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Novas Descobertas sobre o Hélio na Evolução Estelar

Pesquisas mostram que a abundância de hélio nas estrelas impacta nossa compreensão sobre a evolução galáctica.

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Astrônomos estão focados em entender a composição das estrelas e como elas mudam com o tempo. Uma parte importante disso é medir elementos como o Hélio. O hélio é o segundo elemento mais comum no universo e tem um papel grande em como as estrelas se formam e se desenvolvem.

Um estudo recente analisou os níveis de hélio em um grupo específico de estrelas conhecido como o aglomerado aberto Stock 2. Esse grupo é ideal para pesquisa porque suas estrelas têm mais ou menos a mesma idade e compartilham composições químicas semelhantes. Os pesquisadores querem saber quanto hélio está presente nessas estrelas, o que pode dar uma ideia sobre a evolução estelar e galáctica.

A Importância das Medidas de Hélio

Medir a quantidade de hélio pode ajudar os cientistas a entender a história da nossa galáxia, a Via Láctea. Cada grupo de estrelas, como o Stock 2, pode contar uma história diferente com base em suas composições químicas e como elas mudaram com o tempo. As estrelas se formam a partir de gás e poeira, e enquanto passam por seus ciclos de vida, elas trocam e produzem diferentes elementos.

O hélio vem da fusão nuclear do hidrogênio nas estrelas. Quando as estrelas queimam hidrogênio, elas criam hélio como um subproduto. Saber quanto hélio uma estrela tem pode indicar há quanto tempo ela está queimando e se já chegou a certos estágios de sua vida.

Estudando o Aglomerado Aberto Stock 2

O aglomerado aberto Stock 2 é formado por estrelas que têm cerca de 450 milhões de anos e estão a cerca de 400 anos-luz da Terra. Como as estrelas desse aglomerado são tão semelhantes, elas oferecem uma oportunidade incrível para estudar hélio e outros elementos.

O estudo observou nove estrelas gigantes no Stock 2. Essas estrelas são maiores e mais evoluídas do que estrelas mais jovens. Os pesquisadores usaram telescópios potentes para capturar espectros detalhados, ou padrões de luz, dessas estrelas. Analisando esses padrões de luz, os cientistas conseguem identificar linhas espectrais específicas que correspondem a diferentes elementos, incluindo o hélio.

Medindo as Linhas de Hélio

O hélio tem comprimentos de onda de luz específicos que podem ser medidos. Neste estudo, os cientistas focaram em uma linha particular de hélio localizada em torno de 10830 nanômetros. Essa linha é encontrada na parte do infravermelho próximo do espectro e geralmente se forma nas camadas externas das estrelas, chamadas de cromosfera.

Os astrônomos costumam enfrentar desafios ao medir o hélio em estrelas mais frias, porque essas estrelas não produzem muitas linhas de hélio. Para obter medidas precisas, a equipe teve que calibrar cuidadosamente suas observações para levar em conta outras linhas próximas que poderiam interferir nos resultados.

O Processo Observacional

Os pesquisadores usaram dois instrumentos no Telescópio Nazionale Galileo (TNG) para observar as estrelas. Um instrumento capturou luz no infravermelho próximo, enquanto o outro capturou luz óptica. Olhando simultaneamente para os dois tipos de luz, os cientistas conseguiram cruzar dados e reduzir potenciais erros causados por diferenças de tempo nas medições.

Eles processaram cuidadosamente os dados coletados para remover ruídos e corrigir qualquer problema causado pela atmosfera da Terra. Após o processamento, eles examinaram os espectros para procurar a linha de hélio e medir sua força e largura, que indicam a quantidade de hélio presente.

Diferentes Grupos de Estrelas

Os pesquisadores descobriram que a força das linhas de hélio variava entre as estrelas. Três estrelas mostraram forte absorção de hélio, indicando que tinham mais hélio presente, enquanto as outras mostraram absorção mais fraca. Além disso, as estrelas com linhas de hélio mais fortes exibiram uma característica de absorção secundária, sugerindo a presença de processos ainda mais complexos acontecendo em suas camadas externas.

Encontrar essa característica secundária é significativo. Isso mostra que as condições nas atmosferas superiores das estrelas podem estar afetando as linhas de hélio observadas, oferecendo uma visão sobre as Cromosferas das estrelas e como elas se comportam.

Correlação com a Atividade Estelar

O estudo também analisou a relação entre a força da linha de hélio e outro indicador chamado índice Caii HK, que se relaciona com o nível de atividade na cromosfera de uma estrela. Os pesquisadores encontraram uma correlação clara: estrelas com absorção de hélio mais forte também tinham emissões de Caii HK mais pronunciadas.

