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# Ciências da saúde# Nutrizione

Avaliando a Qualidade da Proteína em Dietas à Base de Plantas

Uma nova pontuação mede a qualidade das proteínas nas refeições pra uma nutrição melhor.

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Muita gente tá mudando a alimentação pra incluir mais proteínas vegetais em vez de proteínas animais. Essa tendência tá rolando entre consumidores, trabalhadores, pacientes de hospital e até nas diretrizes alimentares. Embora essa mudança possa ser boa pra saúde do coração e pro meio ambiente, também pode criar problemas de saúde pra alguns grupos. Os que estão em risco incluem idosos e pessoas que precisam de mais proteína, mas podem não comer o suficiente. As proteínas vegetais costumam ter qualidade inferior e menos proteína em comparação às proteínas animais, o que pode levar a problemas como desnutrição ou perda de massa muscular.

O que é Qualidade da Proteína?

A qualidade da proteína depende de quão bem o corpo consegue digerir a proteína e se ela contém todos os Aminoácidos essenciais que a gente precisa. As proteínas animais geralmente têm alta qualidade, pois fornecem todos os aminoácidos essenciais em quantidades semelhantes ao que nossos corpos precisam. Na verdade, essas proteínas são muitas vezes mais de 95% digestíveis. Como uma boa parte da dieta ocidental típica inclui proteínas animais, a atenção à qualidade da proteína não foi tão importante no passado. Mas, com mais diretrizes alimentares recomendando dietas centradas em plantas, tem uma necessidade crescente de avaliar a qualidade das proteínas nas refeições.

A Necessidade de Avaliar a Qualidade da Proteína

Avaliar a qualidade da proteína é essencial por várias razões. Isso ajuda no planejamento das refeições, no monitoramento da Ingestão de Proteína e na hora de dar conselhos dietéticos pra melhorar a qualidade da proteína. Por exemplo, na Holanda, os veganos são aconselhados a aumentar a ingestão de proteína em 30% acima do que é geralmente recomendado pra todo mundo. Isso pode ser complicado pra idosos, que muitas vezes têm dificuldades com o apetite e já são incentivados a comer mais proteína. Além disso, incentivar uma maior ingestão de alimentos pra ajudar nas metas ambientais parece contraditório.

Uma forma melhor de atender às necessidades de aminoácidos essenciais é combinar diferentes fontes de proteínas vegetais. Misturando as fontes, dá pra alcançar a mesma qualidade de proteína que se encontra nas proteínas animais, sem precisar comer porções maiores. Diferentes plantas têm perfis de aminoácidos diferentes, abrindo oportunidades pra criar refeições que entreguem todos os aminoácidos essenciais.

Desenvolvendo uma Pontuação de Qualidade da Proteína da Refeição

Atualmente, as medições existentes de qualidade da proteína, como PDCAAS e DIAAS, focam em fontes de proteína únicas. Porém, as pessoas geralmente consomem refeições mistas, e não alimentos isolados. Além disso, essas pontuações não levam em conta a quantidade de proteína, que é crucial, já que uma pequena quantidade de uma proteína de alta qualidade pode não atender às necessidades do corpo. Por isso, é necessário criar uma nova pontuação que considere tanto a qualidade quanto a quantidade de proteína consumida numa refeição.

Esse novo sistema de pontuação, chamado de Pontuação de Qualidade da Proteína da Refeição (MPQS), avalia a qualidade da proteína considerando a quantidade de proteína, as necessidades de aminoácidos essenciais e quão digeríveis são as proteínas. A pontuação varia de 0 a 100, onde 0 significa que um aminoácido essencial tá completamente ausente e 100 significa que todos os aminoácidos essenciais estão presentes na quantidade certa. Pode até passar de 100, indicando que a refeição contém quantidades extras de aminoácidos essenciais.

Criando um Banco de Dados Abrangente de Alimentos

Pra tornar a MPQS mais útil, foi criado um banco de dados de alimentos que inclui perfis de aminoácidos e informações de Digestibilidade de todos os alimentos com mais de 1% de proteína. O foco foi usar dados de estudos com humanos, e não com animais, pra ter mais precisão. Esse banco de dados expandido vai ajudar na avaliação da qualidade da proteína de diferentes alimentos e refeições.

Personalizando as Necessidades de Aminoácidos Essenciais

A MPQS também leva em conta as necessidades pessoais de aminoácidos essenciais, ajustando com base nas exigências de proteína de cada um. Uma recomendação comum para a ingestão de proteína é cerca de 0,3 gramas por quilograma de peso corporal em cada refeição. Essa recomendação vem de pesquisas que indicam que essa quantidade é geralmente suficiente pra estimular a síntese de proteína muscular. Garantindo as quantidades corretas de aminoácidos e avaliando a qualidade da proteína através da MPQS, as pessoas podem atender melhor às suas necessidades nutricionais.

