Navegando pelo Caminho dos CMEs Não-Radiais
Estudo revela insights sobre o comportamento de ejeções de massa coronal não radiais.
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Índice
Ejeções de massa coronal (CMEs) são explosões grandes de vento solar e campos magnéticos que se elevam acima da coroa solar. Esses eventos podem causar muita bagunça no clima espacial, afetando satélites e sistemas de comunicação aqui na Terra. A nossa parada é entender como essas CMEs se movem pelo sistema solar, especialmente aquelas que não vão direto para a Terra, mas seguem um caminho diferente.
Um Pouco Sobre as CMEs
As CMEs geralmente estão ligadas a flares solares, que liberam energia por todo o espectro eletromagnético. Elas liberam uma quantidade enorme de Plasma e campos magnéticos no espaço, e se forem direcionadas para a Terra, podem causar Tempestades Geomagnéticas. O impacto dessas tempestades depende de vários fatores, como a velocidade, o tamanho e a direção do campo magnético da CME ao chegar na Terra.
As CMEs podem viajar a velocidades que vão de algumas centenas a mais de duas mil quilômetros por segundo. As CMEs mais rápidas podem criar ondas de choque no espaço, que podem ser detectadas por emissões de rádio conhecidas como explosões tipo II. Essas explosões ajudam a entender a velocidade da onda de choque e a prever quando a CME vai chegar na Terra.
Por Que Estudar CMEs Não Radiais?
A maioria dos modelos assume que as CMEs vão direto do Sol para a Terra. Mas algumas viajam em ângulos que não estão alinhados perfeitamente com a linha Sol-Terra. Entender como essas CMEs não radiais se comportam é super importante para melhorar a precisão das previsões. Este estudo foca em dois eventos em que as CMEs tinham uma direção de propagação bem não radial.
Descrição dos Eventos
Os dois eventos solares analisados aconteceram em 7 de dezembro de 2020 e 28 de outubro de 2021. Ambos estavam associados a CMEs de halo completo, ou seja, pareciam envolver completamente o Sol. As observações mostraram que a direção dessas CMEs não estava alinhada com a linha direta para a Terra, tornando-as perfeitas para nosso estudo sobre a precisão das previsões.
Metodologia
Para estudar esses eventos, usamos várias ferramentas de observação, incluindo telescópios que coletam dados do Sol e modelos que simulam como as CMEs se movem no espaço. Comparamos dados de diferentes métodos para ver quais davam as previsões mais precisas.
Dados Observacionais: Coletamos dados de vários satélites que monitoram a atividade solar. Isso incluiu imagens de diferentes comprimentos de onda que ajudam a visualizar as CMEs quando elas explodem do Sol.
Reconstrução da CME: Usando imagens de dois pontos de vista diferentes, conseguimos reconstruir a forma e o caminho das CMEs. Isso ajudou a determinar como a direção delas muda enquanto viajam pelo espaço.
Modelos de Previsão: Utilizamos vários modelos para prever quando as CMEs chegariam à Terra. Isso incluiu métodos mais simples baseados em observações passadas e simulações mais complicadas que levam em conta a interação da CME com o vento solar ao redor.
Resultados do Estudo
Nossos achados indicam que a precisão das previsões de chegada das CMEs varia bastante dependendo dos métodos usados.
Velocidade 2D da CME
Quando usamos a velocidade 2D medida pelas imagens, encontramos imprecisões significativas. Para o primeiro evento, as previsões estavam cerca de 29 horas adiantadas, e para o segundo evento, estavam 39 horas adiantadas. Isso mostra que confiar apenas em um ponto de vista pode levar a grandes erros.
Explosões de Rádio Tipo II
Usar explosões tipo II para as previsões deu resultados um pouco melhores, mas ainda assim com imprecisões. A previsão para o primeiro evento estava 21 horas atrasada, enquanto para o segundo evento, estava 29 horas adiantada. Essa inconsistência reflete a complexidade da posição da CME quando o sinal de rádio é gerado.
