Ambientes Urbanos e Atividade Física: Um Estudo
Este estudo analisa como viver na cidade afeta a atividade física em adultos de meia-idade.
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Índice
- Urbanização e Seus Efeitos
- O Objetivo do Estudo
- Visão Geral dos Participantes
- Medindo Atividade Física de Lazer
- Entendendo o Ambiente Urbano
- Abordagens de Análise de Dados
- Descobertas da Análise de Agrupamento e Regressão
- Insights da Análise de Aprendizado de Máquina
- Resumo dos Resultados e Discussões
- Implicações para o Planejamento Urbano
- Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
A atividade física regular é importante pra prevenir doenças e reduzir as chances de morrer cedo. Infelizmente, muita gente não se exercita o suficiente, o que custa uma grana nos sistemas de saúde ao redor do mundo a cada ano. Como o lugar onde as pessoas moram pode influenciar muito o nível de atividade delas, mudar o ambiente pode ser uma estratégia eficaz pra incentivar mais atividade física.
Urbanização e Seus Efeitos
Mais da metade da população mundial agora vive em cidades. Pesquisas mostram uma ligação clara entre a vida nas cidades e a atividade física. Um conceito chamado exposoma olha pra todos os fatores no ambiente de uma pessoa que podem afetar a saúde dela. Essa abordagem pode ajudar a mostrar como diferentes características da vida urbana impactam a atividade física.
As cidades podem mudar de várias maneiras, como por projetos de regeneração urbana. Esses projetos visam melhorar a saúde tornando as cidades mais agradáveis e seguras. Por exemplo, um parque construído ao longo de um rio em Barcelona atraiu muitos adultos que queriam se engajar em várias formas de atividade física. Esses projetos também podem trazer vários benefícios pra comunidade, incluindo melhorias econômicas e sociais.
O Objetivo do Estudo
O objetivo desse estudo foi olhar como o ambiente físico em áreas urbanas afeta a atividade física nas horas de lazer das pessoas na meia-idade. Foram definidos dois objetivos principais: primeiro, agrupar indivíduos que moram em diferentes Ambientes Urbanos e ver como os níveis de atividade deles se comparam; segundo, avaliar quais aspectos do ambiente urbano têm o maior impacto na atividade física de lazer.
Visão Geral dos Participantes
Esse estudo usou dados de um grupo de gêmeos finlandeses nascidos entre 1983 e 1987. Inicialmente, mais de 5000 gêmeos foram convidados a participar, com a maioria concordando. Os participantes foram acompanhados em várias idades, sendo a mais recente na casa dos 30 anos. O foco foi em gêmeos que moravam em cinco grandes cidades da Finlândia em 2020.
Medindo Atividade Física de Lazer
Atividade física de lazer refere-se a exercícios que as pessoas escolhem fazer fora do trabalho ou das responsabilidades diárias. Esse tipo de atividade é essencial pra saúde geral. O estudo coletou dados através de perguntas estruturadas sobre com que frequência, por quanto tempo e quão intensa eram as atividades de lazer dos participantes. Os dados resultantes foram usados pra calcular uma medida de quanta atividade física os participantes estavam fazendo.
Pra garantir resultados precisos, foram removidos os outliers - aqueles cujos níveis de atividade física eram irrealisticamente altos. Três categorias de medidas de atividade física foram usadas: atividade física total de lazer, atividade física de lazer sem deslocamento e atividade de deslocamento.
Entendendo o Ambiente Urbano
Os pesquisadores analisaram 145 características do ambiente urbano ao redor da casa de cada participante. Essas características incluíam coisas como níveis de tráfego, presença de parques e uso geral do solo. Os dados para essas características vieram de várias fontes públicas e foram associados aos endereços dos participantes.
Além disso, o estudo considerou vários fatores sociais, como idade, sexo, status de trabalho, nível de educação e estado civil. O ambiente social, incluindo as características dos bairros, também poderia influenciar os níveis de atividade física.
Abordagens de Análise de Dados
Pra analisar como diferentes ambientes urbanos impactavam a atividade física, foi usado um método de agrupamento pra agrupar pessoas com base nas características ao redor. Esse método permitiu que os pesquisadores identificassem padrões de como as pessoas se movimentavam em diferentes ambientes urbanos.
Os pesquisadores também usaram técnicas de Aprendizado de Máquina pra explorar as relações entre características urbanas e níveis de atividade física. Essa abordagem pode identificar de forma eficaz quais fatores ambientais são mais importantes na influência do comportamento.
Descobertas da Análise de Agrupamento e Regressão
Através da análise de agrupamento, três grupos urbanos distintos foram identificados: o centro da cidade original, o novo centro da cidade e áreas suburbanas. Os resultados mostraram que aqueles que vivem em áreas suburbanas tendem a ser menos ativos durante seu tempo livre se comparados aos que estão no centro da cidade original.
Curiosamente, esse efeito foi mais pronunciado entre os homens do que entre as mulheres. Para as mulheres, a relação entre áreas urbanas e atividade física ficou confusa depois de considerar vários fatores sociais e comportamentais.
