Prescrição Social: Unindo Saúde e Apoio Comunitário
Explorando como a prescrição social liga as pessoas a recursos comunitários essenciais.
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Índice
A Prescrição Social (PS) é uma forma de conectar as pessoas a apoios não-médicos nas suas comunidades, através de profissionais de saúde. Esses serviços servem pra melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas. Embora a PS tenha começado no Reino Unido, agora tá sendo usada em vários outros países pra lidar com os fatores sociais que impactam a saúde e reduzir as diferenças de saúde entre os grupos.
Mas rola uma discussão se a PS realmente consegue resolver as causas das desigualdades de saúde. Os críticos têm medo de que a PS não chegue nas pessoas que mais precisam ou que ela seja oferecida mais para quem tá em uma situação menos desfavorecida.
O Papel da Prescrição Social
Enquanto a PS foca no apoio individual, ela também pode melhorar os serviços de saúde disponíveis. Pode incentivar a galera a se envolver em atividades comunitárias, especialmente quem normalmente não participa. A PS também ajuda as pessoas a gerenciar melhor os problemas de saúde que já têm. Porém, pouca gente estudou quem realmente tá participando da PS e quão justo é o acesso a esses serviços.
No Reino Unido, a PS faz parte do Plano de Longo Prazo do Serviço Nacional de Saúde (NHS). Esse plano visa reduzir as desigualdades de saúde, e a implementação da PS em todo o país oferece uma boa oportunidade pra ver como esses serviços estão alcançando quem realmente precisa.
Mas entender quem tá recebendo essas referências de PS é um grande desafio. Estudos locais podem ser muito pequenos pra dar respostas claras. Além disso, os registros eletrônicos usados pelos médicos muitas vezes têm erros ou faltam detalhes sobre quem é referido pra PS. Por causa disso, fica difícil avaliar se as referências estão sendo feitas de forma justa.
A Importância de Analisar Padrões de Referência
Pra entender melhor a PS, é importante olhar pra padrões de referência em fontes de dados maiores. Neste estudo, a gente adicionou perguntas específicas sobre PS a um grande estudo de adultos com 50 anos ou mais que moram na Inglaterra. Isso permite que a gente veja com que frequência as pessoas foram referidas a PS e se elas aceitaram essas referências.
Usamos informações de duas etapas do Estudo Longitudinal Inglês de Envelhecimento. Na etapa mais recente, os participantes foram perguntados se tinham sido referidos a várias atividades comunitárias, como artesanato, aulas de exercícios, atividades na natureza e aprendizagem para adultos.
No total, 7.283 adultos com 50 anos ou mais responderam essas perguntas.
Medindo Desigualdades Sociais e de Saúde
A gente queria ver se havia padrões em quem recebeu PS com base em desigualdades sociais e de saúde. Na etapa anterior do estudo, olhamos pra diferentes fatores que poderiam afetar o acesso à PS. Isso incluiu coisas como sexo, idade, estado civil, escolaridade, estado de aposentadoria, renda, se recebiam benefícios do governo, se moravam em uma cidade e quão carente era a área.
As desigualdades de saúde que consideramos incluíram problemas de saúde mental diagnosticados, sintomas de depressão, doenças cardíacas, diabetes, problemas respiratórios, problemas musculoesqueléticos, demência e dor crônica. Também analisamos os níveis de atividade física e hábitos como fumar e beber álcool.
Pra analisar esses dados, usamos diferentes modelos estatísticos que observaram vários preditores de receber uma referência de PS. Ajustamos nossa análise pra fatores como idade e sexo, desigualdades sociais, desigualdades de saúde e uma combinação de ambos.
Principais Descobertas Sobre Referências de Prescrição Social
Dos participantes, 495 (6,8%) relataram que receberam uma referência pra PS, e 435 deles (cerca de 88%) aceitaram. O tipo mais comum de atividade pra qual as pessoas foram referidas foram as aulas de exercício, seguidas por grupos de artes, atividades na natureza e sessões de aprendizagem para adultos.
Dentre os que receberam uma referência, 56% eram mulheres, e a idade média era de cerca de 67 anos.
Quando olhamos pros dados, encontramos que a idade foi um fator importante. Adultos mais velhos eram mais propensos a receber referências. Porém, ser mulher não parecia impactar a probabilidade de receber uma referência.
As pessoas que foram referidas pra PS frequentemente enfrentavam desafios econômicos. Por exemplo, indivíduos que recebiam benefícios tinham o dobro de chances de conseguir uma referência, e aqueles na faixa de renda mais baixa tinham muito mais chances de serem referidos em comparação com os de renda média.
Educação e estado de emprego não pareciam influenciar se alguém recebia uma referência.
