Novas Perspectivas sobre a Função do Nucleolo e a Interação Viral
Pesquisas mostram o papel do nucléolo no comportamento de proteínas virais e em processos celulares.
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Índice
- Ubiquitinação e Seus Efeitos
- O Nucleolo Sob Ataque Viral
- Mutações na Proteína HeV M
- Movimento de Proteínas Dentro do Núcleo
- A Importância da Ubiquitinação
- Oligomerização e Seu Papel
- Implicações para Pesquisas Futuras
- Conclusão
- Materiais e Métodos
- Cultura de Células, Transfecção e Tratamento
- Infecções Virais
- Microscopia Confocal de Varredura a Laser (CLSM) e Análise de Imagem
- Imuno fluorescência
- Ensaios de Síntese de RNA
- Imunoprecipitação e Western Blotting
- Imagem Super-Resolutiva
- Informações de Suporte
- Fonte original
O Nucléolo é uma parte bem pequena da célula que tem várias funções importantes. Ele tá envolvido na criação de ribossomos, que são as máquinas que fazem proteínas. O nucléolo também ajuda a controlar o ciclo celular, responder a danos no DNA, lidar com estresse nas células e montar partículas que reconhecem sinais.
Recentemente, os cientistas descobriram que o nucléolo não tem uma membrana que o separa do resto da célula. Em vez disso, ele é formado por pelo menos três partes distintas que se juntam de um jeito que forma gotículas líquidas. Essas partes são chamadas de centro fibrilar (CF), componente fibrilar denso (CFD) e componente granular (CG). O CF fica no meio e é cercado pelo CFD, com essas duas partes contidas dentro do CG. Cada um desses compartimentos tem funções específicas, especialmente na construção de ribossomos.
Ubiquitinação e Seus Efeitos
Ubiquitinação é um processo onde proteínas pequenas chamadas ubiquitinas se ligam a outras proteínas pra afetar o comportamento delas na célula. Essa ligação pode mudar como as proteínas são separadas e como se movem dentro da célula. Em relação ao nucléolo, a ubiquitinação desempenha um papel chave em como uma proteína viral chamada HeV M interage com o CF e o CFD. A presença ou ausência de ubiquitina pode ajudar a decidir quanto vírus é produzido.
Pra investigar isso, os cientistas usaram células especiais e trataram elas com diferentes substâncias pra ver como a proteína HeV M se comportava. Eles descobriram que a proteína HeV M podia ser vista nos compartimentos CF e CFD no começo. Porém, depois de certos tratamentos, a quantidade de proteína HeV M nesses compartimentos mudou, indicando que a ubiquitinação afeta como as proteínas são distribuídas na célula.
O Nucleolo Sob Ataque Viral
O nucléolo é um alvo comum pra diferentes vírus. Esse direcionamento ajuda o vírus a controlar as funções da célula pra poder se replicar. Apesar de muitos vírus afetarem o nucléolo, os efeitos exatos das proteínas deles ainda não são totalmente compreendidos. Isso é especialmente verdadeiro para os vírus de RNA, que geralmente não têm muito material genético, mas ainda conseguem mirar no nucléolo.
A proteína HeV M é uma dessas proteínas virais que encontram seu caminho pro nucléolo durante a infecção. Essa proteína forma pares estáveis com ela mesma e é fundamental pro vírus se montar e sair da célula. Curiosamente, a proteína HeV M vai pro nucléolo antes de se mover pra membrana externa da célula pra ajudar o vírus a escapar.
Através de estudos genéticos, os pesquisadores aprenderam que as proteínas no nucléolo são importantes pra infecção, e a proteína HeV M interage com muitas delas. Um novo papel identificado pra proteína HeV M é sua interação com uma proteína nucleolar chamada Treacle, que participa da produção de RNA ribossômico (rRNA). Se a proteína HeV M se liga à Treacle, pode impedir a produção normal de rRNA, atrapalhando a função da célula.
Mutações na Proteína HeV M
Os pesquisadores descobriram que mudar uma parte específica da proteína HeV M (trocando uma parte por outra) pode afetar como ela funciona nos compartimentos CF e CFD. Essa mudança específica impede que a proteína HeV M forme pares com ela mesma e também reduz a capacidade do vírus de escapar do nucléolo. Isso levou os cientistas a investigar como tais mutações influenciam o movimento da proteína e a interação com outros componentes dentro da célula.
Uma mudança específica, onde um único aminoácido é alterado, faz com que a proteína HeV M se comporte de maneira diferente. Essa mutação a impede de entrar no compartimento CF-DF, mas não impede de alcançar o CG. Comparar isso com a versão normal da proteína ajuda os pesquisadores a entender como diferentes partes da proteína influenciam seu comportamento no nucléolo.
