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# Física# Astrofísica das Galáxias

Investigando o Papel dos AGN na Parada da Formação de Estrelas nas Galáxias

Estudo revela informações sobre como AGN afeta a formação de estrelas nas galáxias.

Charity Woodrum, Christina C. Williams, Marcia Rieke, Kevin N. Hainline, Raphael E. Hviding, Zhiyuan Ji, Robert Kennicutt, Christopher N. A. Willmer

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Galáxias são estruturas fascinantes no universo, e entender como elas evoluem e mudam com o tempo é uma área chave de pesquisa. Um aspecto importante desse estudo é descobrir por que algumas galáxias param de formar estrelas. Esse processo é conhecido como "quenching." Geralmente, as galáxias podem ser categorizadas com base na sua aparência e níveis de atividade. Algumas são azuis, menores e estão formando estrelas ativamente, enquanto outras são vermelhas, maiores e não estão formando estrelas mais.

Entre esses dois grupos, tem uma área de transição chamada de "Vale Verde." Essa área tem menos galáxias, sugerindo que as que passam por ela o fazem rapidamente. Estudar galáxias no vale verde ajuda os cientistas a descobrir informações importantes sobre o que acontece quando a formação de estrelas desacelera.

Uma razão possível para o quenching é a presença de Buracos Negros Supermassivos localizados nos centros das galáxias. À medida que esses buracos negros crescem, eles podem causar feedback, como ventos e radiação, que afetam os arredores. Isso pode aquecer ou remover gás da galáxia, dificultando a formação de novas estrelas. Embora os cientistas acreditam que esse feedback pode ter um papel no quenching, eles também reconhecem que outros processos, como interações dentro das galáxias e influências ambientais, podem estar em jogo.

Para entender melhor esses processos, os pesquisadores usam simulações avançadas e modelos que tentam imitar o que acontece nas galáxias. No entanto, conectar os efeitos observados dos buracos negros à história de formação de estrelas das galáxias tem se mostrado desafiador.

Núcleos Galácticos Ativos e Formação de Estrelas

Núcleos Galácticos Ativos (AGN) são regiões especiais nas galáxias onde buracos negros supermassivos consomem material ativamente, levando à liberação de energia que pode afetar significativamente os arredores. Os cientistas querem descobrir como essa atividade se conecta ao quenching da formação de estrelas em galáxias massivas, especialmente nas que estão no vale verde.

Para ganhar insights, os pesquisadores realizaram um estudo usando galáxias observadas no passado, focando naquelas localizadas em um desvio para o vermelho de 0.7, que corresponde a um tempo em que o universo era bem diferente do que é hoje. O objetivo era analisar as propriedades dessas galáxias e sua atividade de AGN.

Usando uma combinação de espectroscopia óptica e de infravermelho próximo (NIR), os pesquisadores examinaram uma amostra de vinte e nove galáxias massivas. Essa abordagem permitiu que eles coletassem uma quantidade enorme de informações sobre linhas de emissão fortes, que são indicadores de formação de estrelas e atividade de AGN. Eles descobriram que quase 38% dessas galáxias tinham AGN, levantando questões importantes sobre como esses buracos negros influenciam a formação de estrelas.

Coleta de Dados e Observações

Os dados usados nesse estudo vieram de duas fontes principais: a pesquisa LEGA-C e o catálogo UltraVISTA. A pesquisa LEGA-C forneceu espectros ópticos de alta qualidade, enquanto o catálogo UltraVISTA ofereceu dados fotométricos detalhados em várias comprimentos de onda. Ao combinar esses conjuntos de dados, os pesquisadores buscavam completar os diagnósticos necessários para investigar a relação entre a atividade de AGN e a formação de estrelas.

As observações de acompanhamento foram realizadas usando o espectrógrafo MMIRS no Observatório MMT. Focando em linhas de emissão específicas, os pesquisadores buscaram obter um quadro mais claro das características das galáxias. Os dados coletados forneceram insights sobre o conteúdo de poeira, a população estelar e a história de formação de estrelas das galáxias.

