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Transporte de Gás em Galáxias de Alto Desvio Para o Vermelho

Estudo revela que os fluxos de gás são essenciais para a formação de estrelas nas galáxias primitivas.

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No passado do universo, especialmente durante um período conhecido como meio cósmico, as galáxias estavam formando estrelas a uma velocidade rápida. Essas galáxias geralmente têm discos planos e rotativos de gás, que desempenham um papel fundamental na formação de estrelas. Os cientistas estão interessados em como o gás se move dentro desses discos, especialmente como ele flui para dentro do ambiente ao redor, conhecido como influxos. Este artigo examina como o gás se move nessas galáxias de alto desvio para o vermelho, focando no papel das correntes que vêm da teia cósmica.

A Estrutura das Galáxias

As galáxias são sistemas vastos compostos por estrelas, gás, poeira e matéria escura. No meio cósmico, muitas dessas galáxias evoluíram para discos formadores de estrelas. Esses discos geralmente são auto-gravitantes, o que significa que sua gravidade ajuda a mantê-los juntos. Eles costumam ser turbulentos e rodam, o que influencia como o gás se comporta dentro deles.

Compreender o movimento do gás nessas galáxias é crucial porque isso alimenta a formação de estrelas. O gás pode vir de várias fontes, mas no meio cósmico, ele flui predominantemente de correntes que conectam galáxias à vasta teia cósmica.

Instabilidade do Disco e Movimento do Gás

A instabilidade do disco ocorre quando um disco rotativo se torna gravitacionalmente instável. Quando isso acontece, certas condições desencadeiam a formação de aglomerados ou estruturas dentro do disco. O equilíbrio entre a gravidade puxando o gás para dentro e a pressão empurrando para fora pode determinar como o gás se move.

Os cientistas usam parâmetros como o parâmetro Toomre-Q para estudar a estabilidade dos discos. Quando esse parâmetro é menor que um valor crítico, o disco é considerado instável. Nestas condições, o gás pode se mover para dentro e ser transportado de forma eficiente, levando potencialmente à formação de estrelas.

Transporte Radial de Gás

O movimento do gás em direção ao centro de uma galáxia é chamado de transporte radial. Esse transporte pode ocorrer por vários mecanismos. Nas galáxias, as forças gravitacionais podem fazer o gás se mover para dentro enquanto o momento angular é transportado para fora. Isso resulta em um fluxo complexo de gás, que geralmente inclui tanto influxos quanto efluxos.

Na prática, os cientistas analisam como o gás está distribuído dentro dessas galáxias, medindo velocidades e fluxos de massa para entender quanto gás está entrando ou saindo em diferentes pontos da galáxia.

Simulações VELA

Para estudar o transporte de gás, os pesquisadores usaram simulações computacionais conhecidas como VELA. Essas simulações focam no comportamento e evolução das galáxias sob várias condições. Simulando uma variedade de galáxias, os pesquisadores podem obter insights sobre como o gás flui em ambientes cósmicos reais.

As simulações criam modelos detalhados, permitindo que os cientistas observem a dinâmica do gás e como ele interage com diferentes processos, incluindo influxos da teia cósmica.

Observações de Influxos de Gás

Observações de gás em galáxias indicam que muito do gás está fluindo para dentro a partir de fontes externas. Nas simulações VELA, os pesquisadores identificaram o movimento radial do gás e seu fluxo-quanto gás está se movendo através de uma área determinada por unidade de tempo. Eles descobriram que as velocidades do gás fluindo para dentro geralmente aumentavam com a distância do centro da galáxia.

Os pesquisadores observaram uma presença significativa de correntes que chegavam, sugerindo que o ambiente externo desempenha um papel importante na forma como o gás se move dentro da galáxia. As correntes que chegavam mostraram ter uma forte influência no transporte radial de gás, indicando que essas correntes não podem ser negligenciadas nos estudos do comportamento das galáxias.

O Papel das Correntes

No contexto do meio cósmico, as correntes de gás frio que vêm da teia cósmica são consideradas vitais para o crescimento e evolução das galáxias. Essas correntes podem trazer gás fresco para o disco da galáxia, enriquecendo as condições cruciais para a formação de estrelas.

O gás que chega dessas correntes geralmente tem uma metallicidade mais baixa, ou seja, contém menos elementos pesados do que o gás já presente em uma galáxia. Essa diferença facilita a identificação e separação do gás que está chegando recentemente do gás mais velho e enriquecido que já participou da formação de estrelas.

Distinguindo Correntes de Outros Gases

Para identificar as correntes de gás frio nas simulações, os pesquisadores usaram dois métodos principais. Um método utilizou a metallicidade do gás, presumindo que as correntes teriam metallicidades mais baixas do que o gás já presente nos discos. O segundo método envolveu rastrear os caminhos das células de gás ao longo do tempo para determinar sua origem.

Ambos os métodos visavam delinear as características das correntes que chegavam em comparação com o gás que já fazia parte da galáxia. Essa separação é crítica para entender quanto gás está atualmente fluindo e como isso afeta a formação de estrelas.

