Teorias sobre a Formação da Lua: Novas Ideias
Estudos recentes desafiam crenças antigas sobre como a Lua se formou.
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Índice
- Visão Geral das Teorias de Formação da Lua
- O Desafio da Resistência do Gás em Discos Ricos em Vapor
- Revisão da Resistência do Gás em Discos Protoplanetários
- Instabilidade de Streaming como Uma Potencial Solução
- Investigando a Instabilidade de Streaming em Discos Formadores da Lua
- Descobertas de Simulações 2D e 3D
- Implicações para a Formação de Exoluas
- Limitações do Modelo e Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A origem da Lua da Terra tem intrigado os cientistas por um tempão. A ideia mais comum é que a Lua se formou a partir dos detritos que sobraram depois que um objeto gigante colidiu com a Terra primitiva, lá por uns 4,5 bilhões de anos atrás. Embora muitos concordem com essa teoria do impacto gigante, os detalhes de como isso rolou ainda estão em debate. Por exemplo, um objeto do tamanho de Marte causou a colisão? E que tipo de material foi arremessado no espaço para criar a Lua?
Algumas teorias sugerem que o impacto criou um disco de material principalmente formado por rocha derretida, enquanto outras propõem que o disco era, na verdade, feito de vapor. O problema com um disco rico em vapor é que pequenos pedaços de material, chamados de "moonlets", poderiam rapidamente cair de volta na Terra por causa da resistência do gás, dificultando a formação de uma Lua maior.
Uma forma de lidar com esse problema é por meio de um processo chamado instabilidade de streaming. Esse processo ajuda a concentrar partículas no disco, o que poderia levar à formação de moonlets maiores. As descobertas sugerem que, enquanto a instabilidade de streaming pode ajudar a criar moonlets rapidamente, esses moonlets ainda são muito pequenos para evitar cair de volta na Terra por causa da resistência do gás.
Isso significa que a ideia de discos ricos em vapor produzindo luas grandes pode não aguentar a análise. Em vez disso, as evidências parecem apoiar a ideia de que a Lua se formou a partir de um disco que era pobre em vapor. Essa conclusão também poderia se aplicar a outros planetas pequenos que poderiam ter luas grandes, sugerindo que esses planetas provavelmente passaram por Impactos que produziram discos pobres em vapor.
Visão Geral das Teorias de Formação da Lua
A hipótese do impacto gigante é amplamente aceita como a explicação para a formação da Lua. Segundo essa ideia, um grande objeto colidiu com a Terra primitiva, fazendo com que os detritos formassem um disco ao redor do nosso planeta. Os detalhes desse colapso, como o tamanho e a velocidade do objeto que impactou, continuam sendo temas de pesquisa.
Tradicionalmente, acredita-se que um corpo do tamanho de Marte atingiu a Terra, produzindo um disco de material. Essa teoria pode explicar muitas características do sistema Terra-Lua, incluindo o tamanho da Lua e algumas características únicas de sua composição. Por exemplo, a Lua tem menos elementos voláteis, que poderiam ter evaporado durante as condições intensas do impacto.
Apesar de muitas vantagens, esse modelo tem dificuldade em explicar por que a Terra e a Lua compartilham relações isotópicas tão semelhantes. Os materiais no disco formados pelo impacto deveriam ser diferentes dos da Terra, a menos que houvesse uma mistura significativa de materiais, o que continua sendo um ponto polêmico.
Modelos de impacto mais energéticos propõem que um corpo maior atingiu a Terra, ou que dois corpos de tamanho semelhante colidiram. Isso poderia ter causado uma mistura maior de materiais e potencialmente resolvido algumas questões isotópicas. Outras ideias sugerem múltiplos impactos menores ou eventos onde a proto-Terra tinha uma superfície fundida, permitindo mais contribuições da própria Terra.
Cada modelo oferece algumas soluções, mas também enfrenta desafios em explicar várias restrições. Por exemplo, modelos energéticos muitas vezes preveem um momento angular muito maior do que o que observamos hoje, levantando questões sobre como eliminar esse momento em excesso.