Movimento de Proteínas Dentro do Núcleo
Pesquisas mostram que a proteína HeV M pode se mover e mudar de localização dentro do nucléolo. Logo após o vírus entrar na célula, a proteína HeV M se acumula no CF-DFC. Com o tempo, no entanto, ela começa a se espalhar e ficar menos concentrada naquela área. Esse movimento indica um processo onde a proteína viral primeiro entra em um compartimento específico antes de sair dele.
Entender como a proteína HeV M se move no nucléolo é importante. Ao seguir a jornada da proteína, os pesquisadores podem aprender sobre o tempo de suas ações e como ela interage com outros componentes dentro do nucléolo, incluindo a Treacle.
A Importância da Ubiquitinação
A ubiquitinação ajuda a regular onde a proteína HeV M vai dentro do nucléolo. Os pesquisadores descobriram que quando o processo de ubiquitinação é interrompido, a proteína HeV M não consegue ficar no compartimento CF-DFC de forma tão eficaz. Isso sugere que a ubiquitinação é essencial pra localização da proteína.
Quando os cientistas trataram células com substâncias que bloqueiam o processo de ubiquitinação, eles descobriram que a proteína HeV M começou a se acumular no CG em vez do CF-DFC. Isso indica que perder a capacidade de adicionar ubiquitina muda como a proteína é separada e onde ela reside na célula.
Oligomerização e Seu Papel
Oligomerização se refere ao processo onde proteínas se grudam pra formar estruturas maiores. A capacidade da proteína HeV M de formar oligômeros influencia sua localização dentro do nucléolo. Os pesquisadores descobriram que as proteínas HeV M com uma mutação específica que afeta a oligomerização se acumulam mais no CF-DFC, indicando que a oligomerização desempenha um papel em como a proteína interage com os compartimentos.
Ao observar o comportamento de diferentes variantes da proteína HeV M, os pesquisadores notaram que algumas conseguiam ficar mais tempo no CF-DFC ou se ligavam melhor à Treacle. Isso destaca a complexidade de como as proteínas se movem e interagem na célula, especialmente sob influência viral.
Implicações para Pesquisas Futuras
Entender como a proteína HeV M interage com o nucléolo e os mecanismos por trás de seu movimento pode ter implicações mais amplas. As descobertas podem ajudar a identificar novas estratégias pra lidar com infecções virais, especialmente aquelas causadas por henipavírus, que são difíceis de tratar.
Os pesquisadores esperam que esse conhecimento possa levar a melhores abordagens antivirais e fornecer insights sobre como os processos celulares podem ser manipulados. A regulação do movimento e interação das proteínas dentro do nucléolo não é só relevante pra estudos virais, mas também pra entender funções celulares normais, especialmente aquelas ligadas à produção de RNA e respostas ao estresse celular.
Conclusão
O nucléolo desempenha um papel vital na função celular, e sua interação com vírus pode iluminar como esses patógenos afetam as células hospedeiras. A proteína HeV M é um jogador significativo nesse processo, demonstrando a dança intrincada do movimento, modificação e interação das proteínas. Ao estudar essas dinâmicas, os pesquisadores podem descobrir as complexidades das infecções virais e dos mecanismos celulares, potencialmente levando a novas estratégias terapêuticas. A pesquisa contínua na regulação do nucléolo e seus componentes continua a ser uma avenida promissora pra descobrir como lidar melhor com doenças virais.
Materiais e Métodos
Cultura de Células, Transfecção e Tratamento
Células chamadas HEK-293T e HeLa foram cultivadas numa solução nutritiva especial conhecida como DMEM, que contém proteínas e antibióticos pra promover a saúde celular. As células foram cultivadas até quase cheias antes de introduzir novo DNA nelas. Essa introdução foi feita usando um método chamado transfecção, que ajuda as células a absorverem o novo material genético.
Pra estudar como as proteínas se comportam, os pesquisadores trataram algumas células com uma substância química chamada MG132 que afeta a modificação de proteínas. Esse tratamento foi feito depois de introduzir o DNA, mas logo antes de examinar as células. Os efeitos desses tratamentos foram observados sob um microscópio.
Infecções Virais
Pra estudar o vírus, um vírus específico (HeV) foi manuseado em laboratórios especializados (BSL-4) pra garantir a segurança. Células cultivadas em vidro foram infectadas com o vírus ou não e checadas em vários momentos pra ver como o vírus as afetou.
Microscopia Confocal de Varredura a Laser (CLSM) e Análise de Imagem
Pra visualizar as células, os pesquisadores usaram um microscópio de alta potência projetado pra imagem de células vivas. Ao marcar as proteínas com etiquetas fluorescentes, eles puderam ver onde diferentes proteínas estavam localizadas dentro das células.
