Tempestade geomagnética ligada a erupção solar
Uma tempestade geomagnética forte atingiu a Terra depois de uma erupção solar em 28 de novembro.
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Índice
No dia 1º de dezembro de 2023, a Terra passou por uma tempestade geomagnética forte, uma das mais intensas dos últimos anos. Essa tempestade foi ligada a uma erupção solar que rolou alguns dias antes, em 28 de novembro de 2023. Durante essa erupção, várias estruturas magnéticas conhecidas como Cordas de Fluxo Magnético foram identificadas. Essas estruturas têm um papel chave na atividade solar e podem ter efeitos significativos no clima espacial, incluindo Tempestades Geomagnéticas na Terra.
O que rolou em 28 de novembro de 2023?
O evento solar que levou à tempestade de dezembro começou com a erupção de cordas de fluxo magnético de uma região ativa do Sol. Nesse caso em específico, três cordas de fluxo magnético distintas, chamadas de MFR1, MFR2 e MFR3, foram observadas. Cada uma dessas cordas de fluxo exibe linhas de campo magnético torcidas e contribui para flares solares e Ejeções de Massa Coronal (CMEs).
Durante a erupção em 28 de novembro, foram produzidos dois flares solares poderosos: um flare de classe M3.4 e outro de classe M9.8. Esses flares foram significativos em intensidade e ajudaram na formação de CMEs que seguiram em direção à Terra.
O papel das cordas de fluxo magnético
Cordas de fluxo magnético são estruturas torcidas de campos magnéticos encontradas na atmosfera solar. Elas podem se formar antes de uma erupção ou podem se desenvolver durante o processo da erupção. No caso da erupção solar em 28 de novembro, várias cordas de fluxo magnético estavam presentes, e suas interações foram cruciais para desencadear os flares e CMEs observados.
Antes da erupção, havia sinais observáveis de instabilidade na região ativa, incluindo a presença de filamentos solares e mudanças significativas no campo magnético. As interações entre essas cordas magnéticas eram complexas, levando aos movimentos de deslize observados antes e durante a erupção.
Observações da erupção
As observações feitas antes da erupção mostraram que a MFR1 começou a deslizar para leste a uma velocidade de cerca de 106 quilômetros por segundo. Esse movimento foi acompanhado por um brilho na atmosfera solar, indicando o acúmulo de energia magnética na região.
Logo após a MFR1 ter erupcionado, a MFR2 começou a deslizar, movendo-se para o sudeste a cerca de 40 quilômetros por segundo. Conforme a MFR2 se aproximava da MFR3, ela desencadeou a erupção da MFR3. Esses movimentos de deslize ilustram como uma corda de fluxo magnético pode influenciar o comportamento de outra, levando a uma reação em cadeia de atividade magnética.
Impacto na Terra
As CMEs geradas pelos flares solares viajaram pelo espaço em direção à Terra. Quando chegaram, interagiram com o campo magnético da Terra, levando à tempestade geomagnética observada em 1º de dezembro. Essa tempestade foi notável não só pela sua intensidade, mas também pelas auroras espetaculares que produziu, vistas em latitudes sul incomuns no hemisfério norte.
Tempestades geomagnéticas podem causar vários efeitos na Terra, incluindo interrupções em satélites, sistemas de comunicação e redes de energia. O impacto da tempestade foi medido usando índices como o índice Dst, que mostrou uma queda significativa, indicando um forte efeito geomagnético.
Compreendendo os mecanismos por trás das erupções
Para entender melhor como essas erupções solares e as tempestades geomagnéticas subsequentes acontecem, os cientistas usam várias ferramentas de observação. Isso inclui telescópios espaciais que capturam imagens do Sol em diferentes comprimentos de onda, permitindo uma análise detalhada da atividade solar.
Um aspecto importante é o estudo das ejeções de massa coronal, que são grandes expulsões de plasma e campos magnéticos da corona solar. Esses eventos podem ser medidos e analisados para entender sua velocidade, direção e potencial impacto na Terra.