O Desafio da Resistência do Gás em Discos Ricos em Vapor
Uma área que não recebeu muita atenção até recentemente é o impacto da fração de massa de vapor do disco. Esse fator varia muito dependendo dos detalhes do impacto. Impactos menos poderosos, como os modelos canônicos e de múltiplos impactos, levam a frações de massa de vapor mais baixas. Em contraste, impactos altamente energéticos, como aqueles envolvendo corpos maiores, criam discos que podem ser quase totalmente feitos de vapor.
O conteúdo de vapor no disco que forma a Lua tem uma influência significativa em como a Lua pode se formar. Se o disco é principalmente vapor, os moonlets têm dificuldade em se formar porque enfrentam forte resistência do gás. Esse efeito de resistência é mais forte quando os moonlets têm cerca de um quilômetro de tamanho. Moonlets menores estão mais ligados ao gás, enquanto os maiores acham mais fácil se afastar.
Consequentemente, se os moonlets têm apenas alguns quilômetros de tamanho, eles podem perder seu momento e espiralar de volta para a Terra em apenas um dia, o que é muito rápido para a formação da Lua. Esse mesmo problema foi uma barreira para a formação de planetas no disco ao redor do jovem Sol.
Revisão da Resistência do Gás em Discos Protoplanetários
A dinâmica das partículas em um disco rico em gás é complicada. O movimento delas é afetado por vários fatores, incluindo seu tamanho, a densidade do gás e os gradientes de pressão no disco. Isso cria uma situação em que pequenas partículas podem cair rapidamente em direção ao corpo central mais pesado, frequentemente chamado de problema da "barreira do metro" na formação de planetas, uma vez que partículas em torno dessa escala têm dificuldade em se acumular em corpos maiores.
No contexto do disco formador da Lua, essa questão continua sendo relevante. Partículas de alguns quilômetros ainda podem experimentar resistência do gás que as puxa em direção à Terra, dificultando o crescimento da Lua. À medida que o disco esfria, as condições mudam, podendo permitir um crescimento mais rápido dos moonlets se a resistência do gás diminuir.
Instabilidade de Streaming como Uma Potencial Solução
Uma solução proposta para o problema da resistência do gás envolve a formação rápida de moonlets maiores. Essa estratégia é baseada na instabilidade de streaming, que sugere que as partículas podem se concentrar o suficiente no disco para colapsar sob sua própria gravidade e formar aglomerados maiores. Se esse processo funcionar efetivamente, poderia permitir que os moonlets crescessem o suficiente para evitar o problema da resistência do gás.
No entanto, investigações sobre se isso se aplica ao disco formador da Lua revelam algumas limitações. Mesmo que a instabilidade de streaming possa ajudar a criar moonlets rapidamente, eles ainda podem não alcançar um tamanho grande o suficiente para escapar da resistência do disco rico em vapor. Isso leva à conclusão de que a instabilidade de streaming desempenha um papel menor na formação de luas em tais ambientes.
Investigando a Instabilidade de Streaming em Discos Formadores da Lua
Para avaliar se a instabilidade de streaming pode produzir moonlets suficientemente grandes, são feitas simulações. Essas simulações começam em duas dimensões para identificar condições que permitem que a instabilidade surja. Uma vez que isso é estabelecido, simulações tridimensionais com gravidade se tornam necessárias para explorar os tamanhos e comportamentos dos moonlets com mais precisão.
O objetivo geral é entender se esses moonlets podem sobreviver tempo suficiente em um disco rico em vapor para crescer em corpos maiores. Essa exploração inclui vários cenários, como discos rochosos e gelados, que se formam a partir de diferentes tipos de impactos entre corpos planetários.
Descobertas de Simulações 2D e 3D
As simulações iniciais em duas dimensões demonstram que filamentos, ou concentrações de partículas, podem se formar sob condições específicas. Essas concentrações sugerem que a instabilidade de streaming está ocorrendo no disco. No entanto, uma vez que as condições ficam menos favoráveis, os filamentos se tornam instáveis e desaparecem.
Nas simulações tridimensionais de seguimento, a autogravidade desempenha um papel na determinação do tamanho dos moonlets. No começo, nenhum aglomerado é detectado, mas, à medida que o tempo passa, aglomerados estáveis começam a se formar por meio de interações gravitacionais. Esse comportamento é semelhante ao que se observa em discos protoplanetários, indicando que a instabilidade de streaming pode, de fato, ocorrer em discos formadores de luas.