Resultados do Estudo

Os achados das simulações VELA revelaram que as velocidades radiais médias do gás eram geralmente negativas, indicando que o gás está predominantemente fluindo para dentro. À medida que a distância do centro da galáxia aumentava, a magnitude desses movimentos para dentro também aumentava.

O estudo destacou que o influxo médio de gás estava relacionado à fração de gás nos discos e ao desvio para o vermelho, com uma correlação mais forte observada com a fração de gás. Apesar das complexidades da dinâmica do gás, a tendência geral apontava para um regime dominado por influxos nessas galáxias.

Comparando Simulações com Observações

Os pesquisadores compararam os resultados de suas simulações com dados observacionais de várias galáxias. Eles descobriram que as velocidades radiais inferidas das simulações coincidiam razoavelmente com aquelas derivadas de observações de galáxias reais.

As observações mostraram que muitas galáxias exibem grandes movimentos não circulares, que podem ser interpretados como fluxos radiais utilizando técnicas de análise avançadas. O grau de concordância entre as previsões das simulações e os achados das observações forneceu um nível de confiança nos modelos que estavam sendo usados.

Implicações para a Formação de Galáxias

As implicações desses resultados são significativas para nossa compreensão de como as galáxias se formam e evoluem. O influxo de gás é crucial para alimentar a formação de estrelas, e o estudo demonstrou que muito desse gás vem de fontes externas, em vez de ser gerado apenas por instabilidades internas.

Os achados indicam que a dinâmica do gás nas galáxias no meio cósmico é moldada não apenas pelos processos que ocorrem dentro das próprias galáxias, mas também pelas suas interações com o ambiente cósmico ao redor.

Direções Futuras

O estudo do transporte de gás nas galáxias continua complexo, com muitas perguntas ainda a serem exploradas. Trabalhos futuros podem incluir o uso de diferentes tipos de simulações ou técnicas de observação para refinar nossa compreensão de como o gás flui dentro das galáxias.

Há uma necessidade de investigar mais como as correntes que chegam influenciam a dinâmica geral das galáxias, especialmente em relação ao equilíbrio energético e às interações entre gás, feedback das estrelas e movimentos turbulentos dentro dos discos.

As pesquisas também podem explorar se os modelos atuais capturam com precisão a influência das perturbações externas e como elas afetam a estabilidade e o movimento do gás nas galáxias. Compreender esses processos pode levar a um modelo mais abrangente de formação e evolução de galáxias que incorpora o papel da teia cósmica.

Conclusão

O estudo do transporte radial em galáxias de disco de alto desvio para o vermelho forneceu insights valiosos sobre o papel das correntes de gás que chegam da teia cósmica. Os achados sugerem que muito do gás que alimenta a formação de estrelas é derivado de fontes externas, em vez de instabilidades internas.

No geral, a dinâmica do gás nas galáxias no meio cósmico é complexa e moldada por uma variedade de fatores. A pesquisa em andamento continuará a esclarecer os mecanismos de transporte de gás e suas implicações para a evolução das galáxias. Ao refinar nossa compreensão desses processos, podemos obter uma apreciação mais profunda da natureza intrincada da formação de estrelas e das dinâmicas mais amplas do universo.

Fonte original

Título: Radial Transport in High-Redshift Disk Galaxies Dominated by Inflowing Streams

Resumo: We study the radial transport of cold gas within simulated disk galaxies at cosmic noon, aiming at distinguishing between disk instability and accretion along cold streams from the cosmic web as its driving mechanism. Disks are selected based on kinematics and flattening from the VELA zoom-in hydro-cosmological simulations. The radial velocity fields in the disks are mapped, their averages are computed as a function of radius and over the whole disk, and the radial mass flux in each disk as a function of radius is obtained. The transport directly associated with fresh incoming streams is identified by selecting cold gas cells that are either on incoming streamlines or have low metallicity. The radial velocity fields in VELA disks are found to be highly non-axisymmetric, showing both inflows and outflows. However, in most cases, the average radial velocities, both as a function of radius and over the whole disk, are directed inwards, with the disk-averaged radial velocities typically amounting to a few percent of the disk-averaged rotational velocities. This is significantly lower than the expectations from various models that analytically predict the inward mass transport as driven by torques associated with disk instability. Under certain simplifying assumptions, the latter typically predict average inflows of more than $10\%$ of the rotational velocities. Analyzing the radial motions of streams and off-stream material, we find that the radial inflow in VELA disks is dominated by the stream inflows themselves, especially in the outer disks. The high inward radial velocities inferred in observed disks at cosmic noon, at the level of $\sim \! 20\%$ of the rotational velocities, may reflect inflowing streams from the cosmic web rather than being generated by disk instability.

Autores: Dhruba Dutta Chowdhury, Avishai Dekel, Nir Mandelker, Omri Ginzburg, Reinhard Genzel

Última atualização: 2024-09-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.01589

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.01589

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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