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Estudando Campos Magnéticos em Estrelas em Evolução

Novas informações sobre os campos magnéticos de CW Leo e R Leo reveladas através da polarização.

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Índice

Estrelas como CW Leo e R Leo estão numa fase da vida onde elas perdem material, criando uma nuvem de gás e poeira ao redor delas, conhecida como envoltório circumstelar (CSE). Essas nuvens podem ser estudadas pra aprender sobre o que rola ao redor das estrelas, especialmente os campos magnéticos que podem moldar essas regiões. Observações da luz emitida por Moléculas nesses envoltórios podem dizer pra gente como esses campos magnéticos se comportam.

Observações e Tecnologia Usada

Pra estudar esses envoltórios circumstelares, os cientistas usaram o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um telescópio poderoso que observa o universo em comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos. O ALMA capturou imagens da luz emitida de várias moléculas nos envoltórios, focando em como essa luz é polarizada.

A Polarização é uma propriedade da luz que pode fornecer informações sobre os campos magnéticos na área. Analisando como a luz das moléculas é polarizada, os cientistas podem inferir detalhes sobre os campos magnéticos ao redor dessas estrelas em evolução.

Descobertas sobre CW Leo e R Leo

CW Leo

CW Leo é uma estrela do tipo C que perdeu uma grande quantidade de material, criando uma estrutura de envoltório complexa. As observações revelaram que linhas moleculares específicas emitidas da região ao redor de CW Leo mostraram uma polarização significativa. As principais moléculas estudadas incluíram monóxido de carbono (CO), monossulfeto de carbono (CS), cianeto de hidrogênio (HCN) e sulfeto de silício (SiS). As porcentagens de polarização nessas linhas permitiram que os pesquisadores vissem a estrutura do Campo Magnético dentro do envoltório.

Através de várias observações, descobriu-se que a polarização de CO estava correlacionada com a estrutura do campo magnético, sugerindo que a orientação do campo pode ser mais complexa do que se pensava antes. Além disso, os níveis de polarização das outras moléculas ajudaram a confirmar a influência da Radiação da estrela sobre seu alinhamento.

R Leo

R Leo é uma estrela do tipo M com uma composição diferente da CW Leo. Ela também tem um envoltório circumstelar formado pela perda de material. A polarização observada em R Leo mostrou mais diferenças. A polarização de CO em R Leo tinha padrões diferentes em comparação com CW Leo. Para R Leo, o alinhamento dos vetores de polarização apontava principalmente para fora, sugerindo que o campo magnético aqui se comporta de forma diferente do que em CW Leo.

A análise dos dados indicou que o campo magnético nas regiões externas de R Leo poderia ser influenciado pelo fluxo de material da estrela. À medida que o material é expelido, ele leva as linhas do campo magnético junto, levando a uma relação mais direta entre a atividade estelar e o campo magnético observado.

O Papel dos Campos Magnéticos

Os campos magnéticos são cruciais na formação dos ambientes circumstelares ao redor das estrelas. A presença deles pode afetar como o gás e a poeira são ejetados e estruturados ao redor das estrelas. A intensidade e a orientação desses campos podem influenciar a formação de estrelas e sistemas planetários.

Em ambas as estrelas, CW Leo e R Leo, os campos magnéticos foram estudados usando dados de polarização. As observações ajudaram a identificar a força desses campos e como eles podem diminuir em intensidade com a distância da estrela. Usando os dados, os pesquisadores descobriram que essas estrelas provavelmente têm configurações de campo magnético diferentes, com CW Leo mostrando mais complexidade no seu campo em comparação com R Leo.

Mecanismos de Polarização

Entender como a polarização acontece é vital. Em estudos como esses, vários mecanismos foram identificados como contribuintes para a polarização observada da luz de linhas moleculares. Um mecanismo significativo é conhecido como o efeito Goldreich-Kylafis, que sugere que mesmo campos magnéticos fracos podem levar à polarização em um campo de radiação.

A presença de um forte campo de radiação da estrela influencia como as moléculas se alinham, o que, por sua vez, afeta a polarização da luz emitida dessas moléculas. Por exemplo, na molécula de CO, a polarização observada também traçou a morfologia do campo magnético, revelando que diferentes moléculas respondem de maneiras diferentes à radiação e aos campos magnéticos ao redor.

Análise dos Resultados

Os resultados mostraram vários níveis de polarização entre as moléculas estudadas. A análise indicou comportamentos diferentes no alinhamento de moléculas como CO, HCN e SiS em relação aos campos magnéticos.

