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Proteína GERMIN3: A Chave para o Crescimento da Batata

Explore o papel do GERMIN3 em melhorar o desenvolvimento dos tubérculos de batata.

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GERMINs e proteínas semelhantes aos GERMIN (GLPs) são proteínas especiais que a gente encontra mais em plantas. Elas fazem parte de uma grande família de proteínas e costumam existir em várias cópias em áreas específicas dos cromossomos da planta. Essas proteínas estão envolvidas em vários processos que ajudam as plantas a reagirem a diferentes estresses, como doenças ou clima ruim.

Uma das funções importantes dos GERMINs e GLPs é o papel deles nas vias de sinalização que ajudam as plantas a lidarem com estresse. Muitas dessas proteínas conseguem quebrar certas moléculas, levando à produção de peróxido de hidrogênio, que é crucial na forma como as plantas reagem ao estresse. Em batatas, um GLP específico foi ligado à capacidade da planta de tolerar calor. Estudos mostraram que quando essa proteína foi superexpressa em algumas linhagens de batata, essas plantas se saíram melhor em condições quentes. Essa tolerância ao calor estava relacionada à ativação de genes que ajudam a planta a produzir enzimas protetoras.

Desenvolvimento do Tubérculo de Batata

O processo de desenvolvimento do tubérculo de batata é bem complexo. Antes da formação do tubérculo, o floema da planta, que transporta nutrientes, funciona de um jeito diferente nas partes em crescimento da planta chamadas estolões. À medida que esses estolões incham, eles permitem uma transferência de nutrientes mais eficiente, que é crucial para criar o tubérculo. As fases iniciais da formação do tubérculo envolvem mudanças específicas na expressão gênica que respondem a açúcares, além de alterações na função do floema. No entanto, os gatilhos exatos para essas mudanças ainda não são totalmente compreendidos.

Durante o desenvolvimento, as partes da planta chamadas meristemas axilares ficam isoladas do resto da planta. Esse isolamento ajuda a controlar como os sinais se movem para essas áreas, mantendo a dormência e limitando a disponibilidade de recursos. Quando os tubérculos começam a brotar, o estado de dormência se desfaz, permitindo que sinais e nutrientes fluam para as áreas meristemáticas, responsáveis por gerar um novo crescimento. Esse processo destaca a importância das conexões entre as células da planta no controle de como o crescimento ocorre.

Complexo de Ativação de Tuberigen

Uma descoberta chave no estudo da formação do tubérculo de batata é o complexo de ativação de tuberigen (TAC). Esse complexo inclui várias proteínas que desempenham um papel regulatório na iniciação do tubérculo, semelhante a como outro complexo atua no processo de floração. Recentemente, os pesquisadores identificaram um gene específico, conhecido como TFL1B, que parece competir com outra proteína importante chamada SP6A no TAC. Quando o TFL1B está presente no TAC, isso torna o complexo inativo, sugerindo que reduzir os níveis de TFL1B pode incentivar uma iniciação de tubérculo mais cedo.

Para entender melhor os alvos do TAC, os pesquisadores analisaram RNA dos estolões de batata. Eles compararam estolões que não estavam inchando de plantas normais com os de plantas onde o TFL1B foi silenciado. Como as plantas silenciadas tuberizam mais cedo, eles esperavam encontrar genes ligados à iniciação precoce do tubérculo. Além de muitos genes conhecidos, eles descobriram vários transcritos relacionados às proteínas GERMIN que foram expressos em níveis muito mais altos nas linhagens silenciadas de TFL1B. O mais notável foi o GERMIN3, que foi diretamente regulado pelo TAC.

Papel do GERMIN3 na Batata

Dado que o GERMIN3 foi identificado como um alvo direto do TAC, os pesquisadores queriam entender seu papel específico nas plantas de batata. Eles descobriram que a superexpressão do GERMIN3 resultou em uma formação de tubérculo mais rápida e um aumento na produção de tubérculos. Essas linhagens superexpressoras também mostraram um padrão de ativação do meristema, resultando em mais brotação e ramificações nos caules da planta.

Os pesquisadores acompanharam onde a proteína GERMIN3 estava localizada dentro das células. Eles confirmaram que a proteína se localiza no retículo endoplasmático e desempenha um papel em como as proteínas se movem de uma célula para outra.