A análise quantitativa foi feita medindo a intensidade da fluorescência de diferentes partes da célula, ajudando os cientistas a entender como as proteínas são distribuídas no nucléolo.
Imuno fluorescência
Os pesquisadores usaram anticorpos pra marcar proteínas específicas em células fixas, permitindo que visualizassem as proteínas de interesse sob um microscópio usando corantes fluorescentes.
Ensaios de Síntese de RNA
Pra examinar quão bem as células estavam produzindo novo rRNA, os pesquisadores usaram um kit especial que ajuda a marcar RNA em células vivas, tornando-o visível sob o microscópio. A análise quantitativa comparou os níveis de produção de rRNA entre células que expressavam a proteína HeV M e células de controle que não expressavam.
Imunoprecipitação e Western Blotting
Esse método envolveu puxar proteínas específicas dos extratos celulares pra analisar suas interações. Depois de extrair as proteínas, elas foram separadas, transferidas pra membranas e sondadas com anticorpos específicos pra visualizar as proteínas de interesse.
Imagem Super-Resolutiva
Os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de imagem pra dar uma olhada mais de perto em estruturas específicas dentro das células. Esse método permite uma resolução muito melhor em comparação com técnicas tradicionais de microscopia, melhorando a compreensão dos compartimentos subcelulares.
Informações de Suporte
Esta seção contém figuras adicionais e dados que apoiam as descobertas discutidas, mostrando análises detalhadas e resultados relacionados aos experimentos realizados. Os métodos experimentais são consistentes com os do texto principal, reforçando as conclusões tiradas da pesquisa.
Título: Sub-nucleolar trafficking of Hendra virus matrix protein is regulated by ubiquitination and oligomerisation
Resumo: Hendra virus (HeV) is a highly pathogenic member of the Henipavirus genus (order Mononegavirales), the replication cycle of which occurs primarily in the cytoplasm. The HeV matrix protein (HeV M) plays critical roles in viral assembly and budding at the plasma membrane, but also undergoes nuclear/nucleolar trafficking, to accumulate in nucleoli early in infection and, later, localise predominantly at the plasma membrane. Previously we found that HeV M protein targets specific sub-nucleolar compartments (corresponding to the FC-DFC (fibrillar centre (FC)/dense fibrillar component (DFC)) where it interacts with the nucleolar protein Treacle and modulates rRNA biogenesis by subverting the host nucleolar DNA damage response, indicating the importance of specific sub-nucleolar trafficking to infection. However, the mechanisms underlying targeting and movement between sub-nucleolar compartments by viral or cellular proteins remain poorly defined. Here, we assessed the molecular regulation of HeV M protein nucleolar/sub-nucleolar trafficking, finding that in infected cells and in cells expressing HeV M protein alone, M protein localizes into Treacle-enriched FC-DFC at early time points, and that FC-DFC localization is subsequently lost due to relocalization into the surrounding granular component (GC) of the nucleolus. Analysis using mutated M proteins and pharmacological modulation of ubiquitination indicate that this dynamic localization is regulated by ubiquitination and oligomerisation, with ubiquitination required for retention of HeV M in Treacle-enriched sub-nucleolar compartments, and oligomerisation required for egress. To our knowledge, this study provides the first direct insights into the dynamics and mechanisms of viral protein trafficking between sub-nucleolar compartments, important to the interplay between HeV M protein and host cell factors during infection. AUTHOR SUMMARYHenipaviruses, including Hendra (HeV) and Nipah viruses, cause deadly diseases in humans and livestock and are considered priority diseases by the World Health Organization due to their epidemic potential and lack of effective treatments. Understanding how these viruses interact with host cells is essential for developing new therapeutics. Our study examines the matrix (M) protein of henipaviruses and its interaction with the nucleolus, a cell structure that mediates ribosome production, and is a common target for various viruses, although their functions are largely unresolved. Previously, we showed that the HeV M protein targets a sub-nucleolar structure, called the FC-DFC, to modulate ribosome biogenesis. Here, we report that the M proteins movement between sub-nucleolar compartments is controlled by two processes: ubiquitination, which causes accumulation of the protein in the FC-DFC, and oligomerization, which is associated with exit. Similar mechanisms are also observed in other henipaviruses. Our findings reveal mechanisms regulating the hijacking of host cell functions by henipaviruses and suggest new potential targets for antiviral therapies. This study is the first to investigate how viral proteins move within the nucleolus, offering new insights into interactions that may be significant to multiple viruses.
Autores: Stephen M Rawlinson, T. Zhao, F. A. Gomez, C. T. David, C. L. Rootes, P. F. Veuglers, A. M. Rozario, C. R. Stewart, T. D. M. Bell, G. W. Moseley
Última atualização: 2024-07-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.08.10.552741
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.08.10.552741.full.pdf
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