A gente também descobriu que referências eram mais comuns entre pessoas com certos problemas de saúde. Aqueles com depressão, diabetes, dor crônica e quem não era fisicamente ativo tinham mais chances de serem referidos. Curiosamente, ter múltiplos problemas de saúde aumentava a probabilidade de a pessoa ser referida.
Implicações das Descobertas
Os resultados deste estudo sugerem que a PS está alcançando adultos mais velhos na Inglaterra, especialmente aqueles que têm necessidades sociais e de saúde significativas. Isso é promissor porque pesquisas anteriores mostraram que esses indivíduos são muitas vezes os menos propensos a participar de atividades comunitárias e estão em risco de ter resultados de saúde ruins.
Essas descobertas indicam que a PS pode ter potencial pra ajudar quem mais precisa. No entanto, mais pesquisas são necessárias pra ver como aqueles que são referidos acabam se envolvendo com os serviços que lhes são oferecidos e se ainda existem desigualdades em quem se beneficia desses programas.
É importante notar que a PS depende dos relatos das pessoas sobre se foram referidas. Isso pode introduzir um viés. Contudo, os dados que coletamos desse estudo representativo podem dar uma visão útil sobre a PS, além das informações dos registros médicos.
À medida que os programas de PS continuam a crescer ao redor do mundo, incluir perguntas semelhantes sobre referências em outros estudos de longo prazo poderia ser útil pra futuras pesquisas.
Conclusão
A prescrição social oferece uma forma de conectar indivíduos a recursos comunitários que podem melhorar sua saúde e bem-estar. Embora essa abordagem tenha mostrado potencial, especialmente pra quem enfrenta desafios sociais e de saúde, é essencial continuar investigando quão bem esses programas funcionam e quão eficazmente eles alcançam as pessoas que mais precisam.
Entender a PS em um contexto maior pode ajudar a informar políticas e práticas que visam reduzir desigualdades de saúde e melhorar o acesso a serviços de apoio comunitário. À medida que mais dados são coletados e analisados, podemos entender melhor o impacto da prescrição social e trabalhar em direção a intervenções de saúde mais inclusivas.
Título: Can social prescribing reach patients most in need? Patterns of (in)equalities in referrals in a representative cohort of older adults in England
Resumo: ImportanceSocial prescribing (SP) is a mechanism of care referring people to non-clinical forms of support and services in local communities to improve health and wellbeing. But there is much contention over whether SP is in fact provided disproportionately more to individuals who are less disadvantaged. However, a comprehensive analysis of who is receiving SP from both medical and non-medical referral routes has never been undertaken. ObjectiveTo incorporate bespoke novel questions on SP into a nationally-representative cohort study to assess whether SP is truly reaching individuals most in need. DesignWe used data from Wave 10 (2021/23) of the English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) involving richly-phenotyped adults aged 50+ living in England. We explored how SP was patterned according to social and health inequalities, all measured in Wave 9 (2018/19; prior to the reported engagement in SP). Multiple ordinal regression models were used to explore predictors of receiving a SP referral. SettingCommunity-dwelling older adults living in England Participants7,283 adults aged 50+ answered the self-completion questionnaire at wave 10 so were included in analyses. Main outcomes and measuresParticipants were asked if they had received a referral to a wide range of community-based activities by a doctor, social worker or other health professional Results495 adults (6.8%) reported receiving a SP referral, and 435 (88%) accepted. Age was a significant predictor of referrals (OR 1.02, CI 1.01-1.03), but being female was not (OR 1.05, CI 0.84-1.30). Receiving benefits increased referral odds two-fold (OR 2.03, CI 1.53-2.70) and being in the lowest wealth tertile (relative to middle tertile) by 55% (CI 1.13-2.13). Education and employment status did not predict referrals. Referrals were most common for individuals with depression (OR=1.60, CI 1.20-2.12), diabetes (OR=1.52, CI 1.11-2.10), chronic pain (OR=1.57, CI 1.22-2.02), multiple long-term conditions (4+ conditions, OR=2.8, CI 1.41-5.51), and who were physically inactive (OR=1.63, CI 1.10-2.41). Conclusions and relevanceThere is some initial evidence of SP referrals occurring amongst older adults in England, with high uptake amongst those referred. Promisingly, those with highest socio-economic need and most long-term health conditions particularly appear to be receiving support. Key pointsO_ST_ABSQuestionC_ST_ABSWho is receiving referrals to social prescribing programmes? FindingsIn this analysis of a nationally representative cohort study of 7,283 richly-phenotyped adults aged 50+ living in England, SP was offered most to individuals experiencing socio-economic adversity with health needs including depression, diabetes, chronic pain, multiple long-term conditions, and those who were physically inactive. MeaningPromisingly, older adults with highest socio-economic need and most long-term health conditions particularly appear to be receiving support through social prescribing.
Autores: Daisy Fancourt, A. Steptoe
Última atualização: 2024-03-27 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.26.24304891
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.26.24304891.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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