Material Vegetal e Condições de Crescimento

As sementes de batata usadas para os experimentos foram cultivadas em condições controladas. Inicialmente, foram colocadas em pequenos recipientes com um meio de crescimento específico e mantidas em uma temperatura adequada com bastante luz. Depois de algumas semanas, as plantas foram transferidas para vasos maiores com terra e cultivadas em uma estufa. A luz e a temperatura foram monitoradas para garantir condições ideais para o crescimento.

Geração de Linhagens Transgênicas de Batata com GERMIN3

Os pesquisadores criaram uma construção especial para incluir a sequência do GERMIN3. Essa sequência foi inserida em um vetor, que é uma ferramenta usada para introduzir novo material genético nas células. Isso foi feito usando um método bem conhecido que permite a manipulação fácil do DNA. Uma vez criada a construção, ela foi introduzida em um tipo de bactéria que ajuda a transferir o material genético para as células de batata.

Ensaios de Transativação de Promotores

Para entender melhor como a expressão do GERMIN3 é regulada, os pesquisadores realizaram experimentos que envolveram fundir a região de DNA do GERMIN3 a um gene repórter. Esse gene repórter produz luz, facilitando a medição de quanto do GERMIN3 está expresso. Diferentes fatores de transcrição foram testados para ver se influenciavam a expressão do GERMIN3. No entanto, os resultados não foram claros, e não foi observada uma ativação significativa pelos fatores.

Extração de RNA e qRT-PCR

Os pesquisadores extraíram RNA de várias partes das plantas de batata. Esse RNA foi convertido em modelos de DNA para análises posteriores. Usando primers específicos projetados para certos genes, eles puderam quantificar os níveis de diferentes expressões gênicas. Eles focaram em genes como GERMIN3 e outros genes regulatórios importantes para entender seu papel durante o desenvolvimento do tubérculo.

Hibridização In Situ de RNA

Para ver onde o GERMIN3 estava expresso nas plantas, os pesquisadores usaram um método chamado hibridização in situ de RNA. Eles pegaram amostras de tecido e as colocaram em um fixador para preservar as estruturas. Depois de preparar as amostras, eles procuraram sinais que indicassem onde o GERMIN3 estava ativo. Esse método ajudou a visualizar os padrões de expressão nos tubérculos em desenvolvimento e nas pontas dos estolões.

Análise de RNA-seq e Transcriptômica

Em seguida, os pesquisadores realizaram Sequenciamento de RNA para examinar todo o perfil de RNA das plantas. Comparando linhagens selvagens e transgênicas, eles puderam identificar quais genes estavam ligados ou desligados em resposta à expressão de GERMIN3. Eles encontraram muitos transcritos que foram expressos diferencialmente, indicando mudanças na atividade gênica devido à manipulação do GERMIN3.

Ensaios de Oxalato Oxidase

As proteínas GERMIN são conhecidas por terem uma atividade específica que quebra oxalato e produz peróxido de hidrogênio. Os pesquisadores mediram essa atividade em linhagens selvagens e em linhagens que superexpressam o GERMIN3. Eles descobriram que os níveis de peróxido de hidrogênio produzidos eram significativamente mais altos nas linhagens transgênicas, confirmando que o GERMIN3 tem essa atividade enzimática.

Construção de GERMIN-mRFP

Para estudar melhor a localização da proteína GERMIN3, os pesquisadores fundiram a sequência do GERMIN3 a uma proteína fluorescente vermelha. Essa construção foi introduzida em células vegetais, permitindo visualizar a presença e o comportamento do GERMIN3 em células vivas.

Imagem de Células Vivas de GERMIN-mRFP

Usando técnicas avançadas de imagem, os pesquisadores observaram como a proteína GERMIN3 se comportava em células vegetais vivas. Eles viram que ela se localizava dentro do retículo endoplasmático e estava intimamente associada a áreas envolvidas na comunicação celular.

Experimento de Gating

Para entender como o GERMIN3 afeta o movimento de moléculas entre células vegetais, os pesquisadores realizaram um experimento de gating. Eles usaram uma proteína de fusão para rastrear como ela se movia de uma célula para outra na presença do GERMIN3. Eles descobriram que quando ambas as proteínas estavam presentes, o movimento entre as células aumentava, sugerindo que o GERMIN3 afeta como as aberturas entre células (plasmodesmata) funcionam.

