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# Física# Astrofísica das Galáxias# Relatividade Geral e Cosmologia Quântica

A Eficiência de Acreção de Buracos Negros Supermassivos

Esse estudo analisa como os buracos negros puxam gás ao longo do tempo e da distância.

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Índice

Buracos Negros Supermassivos (SMBHs) são uns objetos gigantes que ficam no centro das galáxias, incluindo os Quasares. Esses buracos negros podem ter massas que vão de milhões a bilhões de vezes a do nosso Sol. Quasares são alguns dos objetos mais brilhantes do universo e são alimentados por gás que cai nesses SMBHs. Quando o gás é puxado pra perto de um buraco negro, ele esquenta e emite uma luz forte, fazendo os quasares serem bem brilhantes.

Mas ainda tem muita coisa pra aprender sobre como esses buracos negros funcionam, especialmente sobre quão eficientemente eles conseguem puxar gás. A taxa com que um buraco negro atrai matéria é chamada de eficiência de acreção. Esse estudo foca em entender como a eficiência de acreção muda com o tempo e a distância desde o Big Bang, que a gente chama de redshift.

O Debate Sobre Modelos de Acreção

Astrofísicos têm opiniões diferentes sobre como modelar o processo de acreção para SMBHs. Um grande problema é que as eficiências calculadas para acreção muitas vezes variam muito, especialmente para quasares de alto redshift. Isso significa que precisa de um modelo melhor que explique como o gás é puxado eficientemente pra dentro dos buracos negros em várias distâncias do universo.

Nessa análise, a gente foca em dois grupos de quasares: os que estão mais perto de nós (redshift baixo) e os que estão bem longe (redshift alto). Estudando um monte de quasares em ambas as categorias, a gente espera criar uma imagem mais clara de como a eficiência de acreção muda com o redshift.

Observações de Quasares

Nos quasares, o gás é atraído pro buraco negro central, criando uma luz intensa por causa das forças gravitacionais e de atrito. Esse processo faz dos quasares alguns dos objetos mais luminosos do universo, muitas vezes ofuscando galáxias inteiras.

As massas desses buracos negros podem ser determinadas observando mudanças na luz emitida pelo gás ao redor deles. Para quasares de alto redshift, a gente pode olhar pra trás no tempo, estudando o universo primitivo apenas um bilhão de anos depois do Big Bang. Isso permite que os cientistas explorem o desenvolvimento inicial dos SMBHs.

Quasares também emitem raios-X, que podem ser rastreados até eventos de alta energia que acontecem quando o gás cai no buraco negro. Os raios-X vêm de elétrons quentes na nuvem de gás ao redor do buraco negro.

Estudando os Dados

Pra realizar esse estudo, a gente usou dados de vários levantamentos, incluindo o Sloan Digital Sky Survey (SDSS) e o Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS). Esses levantamentos ajudam a coletar informações cruciais sobre as distâncias, luminosidades e várias outras propriedades dos quasares, permitindo que a gente estude como eles se formaram e evoluíram.

O BOSS focou especificamente em medir as distâncias de galáxias luminosas e de quasares de alto redshift, com o objetivo de esclarecer aspectos da expansão cósmica.

Entender a estrutura das galáxias e sua formação é essencial pra captar a imagem maior do universo, incluindo o mistério que envolve a matéria escura.

O Papel da Radiação de Fundo Cósmico

Observações recentes da Radiação Cósmica de Fundo (CMB) trouxeram novas ideias sobre as condições do universo primitivo. No entanto, medir a CMB sozinha não é suficiente pra entender todos os parâmetros cosmológicos.

Combinando os dados da CMB com outras medições, como os dados da Oscilação Acústica de Baryons (BAO), os cientistas podem reduzir as incertezas nas suas descobertas. Essa escala BAO é essencial pra entender a aceleração cósmica.

O objetivo é conectar a distribuição de grandes galáxias e seus processos de formação, utilizando a BAO como uma referência básica pra estudos futuros.

