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# Física# Astrofísica terrestre e planetária# Astrofísica solar e estelar

Novas Perspectivas sobre o Enxofre em Discos Protoplanetários

Estudar isótopos de enxofre revela uma química única em discos formadores de planetas.

Alice S. Booth, Maria N. Drozdovskaya, Milou Temmink, Hideko Nomura, Ewine F. van Dishoeck, Luke Keyte, Charles J. Law, Margot Leemker, Nienke van der Marel, Shota Notsu, Karin Öberg, Catherine Walsh

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Durante a formação dos planetas, o Enxofre é um elemento importante que existe em várias formas, como gases e geleiras, dentro do que chamamos de discos protoplanetários. Esses discos se formam a partir do material que sobrou em nuvens frias e escuras no espaço. Entender o enxofre encontrado nesses discos ajuda a gente a aprender sobre os blocos de construção dos planetas, luas e cometas.

Importância dos Isótopos

Isótopos são diferentes formas do mesmo elemento que têm o mesmo número de prótons, mas números diferentes de nêutrons. Para o enxofre, os isótopos mais comuns são ^32S, ^33S e ^34S. As proporções desses isótopos podem contar para os cientistas sobre a história e os processos que moldaram os materiais voláteis presentes durante a formação dos planetas. Especificamente, eles podem indicar as condições térmicas e reações químicas que aconteceram.

Medindo Proporções de Isótopos

Ter medições precisas dos isótopos de enxofre nos discos protoplanetários é importante, mas desafiador. Observações usando telescópios poderosos, como o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), ajudam a detectar moléculas de enxofre nesses discos. Por exemplo, pesquisadores recentemente estudaram o disco em torno de uma estrela jovem chamada Oph-IRS 48.

O Caso de Oph-IRS 48

Oph-IRS 48 é uma estrela jovem localizada relativamente perto de nós. O disco ao seu redor é rico em moléculas e fornece uma ótima oportunidade para medir isótopos de enxofre. Os pesquisadores queriam entender a proporção de isótopos de enxofre mais pesados em relação aos mais leves nesse disco. Estudando as moléculas de enxofre como SO (monóxido de enxofre) e SO2 (dióxido de enxofre), descobriram que as proporções dos isótopos eram diferentes do que é tipicamente esperado com base nos padrões do sistema solar.

Principais Descobertas

As descobertas das observações do disco de Oph-IRS 48 revelaram dois pontos significativos:

  1. As proporções isotópicas de ^32S/^34S e ^32S/^33S mostraram que o enxofre nesse disco não estava na mesma proporção que encontrado em cometas e outros corpos do sistema solar.
  2. Os pesquisadores também notaram que a molécula SO era menos abundante em isótopos pesados, enquanto o SO2 mostrava uma melhora, significando que tinha mais isótopos pesados do que o esperado.

Essas diferenças sugerem que o enxofre no disco passou por processos químicos únicos que diferem dos que acontecem em nosso sistema solar.

Por Que Entender o Enxofre Importa

O enxofre desempenha um papel crucial na formação de química complexa no universo. Estudando como o enxofre se comporta em diferentes ambientes, os cientistas podem obter informações sobre os processos que levam à formação de planetas. Esse conhecimento é essencial para entender como nosso sistema solar e outros podem se formar.

Processos Físicos e Químicos em Discos

O material encontrado em discos protoplanetários não é estático. Ao longo de milhões de anos, processos físicos e químicos constantemente alteram os materiais originais herdados das nuvens. Isso pode envolver reações a baixas temperaturas e a influência da luz de estrelas próximas. Ambos os fatores podem alterar as proporções isotópicas que observamos.

Pesquisa Anterior sobre Isótopos

Pesquisas mostraram que vários isótopos de elementos como carbono, oxigênio e nitrogênio podem ser encontrados em discos protoplanetários e são frequentemente detectáveis. No entanto, o enxofre é menos compreendido. Algumas observações foram feitas, mas ainda há muito a aprender sobre os mecanismos que afetam os isótopos de enxofre nesses ambientes.

Observando Linhas Moleculares

Para observar e medir isótopos, os cientistas olham para linhas moleculares-frequências específicas onde as moléculas absorvem ou emitem radiação. Para o enxofre no disco de Oph-IRS 48, os cientistas usaram dados de dois programas de observação do ALMA para analisar moléculas como SO e SO2.