Modelagem Avançada com EUHFORIA
Os resultados mais precisos vieram do modelo EUHFORIA, que simula a jornada da CME pelo espaço. Ao levar em conta diferentes alturas em que as observações foram feitas, as previsões de tempo de chegada melhoraram muito. Para o primeiro evento, usar observações em alturas maiores cortou o erro de 20 horas para apenas 10 minutos. Para o segundo evento, o erro caiu de 12 horas para 30 minutos.
Essa melhoria mostra que considerar a mudança de direção da CME durante a propagação leva a previsões mais precisas.
Importância da Direção nas Previsões
Uma das principais lições do nosso estudo é quão importante é a direção do movimento da CME para o tempo de chegada na Terra. Quando observamos as CMEs em alturas mais baixas, elas geralmente mudavam de direção devido a interações com estruturas próximas na coroa. À medida que subiam, essas mudanças se tornavam menos significativas, permitindo uma modelagem mais precisa.
Isso sugere que usar dados de alturas mais próximas de 10 raios solares acima do Sol pode proporcionar os melhores resultados para previsões futuras.
Conclusão
Em resumo, entender como as CMEs atuam, especialmente as que não viajam diretamente para a Terra, é crucial para melhorar as previsões do clima espacial. Nosso estudo mostra que modelar CMEs com precisão requer levar em conta mudanças na direção de propagação enquanto elas viajam pelo sistema solar. Ao utilizar uma combinação de dados observacionais e técnicas de modelagem avançadas, podemos melhorar nossa capacidade de prever quando as perturbações solares chegarão à Terra, ajudando a mitigar seus efeitos na nossa tecnologia e infraestrutura.
Direções Futuras
Estudos futuros devem continuar a refiná-los modelos e incluir análises estatísticas de vários eventos de CME. Compreendendo as alturas em que as CMEs mudam de direção, podemos fazer previsões mais informadas no futuro, aumentando a resistência contra os impactos do clima espacial.
Com os avanços contínuos nas tecnologias de observação solar e ferramentas de modelagem, estamos mais preparados para enfrentar os desafios impostos pela atividade solar. Isso ajudará a proteger nossos sistemas tecnológicos e aprimorar nosso entendimento da dinâmica entre o Sol e a Terra.
Título: Modelling non-radially propagating coronal mass ejections and forecasting the time of their arrival at Earth
Resumo: We present the study of two solar eruptive events observed on December 7 2020 and October 28 2021.Both events were associated with full halo CMEs and flares.These events were chosen because they show a strong non-radial direction of propagation in the low corona and their main propagation direction is not fully aligned with the Sun-Earth line.This characteristic makes them suitable for our study, which aims to inspect how the non-radial direction of propagation in the low corona affects the time of CMEs' arrival at Earth.We reconstructed the CMEs using coronagraph observations and modelled them with EUHFORIA and the cone model for CMEs.To compare the accuracy of forecasting the CME arrival time at Earth obtained from different methods, we also used so-called typeII bursts, radio signatures of associated shocks, to find the velocities of the CME-driven shocks and forecast the time of their arrival at Earth.We also estimated the CME arrival time using the 2D CME velocity.Our results show that the lowest accuracy of estimated CME Earth arrival times is found when the 2D CME velocity is used.The velocity of the typeII radio bursts provides better, but still not very accurate, results.Employing, as an input to EUHFORIA, the CME parameters obtained from the GCS fittings at consequently increasing heights, results in a strongly improved accuracy of the modelled CME and shock arrival time Delta t changes from 14h to 10min for the first event, and from 12h to 30min for the second one.This improvement shows that when we increased the heights of the GCS reconstruction we accounted for the change in the propagation direction of the studied CMEs, which allowed us to accurately model the CME flank encounter at Earth. Our results show the great importance of the change in the direction of propagation of the CME in the low corona when modelling CMEs and estimating the time of their arrival at Earth.
Autores: Angelos Valentino, Jasmina Magdalenic
Última atualização: 2024-07-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.17295
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.17295
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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