Física da Acreção Explicada

A acreção ao redor de um buraco negro pode ser descrita através de modelos como o de Bondi-Hoyle-Lyttleton (BHL). Esse modelo explica como as nuvens de gás interagem com os buracos negros, levando à formação de discos de acreção.

No modelo BHL, o gás atinge uma velocidade que permite que ele gire em espiral pro buraco negro, onde parte da sua energia é liberada na forma de luz. A eficiência desse processo é influenciada por vários fatores, incluindo a massa do buraco negro.

Além disso, existem diferentes tipos de discos de acreção, cada um afetando como o gás é convertido em energia. Eles incluem discos de acreção padrão, discos slim e fluxos de acreção radiativamente ineficientes (RIAFs).

Tipos de Discos de Acreção

Discos de Acreção Padrão

Discos de acreção padrão são finos e opacos, emitindo radiação em um amplo espectro. Eles desempenham um papel significativo na emissão de luz dos quasares. A temperatura e luminosidade do disco são influenciadas pela taxa de gás que cai no buraco negro.

Discos Slim

Discos slim estão associados a taxas de acreção mais altas. Eles são mais grossos que os discos padrão, e muita da energia é perdida do interior, levando a um padrão diferente de radiação. Esses discos podem explicar as propriedades de quasares que emitem mais energia do que os modelos padrão preveem.

Fluxos de Acreção Radiativamente Ineficientes (RIAFs)

RIAFs ocorrem em taxas de acreção mais baixas e não emitem radiação de forma eficiente. A energia, em vez disso, é convertida em calor, o que também pode criar emissões de rádio. RIAFs são críticos pra entender certos tipos de núcleos galácticos ativos (AGNs) que não têm linhas de emissão largas.

Problema do Encolhimento

O problema do encolhimento se refere à observação de que galáxias menores continuam a formar estrelas por mais tempo que galáxias mais massivas. Essa tendência desafia as teorias atuais de formação de galáxias.

Com o passar do tempo, espera-se que galáxias mais massivas tenham formado a maior parte de suas estrelas mais cedo na história do universo. No entanto, galáxias de massa mais baixa parecem estar formando estrelas por períodos mais longos.

Estudando esse fenômeno em relação aos SMBHs, a gente pode entender melhor como diferentes galáxias evoluíram e como isso se relaciona com o crescimento dos buracos negros dentro delas.

Coleta e Preparação de Dados

Pra estudar a eficiência de acreção dos SMBHs, vários conjuntos de dados foram combinados. O conjunto de dados QUOTAS é especialmente útil pra entender as propriedades dos buracos negros. Os dados coletados ajudam a avaliar a relação entre a massa do SMBH, luminosidade e eficiência de acreção.

Pra refinar o conjunto de dados, o processo envolve remover dados menos confiáveis e garantir que todas as medições estejam dentro de um intervalo válido. Isso assegura que os resultados sejam mais precisos e representativos.

Identificando a Correlação

Analisando vários conjuntos de dados, uma correlação potencial entre a massa do SMBH e a eficiência de acreção pode ser estabelecida. Buracos negros de maior massa tendem a mostrar maior eficiência em puxar gás. No entanto, como isso varia com o redshift também é significativo.

Dados de redshift mais baixo frequentemente indicam massas mais altas, enquanto o oposto é verdadeiro para dados de redshift mais alto. Como resultado, pode existir um pico na eficiência, indicando que tanto a massa quanto a distância têm um papel em como os buracos negros conseguem acrecer material de forma eficaz.

Resultados e Descobertas

Usando os conjuntos de dados refinados, uma relação entre eficiência de acreção e massa do SMBH foi traçada. Descobriu-se que, conforme a massa do buraco negro aumenta, a eficiência de acreção também aumenta.

Essa descoberta sugere que há vínculos subjacentes entre o crescimento do buraco negro e a eficiência dos processos que acontecem ao seu redor.

