Impacto da COVID-19 no Gênero e Socioeconomia
Esse estudo analisa como gênero e status socioeconômico influenciaram os resultados de saúde da COVID-19.
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Índice
A pandemia de COVID-19 afetou diferentes grupos de várias maneiras. Algumas comunidades enfrentaram riscos maiores de pegar o vírus e sofrer sérios problemas de saúde, incluindo Internações e até morte. Pesquisas mostram que pessoas de baixa renda enfrentaram mais desafios durante a pandemia. Isso se deu por conta de fatores como menor educação e acesso limitado aos serviços de saúde, que deixaram essas pessoas mais vulneráveis à infecção. Estudos demonstraram essas diferenças socioeconômicas em como a COVID-19 afetou as pessoas tanto em nível nacional quanto em regiões específicas. Além dos fatores socioeconômicos, as diferenças de Gênero também tiveram um papel importante em como as pessoas viveram a pandemia, especialmente em ambientes de trabalho e família.
Globalmente, foi percebido que os homens tendiam a ter sintomas mais graves de COVID-19 comparados às mulheres, resultando em taxas mais altas de hospitalização e morte. Os motivos dessas diferenças são complexos. Papéis de gênero, expectativas sociais e diferenças biológicas contribuem para como homens e mulheres respondem ao vírus. Por exemplo, os homens frequentemente estão expostos a mais riscos de saúde, incluindo comportamentos não saudáveis e níveis mais altos de estresse. Ao mesmo tempo, os papéis sociais das mulheres, como o cuidado, podem influenciar seus resultados de saúde durante a pandemia.
Gênero e Saúde
O gênero tem uma influência significativa nos resultados de saúde. Homens e mulheres vivenciam a vida e a saúde de forma diferente com base em seus papéis na sociedade. Os homens são frequentemente vistos como tendo que ser fortes, levando a comportamentos que podem aumentar os riscos de saúde, como a relutância em procurar ajuda médica. As mulheres, por outro lado, podem ter comportamentos mais conscientes em relação à saúde, mas também enfrentam desafios diferentes que podem impactar sua saúde. As diferenças em como homens e mulheres reagem à COVID-19 podem informar como as respostas de saúde pública são moldadas.
Pesquisas indicam que muitos fatores interagem para afetar os resultados de saúde relacionados ao gênero. Isso inclui a forma como o atendimento médico é acessado, os comportamentos sociais e os preconceitos presentes nos sistemas de saúde. Entender essas diferenças é vital para abordar como a COVID-19 afetou diferentes grupos, especialmente em relação a testes, tratamento e saúde geral.
Configuração da Pesquisa
Este estudo analisou dados do Cantão de Vaud na Suíça, que é uma área urbana e rural mista. O objetivo era entender como a COVID-19 afetou homens e mulheres de maneira diferente, desde o momento em que foram testados para o vírus até resultados como hospitalização e morte. O estudo focou em Idade e Status Socioeconômico como fatores-chave que influenciam esses resultados.
A pesquisa analisou dados coletados de março de 2020 a junho de 2021. Durante esse período, houve diferentes ondas de COVID-19, que afetaram quantas pessoas foram testadas e quão severos eram os casos. No começo, os testes eram feitos principalmente em pessoas com sintomas ou aquelas em categorias de alto risco, como trabalhadores da saúde. Depois, os testes foram abertos para mais pessoas e as vacinações começaram para grupos vulneráveis.
Entendendo o Status Socioeconômico
O status socioeconômico desempenha um papel crucial nos resultados de saúde durante a pandemia. Um índice específico foi usado nesta pesquisa para categorizar os bairros em termos de suas condições econômicas. Comunidades com maior status socioeconômico tiveram melhor acesso a recursos, o que influenciou suas experiências com a COVID-19. Observou-se que pessoas que vivem em áreas de menor status socioeconômico tiveram mais dificuldade para se testar e enfrentaram taxas de casos mais altas e piores resultados de saúde.
O índice socioeconômico considerou vários fatores, incluindo renda média, níveis de educação, tipos de ocupação e condições de vida. Ao analisar esses dados, a pesquisa buscou oferecer insights sobre como esses fatores socioeconômicos interagiram com gênero e idade para afetar a saúde durante a pandemia.
Análise Estatística
Os pesquisadores examinaram a distribuição das notificações de COVID-19 com base em gênero, grupos etários e status socioeconômico. Eles calcularam com que frequência diferentes grupos foram testados, quantos testaram positivo e quantos foram hospitalizados ou morreram devido ao vírus. Diferentes métodos estatísticos foram usados para analisar os dados, focando nas relações entre gênero, idade e status socioeconômico.
Os resultados revelaram uma diferença notável entre homens e mulheres em relação às taxas de testes e resultados. As mulheres estavam mais propensas a serem testadas e a receber resultados positivos, enquanto os homens tiveram taxas de hospitalização e morte mais altas. Entender essas tendências fornece insights sobre como a pandemia impactou diferentes segmentos da população.