Insights da Análise de Aprendizado de Máquina
A análise de aprendizado de máquina identificou várias características urbanas que influenciavam significativamente a atividade física de lazer. As mais importantes incluíram o número de cruzamentos de ruas e a área de parques interconectados nas proximidades. Ter mais parques e cruzamentos estava ligado a níveis mais altos de atividade física.
No entanto, a análise também revelou que, uma vez que os níveis de vegetação atingiram um certo ponto, eles estavam associados a níveis de atividade mais baixos. Essa descoberta surpreendente sugere que, enquanto a vegetação é geralmente vista como benéfica, demais pode levar a estilos de vida menos ativos.
Resumo dos Resultados e Discussões
Esse estudo traz à tona como diferentes ambientes urbanos podem influenciar os níveis de atividade física. Viver em áreas suburbanas está ligado a níveis mais baixos de atividade física de lazer em comparação com áreas urbanas mais centrais. A presença de parques e cruzamentos de ruas desempenha um papel crucial em promover a atividade, enquanto altos níveis de vegetação podem ter um efeito contraproducente.
Curiosamente, os achados de pesquisas anteriores foram mistos em relação ao impacto da urbanização na atividade física, possivelmente devido a desenhos de estudo e populações variadas. Em alguns casos, os moradores suburbanos foram reportados como mais ativos do que seus colegas urbanos.
Implicações para o Planejamento Urbano
Os achados desse estudo podem fornecer informações úteis pros planejadores urbanos e formuladores de políticas. Focando na criação de ambientes que incentivem a atividade física - como mais cruzamentos e parques pequenos - as cidades podem ajudar a melhorar os resultados de saúde pública.
Iniciativas de regeneração urbana podem trazer mudanças positivas nos bairros, tornando-os mais propensos a estilos de vida ativos. Ao entender quais características são mais eficazes em promover a atividade física, os interessados podem alocar recursos de forma mais eficiente e tomar decisões informadas sobre desenvolvimento urbano.
Limitações do Estudo
Embora essa pesquisa forneça insights valiosos, certas limitações devem ser reconhecidas. O tamanho da amostra foi relativamente pequeno, o que pode afetar a confiabilidade dos achados. Além disso, o estudo focou apenas em cinco grandes cidades da Finlândia, o que significa que os resultados podem não se aplicar a todas as áreas urbanas.
Além disso, a dependência dos endereços residenciais dos participantes pra medir as características ambientais pode ter deixado de lado outras atividades que eles realizam fora de casa. Pesquisas futuras poderiam se beneficiar de incluir participantes de áreas rurais e usar formas mais avançadas de medir a atividade física.
Conclusão
Esse estudo destaca o impacto significativo que os ambientes físicos urbanos podem ter na atividade física de lazer na meia-idade. Usando uma combinação de análise de agrupamento e aprendizado de máquina, conseguiu descobrir relações complexas entre características urbanas e níveis de atividade. Essas descobertas podem informar estratégias de desenvolvimento urbano voltadas pra promover estilos de vida mais saudáveis em ambientes urbanos que estão mudando rapidamente.
Mais estudos são necessários pra melhorar nossa compreensão dessas dinâmicas e garantir que as intervenções mais eficazes sejam implementadas.
Título: The urban physical exposome and leisure-time physical activity in early midlife: a FinnTwin12 study
Resumo: Leisure-time physical activity is beneficial for health and is associated with various urban characteristics. Using the exposome framework, the totality of the environment, this study investigated how urban physical environments were associated with leisure-time physical activity during early midlife. A total of 394 participants (mean age: 37, range 34-40) were included from the FinnTwin12 cohort residing in five major Finnish cities in 2020. We comprehensively curated 145 urban physical exposures at residential addresses of participants and measured three leisure-time physical activity measures: (1) total leisure-time physical activity (total LTPA) and its sub-domains (2) leisure-time physical activity without commuting activity (LTPA) and (3) commuting activity. Using K-prototypes cluster analysis, we identified three urban clusters: "original city center," "new city center," and "suburban". Results from adjusted linear regression models showed that participants in the "suburban" cluster had lower levels of total LTPA (beta: -0.13, 95% CI: -0.23, -0.03) and LTPA (beta: -0.17, 95% CI: -0.28, -0.05), compared to those in the "original city center" cluster. The eXtreme Gradient Boosting models ranked exposures related to greenspaces, pocket parks, and road junctions as the top important factors influencing outcomes, and their relationships with outcomes were largely non-linear. More road junctions and more pocket parks correlated with higher total LTPA and LTPA. When the all-year normalized difference vegetation index within a 500 m buffer fell below 0.4, it correlated with higher levels of total LTPA, whereas above 0.4, it correlated with lower levels. To conclude, our findings revealed a positive correlation between urbanicity and physical activity in Finnish cities and decomposed this complexity into crucial determinants. Importance rankings and nonlinear patterns offer valuable insights for future policies and projects targeting physical inactivity.
Autores: Jaakko Kaprio, Z. Wang, S. Aaltonen, R. Teeuwen, V. Milias, C. Peuters, B. Raimbault, T. Palviainen, E. Lumpe, D. Dick, J. E. Salvatore, M. Foraster, P. Dadvand, J. Julvez, A. Psyllidis, I. van Kamp
Última atualização: 2024-06-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.09.24308658
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.09.24308658.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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