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# Biologia# Microbiologia

Nova Método Alvo a Resistência Antimicrobiana com RNA

Pesquisadores desenvolveram um novo ensaio de reporter pra melhorar a entrega de ASO contra bactérias resistentes.

Jörg Vogel, P. Sarkar, L. Popella, S. Perez-Jimenez

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A resistência antimicrobiana é um problemão na saúde global hoje em dia. Isso significa que algumas bactérias não respondem mais aos remédios que usamos pra combater infecções. É uma questão urgente que precisa de novas formas de tratar essas infecções difíceis. Uma ideia promissora é usar tratamentos baseados em RNA que podem atacar bactérias específicas em vez de usar antibióticos tradicionais.

Entendendo Oligonucleotídeos Antissenso

No centro dessa nova abordagem estão pedaços especiais de RNA chamados oligonucleotídeos antissenso (ASOs). Esses são fios curtos de RNA sintético projetados pra se ligar ao RNA mensageiro (mRNA) das bactérias. O mRNA é a molécula que carrega informações do DNA pra a maquinaria nas células que produz proteínas. Quando os ASOs se ligam ao mRNA de uma bactéria, eles bloqueiam a produção de certas proteínas, matando a bactéria.

Os ASOs também podem ser feitos pra atacar genes que ajudam as bactérias a resistir aos antibióticos. Quando esses genes de resistência são bloqueados, os antibióticos podem funcionar novamente pra matar as bactérias.

O Desafio de Entregar ASOs

Atualmente, a maioria dos ASOs é feita de estruturas químicas específicas que não entram facilmente nas bactérias. Eles precisam de ajuda pra entrar, e é aí que entram os transportadores. Um tipo comum de transportador é o peptídeo que penetra células (CPP). Esses são peptídeos que conseguem entrar nas bactérias e levar os ASOs com eles.

Porém, ainda não tá claro como esses transportadores funcionam e como torná-los mais eficazes na entrega dos ASOs.

Métodos de Teste para Entrega de ASOs

Pra descobrir como esses transportadores funcionam, os cientistas precisam de novos métodos pra testá-los. Alguns métodos atuais medem quanto CPP ou ASO entra nas bactérias usando técnicas complicadas. Um método simples é marcar o CPP com um corante fluorescente. Isso permite que os pesquisadores vejam pra onde o CPP vai nas bactérias usando instrumentos especiais.

No entanto, a diferença de tamanho entre o corante e os ASOs pode causar imprecisões nos resultados. Uma alternativa é usar espectrometria de massa pra detectar ASOs nas bactérias. Mas esse método consome muito tempo e não é muito eficiente.

Outra abordagem é olhar como as bactérias crescem após o tratamento com ASOs. Se as bactérias morrem, isso indica que o ASO funcionou, mas os resultados podem ser enganosos porque o transportador pode ser prejudicial por conta própria.

Um Novo Teste de Reporter

Pra resolver essas questões, os pesquisadores criaram um novo método chamado teste de reporter "switch-on". Este método se baseia em uma maneira conhecida de que moléculas pequenas de RNA podem ativar genes nas bactérias.

Os pesquisadores projetaram um interruptor especial envolvendo uma sequência de RNA que pode esconder partes importantes necessárias pra criação de proteínas. Quando os ASOs são introduzidos, eles conseguem interromper esse estado oculto e permitir a produção de proteínas, indicada pela fluorescência. Isso significa que o interruptor está ligado, mostrando que os ASOs foram entregues com sucesso.

Testando o Reporter Switch

Os pesquisadores usaram esse novo interruptor pra avaliar quão bem diferentes ASOs poderiam funcionar e quão eficazes os CPPs são na entrega. Eles testaram várias concentrações e tipos de ASOs em diferentes cepas de bactérias, vendo quanto a fluorescência mudava. Eles também testaram dez CPPs diferentes pra ver qual ajudava melhor na entrega dos ASOs.

Durante esses experimentos, eles descobriram que certas mutações no interruptor de RNA poderiam melhorar como ele funciona quando os ASOs são introduzidos. Eles também perceberam que o tipo de meio de cultura usado nos testes influenciava quão efetivamente os ASOs conseguiam ativar o interruptor.

Entendendo as Condições de Crescimento

Diferentes tipos de meios podem afetar como as bactérias interagem com os CPPs. Por exemplo, os pesquisadores descobriram que usar um caldo rico em nutrientes resultou em menos ativação do sinal fluorescente em comparação a um Meio de Crescimento mínimo. Isso indica que o ambiente tem um papel em quão efetivo o tratamento com ASOs funciona.

Os pesquisadores também olharam como diferentes proteínas fluorescentes impactaram os resultados do teste. Eles descobriram que uma proteína fluorescente, conhecida como sfGFP, trouxe os melhores resultados porque mostrou rapidamente a ativação após a entrega do ASO.

