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Erupção Solar em 5 de setembro de 2022

Uma olhada detalhada em uma grande ejeção de massa coronal observada por duas espaçonaves.

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Insights do CME deInsights do CME deSetembro de 2022e o comportamento de uma erupção solar.Principais descobertas sobre os efeitos
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Ejeções de Massa Coronal (CMEs) são grandes explosões de plasma solar e campos magnéticos que são liberados da atmosfera do sol. Esses eventos podem viajar pelo espaço e interagir com o Vento Solar, criando uma variedade de efeitos na heliosfera. Entender as CMEs é importante para a previsão do clima espacial, já que podem impactar satélites, astronautas e tecnologias na Terra.

Este artigo foca em uma CME específica que rolou em 5 de setembro de 2022, que foi observada por duas naves espaciais: a Parker Solar Probe (PSP) e o Solar Orbiter (SolO). Essa CME é significativa porque é a CME mais próxima já observada do Sol, tornando-se um assunto único para estudo.

A Importância da Parker Solar Probe e do Solar Orbiter

Tanto a Parker Solar Probe quanto o Solar Orbiter foram projetados para estudar o Sol e seus efeitos no clima espacial. A PSP voa muito perto do Sol, permitindo que observe fenômenos solares em detalhes. O SolO também observa o Sol, mas de uma distância que permite capturar diferentes aspectos da atividade solar.

Quando essas duas naves espaciais observam a mesma CME, isso proporciona uma ótima oportunidade para comparar dados e entender melhor o evento. Analisando o comportamento da CME em diferentes distâncias do Sol, os pesquisadores podem aprender sobre sua estrutura e como ela evolui à medida que viaja pelo espaço.

Observando a CME

Em 5 de setembro de 2022, tanto a PSP quanto o SolO detectaram uma CME. A PSP estava a uma distância de 0,07 unidades astronômicas (UA) do Sol, enquanto o SolO estava a 0,69 UA. A diferença nas distâncias permitiu que os cientistas vissem como a CME mudava enquanto se afastava do Sol.

Inicialmente, os pesquisadores analisaram os dados dos campos magnéticos e do plasma do vento solar de ambas as naves. Eles descobriram que o comportamento do Campo Magnético estava em linha com o que esperavam, mas havia diferenças notáveis no tamanho da CME conforme medida por cada nave.

Para entender melhor o comportamento da CME, foram usadas imagens da Wide-Field Imager da PSP e outras ferramentas de sensoriamento remoto. Essas imagens ajudaram a criar modelos que previam quando a CME chegaria a cada nave.

O Processo de Análise

Normalmente, os cientistas estudam as CMEs examinando medições in situ (ou no local) feitas por naves espaciais enquanto passam por uma CME. Isso frequentemente inclui analisar a intensidade do campo magnético, a densidade do plasma e a temperatura. Essas observações podem ajudar a determinar as características da CME e como ela interage com o vento solar ao redor.

No caso da CME de setembro de 2022, os pesquisadores utilizaram vários modelos para analisar os dados. Um dos modelos, chamado ELEvoHI, prevê o tempo de chegada da CME com base nas observações feitas pela PSP. Esse modelo usa imagens da CME tiradas quando ela ainda estava perto do Sol para estimar quando pode chegar a outras naves.

Conclusões da Parker Solar Probe

Na PSP, os pesquisadores observaram um aumento significativo na intensidade do campo magnético pouco antes da chegada da CME, indicando a presença de uma onda de choque. Essa choque estava associada à CME, e causou uma mudança rápida no vento solar ao redor.

As medições mostraram uma mudança drástica na velocidade e temperatura dos prótons enquanto a CME passava. O vento solar estava muito mais quente e menos denso do que o normal, que é um indicador típico de uma CME. Essa CME específica foi notada por ter altas temperaturas de prótons e um choque rápido, destacando sua fase jovem na evolução.

A análise de dados revelou que o campo magnético tinha um padrão específico, sugerindo uma estrutura torcida, que é típica de muitas CMEs. A proximidade da PSP com o Sol permitiu observações detalhadas, que podem diferir significativamente das medições feitas a maiores distâncias.

Conclusões do Solar Orbiter

No SolO, os pesquisadores registraram a chegada do choque da CME em um tempo posterior. Eles notaram um salto similar na intensidade do campo magnético e mudanças nas propriedades do plasma após a chegada da CME. No entanto, as medições mostraram uma intensidade de campo magnético geral menor em comparação com as da PSP.

Assim como a PSP, os dados do SolO indicaram características complexas no campo magnético, sugerindo interações dentro da CME enquanto ela viajava pelo espaço. O tempo dos eventos no SolO estava várias horas atrás em relação aos da PSP, devido à maior distância do Sol.

Modelando a Chegada da CME

Para estabelecer uma conexão entre as observações de sensoriamento remoto e as medições in situ, os cientistas aplicaram o modelo ELEvoHI. Esse modelo, baseado em uma combinação de imagens heliosféricas e modelagem baseada em arrasto, ajudou a prever quando a CME chegaria a ambas as naves.

Os resultados do modelo mostraram que os tempos de chegada previstos eram bem diferentes para a PSP e o SolO, indicando potenciais limitações na modelagem ao observar CMEs tão perto do Sol. As previsões tiveram um erro médio de cerca de 0,3 horas para a PSP e 18,4 horas para o SolO, sugerindo que o comportamento da CME não é simples nessas regiões.