Idade e Testes de COVID-19
A idade foi outro fator importante que influenciou os resultados da COVID-19. Pessoas mais jovens, especialmente mulheres de 20 a 39 anos, tinham taxas de teste mais altas do que seus colegas homens. No entanto, à medida que as pessoas envelheciam, os homens mostraram taxas de teste mais altas, especialmente entre adultos mais velhos que frequentemente tinham casos mais graves. Os padrões observados sugerem que a idade impacta como os indivíduos respondem ao vírus e buscam testes.
A pesquisa mostrou que grupos etários mais velhos enfrentaram riscos aumentados de hospitalização e morte por COVID-19. Homens, especialmente aqueles com 60 anos ou mais, tinham mais probabilidade de experimentar resultados severos do que as mulheres. Essa tendência destaca o papel crítico que a idade desempenha na compreensão dos impactos de saúde da COVID-19.
Diferenças Socioeconômicas nos Resultados de Saúde
As descobertas apontaram para disparidades socioeconômicas significativas nos testes de COVID-19 e nos resultados. Pessoas que viviam em bairros com maior status socioeconômico tiveram melhor acesso a testes e serviços de saúde, o que resultou em taxas mais baixas de resultados severos. Em contraste, aqueles de origens socioeconômicas mais baixas enfrentaram um fardo maior de doenças.
A pesquisa descobriu que os homens geralmente tinham taxas de mortalidade mais altas em todos os níveis socioeconômicos em comparação com as mulheres, embora as diferenças fossem mais pronunciadas nos bairros de menor status socioeconômico. Isso sugere que homens dessas comunidades muitas vezes lidam com múltiplas desvantagens que aumentam seus riscos de saúde.
Interações Entre Gênero, Idade e Status Socioeconômico
A análise do estudo destacou como gênero, idade e status socioeconômico interagem para moldar os resultados de saúde durante a pandemia. Por exemplo, enquanto as mulheres geralmente tinham taxas de teste mais altas, os homens experimentavam piores resultados de saúde quando contraíam o vírus. As descobertas também apontaram como essas dinâmicas variavam entre diferentes faixas etárias e níveis socioeconômicos.
Entender essas interações é importante para desenhar respostas de saúde pública. Por exemplo, personalizar a comunicação e intervenções para abordar as necessidades específicas de diferentes grupos pode levar a estratégias de saúde mais eficazes durante pandemias.
Limitações do Estudo
Embora o estudo forneça insights valiosos, houve limitações. A pesquisa não incluiu dados em nível individual, como etnia ou status migratório, que poderiam ajudar a entender melhor os fatores que impulsionam as disparidades de saúde. Além disso, pode ter havido subnotificação de casos de hospitalização e morte, particularmente entre adultos mais velhos com outras condições de saúde.
A dependência do status socioeconômico do bairro também pode limitar a compreensão das experiências individuais, já que nem todos os residentes de um bairro compartilham as mesmas circunstâncias econômicas. Apesar dessas limitações, o estudo enfatiza a importância de considerar gênero, idade e status socioeconômico na compreensão dos resultados de saúde durante a COVID-19.
Conclusão
A pandemia de COVID-19 revelou disparidades significativas em como diferentes grupos são afetados. Esta pesquisa destaca a importância de considerar gênero, idade e status socioeconômico para entender os resultados de saúde. As descobertas enfatizam a necessidade de estratégias de saúde pública personalizadas para abordar essas disparidades de forma eficaz. Ao entender a complexa interação desses fatores, respostas melhores a crises de saúde atuais e futuras podem ser desenvolvidas.
Título: Gender/Sex Disparities in the COVID-19 Cascade from Testing to Mortality: An Intersectional Analysis of Swiss Surveillance Data
Resumo: ObjectivesThis study investigates gender and sex disparities in COVID-19 epidemiology in the Canton of Vaud, Switzerland, focusing on the interplay with socioeconomic position (SEP) and age. MethodsWe analyzed COVID-19 surveillance data from March 2020 to June 2021, using an intersectional approach. Negative binomial regression models assessed disparities between women and men, across SEP quintiles and age groups, in testing, positivity, hospitalizations, ICU admissions, and mortality (Incidence Rate Ratios [IRR], with 95% Confidence Intervals [CI]). ResultsWomen had higher testing and positivity rates than men, while men experienced more hospitalizations, ICU admissions, and deaths. The higher positivity in women under 50 was mitigated when accounting for their higher testing rates. Within SEP quintiles, gender/sex differences in testing and positivity were not significant. In the lowest quintile, womens mortality risk was 68% lower (Q1: IRR 0.32, CI 0.20-0.52), with decreasing disparities with increasing SEP quintiles (Q5: IRR 0.66, CI 0.41-1.06). ConclusionOur findings underscore the complex epidemiological patterns of COVID-19, shaped by the interactions of gender/sex, SEP, and age, highlighting the need for intersectional perspectives in both epidemiological research and public health strategy development.
Autores: Diane Auderset, M. Amiguet, C. Clair, V. Pittet, J. Riou, J. Schwarz, Y. Mueller
Última atualização: 2024-04-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.16.24302879
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.16.24302879.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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