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A Luta de Uganda Contra a Pneumonia Infantil: Avanços e Desafios

A pneumonia continua sendo uma das principais causas de morte infantil em Uganda, apesar das melhorias recentes.

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Em 2019, a pneumonia foi a principal causa infecciosa de morte para crianças com menos de cinco anos em todo o mundo, representando 14% dos óbitos nessa faixa etária. A maioria desses casos e mortes acontece na África subsaariana, com Uganda sendo um foco significativo. A principal bactéria que causa pneumonia em crianças pequenas é o Streptococcus pneumoniae.

Para combater isso, Uganda e outros países de baixa renda começaram a usar a vacina pneumocócica conjugada (PCV) em 2013. Essa vacina ajuda a proteger as crianças de pneumonia grave. Entre 2000 e 2015, enquanto as taxas globais de casos de pneumonia em crianças pequenas diminuíram, as Internações Hospitalares aumentaram na África subsaariana. Em Uganda, a pneumonia é a segunda principal causa de internações hospitalares entre crianças com menos de cinco anos.

Compromisso de Uganda

Na tentativa de diminuir o número de casos de pneumonia, Uganda se comprometeu com o plano de ação da Organização Mundial da Saúde voltado para prevenir pneumonia e diarreia. Isso incluiu adicionar a PCV às vacinas regulares. A vacina tem como alvo tipos específicos de bactérias conhecidas por causar pneumonia em Uganda. As crianças recebem três doses dessa vacina em idades específicas durante os primeiros anos.

Outras ações acessíveis para enfrentar a pneumonia incluem promover o aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses, fornecer orientações simples para trabalhadores de saúde comunitários identificarem e tratarem a pneumonia, e reduzir a poluição do ar melhorando os métodos de cozimento em casa. Uganda espera reduzir em 75% as internações hospitalares relacionadas à pneumonia entre crianças pequenas até 2025 e diminuir o número de mortes por pneumonia para menos de 3 por 1.000 nascidos vivos.

Dados e Métodos

Não havia muitas informações disponíveis sobre o progresso de Uganda em relação a essas metas. Estudos anteriores analisaram as taxas de pneumonia em momentos específicos, o que pode não representar o progresso geral do país. Para entender as tendências ao longo do tempo, examinamos as internações e mortes por pneumonia entre crianças com menos de cinco anos de 2013 a 2021.

Usamos dados coletados de todas as unidades de saúde em Uganda. O sistema de saúde classifica essas unidades com base nos serviços prestados. Casos de pneumonia ambulatoriais são tratados em todos os níveis, enquanto casos graves que precisam de atendimento hospitalar são gerenciados em centros de saúde e hospitais de maior nível.

Nosso estudo se baseou em dados do Sistema de Informação de Saúde do Distrito versão 2 (DHIS2), que rastreia questões prioritárias de saúde, incluindo pneumonia. Coletamos relatórios mensais sobre casos, internações e mortes por pneumonia ao longo dos anos.

Resultados do Estudo

Tendências Gerais

De 2013 a 2021, o número de relatórios de internações e mortes por pneumonia aumentou de 78% para 92%. Durante o período do estudo, mais de 3,5 milhões de casos ambulatoriais de pneumonia foram registrados e quase 754 mil internações foram relatadas para crianças com menos de cinco anos. A proporção geral de casos de pneumonia que precisaram de internação foi de 21%, com uma queda significativa de 30% para 15% durante o período do estudo. Essa queda coincidiu com a melhoria na cobertura vacinal, que aumentou de 60% para 91%.

Taxas de Mortalidade

Durante os mesmos anos, houve mais de 13.600 mortes relacionadas à pneumonia entre crianças com menos de cinco anos. A taxa geral de mortalidade por pneumonia foi de 21 mortes por 100.000 crianças nessa faixa etária. A taxa de morte caiu 50%, de 26 para 13 por 100.000 crianças durante o período do estudo.