O Modelo 3DCORE para Análise de Fluxo de Corda

Para obter mais insights sobre a estrutura da CME, os cientistas usaram outro modelo chamado 3DCORE. Esse modelo semi-empírico permite que os pesquisadores inferem os parâmetros da CME, como direção de propagação, intensidade do campo magnético e a torção da sua estrutura.

Ao ajustar os dados da PSP e do SolO separadamente, o modelo conseguiu reconstruir a estrutura global 3D da CME. Os resultados mostraram semelhanças em alguns parâmetros, mas destacaram os desafios devido às distâncias que separam as naves.

Observações e Comparações Chave

Ambas as naves espaciais forneceram observações essenciais que juntas revelaram uma imagem mais completa da CME. Por exemplo, tanto a PSP quanto o SolO mediram a intensidade do campo magnético e as propriedades do plasma da CME de maneiras diferentes, refletindo as mudanças da CME enquanto se propagava pelo espaço.

Os resultados indicaram que as características da CME na PSP eram mais complexas, provavelmente devido à sua proximidade com o Sol, que permitiu ricas interações com o vento solar.

O Papel do Vento Solar na Evolução da CME

O vento solar desempenha um papel crucial em moldar o comportamento das CMEs enquanto elas se movem pelo espaço. Diferentes velocidades e densidades do vento solar em várias distâncias podem afetar a expansão e propagação da CME. Nesse caso, a velocidade do vento solar de fundo na PSP era muito menor do que no SolO, levando a diferentes efeitos na evolução da CME.

À medida que as CMEs viajam para longe do Sol, elas encontram uma variedade de condições do vento solar que podem deformar sua estrutura e influenciar sua velocidade. Entender essas interações é crucial para prever como as CMEs se comportarão ao se aproximar da Terra e de outros planetas.

Conclusões e Direções Futuras

As observações da CME de setembro de 2022 fornecem insights valiosos sobre como as CMEs evoluem enquanto viajam para longe do Sol. A colaboração próxima entre os dados da PSP e do SolO permitiu que os cientistas analisassem o mesmo evento de diferentes perspectivas, aumentando sua compreensão das dinâmicas solares.

Conforme os pesquisadores continuam a estudar tais eventos, eles vão refinar seus modelos e melhorar sua capacidade de prever futuras CMEs. Esse conhecimento é vital para entender o clima espacial e seus efeitos sobre tecnologias modernas.

As missões em curso da PSP e do SolO devem gerar mais insights sobre a natureza das CMEs e seu impacto na heliosfera. A análise contínua de observações de múltiplas naves espaciais será crucial para desenvolver ferramentas de previsão mais eficazes para eventos do clima espacial.

Importância da Previsão do Clima Espacial

A previsão do clima espacial é essencial para proteger tecnologias e infraestruturas que podem ser afetadas pela atividade solar. Eventos como as CMEs podem interromper operações de satélites, afetar sistemas de comunicação e até mesmo representar riscos para astronautas no espaço.

Melhorar nosso entendimento das CMEs é vital para prever seus efeitos na Terra e ajudar a mitigar potenciais impactos. Com técnicas de observação e modelos aprimorados, os pesquisadores pretendem criar uma estrutura mais robusta para a previsão do clima espacial.

Em conclusão, os esforços colaborativos de missões espaciais como a Parker Solar Probe e o Solar Orbiter desempenham um papel crucial no avanço do nosso conhecimento sobre fenômenos solares. À medida que continuamos a estudar as CMEs e suas interações com o vento solar, podemos esperar maiores insights que, em última análise, beneficiarão a sociedade ao melhorar a previsão do clima espacial.

Fonte original

Título: Flux rope modeling of the 2022 Sep 5 CME observed by Parker Solar Probe and Solar Orbiter from 0.07 to 0.69 au

Resumo: As both Parker Solar Probe (PSP) and Solar Orbiter (SolO) reach heliocentric distances closer to the Sun, they present an exciting opportunity to study the structure of CMEs in the inner heliosphere. We present an analysis of the global flux rope structure of the 2022 September 5 CME event that impacted PSP at a heliocentric distance of only 0.07 au and SolO at 0.69 au. We compare in situ measurements at PSP and SolO to determine global and local expansion measures, finding a good agreement between magnetic field relationships with heliocentric distance, but significant differences with respect to flux rope size. We use PSP/WISPR images as input to the ELEvoHI model, providing a direct link between remote and in situ observations; we find a large discrepancy between the resulting modeled arrival times, suggesting that the underlying model assumptions may not be suitable when using data obtained close to the Sun, where the drag regime is markedly different in comparison to larger heliocentric distances. Finally, we fit the SolO/MAG and PSP/FIELDS data independently with the 3DCORE model and find that many parameters are consistent between spacecraft, however, challenges are apparent when reconstructing a global 3D structure that aligns with arrival times at PSP and Solar Orbiter, likely due to the large radial and longitudinal separations between spacecraft. From our model results, it is clear the solar wind background speed and drag regime strongly affect the modeled expansion and propagation of CMEs and need to be taken into consideration.

Autores: Emma E. Davies, Hannah T. Rüdisser, Ute V. Amerstorfer, Christian Möstl, Maike Bauer, Eva Weiler, Tanja Amerstorfer, Satabdwa Majumdar, Phillip Hess, Andreas J. Weiss, Martin A. Reiss, Lucie M. Green, David M. Long, Teresa Nieves-Chinchilla, Domenico Trotta, Timothy S. Horbury, Helen O'Brien, Edward Fauchon-Jones, Jean Morris, Christopher J. Owen, Stuart D. Bale, Justin C. Kasper

Última atualização: 2024-07-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.10810

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.10810

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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