Estudos mostraram que muitas CMEs estão associadas à presença de cordas de fluxo magnético. Os mecanismos detalhados de como essas estruturas se formam e evoluem durante a atividade solar ainda são uma área ativa de pesquisa.
Fatores que levam a tempestades geomagnéticas fortes
Embora nem todas as erupções solares resultem em tempestades geomagnéticas, vários fatores podem intensificar seus efeitos:
Velocidade da CME: CMEs mais rápidas têm maior potencial para causar tempestades geomagnéticas significativas ao chegarem à Terra. A velocidade é frequentemente determinada pelas condições na atmosfera solar no momento da erupção.
Orientação do Campo Magnético: A orientação do campo magnético transportado pela CME desempenha um papel crucial. Se o campo magnético estiver orientado de uma forma que favoreça a interação com o campo magnético da Terra, os efeitos podem ser amplificados.
Interações CME-CME: Quando várias CMEs chegam em rápida sucessão, suas interações podem levar a efeitos acumulados. Isso foi observado com a CME do evento de 27 de novembro e a CME de 28 de novembro, onde suas sequências de chegada influenciaram o impacto geral na Terra.
As consequências e estudos futuros
Após a intensa tempestade geomagnética de 1º de dezembro, os cientistas estão continuando a analisar os dados coletados durante o evento solar. Estudando a relação entre as erupções solares e seus impactos na Terra, os pesquisadores esperam prever melhor eventos futuros e seus potenciais efeitos na nossa tecnologia e infraestrutura.
A investigação em curso inclui o exame de como as cordas de fluxo magnético se desenvolvem e interagem no Sol. Esses insights não só contribuem para nosso entendimento da atividade solar, mas também ajudam a nos preparar e mitigar os efeitos de eventos semelhantes no futuro.
Conclusão
A erupção solar de 28 de novembro de 2023 serve como um estudo de caso significativo para entender as dinâmicas da atividade solar e seu impacto na Terra. Os movimentos de deslize observados de várias cordas de fluxo magnético destacam a complexidade do comportamento solar e sublinham a importância da pesquisa contínua nesse campo. À medida que a tecnologia e as capacidades de observação melhoram, nosso entendimento desses fenômenos vai se aprofundar, levando a melhores previsões e respostas à atividade solar que afeta nosso planeta.
Título: The Solar Origin of an Intense Geomagnetic Storm on 2023 December 1st: Successive Slipping and Eruption of Multiple Magnetic Flux Ropes
Resumo: The solar eruption that occurred on 2023 November 28 (SOL2023-11-28) triggered an intense geomagnetic storm on Earth on 2023 December 1. The associated Earth's auroras manifested at the most southern latitudes in the northern hemisphere observed in the past two decades. In order to explore the profound geoeffectiveness of this event, we conducted a comprehensive analysis of its solar origin to offer potential factors contributing to its impact. Magnetic flux ropes (MFRs) are twisted magnetic structures recognized as significant contributors to coronal mass ejections (CMEs), thereby impacting space weather greatly. In this event, we identified multiple MFRs in the solar active region and observed distinct slipping processes of the three MFRs: MFR1, MFR2, and MFR3. All three MFRs exhibit slipping motions at a speed of 40--137 km s$^{-1}$, extending beyond their original locations. Notably, the slipping of MFR2 extends to $\sim$30 Mm and initiate the eruption of MFR3. Ultimately, MFR1's eruption results in an M3.4-class flare and a CME, while MFR2 and MFR3 collectively produce an M9.8-class flare and another halo CME. This study shows the slipping process in a multi-MFR system, showing how one MFR's slipping can trigger the eruption of another MFR. We propose that the CME--CME interactions caused by multiple MFR eruptions may contribute to the significant geoeffectiveness.
Autores: Zheng Sun, Ting Li, Yijun Hou, Hui Tian, Ziqi Wu, Ke Li, Yining Zhang, Zhentong Li, Xianyong Bai, Li Feng, Chuan Li, Zhenyong Hou, Qiao Song, Jingsong Wang, Guiping Zhou
Última atualização: 2024-05-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.14983
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.14983
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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