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# Ciências da saúde# Malattie infettive (eccetto HIV/AIDS)

Aumento das Taxas de Sífilis Entre Mulheres Migrantes na Colômbia

As taxas de sífilis disparam entre migrantes grávidas, ameaçando a saúde materna e infantil.

Doris Parada, Andrea Wirtz, Rafael Olarte, Magaly Pedraza, Bert Hoffmann, Merike Blofield

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A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível que tá aumentando no mundo todo. Nos últimos trinta anos, mais pessoas foram diagnosticadas com sífilis, especialmente na América Latina. Em 2016, as taxas de sífilis estavam bem altas entre homens, mulheres e grávidas em países da América Latina, com algumas áreas mostrando taxas ainda maiores. Uma preocupação grande é a sífilis congênita, que acontece quando uma mãe passa a sífilis pro bebê durante a gravidez. Isso pode causar problemas de Saúde sérios pro bebê, incluindo morte fetal e outras complicações.

As taxas de sífilis congênita dobraram nas Américas entre 2009 e 2020. Na Colômbia, a situação é ainda pior, com algumas regiões reportando taxas bem mais altas. Muitas mulheres migram pra Colômbia vindas da Venezuela pra escapar de condições difíceis, como uma crise econômica e política que dura anos. Essas mulheres muitas vezes enfrentam riscos maiores de infecções como a sífilis por causa das dificuldades que passam.

O Impacto da Migração

Cerca de 7,7 milhões de venezuelanos deixaram seu país, com um bom número se estabelecendo na Colômbia. Muitos desses Migrantes vêm de contextos que os tornam vulneráveis a problemas de saúde, incluindo a sífilis. O acesso ruim a serviços de saúde e recursos limitados são desafios comuns enfrentados por essas populações deslocadas. A prevalência de sífilis entre migrantes venezuelanos vivendo em áreas urbanas da Colômbia foi estimada como bastante alta, especialmente entre grávidas.

As condições de vida na Venezuela pioraram ao longo dos anos, fazendo com que muitos busquem atendimento médico urgente na Colômbia. No entanto, ao chegarem, acham difícil acessar os serviços médicos que precisam, especialmente no que diz respeito ao pré-natal. Muitos migrantes sem documentação não têm acesso a cuidados de saúde de rotina, o que coloca tanto eles quanto seus bebês em risco.

Os Desafios de Procurar Cuidados de Saúde

Na Colômbia, embora alguns serviços de saúde estejam disponíveis independentemente do status migratório, muitos migrantes ainda têm dificuldade em receber Cuidados Pré-natais. Muitas vezes, entram no sistema de saúde muito tarde e chegam com sífilis não tratada. Isso pode levar a complicações como a sífilis congênita em recém-nascidos, que acontece quando as mães não são diagnosticadas ou tratadas a tempo durante a gravidez.

Apesar dos esforços pra fornecer cuidados de saúde a todas as grávidas, muitas migrantes continuam sem saber sobre seus problemas de saúde até o momento do parto. A qualidade do atendimento na Colômbia é geralmente melhor em comparação com a Venezuela, mas o acesso ainda pode ser uma barreira, especialmente pra quem não tem os documentos corretos.

A Vida das Mães Migrantes

As dificuldades das mães migrantes são complexas. Elas frequentemente enfrentam problemas financeiros, o que torna difícil priorizar cuidados de saúde em relação a outras necessidades, como comida e moradia. A maioria das participantes de um estudo relatou viver em extrema pobreza, tanto na Venezuela quanto após chegarem à Colômbia. Essa necessidade urgente de sustentar suas famílias fez com que muitas mães não pudessem acessar consultas pré-natais regulares, resultando em diagnósticos e tratamentos tardios da sífilis.

Além disso, crenças culturais e lacunas educacionais relacionadas à saúde sexual contribuem para a propagação da sífilis. Muitas mulheres tinham pouco conhecimento sobre a sífilis antes do diagnóstico e se sentiam culpadas por transmitir a infecção aos seus bebês. Mal-entendidos sobre a doença, suas causas e como ela é transmitida são comuns.

Sistemas de Apoio

A disponibilidade de sistemas de apoio é outro fator que influencia a saúde dessas mulheres. Muitas mães migrantes na Colômbia relataram redes sociais e apoio limitados, dependendo muitas vezes apenas de parceiros ou familiares. Apenas um pequeno número recebeu apoio financeiro de programas governamentais. A falta de sistemas de apoio estáveis pode dificultar a vida dessas mulheres ao lidarem com seus desafios de saúde.

Algumas mães relataram experiências de violência doméstica ou relacionamentos instáveis após o diagnóstico de sífilis, o que afetou sua capacidade de buscar ajuda. O estigma em torno das infecções sexualmente transmissíveis pode impedir que mulheres falem abertamente sobre seus diagnósticos com seus parceiros, complicando ainda mais suas situações.

