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Significância dos Anões Brancos na Background de Ondas Gravitacionais

Um estudo revela o impacto de binários de anãs brancas nos sinais de ondas gravitacionais.

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Ondas gravitacionais são como ondulações no espaço-tempo causadas por objetos massivos se movendo pelo espaço. Entre as fontes dessas ondas estão os sistemas binários formados por objetos compactos, como anãs-brancas. Uma anã-branca é o que sobra de uma estrela que já queimou todo seu combustível nuclear e perdeu suas camadas externas. Este estudo se concentra no fundo de ondas gravitacionais gerado por binários de anãs-brancas e nas incertezas relacionadas a isso.

O que é o Fundo Astrofísico de Ondas Gravitacionais?

O fundo astrofísico de ondas gravitacionais (AGWB) é um sinal combinado de muitos sistemas binários, incluindo os com anãs-brancas. Ele inclui contribuições de vários sistemas binários, como pares de anãs-brancas e buracos negros. Futuros detectores espaciais, como a Laser Interferometer Space Antenna (LISA), vão conseguir captar esse fundo, especialmente na faixa de frequência em mHz.

Descobertas recentes sugerem que as ondas gravitacionais geradas por anãs-brancas são mais significativas do que as produzidas por binários de buracos negros. Este estudo tem como objetivo analisar as incertezas na estimativa da contribuição das anãs-brancas para o AGWB.

Fatores que Afetam o AGWB das Anãs-Brancas

Tem vários fatores chave que contribuem para as incertezas no AGWB das anãs-brancas:

  1. Metallicidade: Isso se refere à quantidade de elementos mais pesados que hidrogênio e hélio nas estrelas. Diferentes metallicidades podem afetar como as estrelas evoluem, o que, por sua vez, influencia a formação de sistemas binários.

  2. Densidade da Taxa de Formação Estelar (SFRD): É uma medida de quanto se forma de estrelas ao longo do tempo e em um volume específico do espaço. Existem diferentes modelos para estimar quantas estrelas se formam no universo.

  3. Modelos de Evolução Binária: Esses modelos descrevem como os sistemas binários evoluem ao longo do tempo e incluem variações em como as fases de envoltório comum são tratadas. A fase de envoltório comum é um estágio em que uma estrela em um sistema binário se expande e engole sua companheira, levando a interações complexas.

Metodologia

Pra calcular a contribuição das anãs-brancas para o AGWB, os pesquisadores usam um código especializado. Esse código leva em conta a população de binários de anãs-brancas a diferentes distâncias (redshifts) da Terra. Um total de 20 bins de redshift são usados, abrangendo desde o tempo presente até cerca de 13 bilhões de anos atrás.

A população de binários de anãs-brancas em cada bin de redshift é estimada integrando a atividade de formação estelar que ocorreu antes daquele tempo. Isso envolve simular o número de binários que emitiriam ondas gravitacionais em frequências específicas.

Modelos de Densidade da Taxa de Formação Estelar

Existem vários modelos pra representar a SFRD. Esses modelos consideram diferentes fatores, incluindo metallicidade. O estudo incorpora múltiplos modelos de SFRD pra comparar seus efeitos no AGWB.

Por exemplo, um modelo foca em ambientes de baixa metallicidade, enquanto outro representa regiões de alta metallicidade. O objetivo é ver como esses diferentes modelos mudam a estimativa do AGWB.

Modelos de População Binária

O estudo usa diferentes modelos de população para sistemas binários, cada um com sua abordagem para a fase de envoltório comum. O código de síntese populacional SeBa é usado pra simular esses sistemas binários, levando em conta uma variedade de condições iniciais, como massas e separações.

A pesquisa também examina como as propriedades iniciais dos binários de anãs-brancas variam entre diferentes modelos de metallicidade. As simulações ajudam a prever as frequências de ondas gravitacionais emitidas por esses binários.

Resultados

A análise mostra que a componente de anãs-brancas do AGWB é geralmente dominante sobre as contribuições de outros tipos de binários de objetos compactos, especialmente buracos negros. A intensidade do AGWB devido a anãs-brancas varia conforme o modelo de SFRD escolhido e a metallicidade.