Superexpressão de GERMIN3 Impacta Ativação do Meristema

O impacto da expressão do GERMIN3 no crescimento da batata foi significativo. Isso levou a um desenvolvimento de tubérculos mais precoce e a maiores rendimentos, como visto em várias linhagens transgênicas. Notavelmente, essas plantas também mostraram mudanças em sua estrutura geral, com mais ramificações e brotações a partir dos tubérculos.

Rendimento e Número de Tubérculos em Linhagens Selvagens e Superexpressoras de GERMIN3

Os pesquisadores mediram o rendimento de tubérculos e o número de tubérculos produzidos tanto por linhagens selvagens quanto por linhagens que superexpressam o GERMIN3. Eles notaram que várias das linhagens transgênicas produziram significativamente mais tubérculos em comparação com as plantas selvagens, apoiando ainda mais a ideia de que o GERMIN3 é um fator chave no desenvolvimento do tubérculo.

Características de Brotação dos Tubérculos

Os pesquisadores também observaram como os tubérculos das linhagens que superexpressam diferiam no comportamento de brotação. Eles descobriram que, enquanto não houve diferença significativa no tempo que levou para a brotação começar, as linhagens que superexpressam tinham mais brotos em comparação com as selvagens, sugerindo uma redução na dominância apical.

Perfil de Expressão do GERMIN3

A expressão do GERMIN3 em diferentes partes da planta foi acompanhada. Foi encontrado em vários tecidos, e seus níveis foram afetados pelo estágio de desenvolvimento da planta. Os níveis mais altos foram notados durante os estágios em que os tubérculos estavam inchando, indicando sua importância no processo de desenvolvimento do tubérculo.

Análise Transcriptômica em Estolões Curvados e Inchando

Os pesquisadores realizaram uma análise mais aprofundada em estolões curvados e inchando para ver como o GERMIN3 impactou a expressão de outros genes importantes. Eles compararam a atividade gênica nas linhagens selvagens e na linhagem transgênica 66, identificando uma variedade de transcritos que foram expressos de maneira diferente entre os dois grupos.

Conclusão

No geral, essa pesquisa destacou o papel importante do GERMIN3 no desenvolvimento do tubérculo de batata. Sua influência na expressão gênica, atividade enzimática e comunicação célula a célula aponta para seu potencial em melhorar os rendimentos de batata. Ao entender como o GERMIN3 funciona, os cientistas podem explorar maneiras de aumentar a produção de tubérculos em várias condições de cultivo, proporcionando uma avenida promissora para futuros avanços agrícolas.

Fonte original

Título: GERMIN3 plays a role in plasmodesmatal gating to regulate meristem activation related to tuberisation, tuber dormancy release and stem branching in potato

Resumo: O_LIGERMIN3 has previously been identified as a target of the tuberigen activation complex suggesting a function in potato tuberisation but its role is presently unknown. C_LIO_LITo understand the role of GERMIN3 we analysed morphological, agronomic and molecular phenotypes in transgenic lines. C_LIO_LIGERMIN3 over-expressing lines of Solanum tuberosum ssp. andigena exhibited increased tuber yields under permissive conditions and enhanced tuber numbers. Post-harvest tuber sprouting exhibited reduced apical dominance with increased numbers of sprouts. Apical dominance was reduced in aerial tissues of mature plants where stem growth from axillary buds was activated. Similar results were observed in the commercial cultivar Desiree. Over-expression of GERMIN3 had no impact on the expression of SP6A, a positive regulator of tuberisation or TFL1B, a negative regulator. The GERMIN3 protein localised to the endoplasmic reticulum and transient expression in N. benthamiana leaves resulted in plasmodesmatal gating allowing intercellular transport of GFP-tagged sporamin independent of GERMIN3 oxalate oxidase activity. C_LIO_LIGERMIN3 affects tuberisation and other developmental processes by facilitating meristem activation. This identifies GERMIN3 as a novel protein associated with control of plasmodesmatal transport and supports the importance of plasmodesmatal gating in the regulation of key potato developmental processes. C_LI

Autores: Raymond Campbell, Graham Cowan, Bernhard Wurzinger, Laurence J.M. Ducreux, Jimmy Dessoly, Wenbin Guo, Runxuan Zhang, Jenny A. Morris, Pete Hedley, Vanessa Wahl, Mark A. Taylor, Robert D. Hancock

Última atualização: 2024-09-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.28.615581

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.28.615581.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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