Adaptando-se à Escassez de Fosfato: Plantas e Algas
Aprenda como plantas e algas se ajustam a condições de baixo fosfato para crescer melhor.
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Índice
As Plantas e Algas são organismos vivos que precisam mudar e se adaptar pra sobreviver em diferentes ambientes. Elas enfrentam vários desafios que podem prejudicar o crescimento, como falta de nutrientes, água limitada, temperaturas extremas e ataques de pragas ou doenças. Esses desafios podem afetar o quanto essas criaturas crescem e se reproduzem, o que é super importante para os agricultores e a produção de comida.
Um problema comum que as plantas e algas enfrentam é a falta de Fosfato (Pi), um nutriente essencial. Quando não tem Pi o suficiente, o crescimento das culturas pode cair bastante, com reduções de rendimento que variam de 25% a 60%. O fosfato é crucial pra todas as coisas vivas, e as plantas geralmente absorvem isso do solo ou da água. Mas, muitas vezes, o Pi não tá distribuído de forma igual no ambiente, e às vezes ele aparece em formas que as plantas não conseguem usar. Pra resolver isso, muitos agricultores usam fertilizantes ricos em fósforo. Infelizmente, o uso excessivo desses fertilizantes pode causar poluição no solo e na água, o que é ruim pra natureza.
Pra reduzir a dependência desses fertilizantes, é importante aprender como as plantas e algas se adaptam a situações onde não tem fosfato suficiente. Quando o Pi tá escasso, esses organismos ativam vários mecanismos pra absorver mais Pi do ambiente e reciclar o Pi armazenado dentro das suas células.
Como as Plantas Armazenam Fosfato
Dentro das células das plantas, o fosfato é principalmente armazenado em estruturas chamadas vacúolos. Ele também tá presente em moléculas importantes como ácidos nucleicos (DNA e RNA) e certos tipos de gorduras conhecidas como Lipídios. Uma parte significativa do fosfato nas células das plantas se encontra em fosfolipídios, que são componentes chave das membranas celulares. Quando os níveis de fosfato são baixos, alguns desses fosfolipídios de membrana podem ser quebrados pra liberar o fosfato necessário. Mas, essa quebra é limitada, o que pode impedir a remobilização suficiente do fosfato e parar o crescimento celular.
Algas e Lipídios Betaína
Algas, junto com alguns fungos e bactérias, têm uma maneira única de lidar com baixos níveis de fosfato, produzindo um tipo diferente de gordura chamada lipídio betaina. Três tipos de lipídios betaina foram identificados nas algas. Esses lipídios podem substituir os fosfolipídios nas membranas quando o Pi tá limitado. Embora tenha sido sugerido que fosfolipídios e lipídios betaina possam desempenhar papéis semelhantes nas membranas celulares, as funções exatas podem variar entre diferentes espécies.
A presença e os papéis dos lipídios betaina em diferentes organismos não são totalmente compreendidos. Pesquisas mostraram que esses lipídios existem em plantas inferiores e algas, mas estão ausentes em plantas com sementes mais avançadas, como as plantas com flores. Essa ausência pode estar relacionada à forma como essas plantas evoluíram pra gerenciar a perda de água e sobreviver em condições mais secas.
Dgts
A Descoberta da Síntese deO processo pelo qual plantas e algas criam lipídios betaina foi primeiro identificado em bactérias e envolve duas enzimas principais. Para algas e fungos, esse processo é feito por uma única enzima multifuncional. Os pesquisadores tentaram estudar como essas enzimas funcionam e como podem ser usadas em plantas pra promover a produção de lipídios betaina.
Ao produzir plantas que expressam as enzimas necessárias pra sintetizar lipídios betaina, os cientistas puderam ver se essas plantas conseguem produzir DGTS (um tipo específico de lipídio betaina) quando estão em condições de falta de fosfato. Estudos iniciais mostraram que essas plantas conseguem criar DGTS, mas isso não melhora significativamente o crescimento ou muda como os lipídios são refeitos na ausência de fosfato.
Experimentando com a Produção de DGTS em Plantas
Os cientistas tentaram criar plantas que podem produzir DGTS usando métodos diferentes. Uma abordagem foi colocar o gene pra biossíntese de DGTS em plantas de Arabidopsis. No entanto, eles enfrentaram desafios pra produzir quantidades significativas de DGTS nessas plantas, levando-os a investigar formas alternativas de conseguir isso.
Depois de muitos testes, eles conseguiram criar plantas que podiam produzir um pouco de DGTS enquanto ainda cresciam em condições de falta de fosfato. Embora essas plantas mostrassem alguma capacidade de produzir DGTS, não apresentaram diferenças marcantes no crescimento em comparação com plantas normais.