Entendendo as Histórias de Formação de Estrelas

Para entender como a formação de estrelas ocorre ao longo do tempo, os pesquisadores construíram histórias de formação de estrelas (SFHs) para as galáxias em sua amostra. Isso foi alcançado usando um método chamado modelagem não paramétrica, que é mais flexível do que abordagens tradicionais. Os modelos não paramétricos permitiram que os pesquisadores capturassem mudanças bruscas nas taxas de formação de estrelas, como as que podem ocorrer durante eventos de quenching.

Analisando as SFHs, os pesquisadores puderam categorizar as galáxias em diferentes grupos com base em suas taxas de formação de estrelas mais recentes. Essas categorias incluíam galáxias em formação de estrelas, vale verde e galáxias quiescentes. O próximo passo foi investigar se havia uma conexão entre a atividade de AGN e mudanças na formação de estrelas.

O Impacto dos AGN na Formação de Estrelas

Uma das principais perguntas que os pesquisadores queriam responder era se a presença de AGN em uma galáxia está ligada à redução da formação de estrelas. Eles compararam as taxas de formação de estrelas de galáxias hospedeiras de AGN com aquelas sem AGN detectáveis. Os resultados mostraram que galáxias com AGN estavam geralmente abaixo da sequência principal de formação de estrelas estabelecida, significando que tinham taxas de formação de estrelas mais baixas em comparação com aquelas sem AGN.

No entanto, os pesquisadores também descobriram que as taxas de formação de estrelas mais baixas nas galáxias hospedeiras de AGN eram consistentes com os padrões gerais observados entre galáxias de massa similar em uma amostra maior. Isso levantou dúvidas sobre se a atividade de AGN sozinha era responsável por suprimir a formação de estrelas, sugerindo que outros fatores relacionados à maior massa das galáxias hospedeiras de AGN também poderiam desempenhar um papel significativo.

Diferenças Entre Galáxias Hospedeiras de AGN e Não-AGN

O estudo destacou diferenças claras entre galáxias que hospedam AGN e aquelas que não hospedam. Enquanto AGN eram mais comuns em galáxias do vale verde, a exata natureza da relação entre a atividade de AGN e a formação de estrelas permaneceu incerta. Alguns estudos descobriram que galáxias hospedeiras de AGN tinham taxas de formação de estrelas mais altas, enquanto outros relataram taxas mais baixas ou nenhuma diferença significativa.

Uma grande conclusão foi que o método usado para identificar AGN poderia influenciar a relação observada. Por exemplo, AGN detectados através de emissões infravermelhas poderiam ter perfis de formação de estrelas diferentes em comparação com aqueles identificados por métodos ópticos. Essa variabilidade sugere que a forma como os pesquisadores selecionam AGN pode impactar as conclusões tiradas sobre sua influência na formação de estrelas.

Formação de Estrelas no Vale Verde

O vale verde representa uma região crucial para entender como as galáxias transitam de uma formação ativa de estrelas para um estado quiescente. Os pesquisadores notaram que galáxias nessa zona geralmente tinham massas maiores e eram mais propensas a hospedar AGN. Ao examinar as histórias de formação de estrelas dessas galáxias, o estudo buscou descobrir se elas estavam passando por rejuvenescimento ou se estavam apenas no processo de quenching.

Curiosamente, os pesquisadores não encontraram evidências sugerindo que as galáxias do vale verde estavam se rejuvenescendo. Em vez disso, os dados indicaram que essas galáxias estavam provavelmente em um estado de quenching. Essa conclusão aponta para a ideia de que a presença da atividade de AGN pode não ser o principal motor da desaceleração na formação de estrelas.

Desafios em Conectar a Atividade de AGN e Quenching

Enquanto o estudo forneceu insights valiosos sobre a relação entre AGN e formação de estrelas, os pesquisadores reconheceram os desafios associados à estabelecendo um vínculo direto. Muitos fatores contribuem para o quenching da formação de estrelas, e isolar o impacto específico da atividade de AGN continua sendo complexo.