Taxas de letalidade

A taxa geral de letalidade (CFR) entre crianças com menos de cinco anos com pneumonia foi de 0,41%. Essa taxa teve uma queda de 61%, de 0,61% para 0,24% ao longo do período de avaliação.

Diferenças Regionais

Analisando os dados regionais, encontramos as taxas mais altas de internações e mortes por pneumonia na Região Norte. As taxas de letalidade também eram mais altas nas regiões Central, Norte e Oeste em comparação com a Região Leste. Melhorias nas taxas de mortalidade por pneumonia foram vistas em todas as regiões, enquanto as taxas de letalidade diminuíram nas regiões Norte e Oeste.

Distribuição Espacial

A maior proporção de casos de pneumonia que precisaram de internação foi no nordeste de Uganda, especialmente no Distrito de Kotido. Por outro lado, o Distrito de Kasese teve altas taxas de mortalidade por pneumonia ao longo do período do estudo, variando de 68 a 150 mortes por 100.000 crianças.

Mudanças ao Longo do Tempo

No geral, notamos uma queda nas internações e mortes por pneumonia entre crianças pequenas em Uganda. Após a introdução da PCV em 2013, os achados mostraram mais de 50% de redução nas internações e mortes por pneumonia ao longo dos nove anos seguintes.

Esse padrão de queda está alinhado com os achados de outros países africanos após a introdução de vacinas semelhantes, mas Uganda observou reduções maiores, provavelmente devido a um período de observação mais longo. A queda nas internações e nas taxas de letalidade que começou em 2015 pode também estar relacionada ao aprimoramento das diretrizes de internação que priorizaram o tratamento de crianças com sintomas graves.

Fatores que Contribuem para a Queda

Vários fatores podem ter contribuído para a redução nos casos e mortes por pneumonia. Isso inclui uma queda de 32% nas novas infecções por HIV, que é um fator de risco chave para pneumonia em crianças pequenas. Além disso, a melhoria na qualidade dos cuidados de saúde através do gerenciamento comunitário de doenças ajudou as pessoas a acessarem atendimento e tratamento adequados em tempo.

O acesso à eletricidade e à terapia com oxigênio nas unidades de saúde também melhorou ao longo dos anos, aumentando a sobrevivência dos pacientes e provavelmente contribuindo para menos mortes.

Desafios Contínuos

A contínua queda nas internações por pneumonia ao longo dos nove anos mostrou algum potencial, mas foi apenas marginalmente significativa. Isso sugere que, embora a PCV ajude a reduzir a gravidade e a incidência da pneumonia, pode haver um aumento nos casos de pneumonia devido a diferentes cepas bacterianas que não são alvo da vacina. Ainda há poucos dados sobre os tipos atuais de bactérias que causam pneumonia em Uganda, o que torna o monitoramento importante.

Embora Uganda pareça estar no caminho certo para atingir suas metas até 2025, o monitoramento contínuo das cepas bacterianas e a manutenção de outros esforços para combater a pneumonia são cruciais para uma melhoria contínua.

Conclusão

Em resumo, houve uma redução notável nas internações hospitalares, mortes e taxas de letalidade por pneumonia entre crianças pequenas em Uganda de 2013 a 2021 após a introdução da PCV. Apesar dessas tendências positivas, Uganda pode ter dificuldades para atingir suas metas de 2025. A avaliação contínua dos programas existentes e a identificação de áreas para melhorias serão essenciais para o progresso adicional na redução do impacto da pneumonia na saúde das crianças. Entender os desafios específicos em regiões com altas taxas de pneumonia será fundamental para desenvolver soluções eficazes.

Fonte original

Título: Trends and spatial distribution of pneumonia admissions and deaths among children <5 years, Uganda, 2013-2021

Resumo: BackgroundPneumonia is the second leading cause of hospital admissions and deaths among children

Autores: Mercy Wendy Wanyana, R. Migisha, P. King, L. Bulage, B. Kwesiga, D. Kadobera, A. R. Ario, J. R. Harris

Última atualização: 2024-02-14 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.13.24302770

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.13.24302770.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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