A Importância da Educação em Saúde

A falta de educação sobre saúde sexual é alarmante. Muitas mulheres migrantes reconhecem sua ignorância em relação à sífilis e suas implicações. A maioria aprendeu sobre a doença por canais informais, como amigos ou parentes, em vez de por meio de educação em saúde estruturada. Essa falta de entendimento pode resultar em atrasos no tratamento e oportunidades perdidas para cuidados preventivos.

Além disso, quando os profissionais de saúde não explicam os diagnósticos corretamente, os pacientes podem sair sem entender completamente os riscos à saúde. Muitas mulheres relataram se sentir sobrecarregadas ao receberem seus diagnósticos, e a vergonha de não saber levou a sentimentos de culpa e culpa.

Análise das Experiências

Através de entrevistas com mães que enfrentaram sífilis congênita, vários temas importantes surgiram. Elas discutiram suas experiências de gravidezes de alto risco em meio a dificuldades econômicas, o impacto emocional do diagnóstico e os desafios de acessar cuidados de saúde.

As histórias refletem a profunda interseccionalidade de suas circunstâncias, mostrando como fatores sociais como educação, pobreza e conscientização sobre saúde estão entrelaçados. Muitas mulheres enfatizaram a necessidade de cuidados pré-natais que abordem especificamente seu status migratório e os desafios únicos que enfrentam.

Recomendações para Abordar o Problema

Pra combater as taxas crescentes de sífilis congênita, é crucial abordar várias áreas-chave. Primeiro, melhorar o acesso à saúde pra todas as grávidas, especialmente migrantes, é essencial. Isso significa garantir que os serviços estejam disponíveis independentemente do status legal e fornecer educação sobre a importância do pré-natal.

Em segundo lugar, a educação em saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis deve ser expandida nas comunidades migrantes. Programas que promovam a conscientização e o entendimento da sífilis, sua transmissão e tratamento podem empoderar as mulheres a buscarem ajuda mais cedo.

Por fim, há uma necessidade urgente de um ambiente de apoio onde mulheres migrantes possam encontrar assistência emocional e financeira. Estabelecer redes de apoio comunitário e integrar serviços sociais nos sistemas de saúde pode ajudar a aliviar o fardo sobre essas populações vulneráveis.

Conclusão

Os desafios enfrentados por mães migrantes em acessar cuidados de saúde oportunos e eficazes durante a gravidez, especialmente em relação à sífilis, são sistêmicos e profundamente enraizados. Ao entender suas experiências e abordar os determinantes sociais relevantes, é possível criar intervenções direcionadas que protejam tanto a mãe quanto a criança e contribuam para a eliminação da sífilis congênita.

Esforços pra melhorar o acesso à saúde pra populações vulneráveis não são apenas uma questão de saúde, mas uma obrigação moral de garantir que todos os indivíduos, independentemente de seu histórico, tenham a oportunidade de uma gravidez saudável e segura. Abordar essas questões será essencial pra trabalhar em direção a uma sociedade onde nenhuma mãe precise sofrer as consequências da sífilis não tratada durante a gravidez.

Fonte original

Título: The social determinants of maternal and congenital syphilis at the Colombia-Venezuela border: A qualitative study of twenty mothers with newborns with congenital syphilis

Resumo: Humanitarian crises and resulting out-migration have created contexts in which treatable diseases such as syphilis have expanded in prevalence. Untreated syphilis can have potentially irreversible and devastating consequences, especially for infants born with congenital syphilis. Our study aimed to understand the experiences of postpartum mothers whose newborns have been diagnosed with congenital syphilis and explore the social determinants of maternal and congenital syphilis. The setting of our study is the main public hospital in Cucuta, Colombia, at the border with Venezuela, which provides emergency care to everyone regardless of documentation and thus receives a high share of Venezuelan migrants. We conducted twenty in-depth interviews with women who had their newborns hospitalized with a diagnosis of congenital syphilis. Sampling was conducted purposively at the hospital, between March and June 2023. Study participants were mostly Venezuelan migrants and Colombian returnees, from their teens to their forties. We used a grounded theory technique to conduct thematic analysis. Four major themes emerged: 1) experiencing a pregnancy in the context of a lack of resources, violence and ignorance; 2) guilt with and reinfection of syphilis; 3) challenges and limitations in accessing health care; and 4) limited support networks and machismo. Reported challenges were intertwined with the high costs of health care in the country of origin, the lack of knowledge of sexually transmitted infections, the limited public health education targeting this population group, and the absence of Colombian public policies that promote care for the non-regularized migrant population.

Autores: Doris Parada, Andrea Wirtz, Rafael Olarte, Magaly Pedraza, Bert Hoffmann, Merike Blofield

Última atualização: 2024-08-31 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.08.30.24312781

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.08.30.24312781.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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