O tempo para observar a atividade de AGN é normalmente muito mais curto do que os prazos envolvidos nos eventos de quenching. Além disso, o estudo mostrou que diferentes métodos de seleção de AGN frequentemente produzem distribuições sobrepostas de taxas de formação de estrelas. Essa sobreposição complica a tarefa de determinar se a atividade de AGN atual realmente influencia padrões de formação de estrelas a longo prazo.

Direções Futuras para a Pesquisa

Os pesquisadores enfatizaram a importância de investigações contínuas sobre a conexão entre a atividade de AGN e a formação de estrelas. Estudos futuros devem se concentrar em coletar amostras maiores de galáxias com dados completos em várias comprimentos de onda. Isso ajudaria a fornecer uma compreensão mais abrangente dos fatores que influenciam a formação de estrelas e do papel dos AGN nesse processo.

Próximas pesquisas astronômicas usando instrumentos avançados, como o Espectrógrafo Óptico e de Infravermelho Próximo de Múltiplos Objetos no Very Large Telescope, prometem melhorar as capacidades de coleta de dados. Esses esforços permitirão que os cientistas explorem a relação entre AGN e formação de estrelas em mais detalhes.

Conclusão

O estudo de galáxias ativas e suas histórias de formação de estrelas é uma área vital de pesquisa que enriquece nossa compreensão do universo. Ao examinar um subconjunto de galáxias no vale verde, os pesquisadores começaram a esclarecer a complexa relação entre a atividade de AGN e o quenching da formação de estrelas.

Embora os AGN desempenhem um papel significativo na dinâmica das galáxias, ainda não está claro se sua atividade causa diretamente uma queda na formação de estrelas. Muitos fatores influenciam a evolução das galáxias, e a pesquisa contínua continuará a desvendar as conexões intrincadas em jogo. As descobertas deste estudo servem como um alicerce para futuras investigações que visam desvendar os mistérios da formação e evolução das galáxias.

Fonte original

Título: Active Galactic Nuclei in the Green Valley at z$\sim$0.7

Resumo: We present NIR spectroscopy using MMT/MMIRS for a sample of twenty-nine massive galaxies ($\mathrm{log\ M_* / M_{\odot} \gtrsim10}$) at $\mathrm{z\sim0.7}$ with optical spectroscopy from the LEGA-C survey. Having both optical and NIR spectroscopy at this redshift allows us to measure the full suite of rest-optical strong emission lines, enabling the study of ionization sources and the rest-optical selection of active galactic nuclei (AGN), as well as the measurement of dust-corrected $\mathrm{H\alpha}$-based SFRs. We find that eleven out of twenty-nine galaxies host AGN. We infer the nonparametric star formation histories with the SED fitting code \texttt{Prospector} and classify galaxies as star-forming, green valley, or quiescent based on their most recent sSFRs. We explore the connection between AGN activity and suppressed star formation and find that $89\pm15\%$ of galaxies in the green valley or below host AGN, while only $15\%\pm8\%$ of galaxies above the green valley host AGN. We construct the star-forming main sequence (SFMS) and find that the AGN host galaxies are 0.37 dex below the SFMS while galaxies without detectable AGN are consistent with being on the SFMS. However, when compared to a bootstrapped mass-matched sample, the SFRs of our sample of AGN host galaxies are consistent with the full LEGA-C sample. Based on this mass-matched analysis, we cannot rule out that this suppression of star formation is driven by other processes associated with the higher mass of the AGN sample. We therefore cannot link the presence of AGN activity to the quenching of star formation.

Autores: Charity Woodrum, Christina C. Williams, Marcia Rieke, Kevin N. Hainline, Raphael E. Hviding, Zhiyuan Ji, Robert Kennicutt, Christopher N. A. Willmer

Última atualização: 2024-09-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.03197

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.03197

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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