Para CW Leo, a polarização de CO foi consistente com a direção do campo magnético, enquanto outras moléculas mostraram evidências de alinhamento devido à radiação. Essa diferença destaca a necessidade de uma interpretação cuidadosa dos resultados, já que sugere que vários fatores afetam a polarização observada.

Para R Leo, o padrão de polarização sugeriu que o campo magnético era mais radial, impulsionado pelo fluxo de material para fora. Essa observação levantou questões sobre quão efetivamente as linhas do campo magnético são moldadas pelo fluxo da estrela.

Resumindo as Observações de Polarização

Observações de CW Leo

  • Foi observada uma polarização significativa para várias linhas moleculares, incluindo CO, CS, HCN e SiS.
  • A polarização máxima foi notada e variou entre as diferentes moléculas.
  • A estrutura da polarização variou, indicando interações complexas entre o material no envoltório e o campo magnético.

Observações de R Leo

  • A polarização de CO e HCN mostrou evidências claras de alinhamento radial.
  • Níveis mais altos de polarização foram observados para as moléculas de SiO, especialmente aquelas em estados vibracionalmente excitados.
  • Os vetores de polarização se alinharam principalmente em uma configuração radial, sugerindo uma conexão com o material ejetado da estrela.

Direções Futuras

Embora os estudos tenham fornecido insights valiosos sobre os envoltórios circumstelares dessas estrelas, eles também enfatizaram a necessidade de mais pesquisas. Observações adicionais e esforços de modelagem ajudarão a esclarecer as discrepâncias observadas entre diferentes métodos de determinação da força dos campos magnéticos.

As descobertas ressaltam a importância de estudos com múltiplas moléculas para entender o contexto mais amplo da física circumstelar. Estudos futuros também podem considerar explorar amostras mais diversas de estrelas para construir uma imagem mais abrangente de como esses processos operam em diferentes ambientes estelares.

Conclusão

A polarização das linhas moleculares nos envoltórios circumstelares de CW Leo e R Leo revelou insights críticos sobre os campos magnéticos que cercam essas estrelas. As diferenças nos padrões de polarização entre as duas estrelas ressaltam a complexidade dos ambientes estelares e as interações entre a radiação estelar e os campos magnéticos.

Essas observações não só contribuem para o nosso conhecimento sobre estrelas individuais, mas também melhoram nossa compreensão dos processos que moldam a formação de estrelas e o desenvolvimento de sistemas planetários. A investigação contínua sobre os papéis do magnetismo e da radiação continuará a ser um foco importante para a astrofísica nos próximos anos.

Fonte original

Título: Molecular line polarisation from the circumstellar envelopes of Asymptotic Giant Branch stars

Resumo: Polarisation observations of masers in the circumstellar envelopes (CSEs) around Asymptotic Giant Branch (AGB) stars have revealed strong magnetic fields. However, masers probe only specific lines-of-sight through the CSE. Non-masing molecular line polarisation observation can more directly reveal the large scale magnetic field morphology and hence probe the effect of the magnetic field on AGB mass-loss and the shaping of the AGB wind. Observations and models of CSE molecular line polarisation can now be used to describe the magnetic field morphology and estimate its strength throughout the entire CSE. We use observations taken with ALMA of molecular line polarisation in the envelope of two AGB stars (CW~Leo and R~Leo). We model the observations using the multi-dimensional polarised radiative transfer tool PORTAL. We find linearly polarised emission, with maximum fractional polarisation on the order of a few percent, in several molecular lines towards both stars. We can explain the observed differences in polarisation structure between the different molecular lines by alignment of the molecules by a combination of the Goldreich-Kylafis effect and radiative alignment effects. We specifically show that the polarisation of CO traces the morphology of the magnetic field. Competition between the alignment mechanisms allows us to describe the behaviour of the magnetic field strength with radius throughout the circumstellar envelope of CW~Leo. The magnetic field strength derived using this method is inconsistent with the magnetic field strength derived using a structure function analysis of the CO polarisation and the strength previously derived using CN Zeeman observations. In contrast with CW~Leo, the magnetic field in the outer envelope of R~Leo appears to be advected outwards by the stellar wind. {abridged abstract}

Autores: W. H. T. Vlemmings, B. Lankhaar, L. Velilla-Prieto

Última atualização: 2024-04-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.01681

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.01681

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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