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Manipulando o Comportamento de Partículas em Suspensões

Pesquisas mostram como as mudanças nas condições afetam o fluxo de partículas em suspensões.

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Suspensões são misturas de pequenas partículas dispersas em um líquido. Elas estão presentes em muitos processos naturais e industriais, como sedimentos em rios, sangue em nossos corpos e produtos como tintas e pigmentos. Entender como essas misturas se comportam é importante para indústrias onde lidar com suspensões é necessário, como tratamento de água e produção de novos materiais.

Historicamente, o estudo de como essas suspensões fluem começou no início dos anos 1900, quando os cientistas começaram a entender como o fluxo de partículas afeta a viscosidade, ou quão grosso um fluido parece. Ao longo dos anos, os pesquisadores desenvolveram maneiras de descrever o comportamento de suspensões concentradas, que ocorrem quando há muitas partículas próximas umas das outras. Esse entendimento foca mais em como as partículas se tocam do que apenas em como o líquido flui ao redor delas. Esses conceitos nos ajudam a entender fluxos que agem como materiais secos, onde pressão e estresse entre partículas são super importantes.

Para investigar as interações entre as partículas, os cientistas estão buscando maneiras de mudar as propriedades de superfície das partículas para afetar como elas se comportam em suspensões. Embora existam muitos métodos para modificar partículas, a maioria deles requer processos químicos complexos que são difíceis de realizar fora de laboratórios especializados. Nosso objetivo é simplificar esse processo e desenvolver uma maneira de criar grandes quantidades de partículas com propriedades ajustáveis.

Na nossa pesquisa, analisamos partículas de polieletrólito feitas de um material específico conhecido como poli(metacrilato de sódio). Esse material pode ser produzido facilmente e permanece estável quando misturado em água. Usamos experimentos para entender como essas partículas interagem quando estão suspensas em água, focando em como elas se comportam em diferentes condições.

Produzindo e Modificando Partículas

Começamos com partículas feitas de poli(metacrilato de metila) e as tratamos com um processo químico para criar nossas partículas de polieletrólito. Esse processo envolve misturar as partículas originais com uma solução química e aquecê-las. Após o tratamento, as novas partículas são lavadas e secas. Essas partículas de polieletrólito podem absorver água, fazendo com que incham, mudando seu tamanho e propriedades.

Para estudar como as partículas modificadas se comportam em líquido, as colocamos em vários tipos de água salgada. O tipo e a quantidade de Sal que usamos podem mudar como as partículas interagem umas com as outras. Exploramos como essas interações mudam quando variamos a concentração do sal e ajustamos o PH, ou acidez, do líquido.

Medindo o Comportamento das Partículas

Para entender como nossas suspensões fluem, usamos um sistema de tambor rotativo que nos permite medir como as partículas interagem de maneira controlada. Ao inclinar o tambor, podemos observar como as partículas se movem e os ângulos em que começam a deslizar. Essas informações nos ajudam a calcular as propriedades de Atrito das suspensões.

Também usamos uma técnica chamada microsscopía de força atômica (AFM) para examinar as superfícies de nossas partículas. A AFM nos permite visualizar os pequenos detalhes nas superfícies das partículas, ajudando a ligar as características microscópicas ao comportamento geral das suspensões.

Resultados: Partículas Sem Atrito em Água

Nossos experimentos mostram que as partículas modificadas se comportam de maneira diferente em água pura em comparação com as originais. As partículas originais tendem a grudar umas nas outras e criar mais atrito, enquanto as modificadas são quase sem atrito quando suspensas em água. Essa diferença se deve à maneira como as partículas modificadas interagem com a água, criando uma força repulsiva que as mantém afastadas e permite que se movimentem livremente.

Vemos que, quando adicionamos sal à água, o comportamento das partículas muda. A interação se torna mais forte, fazendo com que as partículas grudem mais uma na outra, e observamos um aumento no atrito. Essa mudança parece ocorrer independentemente de o sal ser um íon carregado simples ou um íon mais complexo.

À medida que aumentamos a quantidade de sal adicionada, descobrimos que podemos chegar a um ponto onde as partículas modificadas mostram mais atrito do que as originais. Isso indica que a natureza dos íons na solução desempenha um papel vital em controlar quão bem as partículas fluem.

