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# Física# Astrofísica solar e estelar

O Modo Inercial de Alta Latitude do Sol

Estudo revela informações sobre a rotação do Sol e sua estrutura interna.

Zhi-Chao Liang, Laurent Gizon

― 6 min ler


Estudo do Modo InercialEstudo do Modo Inercialem Altas Latitudessolar e comportamentos internos.Principais insights sobre a rotação
Índice

O Sol tem vários modos de movimento, que podem ser estudados através do comportamento da sua superfície. Um desses modos é o modo inercial de alta latitude. Esse modo foi observado nos últimos cinco Ciclos Solares, que são períodos de atividade solar intensa de cerca de 11 anos cada. Compreender esse modo é essencial, pois ele influencia como o Sol gira em diferentes latitudes.

Contexto

As oscilações solares, ou ondas no Sol, podem nos dizer como o Sol gira e como sua estrutura interna funciona. Essas oscilações foram monitoradas usando dados de diferentes observatórios como GONG e HMI. Entre os diferentes modos de oscilação, o modo de alta latitude tem o maior efeito na rotação do Sol.

Essas observações vêm da análise de Dopplergramas, que são imagens que mostram como a superfície do Sol está se movendo. Ao olhar para essas imagens, os cientistas podem calcular a velocidade de rotação de diferentes partes do Sol.

Metodologia

Para estudar o modo inercial de alta latitude, dados foram coletados de três observatórios diferentes cobrindo o período de 1967 a 2022. O processo começou com a média dos sinais de Doppler para estimar a velocidade zonal na superfície do Sol. Essa velocidade zonal representa o movimento leste-oeste da superfície solar.

Os cientistas mediram a potência e a frequência do modo de alta latitude em segmentos de dados de três anos. Essa abordagem ajuda a acompanhar as mudanças do modo ao longo do tempo. As observações mostram que esse modo é mais forte acima de 50 graus de latitude, especialmente durante períodos de baixa atividade solar.

Observações

Os resultados mostram que a amplitude do modo pode mudar bastante. Ela é mais forte no começo de certos ciclos solares e durante suas fases de ascensão. Curiosamente, a amplitude desse modo tende a ser menor quando os números de manchas solares são altos, indicando uma relação interessante entre a atividade solar e esse modo inercial.

De 1983 a 2022, a amplitude do modo teve uma forte relação inversa com a taxa de rotação perto da latitude crítica do modo. Isso significa que, quando um aumenta, o outro tende a diminuir. Enquanto isso, a frequência desse modo não mostrou um padrão significativo ao longo dos ciclos solares, permanecendo mais estável com pequenas variações.

Propriedades do Modo

As propriedades do modo inercial de alta latitude podem ser medidas ao longo dos cinco ciclos solares. Essas medições são importantes, pois podem ajudar a melhorar nossa compreensão de como o interior do Sol interage com rotações e campos magnéticos.

As observações mostram que o modo de alta latitude é bem sensível a mudanças na estrutura interna do Sol, como gradientes de temperatura. Esse modo foi visto como um sinal claro nas observações de Doppler, especialmente durante períodos tranquilos de atividade solar.

Velocidade Zonal

A velocidade zonal é uma medida do fluxo leste-oeste de material na superfície do Sol. Ao examinar os Dopplergramas de vários observatórios, os cientistas conseguiram criar mapas que mostram como essa velocidade muda ao longo do tempo.

A análise revelou padrões visíveis nos dados de velocidade zonal, especialmente em latitudes altas. Esses padrões apareceram como faixas e picos de potência em diferentes períodos, indicando que o modo de alta latitude está sempre presente nos dados.

Comparação de Fontes de Dados

Dados foram coletados de diferentes fontes, incluindo MWO, GONG e HMI. Cada um desses conjuntos de dados observacionais tem suas próprias forças e limitações, mas compará-los ajuda a validar as descobertas.

As propriedades observadas do modo de alta latitude foram consistentes em diferentes conjuntos de dados, particularmente durante períodos sobrepostos. Esse acordo apoia a confiabilidade das observações e fortalece as conclusões gerais tiradas sobre o comportamento do modo inercial.

Análise do Espectro de Potência

Os cientistas usaram a análise do espectro de potência para avaliar a presença e a força do modo nos dados. Ao dividir longas séries temporais em segmentos menores, eles puderam extrair informações detalhadas sobre a amplitude e a frequência do modo. Essa análise notou particularmente o período do ciclo solar de 11 anos, que se alinha com os ciclos naturais de atividade do Sol.

Os resultados do espectro de potência mostraram picos claros para o modo de alta latitude, confirmando sua estabilidade ao longo do período observado. Esse método permite um melhor acompanhamento de como o modo muda com o tempo e sua relação com a atividade das manchas solares.

Correlações e Tendências

Uma observação notável é a correlação entre o modo de alta latitude e os números de manchas solares. À medida que a atividade de manchas solares aumenta, a amplitude do modo inercial tende a diminuir. Essa relação destaca as interações dinâmicas em jogo dentro do Sol.

Da mesma forma, a amplitude e a frequência do modo de alta latitude também mostraram uma correlação com as taxas de rotação solar. As descobertas sugerem uma relação complexa entre esses parâmetros que pode ajudar a melhorar os modelos atuais do comportamento solar.

Conclusão

O estudo do modo inercial de alta latitude fornece insights valiosos sobre a rotação do Sol e sua estrutura interna. Através de observações detalhadas ao longo de cinco ciclos solares, os cientistas conseguiram uma imagem mais clara de como esse modo se comporta em relação à atividade solar.

As descobertas indicam que o modo inercial de alta latitude é um jogador chave na dinâmica do Sol, influenciando como a energia e o material fluem dentro do interior solar. Pesquisas contínuas e técnicas de modelagem aprimoradas serão essenciais para desvendar ainda mais os mistérios do comportamento do Sol e seus efeitos no sistema solar.

Fonte original

Título: Doppler velocity of $m=1$ high-latitude inertial mode over the last five sunspot cycles

Resumo: Among the identified solar inertial modes, the high-latitude mode with azimuthal order $m=1$ (HL1) has the largest amplitude and plays a role in shaping the Sun's differential rotation profile. We aim to study the evolution of the HL1 mode parameters, utilizing Dopplergrams from the Mount Wilson Observatory (MWO), GONG, and HMI, covering together five solar cycles since 1967. We calculated the averages of line-of-sight Doppler signals over longitude, weighted by the sine of longitude with respect to the central meridian, as a proxy for zonal velocity at the surface. We measured the mode's power and frequency from these zonal velocities at high latitudes in sliding time windows of three years. We find that the amplitude of the HL1 mode undergoes very large variations, taking maximum values at the start of solar cycles 21, 22 and 25, and during the rising phases of cycles 23 and 24. The mode amplitude is anticorrelated with the sunspot number (corr=$-0.50$) but not correlated with the polar field strength. Over the period 1983-2022 the mode amplitude is strongly anticorrelated with the rotation rate at latitude $60^\circ$ (corr=$-0.82$), i.e., with the rotation rate near the mode's critical latitude. The mode frequency variations are small and display no clear solar cycle periodicity above the noise level ($\sim \pm 3$~nHz). Since about 1990, the mode frequency follows an overall decrease of $\sim 0.25$ nHz/year, consistent with the long-term decrease of the angular velocity at $60^\circ$ latitude. We expect that these very long time series of the mode properties will be key to constrain models and reveal the dynamical interactions between the high-latitude modes, rotation, and the magnetic field.

Autores: Zhi-Chao Liang, Laurent Gizon

Última atualização: 2024-09-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.06896

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.06896

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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