Papel das Proteínas de Transporte

Pra entender melhor como os ASOs entram nas bactérias, os pesquisadores testaram uma cepa de bactéria que não tinha uma proteína transportadora específica. Essa proteína é conhecida por ajudar a levar os CPPs pras células bacterianas. Os resultados mostraram que, nessa cepa mutante, a ativação do sinal fluorescente foi muito menor, confirmando que o mecanismo de transporte é realmente importante pra entrega dos ASOs.

Triagem em Alta Escala de CPPs

Os pesquisadores usaram seu teste de reporter pra selecionar novos candidatos a CPPs. Eles testaram uma pequena biblioteca de dez CPPs diferentes pra ver a capacidade deles de levar os ASOs pras bactérias. Descobriram que alguns CPPs funcionaram muito melhor que outros.

Curiosamente, também notaram que a eficácia dos CPPs variava entre diferentes cepas de bactérias. Os CPPs mais eficazes produziram um sinal fluorescente forte, enquanto outros não ativaram o reporter de jeito nenhum.

Diferenças Entre Cepas Bacterianas

O estudo destacou que a capacidade dos CPPs de entregar ASOs não é a mesma em todas as espécies bacterianas. Por exemplo, perceberam que a Salmonella teve resultados melhores que diferentes cepas de E. coli. Isso sugere que existem fatores específicos em jogo que influenciam a entrega dos ASOs.

Dinâmica do Tempo na Entrega

Além de testar diferentes CPPs, os pesquisadores examinaram como a ativação do reporter mudava ao longo do tempo após o tratamento com ASOs. Descobriram que certos CPPs causaram um aumento rápido na fluorescência, enquanto outros mostraram uma resposta mais lenta. Essas diferenças podem ajudar os pesquisadores a entender melhor quão efetivo cada CPP é ao longo do tempo.

Conclusão

A pesquisa mostra que o novo teste de reporter switch-on é uma ferramenta útil pra avaliar a entrega dos ASOs nas bactérias. Ele permite a triagem de vários CPPs e fornece insights sobre quão bem esses tratamentos potenciais podem funcionar contra infecções resistentes a antibióticos.

Otimizar esse teste é o objetivo dos pesquisadores, que esperam descobrir melhores transportadores para os ASOs, o que poderia levar ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra infecções bacterianas resistentes.

Direções Futuras

Seguindo em frente, os pesquisadores esperam refinar ainda mais o teste de reporter switch-on. Eles podem testar diferentes construções de RNA ou projetar novos transportadores pra melhorar a entrega dos ASOs. Esse trabalho pode abrir caminhos pra criar novos tratamentos eficazes contra infecções bacterianas difíceis, potencialmente transformando a forma como lidamos com a resistência antimicrobiana na saúde.

Fonte original

Título: RNA toehold switch-based reporter assay to assess bacterial uptake of antisense oligomers

Resumo: Antisense oligomers (ASOs) hold promise as antibiotics for selective targeting of bacterial pathogens and as tools for the modulation of gene function in genetically intractable microbes. However, their efficient delivery across the complex bacterial envelope remains a major challenge. There are few methods to assess the efficiency of carrier-mediated ASO uptake by bacteria. Here, we have developed a "switch-on" reporter assay to measure ASO uptake efficiency in a semi-quantitative manner. The assay uses a synthetic RNA toehold switch fused to the mRNA of a fluorescent reporter protein, which is activated in vivo by a peptide nucleic acid (PNA)-based ASO upon delivery into the bacterial cytosol. We have used this assay to screen different cell penetrating peptides (CPPs) as ASO carriers in Escherichia coli and Salmonella enterica and observed up to 60-fold activation, depending on the CPP and bacterial strain used. Our assay shows high dynamic range and sensitivity, which should enable high-throughput screens for bacterial ASO carriers. We also show that the reporter can be used to study routes of PNA uptake, as demonstrated by reduced reporter activity in the absence of the inner membrane protein SbmA. In summary, we present a portable tool for the discovery of species-specific and efficient ASO carriers that will also be useful for a broader investigation of cellular uptake mechanisms of antibacterial ASOs. ImportanceThe rise of antimicrobial resistance presents a major global health challenge. If not addressed, the death toll from resistant infections is expected to rise dramatically in the coming years. As a result, it is essential to explore alternative antimicrobial therapies. One promising approach is to target bacterial mRNAs using antisense oligomers (ASOs) to silence genes involved in essential functions, virulence, or resistance. However, delivering ASOs across bacterial membranes remains a major challenge and effective methods to monitor their uptake are limited. In this study, we develop a reporter assay to facilitate the high-throughput discovery of bacterial ASO carriers. This research paves the way for developing novel precision antisense-based antibacterial therapies.

Autores: Jörg Vogel, P. Sarkar, L. Popella, S. Perez-Jimenez

Última atualização: 2024-10-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.25.620056

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.25.620056.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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