Efeitos do pH e Temperatura

Além de adicionar sal, investigamos como mudar o pH da água afeta as partículas. Quando diminuímos o pH, as partículas modificadas encolhem e ficam mais pegajosas, levando a um aumento no atrito. Essa transição ocorre em um nível de pH específico, onde a estrutura química das partículas muda, levando a interações diferentes.

Também analisamos como a temperatura influencia o comportamento das partículas. Ao ajustar a temperatura do líquido, podemos ver mudanças na forma como as partículas se movem. Temperaturas mais altas levam a forças adesivas mais fortes, resultando em menos fluxo e mais atrito entre as partículas.

Resumo dos Achados

Nossa pesquisa mostra que essas partículas modificadas podem criar suspensões que variam de quase sem atrito a altamente pegajosas, dependendo do tipo e da quantidade de íons presentes, do pH da solução e da temperatura. Essa variabilidade indica o potencial dessas partículas para serem usadas em várias aplicações onde controlar o fluxo de suspensões é crucial.

A principal conclusão é que, ao mudar condições específicas, podemos manipular como as partículas interagem, o que pode ser útil em muitos processos industriais. A capacidade de projetar partículas com propriedades de superfície ajustáveis significa que podemos personalizar suspensões para diferentes usos, tornando nossas descobertas significativas para estudos futuros em dinâmica de fluidos e ciência dos materiais.

Direções Futuras

Os achados dessa pesquisa abrem muitas possibilidades para estudos futuros. Por exemplo, podemos explorar mais como misturar diferentes tipos de sais afeta as propriedades das partículas. Entender essas interações pode nos ajudar a encontrar maneiras de otimizar o fluxo em aplicações práticas, como melhorar a performance de tintas ou outras misturas.

Além disso, o impacto do tamanho e da forma das partículas no comportamento da Suspensão é uma área que vale a pena investigar. Produzindo partículas de diferentes tipos e vendo como elas se comportam em várias condições, podemos aprofundar nosso entendimento da dinâmica das suspensões.

Há muito potencial para usar essas descobertas em aplicações do mundo real. Indústrias que dependem do controle do comportamento de fluidos poderiam se beneficiar dos insights adquiridos nessa pesquisa. Ao ajustar as propriedades das suspensões com métodos simples, podemos aumentar a eficiência e eficácia de vários processos envolvendo mecânica dos fluidos.

Conclusão

Em conclusão, nosso estudo fornece uma visão mais clara de como partículas de polieletrólito se comportam em suspensões. Ao cultivar um método simples para criar e modificar essas partículas, mostramos que podemos controlar suas propriedades de fluxo com base em condições específicas. Esse conhecimento pode levar a técnicas melhoradas no manuseio de suspensões em várias indústrias, contribuindo para processos mais eficientes e inovações na ciência dos materiais.

Fonte original

Título: Granular aqueous suspensions with controlled inter-particular friction and adhesion

Resumo: We present a simple route to obtain large quantities of suspensions of non-Brownian particles with stimuli-responsive surface properties to study the relation between their flow and interparticle interactions. We perform an alkaline hydrolysis reaction on poly(methyl methacrylate) (PMMA) particles to obtain poly(sodium methacrylate) (PMAA-Na) particles. We characterize the quasi-static macroscopic frictional response of their aqueous suspensions using a rotating drum. The suspensions are frictionless when the particles are dispersed in pure water. We relate this state to the presence of electrosteric repulsion between the charged surfaces of the ionized PMAA-Na particles in water. Then we add monovalent and multivalent ions (Na+, Ca2+, La3+) and we observe that the suspensions become frictional whatever the valency. For divalent and trivalent ions, the quasi-static avalanche angle {\theta}c at large ionic strength is greater than that of frictional PMMA particles in water, suggesting the presence of adhesion. Finally, a decrease in the pH of the suspending solution leads to a transition between a frictionless plateau and a frictional one. We perform Atomic Force Microscopy (AFM) to relate our macroscopic observations to the surface features of the particles. In particular, we show that the increase in friction in the presence of multivalent ions or under acidic conditions is driven by a nanoscopic phase separation and the bundling of polyelectrolyte chains at the surface of the particle. Our results highlight the importance of surface interactions in the rheology of granular suspensions. Our particles provide a simple, yet flexible platform to study frictional suspension flows.

Autores: Lily Blaiset, Bruno Bresson, Ludovic Olanier, Élisabeth Guazzelli, Matthieu Roché, Nicolas Sanson

Última atualização: 2024-06-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.02071

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.02071

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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