  1. Efeito da Metallicidade: Quando o AGWB é simulado assumindo que toda a formação estelar ocorre em uma única metallicidade, diferenças notáveis surgem. Metallicidade mais baixa resulta em sinais mais fracos, enquanto uma metallicidade específica pode produzir sinais mais fortes. O estudo encontra que a variação devido à metallicidade é relativamente pequena.

  2. Efeito de Diferentes Modelos de SFRD: A influência de vários modelos de SFRD no sinal do AGWB é significativa. Diferentes modelos podem levar a diferenças na intensidade do AGWB em um fator de 2 ou mais. O uso de modelos que incluem galáxias em explosão estelar-regiões com formação rápida de estrelas-tende a resultar em sinais mais altos de AGWB.

  3. Efeito de Diferentes Modelos de População: A escolha do modelo de população binária também impacta a estimativa do AGWB. Alguns modelos sugerem que mais binários se fundem antes da segunda fase de envoltório comum ocorrer, levando a sinais de AGWB mais baixos. A diferença entre os sinais mais altos e mais baixos em diferentes modelos é de aproximadamente um fator de 2.

Estimativa de Incerteza

Ao combinar os efeitos de diferentes SFRDs dependentes de metallicidade e modelos de população binária, os pesquisadores estimam incertezas no sinal do AGWB. Eles notam que a incerteza para a componente de anãs-brancas pode ser em torno de um fator de 5. Apesar desse nível de incerteza, a dominância das anãs-brancas na faixa de mHz é fortemente apoiada.

Futuras Observações

Um dos principais objetivos de futuros detectores de ondas gravitacionais, como a LISA, é confirmar o AGWB e ajudar a refinar nossa compreensão dos sistemas binários no universo. Observar o AGWB fornece insights sobre a história da formação estelar e a natureza dos binários compactos.

Além disso, os pesquisadores estão interessados em saber se a LISA conseguirá detectar a mudança do AGWB em torno de 10 mHz. A detecção dessa mudança apoiaria a existência de binários de anãs-brancas como contribuintes significativos para o AGWB.

Conclusão

Este estudo destaca a importância das anãs-brancas na contribuição para o AGWB e identifica vários fatores que introduzem incertezas em suas estimativas. Enquanto a metallicidade tem um efeito menor, as incertezas relacionadas às taxas de formação estelar e modelos binários podem ter um impacto mais significativo.

À medida que os avanços tecnológicos permitem medições mais precisas de ondas gravitacionais, nossa compreensão dessas contribuições continuará a evoluir. Observações da LISA e de outros futuros detectores vão ampliar nosso conhecimento sobre a história da formação estelar do universo e a natureza dos sistemas binários compactos, especialmente os que envolvem anãs-brancas.

Fonte original

Título: On the uncertainty of the White Dwarf Astrophysical Gravitational Wave Background

Resumo: Context: The astrophysical gravitational wave background (AGWB) is a stochastic gravitational wave (GW) signal that is emitted by different populations of inspiralling binary systems containing compact objects throughout the Universe. In the frequency range between 0.1 and 100 mHz it will be detected by future space-based gravitational wave detectors like the Laser Interferometer Space Antenna (LISA). Recently, we concluded that the white dwarf (WD) contribution to the AGWB dominates over that of black holes (BHs) and neutron stars (NSs). Aims: We aim to investigate the uncertainties of the WD AGWB that arise from the use of different stellar metallicities, different star formation rate density (SFRD) models, and different binary evolution models. Methods: We use the code developed before to determine the WD component of the AGWB. We use a metallicity dependent SFRD based on earlier work to construct five different SFRD models. We use four different population models that use different common-envelope treatment and six different metallicities for each model. Results: For all possible combinations, the WD component of the AGWB is dominant over other populations of compact objects. The effects of metallicity and population model are smaller than the effect of a (metallicity dependent) SFRD model. We find a range of about a factor of 5 in the level of the WD AGWB around a mid value of $\Omega_{\rm WD} = 4\times10^{-12}$ at 1 mHz and a shape that depends weakly on the model. Conclusions: We find an uncertainty for the WD component of the AGWB of about a factor 5. We note that there exist other uncertainties that have an effect on this signal as well. We discuss whether the turnover of the WD AGWB at 10 mHz will be detectable by LISA, and find that this is likely. We confirm the previous finding that the WD component of the AGWB dominates over other populations, in particular BHs.

Autores: Sophie Hofman, Gijs Nelemans

Última atualização: 2024-10-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.10642

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.10642

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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