Metodologia

Os pesquisadores usaram ondas de rádio para capturar imagens do disco em várias temperaturas. O processamento dos dados envolveu calibrar os sinais e criar mapas para visualizar onde certas moléculas estavam localizadas no disco.

Limitações nas Observações

Embora algumas linhas tenham sido detectadas, os sinais não eram fortes o suficiente para tirar conclusões definitivas sobre certos isótopos de enxofre. As observações focaram em uma faixa de temperaturas para ver como isso afetava os isótopos medidos. Os pesquisadores reconheceram que algumas incertezas poderiam surgir devido a fatores como poeira obscurecendo alguns sinais.

Comparando com Valores do Sistema Solar

Para entender as novas descobertas, os pesquisadores compararam as proporções isotópicas do disco de Oph-IRS 48 com valores conhecidos de cometas e meteoritos encontrados no nosso sistema solar. Pesquisas anteriores estabeleceram proporções isotópicas padrão, que servem como referências para comparação.

Medições Independentes de Temperatura

Um aspecto crucial dessa pesquisa é determinar a temperatura do gás no disco. Diferentes temperaturas podem levar a variações nas proporções isotópicas. Enquanto a temperatura observada para o SO2 era consistente em torno de 60 K, a temperatura exata para o SO não foi medida com precisão. Essa incerteza pode afetar a interpretação dos dados isotópicos.

Outras Formas de Enxofre

Além de SO e SO2, outras espécies de enxofre como CS (dissulfeto de carbono) também estavam presentes no disco, mas em quantidades bem menores. Entender a abundância relativa dessas espécies ajuda os cientistas a formar uma imagem mais clara da química do enxofre em discos protoplanetários.

Direções Futuras na Pesquisa

Para melhorar nossa compreensão, futuras observações devem focar em detectar mais isotopólogos de enxofre e suas proporções. Isso ajudaria a esclarecer as variações isotópicas e os caminhos químicos que levam à formação de moléculas de enxofre.

Conclusão

As observações de enxofre em discos protoplanetários como o ao redor de Oph-IRS 48 destacam a complexidade dos processos químicos que ocorrem durante a formação dos planetas. As proporções isotópicas únicas encontradas nesse disco sugerem que o enxofre se comporta de forma diferente em comparação ao que observamos em nosso sistema solar. A pesquisa continuada e a coleta de dados vão aprimorar nossa compreensão do papel do enxofre e seus isótopos no desenvolvimento dos sistemas planetários. Estudando esses processos, os cientistas esperam descobrir como planetas como a Terra surgiram e quão comuns ou raros certos caminhos químicos podem ser pelo universo.

Fonte original

Título: Measuring the $\mathrm{^{34}S}$ and $\mathrm{^{33}S}$ isotopic ratios of volatile sulfur during planet formation

Resumo: Stable isotopic ratios constitute powerful tools for unraveling the thermal and irradiation history of volatiles. In particular, we can use our knowledge of the isotopic fractionation processes active during the various stages of star, disk and planet formation to infer the origins of different volatiles with measured isotopic patterns in our own solar system. Observations of planet-forming disks with the Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) now readily detect the heavier isotopologues of C, O and N, while the isotopologue abundances and isotopic fractionation mechanisms of sulfur species are less well understood. Using ALMA observations of the SO and SO2 isotopologues in the nearby, molecule-rich disk around the young star Oph-IRS 48 we present the first constraints on the combined 32S/34S and 32S/33S isotope ratios in a planet-forming disk. Given that these isotopologues likely originate in relatively warm gas (>50 K), like most other Oph-IRS 48 volatiles, SO is depleted in heavy sulfur while SO2 is enriched compared to solar system values. However, we cannot completely rule out a cooler gas reservoir, which would put the SO sulfur ratios more in line with comets and other solar system bodies. We also constrain the S18O/SO ratio and find the limit to be consistent with solar system values given a temperature of 60 K. Together these observations show that we should not assume solar isotopic values for disk sulfur reservoirs, but additional observations are needed to determine the chemical origin of the abundant SO in this disk, inform on what isotopic fractionation mechanism(s) are at play, and aid in unravelling the history of the sulfur budget during the different stages of planet formation.

Autores: Alice S. Booth, Maria N. Drozdovskaya, Milou Temmink, Hideko Nomura, Ewine F. van Dishoeck, Luke Keyte, Charles J. Law, Margot Leemker, Nienke van der Marel, Shota Notsu, Karin Öberg, Catherine Walsh

Última atualização: 2024-09-05 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.03885

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.03885

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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