Testando a Pontuação de Qualidade da Proteína da Refeição

Pra ver como a MPQS funciona, ela foi aplicada a receitas de um hospital na Dinamarca e a um grande grupo de participantes holandeses em um estudo de nutrição. As refeições testadas incluíram opções vegetarianas e pratos tradicionais, com diferentes quantidades de proteínas vegetais.

No estudo, os participantes preencheram diários alimentares pra acompanhar suas refeições ao longo de um ano, resultando em dados ricos sobre seus padrões alimentares. Essas informações permitiram que os pesquisadores calculassem as pontuações da MPQS para todas as refeições consumidas, fornecendo insights sobre a qualidade da proteína em diferentes tipos de refeições e grupos de participantes.

Resultados da Avaliação da Qualidade da Proteína da Refeição

A avaliação mostrou que refeições com menores quantidades de proteína vegetal frequentemente tinham aminoácidos limitantes. À medida que a proporção de proteína vegetal nas refeições aumentava, a qualidade da proteína, segundo a MPQS, geralmente diminuía.

Curiosamente, as refeições de café da manhã costumavam ter pontuações mais baixas em termos de qualidade da proteína. A maioria das refeições baseadas em plantas analisadas no estudo também não alcançou uma pontuação MPQS perfeita, sugerindo que estavam faltando alguns aminoácidos essenciais.

Por outro lado, refeições ricas em proteína animal geralmente pontuaram acima de 100, indicando que forneciam mais do que o necessário de aminoácidos.

Entendendo Padrões de Refeição e Ingestão Nutricional

O estudo também descobriu que pontuações MPQS mais altas estavam ligadas a uma maior ingestão de energia e proteína entre os participantes. Aqueles que conseguiram pontuações mais altas consumiram mais comida no geral e tiveram um índice de massa corporal (IMC) mais baixo. Isso pode sugerir que um foco maior em proteínas de qualidade pode ajudar a melhorar a composição corporal, promovendo mais ganho muscular.

As descobertas indicam que, embora aumentar a proteína vegetal nas dietas possa ser benéfico, é importante garantir que essas refeições ofereçam qualidade de proteína adequada pra apoiar a saúde, especialmente entre grupos vulneráveis como os idosos.

Conclusão

A MPQS desenvolvida nesse estudo representa uma forma promissora de avaliar a qualidade da proteína em refeições e receitas. Ela combina vários fatores, como padrões de aminoácidos, digestibilidade da proteína e timing, pra dar uma visão completa da qualidade da proteína. Essa ferramenta pode ajudar a guiar mudanças rumo a dietas mais vegetais, garantindo que as pessoas consigam a proteína que precisam enquanto aproveitam os benefícios ambientais de reduzir o consumo de proteína animal.

Ao aplicar a MPQS, a qualidade das refeições pode ser melhorada e a ingestão de proteína individual pode ser melhor entendida em várias situações alimentares. O objetivo é apoiar todos os consumidores, especialmente aqueles mais velhos ou em risco de não conseguir proteína suficiente, pra que possam adotar hábitos alimentares mais saudáveis e centrados em plantas de forma segura.

Fonte original

Título: Meal Protein Quality Score: A novel tool to evaluate protein quantity and quality of meals

Resumo: BackgroundThe recent shift towards increased plant-based protein consumption has necessitated the development of new tools to evaluate the quality and quantity of protein in meals, especially given the changing dietary guidelines and the adoption of plant-centric menus in healthcare and other settings. ObjectiveTo develop and test the feasibility of the Meal Protein Quality Score (MPQS), a novel metric that assesses the protein quality and quantity in meals based on essential amino acid (EAA) content, digestibility and requirements, with a focus on optimizing protein intake for vulnerable populations, particularly older adults. MethodsThe MPQS integrates digestibility-adjusted EAA intake with total protein consumed in a meal, that together with the EAA requirements provide a score from 0 to 100 to reflect EAA coverage adequacy. The score was tested for feasibility by applying it to recipe data from real life hospital meals, and to dietary data from the NU-AGE trial, involving detailed seven-day food records from 252 non-vegan participants analyzed over multiple meal moments. ResultsThe analyses revealed that the higher the content of plant-protein in a meal, the lower the meal protein quality. Also, breakfast meals scored lowest on protein quality, mainly due to low contents of protein overall, and of lysine and methionine. The MPQS effectively highlighted the difference in protein quality between plant-based and animal-based meals, and across different meal types. ConclusionThe MPQS appears to be a practical tool that facilitates the assessment of meal-based protein quality. The MPQS can be used to guide dietary transitions towards plant-rich diets, ensuring that such shifts do not compromise protein adequacy for at-risk populations. The score allows for guidance in meal-planning, leading to improvements in plant-rich meal formulation to meet both individual and public health nutritional needs.

Autores: Pol Grootswagers, S. Hoejlund Christensen, M. Timmer, W. Riley, L. de Groot, I. Tetens

Última atualização: 2024-06-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308419

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308419.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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