Além disso, acompanhar como essa eficiência muda com o redshift pode iluminar a história da formação e crescimento de buracos negros ao longo do tempo cósmico.

Eficiência de Acreção ao Longo do Tempo

Ao examinar a tendência da eficiência de acreção e do redshift, foi notado que quasares de redshift mais baixo mostraram uma diminuição na massa à medida que o redshift aumenta.

As descobertas revelam uma relação interessante; para quasares de redshift mais alto, o aumento do redshift corresponde a uma maior eficiência de acreção.

Essas percepções sobre como a eficiência de acreção se comporta ao longo do tempo reforçam a necessidade de buscar um entendimento mais profundo das implicações mais amplas atadas à evolução dos SMBHs no contexto da formação de galáxias.

A Conexão com a Taxa de Formação Estelar

Estudos anteriores indicam que há um pico nas taxas de formação estelar (SFR) em torno de certos valores de redshift. Curiosamente, esse pico se correlaciona de perto com as tendências observadas na massa do SMBH e na eficiência de acreção.

Os valores observados sugerem que, conforme a SFR alcança seu pico, há um pico similar na eficiência de acreção do buraco negro. Essa conexão provoca uma investigação mais aprofundada sobre a relação entre SMBHs, formação estelar e a evolução geral das galáxias.

Conclusão

O estudo de buracos negros supermassivos e seus processos de acreção é uma área complexa, mas fascinante da astrofísica. As descobertas sugerem que a eficiência de acreção está intimamente ligada tanto à massa do buraco negro quanto à sua distância de nós, medida através do redshift.

Entender essas relações oferece insights vitais sobre o crescimento dos buracos negros ao longo do tempo e como eles se relacionam com a formação de galáxias e estrelas. Pesquisas futuras podem se basear nessas descobertas, especialmente à medida que novos dados de levantamentos astronômicos futuros se tornem disponíveis.

Juntando essas informações, os cientistas podem melhorar os modelos de evolução de buracos negros e ganhar uma compreensão mais profunda do cosmos.

Fonte original

Título: Accretion Efficiency Evolution of Central Supermassive Black Holes in Quasars

Resumo: The ongoing debate regarding the most accurate accretion model for supermassive black holes at the center of quasars has remained a contentious issue in astrophysics. One significant challenge is the variation in calculated accretion efficiency, with values exceeding the standard range of $0.038 < \epsilon < 0.42$. This discrepancy is especially pronounced in high redshift supermassive black holes, necessitating the development of a comprehensive model that can address the accretion efficiency for supermassive black holes in both the low and high redshift ranges. The selection effect was removed from model construction by creating a flux- and volume-limited sample, as the range of values for estimating the accretion efficiency factor varied through different redshifts. In this study, we have focused on low redshift ($z < 0.5$) Palomar-Green quasars (79 quasars) and high redshift ($z \geq 3$) quasars with standard disks from the flux- and volume-limited QUOTAS+QuasarNET dataset (75 quasars) to establish a model for accretion efficiency. By considering the QUOTAS+QuasarNET+DL11 dataset, a peak can be seen around $z \sim 2.708$, and it seems to be related to the peak of the star formation rate ($1 < z_{SFR} < 3$). Consequently, the observed maximum and minimum values of accretion efficiency in standard disks, through the considered bond (3$\sigma$), display a significantly wider range than previously noted and differentiate over time. In redshifts higher than 2.708, the accretion efficiency shows patterns of increase as redshift decreases, while in redshifts lower than 2.708, accretion efficiency is seen to decrease with reducing redshift. This result can potentially lead to a more accurate correlation between the star formation rate in quasars and their relationship with the mass of the central supermassive black holes with a more comprehensive disk model in future studies.

Autores: Arta Khosravi, Alireza Karamzadeh, Seyed Sajad Tabasi, Javad T. Firouzjaee

Última atualização: 2024-10-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.03240

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.03240

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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