Essa relação destaca o quão importante é considerar a atividade estelar ao medir hélio. As condições nas camadas externas de uma estrela podem impactar significativamente os sinais medidos pelos astrônomos, o que significa que entender essas conexões é crucial para uma análise precisa.

Implicações dos Resultados

Os resultados do aglomerado aberto Stock 2 sugerem que a abundância de hélio pode ser medida de forma confiável em estrelas gigantes, particularmente em estrelas do tipo red clump, que são um grupo específico de estrelas conhecidas por seus níveis estáveis de hélio. Essa consistência permite que os pesquisadores usem essas medições para entender melhor o contexto mais amplo da formação e evolução das estrelas.

O método desenvolvido para medir hélio nessas estrelas tem o potencial de ser aplicado a outros grupos de estrelas, tanto em aglomerados abertos quanto em campo. Isso pode levar a uma visão mais abrangente da abundância de hélio em diferentes tipos de estrelas, ampliando a compreensão da evolução estelar e galáctica.

Direções para Pesquisas Futuras

Avançando, essa pesquisa pode ser expandida para incluir mais aglomerados abertos ou outras populações estelares. Estudos futuros também podem se beneficiar de novos telescópios e tecnologias de observação que permitem medições mais detalhadas. O objetivo será criar uma imagem mais completa da abundância de hélio em diferentes ambientes estelares e como isso se relaciona com a idade, composição e evolução das estrelas.

No fim das contas, isso ajuda a entender os processos que governam a formação e evolução da nossa galáxia, oferecendo um vislumbre do passado do nosso universo. Ao investigar esses elementos, os cientistas podem continuar a refinar modelos de formação estelar e galáctica, ajudando a desvendar os mistérios de como estrelas como o nosso Sol surgiram.

Conclusão

O hélio desempenha um papel vital nos ciclos de vida das estrelas e pode oferecer insights valiosos sobre a evolução da Via Láctea. A pesquisa realizada no aglomerado aberto Stock 2 destaca a importância de medições precisas e das relações entre diferentes características estelares.

À medida que os cientistas continuam a explorar essas conexões e aprimorar seus métodos, nossa compreensão do cosmos vai ficar mais profunda. Esse trabalho é só o começo, já que os pesquisadores buscam medir hélio em várias estrelas e ambientes, abrindo caminho para novas descobertas sobre as estrelas que povoam nosso universo.

Fonte original

Título: Stellar population astrophysics (SPA) with the TNG: Measurement of the He I 10830{\AA} line in the open cluster Stock 2

Resumo: The precise measurement of stellar abundances plays a pivotal role in providing constraints on the chemical evolution of the Galaxy. However, before spectral lines can be employed as reliable abundance indicators, particularly for challenging elements such as helium, they must undergo thorough scrutiny. Galactic open clusters, representing well-defined single stellar populations, offer an ideal setting for unfolding the information stored in the helium spectral line feature. In this study, we characterize the profile and strength of the helium transition at around 10830{\AA} (He 10830) in nine giant stars in the Galactic open cluster Stock 2. To remove the influence of weak blending lines near the helium feature, we calibrated their oscillator strengths ($\log gf$) by employing corresponding abundances obtained from simultaneously observed optical spectra. Our observations reveal that He 10830 in all the targets is observed in absorption, with line strengths categorized into two groups. Three stars exhibit strong absorption, including a discernible secondary component, while the remaining stars exhibit weaker absorption. The lines are in symmetry and align with or around their rest wavelengths, suggesting a stable upper chromosphere without a significant systematic mass motion. We found a correlation between He 10830 strength and Ca II $\log{R'_\mathrm{HK}}$ index, with a slope similar to that reported in previous studies on dwarf stars. This correlation underscores the necessity of accounting for stellar chromosphere structure when employing He 10830 as a probe for stellar helium abundance. The procedure of measuring the He 10830 we developed in this study is applicable not only to other Galactic open clusters but also to field stars, with the aim of mapping helium abundance across various types of stars in the future.

Autores: Mingjie Jian, Xiaoting Fu, Noriyuki Matsunaga, Valentina D'Orazi, Angela Bragaglia, Daisuke Taniguchi, Min Fang, Nicoletta Sanna, Sara Lucatello, Antonio Frasca, Javier Alonso-Santiago, Giovanni Catanzaro, Ernesto Oliva

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.09975

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.09975

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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