Em outro método, os cientistas usaram uma planta chamada Nicotiana benthamiana pra olhar mais de perto os efeitos de produzir DGTS. Eles conseguiram produzir níveis mais altos de DGTS nessas plantas e depois analisar como o DGTS afetou a composição geral dos lipídios em suas células.
Observações de Nicotiana benthamiana
Com Nicotiana benthamiana, os pesquisadores descobriram que a produção de DGTS podia alcançar níveis significativos, representando cerca de 20% do total de lipídios nas folhas. Essa produção não parecia impactar muito o conteúdo total de lipídios, embora algumas mudanças tenham sido notadas em outras classes de lipídios.
Microscopia confocal e outras técnicas de imagem foram usadas pra estudar a distribuição do DGTS nas células. Os resultados indicaram que o DGTS foi sintetizado no retículo endoplasmático (ER) das células, uma parte crucial da célula onde muitos lipídios são produzidos.
Estrutura da Membrana e Impacto do DGTS
Usando microscopia eletrônica, os cientistas analisaram de perto como a produção de DGTS afetava a estrutura das membranas dentro das células. Eles descobriram que a presença de DGTS levou a um aumento no tamanho do ER, indicando que o DGTS afeta a arquitetura da membrana celular.
O estudo dos cloroplastos, as estruturas que produzem energia nas células das plantas, mostrou que o DGTS não aparece nesses organelos, sugerindo que sua função pode ser limitada a outras partes da célula. Em vez disso, o DGTS foi encontrado principalmente nas membranas fora dos cloroplastos.
A Importância de Mais Pesquisas
Apesar de algum progresso ter sido feito em entender como o DGTS pode ser produzido em plantas e seu papel em se adaptar a condições de baixo fosfato, muitas perguntas ainda permanecem. Os mecanismos precisos que permitem que o DGTS seja usado efetivamente na remodelação de lipídios e como ele afeta a saúde geral das plantas e a absorção de nutrientes ainda precisam ser explorados mais a fundo.
Pesquisas até agora indicaram que, enquanto o DGTS pode ajudar algumas plantas a gerenciar condições de baixo fosfato, as mudanças na composição lipídica não são drásticas o suficiente pra melhorar significativamente o crescimento sob esses estresses. Estudos adicionais são necessários pra desvendar totalmente os potenciais benefícios do DGTS e como ele poderia ser utilizado nas práticas agrícolas.
Conclusão
As plantas e algas enfrentam muitos desafios em seus ambientes, incluindo a disponibilidade de nutrientes essenciais como o fosfato. A capacidade delas de se adaptar a esses desafios é crítica pra sua sobrevivência e produtividade. Entender como as plantas, especialmente aquelas capazes de sintetizar lipídios betaina como o DGTS, respondem ao estresse de fosfato pode levar a melhores práticas agrícolas, reduzindo a necessidade de fertilizantes prejudiciais e melhorando a resiliência das culturas.
Mais pesquisas nesta área poderiam abrir caminho pra desenvolver novas estratégias pra aumentar a produção agrícola e a sustentabilidade. Explorar os papéis dos lipídios na biologia das plantas continua sendo um campo essencial de estudo, prometendo avanços tanto na ciência quanto na agricultura.
Título: DGTS overproduced in seed plants is excluded from plastid membranes and promotes endomembrane expansion
Resumo: Plants and algae must adapt to environmental changes, facing various stresses that negatively impact their growth and development. One common stress is phosphate (Pi) deficiency, which is often in limiting quantity in the environment. In response to Pi deficiency, these organisms increase Pi uptake and remobilize intracellular Pi. Phospholipids are degraded to provide Pi and replaced by non-phosphorous lipids, such as glycolipids or betaine lipids. During the evolution, seed plants lost their capacity to synthesize betaine lipid. By expressing BTA1 genes, involved in the synthesis of diacylglyceryl-N,N,N-trimethyl-homoserine (DGTS), from different species, our work shows that DGTS can be produced in seed plants. In Arabidopsis, expressing BTA1 under a phosphate starvation-inducible promoter resulted in limited DGTS production without having any impact on plant growth or lipid remodeling. In transient expression systems in Nicotiana benthamiana, leaves were able to accumulate DGTS up to 20 % of their glycerolipid content at a slight expense of galactolipid and phospholipid production. At the subcellular level, we showed that DGTS is absent from plastid and seems to be enriched in endomembrane, driving an ER membrane proliferation. Finally, DGTS synthesis pathway seems to compete with PC synthesis via the Kennedy pathway but does not seem to be derived from PC diacylglycerol backbone and therefore does not interfere with the eukaryotic pathway involved in galactolipid synthesis.
Autores: Juliette Jouhet, S. Salomon, M. Schilling, C. Albrieux, G. Si Larbi, P.-H. Jouneau, S. Roy, D. Falconet, M. Michaud
Última atualização: 2024-07-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.11.603045
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.11.603045.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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