas.
A pesquisa envolve diferentes espécies de aves da família Icteridae, que são conhecidas por serem hospedeiras de um grupo de aves chamado Molothrus. Diferenças nos hábitos de nidificação, dietas, cuidado parental e números de ovos são analisadas pra ver como se relacionam com o parasitismo.
Pra identificar o nível de parasitismo reprodutivo, as espécies são classificadas como "hospedeiros" se conseguem criar filhotes parasitas com sucesso ou "vítimas" se os ovos dos parasitas não resultam em filhotes bem-sucedidos. Os ninhos das aves da família Icteridae são categorizados de acordo com sua estrutura, considerando apenas os aspectos que afetam diretamente a capacidade das aves parasitas de acessá-los.
Dados são coletados de várias fontes e analisados pra entender as interações entre essas espécies em várias bioregões. Mapas de distribuição geográfica são particularmente importantes pra verificar quais espécies coexistem, já que essas interações dão informações vitais sobre a pressão evolutiva exercida tanto pelo hospedeiro quanto pelo parasita.
Ao estudar os caminhos evolutivos dos ninhos, dietas e cuidado parental, as descobertas revelam que certas características são conservadas através das gerações. Por exemplo, parece que tanto o cuidado parental quanto o tipo de dieta mostram padrões claros de evolução dentro da família Icteridae. Isso sugere que espécies intimamente relacionadas compartilham características semelhantes, resultando em grupos de aves que exibem características ou comportamentos específicos.
A pesquisa explora se características como tipo de ninho, cuidado parental ou dieta estão ligadas à probabilidade de ser parasitado. Através de testes rigorosos dessas relações, foi descoberto que, embora possa haver preferências entre os parasitas, as ligações não são simples.
Conforme a pesquisa avança, fica claro que há uma progressão gradual no número de hospedeiros que diferentes espécies de Molothrus podem parasitar. Algumas espécies são mais bem-sucedidas que outras, com certos tipos de aves parasitas aproveitando uma variedade maior de hospedeiros.
O estudo sugere que essa busca pelo parasitismo leva a uma constante troca entre hospedeiros e parasitas à medida que cada um desenvolve novas estratégias pra enganar o outro. Reflete um equilíbrio delicado onde nenhum dos grupos pode dominar completamente o outro sem correr o risco de sua própria sobrevivência. Isso espelha como predadores e presas interagem dentro dos ecossistemas, mantendo um ciclo de avanço e adaptação.
À medida que as descobertas iluminam a dinâmica envolvente do parasitismo reprodutivo dentro de certas famílias de aves, também indicam a necessidade de continuar a pesquisa sobre como essas interações moldam a evolução de estratégias de nidificação e outros comportamentos. Essa jornada contínua pelas complexidades das interações entre aves destaca o quão intrincado é o mundo natural e sugere que mais descobertas estão por vir à medida que a ciência continua a desvendar essas relações fascinantes.
Título: Different phylogenetic characteristics of Icterids: would they be evolutionary strategies to avoid parasitism by Molothrus spp.?
Resumo: Some birds exhibit the behavior of nest parasitism, which involves laying their eggs in the nests of other species to be incubated and cared for by the adoptive parents. Among all the studies conducted on this subject, there is a gap regarding the nest type of nest parasites and their hosts. Therefore, using species from the Icteridae family, this study aimed to identify if there is a tendency for more closed nests to be less parasitized than open nests and if there is a phylogenetic relationship between them. In this context, we expected open nests to be an ancestral condition to closed nests, serving as an evolutionary feature to avoid nest parasitism. We also analyzed other characteristics such as the number of eggs, nest type and parental care. As a result, we observed that open nests were more common, while closed nests were predominant in a specific clade and some isolated species. The analyses indicated a phylogenetic signal clustered within the Icteridae family concerning nest types, which may imply a selective pressure. However, we cannot assert that it is a direct response to nest parasitism, as closed nests are also parasitized, specifically by M. oryzivorus. Parental care and diet type also showed phylogenetic signal, indicating that these changes were not random. However, we did not observe associations in host selection by the parasites based on these characteristics. Furthermore, we found a progression in the number of species parasitized by Molothrus spp. along the phylogenetic lineage. We also observed a similarity in host choice between M. ater and M. aeneus, indicating evolutionary convergence, as they are not sister groups.
Autores: Vinicius Munhoz Barbosa, B. D. Silva, V. X. da Silva, E. Hasui
Última atualização: 2024-07-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.30.601453
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.30.601453.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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