Os resultados mostram que, enquanto a instabilidade de streaming pode produzir moonlets, os tamanhos maiores formados por esse processo podem não ser suficientes para contrabalançar a resistência do gás. Portanto, mesmo que esses moonlets possam se formar rapidamente, sua vida útil pode ainda ser curta demais para um crescimento significativo.
Implicações para a Formação de Exoluas
As ideias por trás da instabilidade de streaming e seus efeitos se estendem à formação potencial de luas em torno de exoplanetas. Muitos exoplanetas estão sujeitos a impactos que poderiam criar discos semelhantes ao da Terra primitiva. Se a instabilidade de streaming estiver presente nesses ambientes, isso poderia influenciar as características das luas formadas em torno de planetas distantes.
Atualmente, sistemas de gigantes gasosos observados, como Júpiter e Saturno, podem ter luas que se formaram de maneiras semelhantes. Essas luas provavelmente se beneficiaram do disco circumplanetário de seu planeta anfitrião, que poderia promover a formação de luas através de processos como a instabilidade de streaming.
Limitações do Modelo e Direções Futuras
Os modelos atuais têm limitações que precisam ser abordadas em trabalhos futuros. Por exemplo, a influência do limite de Roche, a distância na qual as forças de maré se tornam significativas, precisa ser considerada, uma vez que as interrupções de maré podem afetar a sobrevivência dos moonlets.
Além disso, explorar como o disco evolui ao longo do tempo é essencial para entender a massa final e a natureza da lua ou luas resultantes. À medida que o disco se espalha e os materiais esfriam, isso pode mudar as condições e reduzir a resistência do gás, permitindo que os moonlets cresçam com mais eficácia.
Estudos futuros visa incorporar esses elementos e oferecer uma imagem mais clara de como as luas podem se formar tanto em nosso sistema solar quanto em outros além dele.
Conclusão
Em resumo, enquanto a instabilidade de streaming pode gerar aglomerados em um disco rico em vapor, os moonlets resultantes muitas vezes não têm massa suficiente para contrabalançar a forte resistência do gás, levando-os a espiralar de volta para a Terra rapidamente. Isso contrasta com discos protoplanetários, onde aglomerados maiores podem se formar e evitar esses problemas. Portanto, a compreensão atual apoia a noção de que luas grandes se formam a partir de discos pobres em vapor, especialmente para planetas maiores que um certo limite.
Essas informações são relevantes não só para entender a formação da Lua, mas também para considerar como as luas poderiam se formar em torno de outros planetas em nosso sistema solar e além. À medida que a pesquisa avança, mais descobertas revelarão as complexidades e condições sob as quais as luas se formam.
Título: The Limited Role of the Streaming Instability During Moon and Exomoon Formation
Resumo: It is generally accepted that the Moon accreted from the disk formed by an impact between the proto-Earth and impactor, but its details are highly debated. Some models suggest that a Mars-sized impactor formed a silicate melt-rich (vapor-poor) disk around Earth, whereas other models suggest that a highly energetic impact produced a silicate vapor-rich disk. Such a vapor-rich disk, however, may not be suitable for the Moon formation, because moonlets, building blocks of the Moon, of 100 m-100 km may experience strong gas drag and fall onto Earth on a short timescale, failing to grow further. This problem may be avoided if large moonlets ($\gg 100$ km) form very quickly by streaming instability, which is a process to concentrate particles enough to cause gravitational collapse and rapid formation of planetesimals or moonlets. Here, we investigate the effect of the streaming instability in the Moon-forming disk for the first time and find that this instability can quickly form $\sim 100$ km-sized moonlets. However, these moonlets are not large enough to avoid strong drag and they still fall onto Earth quickly. This suggests that the vapor-rich disks may not form the large Moon, and therefore the models that produce vapor-poor disks are supported. This result is applicable to general impact-induced moon-forming disks, supporting the previous suggestion that small planets ($
Autores: Miki Nakajima, Jeremy Atkins, Jacob B. Simon, Alice C. Quillen
Última atualização: 2024-04-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.18145
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.18145
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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